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METABOLISMO DE CARBOIDRATOS

Prof. Dr Cleyson Valença Reis


A fonte de energia mais utilizada
pelos seres vivos é a glicose (não a
mais energética), os aminoácidos e os
ácidos graxos fornecem mais energia
mas são menos utilizados.

(O processo de respiração celular


é equivalente ao da combustão)
• A glicose é o centro do metabolismo dos
carboidratos, pois praticamente todos os
glicídios podem ser convertidos em glicose.
• Quase todas as células são capazes de atender
as suas demandas energéticas apenas a partir
da glicose.
• A glicose constitui uma fonte de energia livre,
que pode ser transmitida para moléculas de
ATP, a principal forma de energia utilizável
pelos seres vivos
Obtenção da Glicose

1) Dieta
2) Quebra de dissacarídeos e polissacarídeos.
Lactose, sacarose, etc
Glicogênio hepático e muscular
Amido
3) Síntese endógena a partir de precursores não
glicídicos.
Por exemplo: aminoácidos
TRANSPORTE DE GLICOSE PARA
DENTRO DA CÉLULA
• Difusão facilitada
• Grupo de 14 transportadores de glicose
encontrados nas membranas celulares
(GLUT-1 a GLUT-14) que apresentam
especificidade tecidual. A glicose
extracelular liga-se ao transportador, que
sofre alteração na sua conformação,
transportando a glicose através da
membrana:
-GLUT-1 – eritrócitos
-GLUT-2 - hepatócitos
-GLUT-3 – cérebro
-GLUT-4 – células musculares e tecido
adiposo
Destinos da glicose

GLICOGÊNIO, AMIDO,
SACAROSE

ESTOQUE

GLICOSE
OXIDAÇÃO

RIBOSE 5-FOSFATO PIRUVATO


CATABOLISMO TOTAL DA GLICOSE
ETAPAS (RESPIRAÇÃO CELULAR)

1 GLICÓLISE
(CITOSOL)
2 CICLO DE KREBS
(MATRIZ MITOCONDRIAL)

3 CADEIA RESPIRATÓRIA
(CRISTAS MITOCONDRIAIS)
•Glicólise – Principal via metabólica para
produção de energia (grego, glycus, doce + lysis,
romper).
•Definição: Sequência de 10 reações
enzimáticas, que ocorrem no citosol, nas quais
uma molécula de glicose (hexose) é convertida
em duas moléculas de 3 carbonos (piruvato ou
ácido pirúvico) e 2 moléculas de água, com
produção líquida de 2 moléculas de ATP
(energia) e 2 de NADH (devido à oxidação da
glicose).
GLICÓLISE
1. Foi um dos primeiros sistemas enzimáticos a ser esclarecido,
contribuindo para a melhor compreensão dos processos
enzimáticos e do metabolismo intermediário.
2. Principal meio de degradação da glicose.
3. A degradação da glicose é parcial.
4. Ocorre quando os níveis de ATP intracelulares estão baixos.
5. Ocorre mesmo em condições anaeróbicas.
6. Permite a degradação da frutose e da galactose.
7. Os tecidos têm necessidade de transformar a energia contida
na glicose em ATP.
8. A glicólise é fundamental para a produção de Acetil-CoA.
9. Todas as células humanas são capazes de realizar a glicólise e
para algumas é a praticamente a única fonte de energia como
nos neurônios, hemácias, células da retina e córtex renal).
GLICÓLISE
Gasto inicial de
2 ATP

Produção de 4
ATP
Equação geral da Glicólise:

•Produtos da Glicólise:
1 – ATP: Fase de investimento com a utilização de 2 ATP e fase
de produção com formação de 4 ATP – Saldo líquido 2
ATP/glicose.

2 – NADH: Redução de 2 NAD+ a 2 NADH. Em aerobiose, são


oxidados na cadeia transportadora de elétrons e em
anaerobiose são oxidados na fermentação.

3 – Piruvato: Produção de 2 moléculas.


Em aerobiose é oxidado a Acetil-CoA e vai para o Ciclo de Krebs.
Em anaerobiose, sofre fermentação lática ou alcoólica.
Destinos do piruvato

Ciclo de
Krebs
Mitocôndria

Matriz
Mitocondrial

Crista
Mitocondrial

Membrana
Interna
Membrana
Externa

Imagem: Mariana Ruiz / Public Domain


Mitocôndria
• Formada por 2 membranas;
• A membrana externa é lisa e controla a
entrada/saída de substâncias da organela;
• A membrana interna contém inúmeras pregas
chamadas cristas mitocondriais, onde ocorre
a cadeia transportadora de elétrons;
• A cavidade interna é preenchida por uma
matriz viscosa, onde podemos encontrar
várias enzimas envolvidas com a respiração
celular, DNA, RNA e pequenos ribossomos. É
nessa matriz mitocondrial que ocorre o ciclo
de Krebs.
• Os dois piruvatos provenientes da glicólise
entram na mitocôndria e são oxidados a 2
acetil-coenzima A e 2 CO2

• Nessa etapa, 2 NAD+ são convertidos em 2


NADH.
• As acetil-coA são metabolizadas pelo ciclo do
ácido cítrico (Ciclo de Krebs).
CICLO DE KREBS
• Ocorre na matriz mitocondrial em aerobiose.
• No Ciclo de Krebs, cada acetil-CoA liga-se a um
oxalacetato e sofre uma série de modificações
que as transformam em 2 moléculas de CO2 com
regeneração do oxalacetato ao final para assim
recomeçar o ciclo.
• Essas reações liberam para cada acetil-coA: 2
moléculas de CO2, 3 moléculas de NADH, 1
molécula de FADH2 e 1 ATP.
Ciclo de Krebs
• São liberados vários elétrons, que são então capturados
pelos NAD+ e FAD, transformando-se em NADH e FADH2.
• Ocorre também liberação de energia resultando na
formação de ATP.
• O ciclo possui um papel central no metabolismo celular e,
portanto, não pode ser interrompido devido à falta de
intermediários.
• Intermediários do ciclo podem ser obtidas a partir de
outros compostos por reações conhecidas como
anapleróticas.
• Alguns intermediários do ciclo podem ser utilizados para a
síntese de outros compostos.
CICLO DE KREBS
Continuação da quebra da molécula glicose com
descarboxilações e desidrogenações

M PRODUTOS FORMADOS NO
CICLO DE KREBS POR CADA
I ÁCIDO PIRÚVICO
Acetil-coA
T -3 NADH2
M -1 FADH2
O
A -1 ATP
Ô
T
N Como são 2 moléculas de
R COMO SÃO 2 MOLÉCULAS DE
Acetil-coA, o resultado
D ÁCIDO PIRÚVICO, O
final FINAL
RESULTADO é: É:
I
R
- 6 NADH2
Z
I
- 2 FADH2
A
- 2 ATP

Reações Imagem: Minutemen / Public Domain Biossínteses


anapleróticas
VIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS
• Os elétrons de alta energia transportados
pelos NADH e FADH2 e transferidos à cadeia
respiratória ou cadeia transportadora de
elétrons, que é composta por complexos
enzimáticos presentes nas cristas
mitocondriais, pelos quais os elétrons
circulam e cedem energia para produção de
ATP.
• Esse processo é chamado fosforilação
oxidativa e ocorre na membrana interna da
mitocôndria.
Cadeia Transportadora de Elétrons
• Os elétrons são transferidos de molécula a molécula
presentes nas nos complexos das cristas mitocondriais
chamados CITOCROMOS.
• Quando o elétron “pula” de um citocromo para outro, até
chegar no aceptor final (o oxigênio, que se transforma em
água), gera energia para o bombeamento de íons H+ da
matriz para o espaço intermembranas.
• Os íons H+ retornam a matriz através de um canal na
enzima ATP sintase gerando um fluxo que fornece energia
para a ligação de fosfato em ADP produzindo ATP.
• São produzidos 2,5 ATP para cada NADH e 1,5 ATP para
cada FADH2.
RESPIRAÇÃO CELULAR

X 2,5
X 2,5
RESULTADO FINAL DA
RESPIRAÇÃO CELULAR A - GLICÓLISE – 2 ATP+ 2 NADH2 (2 + 2X2,5) = 8
PARTIR DE UMA GLICOSE ATP
OBS - NA MITOCÔNDRIA SÃO 2 AC. PIRÚVICOS

- CoA – 2 NADH2 (2X3) = 6 ATP


(2+6X3) = 20 ATP
- CICLO KREBS – 2 ATP+ 6 NADH2
X 2,5
32 ATP 2 FADHX 2,5 (2X2) = 4 ATP
2

- AO FINAL DA CADEIA 8 + 6 + 20 + 4 = 38 ATP

X 2,5
X 2,5
X 1,5
Lançadeiras
• Na glicólise ocorre a formação de moléculas de 2 NADH no citosol da célula.
• Estes NADH citosólicos devem entrar na matriz para transferir elétrons ao complexo I.
• Entretanto, a membrana mitocondrial interna é impermeável ao NADH, o que
impossibilita sua entrada sem o auxílio de um mecanismo de transporte específico.
• Esse transporte acontece por meio de uma lançadeira malato-aspartato.
• A lançadeira malato-aspartato está presente nas mitocôndrias de rim, fígado e coração.
• Outra maneira de fazer o transporte é por meio da lançadeira glicerol-fosfato, presente
em mitocôndrias de tecido cerebral e muscular esquelético.
• Neste transporte os elétrons no final são transferidos ao FAD mitocondrial e rendem
uma menor quantidade de ATP (30 ATP).
Fermentação (Glicólise anaeróbica)
• É um processo de degradação incompleta de substâncias
orgânicas com liberação de energia, realizada principalmente
por fungos e bactérias.
• Pode ocorrer em células de vários seres vivos.
• Nos seres humanos ocorre em células que não recebem um
aporte de sangue adequado ou que não têm mitocôndrias
(hemácias).
• Ocorrem em situação de anaerobiose.
• Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao
produto final.
• No processo de fermentação, o aceptor final de elétrons é o
produto final da glicólise (piruvato).
• O saldo energético é de apenas 2 ATP.
Tipos de Fermentação
• Fermentação Alcoólica: o piruvato transforma-se em etanol.

• Fermentação acética: ocorre após uma fermentação alcoólica,


transformando o etanol em ácido acético.

• Fermentação Láctica: o piruvato transforma-se em ácido láctico (lactato).


Esta, em tecidos humanos, ocorre quando o oxigênio não chega em quantidades
suficientes, como em atividades físicas intensas (relacionado às cãibras) ou em
tecidos irrigados por vasos ocluídos.
Regulação da via
glicolítica Insulina Hexoquinase Glicoseose 6-fosfato
• A hexoquinase possui várias (hiperglicemia) (+)
isoenzimas.
• Dois exemplos são a hexoquinase
IV ou glicoquinase, presente no Frutose -2,6 BP (+)
fígado, e a hexoquinase I, Citrato (-)
encontrada nos músculos. ATP (-)
• Quando a glicemia aumenta, a ADP, AMP (+)
glicoquinase está ativa.
• Caso a glicemia diminua, uma
proteína reguladora sequestra a
glicoquinase do citosol, levando-a
para o núcleo.
• A hexoquinase I, presente nos
músculos, atua na sua velocidade
máxima, pois a glicose sanguínea
produz uma concentração
intracelular suficientemente alta
para saturá-la .
• A fosfofrutoquinase e a piruvato
quinase são reguladas
alostericamente por diversos
compostos.
Regulação da via
glicolítica

O ciclo do ácido cítrico é


regulado por três fatores:

• disponibilidade de
substrato para que o ciclo
ocorra.
• inibição pelos produtos
acumulados durante as
reações.
• inibição alostérica das
enzimas que catalisam as
principais reações.
GLICOGÊNIO
• Polímero de glicose.

• Forma de reserve.

• Vantagem biológica: Redução da osmolaridade.

• Sintetizado pelo fígado e músculos:

oferta > necessidade energética imediata

✓ No fígado (4% do seu peso em glicogênio) : manter a


glicemia (entre as refeições e jejum noturno).

✓ Nos músculos: fibra muscular (0,7% do seu peso em


glicogênio) (a demanda energética > aporte de
oxigênio).
6
GLICOGÊNIO
5
Formado por ligações
4 1 glicosídicas entre carbonos 1 e 4
de duas unidades glicídicas ou
3 2 carbonos 1 e 6 nas ramificações.

GLICOSE

GLICOGÊNIO

LIGAÇÕES α1-6

LIGAÇÕES α1-4
Glicogênese
• É o processo bioquímico que transforma a glicose em
glicogênio.
• Ocorre virtualmente em todos os tecidos animais, mas é
proeminente no fígado e músculos (os músculos
apresentam cerca de 4 vezes mais glicogênio do que o
fígado em razão de sua grande massa).
• O músculo armazena apenas para o consumo próprio, e só
utiliza durante o exercício quando há necessidade de
energia rápida.
• O glicogênio hepático fica disponível no fígado para ser
utilizado por outros tecidos, sendo consumido totalmente
cerca de 24 horas após a última refeição.
• O glicogênio é uma fonte imediata de glicose para os
músculos e sistema nervoso quando há a diminuição da
glicose sanguínea (hipoglicemia) e em situações de
estresse.
Glicogênese
• Logo que entra na célula, a glicose é fosforilada a glicose-6-P
pela enzima hexoquinase ou pela glicoquinase (fígado).
• A membrana celular é impermeável à glicose-6-fosfato, que
pode por isso ser acumulada na célula.
• A glicose-6-fosfato será utilizada na síntese do glicogênio, na
síntese de outros compostos de carbono, na via das pentoses
fosfato, ou degradada para produzir energia - glicólise.
Glicogênese

Fosfoglicomutase

Glicose-1-fosfato
Glicose-6-fosfato
UDP-glicose-
pirofosforilase

Glicogênio sintase

Uridina difosfato glicose


Glicogênio (UDP-glicose)
Glicogênese
• O substrato para a síntese de glicogênio é a UDP-glicose.
• A enzima Glicogênio sintase necessita de um “primer”,
ou seja, um resíduo, por onde começar, o qual deve ser
formado por pelo menos quatro moléculas de glicose.
• A proteína Glicogenina é a responsável pela formação
desta pequena cadeia. A ela se liga o pimeiro resíduo de
glicose.
• A Glicogênio sintase se liga à cadeia de glicogenina (que
permanece unida àquele primeiro resíduo de glicose),
estendendo a cadeia.
• Quando o glicogênio estiver grande o bastante, a enzima
Glicogênio sintase é deslocada.
Glicogênese
◼ As ramificações são produzidas por uma "enzima ramificadora". Esta
atua sobre cadeias lineares de glicogênio com pelo menos 11 glicoses.
◼ A enzima ramificadora (amilo-1,4➔1,6-transglicosilase) transfere
segmentos terminais de glicogênio de cerca de 7 resíduos de glicose
para o grupo OH no carbono 6 de um resíduo de glicose (que pode
estar na mesma ou em outra cadeia). As ramificações devem estar a
pelo menos 4 resíduos de distância uma da outra.
Glicogenólise
• O glicogênio pode ser degradado enzimaticamente para
a obtenção de glicose para entrar nas rotas oxidativas
visando a obtenção de energia.
• A glicogenólise possui controle endócrino.
• O glicogênio é degradado pela ação conjunta de três
enzimas: Glicogênio fosforilase, Enzima α 1,6
glicosidase ou desramificadora de glicogênio e
fosfoglicomutase.
Glicogenólise
Glicogênio Fosforilase:

• Atua no glicogênio sobre as extremidades.


• Cliva uma ligação α (1,4) com fosfato inorgânico (Pi).
Esta enzima só cliva resíduos de glicose que estejam a
mais de 4 resíduos de distância de uma ramificação.
• Ocorre quebra de uma ligação glicosídica com
introdução de uma grupo de fosfato e liberação de
uma unidade de glicose-1P.
Glicogenólise
• Fosfoglicomutase: cataliza a isomerização de glicose 1P a
glicose 6P e vice-versa.

Glicose-1P Glicose-6P

• A Glicose 6-fosfato pode ser então utilizada na glicólise.


• Ao contrário do músculo, o fígado (e, em menor extensão
o rim) possui glicose-6-fosfatase, uma enzima hidrolítica
que catalisa a desfosforilação da glicose-6-fosfato, o que
lhe permite fornecer glicose ao resto do organismo
Glicogenólise
• Uma molécula de glicogênio com ramos de apenas 4 glicoses (o
que se denomina uma "dextrina-limite") não pode ser degradada
apenas pela glicogênio fosforilase.
• A Enzima desramificadora do glicogênio: transfere três resíduos
de glicose de uma ramificação limite para outra. O último resíduo
da ramificação (com uma ligação (1-6) é eliminado por hidrólise,
dando como resultado glicose livre e glicogênio desramificado. A
hidrólise é catalizada pela mesma enzima desramificadora.
Regulação do Metabolismo de Glicogênio

• A Glicogênio fosforilase e a glicogênio sintase são


enzimas controladas por fosforilação.
• Quando fosforiladas a primeira é ativa e a segunda
inativa.
• Quando desfosforiladas a primeira é inativa e a
segunda ativa.
Regulação do Metabolismo de
Glicogênio
• A fosforilação das enzimas são controladas por
hormônios como a adrenalina (produzida nas supra-
renais em estresse), o glucagon e a insulina
(produzidos pelo pâncreas em hipo e hiperglicemia
respectivamente).
• Hormônios atuam em células que apresentam
receptores específicos. Insulina e adrenalina tem
receptores nos músculos e fígado e glucagon apenas
no fígado.
• A insulina estimula a desfosforilação das enzimas e o
glucagon e a adrenalina a fosforilação destas enzimas.
Controle da Glicogenólise
• Os estímulos pelos hormônios glucagon (em
hipoglicemia) e adrenalina (em stress) possuem
como segundo mensageiro o AMP cíclico (AMPc),
que é formado a partir do ATP sob ação da enzima
adenilato-ciclase (inativa até que haja o estímulo
hormonal).
• O AMPc ativa uma cascata de reações que ativam a
enzima glicogênio fosforilase e inativam a
glicogênio sintase, estimulando a glicogenólise e
inibindo a glicogênese.
Controle da Glicogenólise
Controle da Glicogênese
• A insulina (produzida em hiperglicemia)
estimula processos em cascata que
desfosforilam a glicogênio sintase
(ativando a glicogênese) e a glicogênio
fosforilase (inativando simultaneamente a
glicogenólise).
GLICONEOGÊNESE (NEOGLICOGÊNESE)

• Cérebro – consome cerca de 120 g


de glicose/dia.

• Hemácias – necessitam de cerca


de 30 g diários.

• 20% do conteúdo calórico de uma


dieta normal são destinados a
suprir as necessidades do cérebro
e hemácias.
GLICONEOGÊNESE (NEOGLICOGÊNESE)

[GLICOSE CIRCULANTE]

GLICOGENÓLISE
HEPÁTICA

APÓS 8 HORAS DE JEJUM GLICONEOGÊNESE

SÍNTESE DE GLICOSE A
PARTIR DE COMPOSTOS
QUE NÃO SÃO
CARBOIDRATOS
GLICONEOGÊNESE
• É um termo usado para incluir o conjunto de processos
pelos quais o organismo pode converter substâncias não
glicídicas (como aminoácidos, lactato, piruvato, glicerol e
propionato) em glicose ou glicogênio.

• SUPRIMENTO CONTÍNUO DE GLICOSE.

• VIA METABÓLICA IMPORTANTE EM JEJUNS


PROLONGADOS.

• NO FÍGADO, minoritariamente nos rins.

• UTILIZA 7 DAS 10 ENZIMAS DA GLICÓLISE.


A GLICONEOGÊNESE NÃO É O
CONTRÁRIO DA GLICÓLISE

• O processo de gliconeogênese não é


apenas uma reversão da via glicolítica,
ainda que várias reações químicas sejam
compartilhadas entre as duas vias
metabólicas.
• Na via glicolítica existem reações de
quebra da glicose que são irreversíveis e,
por isso, é necessário que existam outras
reações com enzimas diferentes, a fim de
que se possa formar glicose a partir do
piruvato.
GLICÓLISE GLICONEOGÊNESE
Glicose Lactato Alanina
ATP
Hexoquinase
ADP PiruvatoATP
Glicose 6-fosfato Piruvato carboxilase
ADP
Oxalacetato
PEP-carboxicinase GTP

Frutose 6-bisfosfato PEPCK GDP

Fosfofrutoquinase I
ATP Fosfoenolpiruvato
ADP
Frutose 1,6-bisfosfato
2Pi ATP
2 NAD+ ADP
2 NADH + H+ NADH + H+
NAD+ + Pi
2 H2O Frutose 1,6-bisfosfato
H2O
Fosfoenolpiruvato Frutose 1,6-bisfosfatase
Pi
Piruvato quinase 2 ADP Frutose 6-fosfato
2 ATP
Piruvato Glicose 6-fosfato
Glicose 6-fosfatase H2O
Pi No REL
Glicose
A GLICONEOGÊNESE NÃO É O CONTRÁRIO DA
GLICÓLISE

GLICÓLISE
Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2 Piruvato + 2 ATP + 2 NADH + 2
2 NAD+ H+ + 2 H2O

GLICONEOGÊNESE
Piruvato + 2 ATP + 1 GTP + 1 NADH + 2 H2O Glicose + 2 ADP + 1 GDP + 3 Pi + 1 NAD + + H+
REGULAÇÃO DA GLICONEOGÊNESE
BAIXA [GLICOSE] SANGUÍNEA

AUMENTO DA SECREÇÃO DE GLUCAGON

AUMENTO DA [AMPc]

AUMENTO DA FOSFORILAÇÃO DA ENZIMA

INIBIÇÃO DA PFK E ATIVAÇÃO DA FBase

AUMENTO DA GLICONEOGÊNESE

Sequência de eventos metabólitos associados a baixa concentração de glicose no sangue à gliconeogênese no fígado

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