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TERAPIA MANUAL APLICADA


AS DISFUNÇÕES
TEMPOROMANDIBULARES
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Thiago Aparecido Alves


ESPECIALISTA em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual, Formação
Completa em Osteopatia Estrutural, Visceral e Craniana, Quiropraxia, Aprimoramento em
Reeducação Postural Global entre outros. Graduado em Fisioterapia pela UNIFAI de
Adamantina (2009).

Possui vivência clínica há mais de 10 anos com Osteopatia, Reeducação Postural Global e
varias técnicas de Terapia Manual. Atua como Orientador das Práticas Clínicas do Setor de
Ortopedia e Traumatologia I e II da UNIFAI, Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia
na FADAP/FAP em Tupã – SP e no Centro Universitário de Adamantina - UNIFAI, Professor de
Pós-Graduação, Cursos de Formação e Instrutor do Método Myofascial Release.
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INTRODUÇÃO
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A articulação Temporomandibular (ATM)


pode sofrer de alterações funcionais e
estruturais, chamadas de Disfunção
Temporomandibular (DTM).

A DTM abrange vários problemas


clínicos que envolvem a musculatura da
mastigação e estruturas associadas.
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EPIDEMIOLOGIA
• As DTMs ocorrem mais frequentemente na população adulta e acomete em
grande número pelo fator etiológico que a envolve.
• A maior incidência é em mulheres, a cada cinco mulheres uma delas
apresenta disfunções, a faixa etária mais comum é entre 20 e 45 anos.
• Entretanto, as DTMs não se restringem somente as mulheres, homens
também podem ser acometidos em qualquer faixa etária.
• Apenas 10% da população acometida buscam ajuda terapêutica e por se
tratar de uma articulação complexa a interferência de outros segmentos
corporais deve ser considerada.
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ANATOMIA
ARTICULAR
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MANDÍBULA

É um osso móvel em forma de “U”, não tem ligação direta com o crânio é constituída de um corpo
e dois ramos que se estendem perpendicularmente para cima a partir de cada extremidade do
corpo. Cada ramo termina em duas extensões proeminentes, os processos coronóide e condilar.
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MANDÍBULA

É um osso móvel em forma de “U”, não tem ligação direta com o crânio é constituída de
um corpo e dois ramos que se estendem perpendicularmente para cima a partir de cada
extremidade do corpo. Cada ramo termina em duas extensões proeminentes, os
processos coronóide e condilar.
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OSSO TEMPORAL
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OSSO TEMPORAL
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MAXILAR

Parte Fixa do crânio que constitui a porção estacionária do


sistema mastigatório.
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DISCO ARTICULAR

Como a Fossa Mandibular é levemente côncava, existe a necessidade de um


disco para melhor encaixe.
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DISCO ARTICULAR
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DISCO ARTICULAR
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FUNÇÃO DO DISCO ARTICULAR

• Permite a articulação das superfícies ósseas;


• Divisão da ATM em 2 componentes;
• Separa os movimentos de rotação e translação;
• Absorve as forças;
• Facilita a lubrificação da ATM.
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SISTEMA
MUSCULAR
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MÚSCULO TEMPORAL
Músculo em formato de leque apresenta-se em três
divisões: anterior, média e posterior.

Origem: fossa temporal e superfície lateral do crânio;


passando posterior ao processo zigomático.
Inserção: processo coronóide e estende-se até a borda
anterior da mandíbula.
Inervação: Pelos ramos do nervo mandibular (n. trigêmio).
Ação: Elevador da Mandíbula, através do feixe anterior.
Elevação e retrusão através dos feixes médio e
posterior.
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MÚSCULO MASSETER
Músculo potente divido em dois feixes superficial e
profundo.

Origem: arco zigomático;


Inserção: ramo da mandíbula, corpo da mandíbula e
processo coronóide;
Inervação: Nervo massetérico (divisão anatômica do n.
trigêmio).
Ação: Elevador da Mandíbula até o contato dentário é o
principal músculo da mastigação. A porção superficial
na protusão mandibular.
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Lembrar que o sistema


muscular pode
apresentar tensão!
Pontos gatilhos => Dor !

MÚSCULO TEMPORAL

MÚSCULO MASSETER
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MÚSCULO PTERIGÓIDEO MEDIAL


Músculo localizado internamente, suas fibras se
encontram com as do masseter.

Origem: fossa pterigóidea


Inserção: superfície medial do ângulo da
mandíbula.
Inervação: Nervo pterigóideo medial (divisão do
nervo trigêmio).
Ação: Elevador da Mandíbula. Também auxilia
na protusão mandibular Músculo pterigóideo medial
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MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL


Músculo Pterigóideo Lateral
Inervação: Nervo pterigóideo lateral
Feixe superior: Origina-se da asa Esfenóide, insere-se na
cápsula articular, no disco e no colo da mandíbula.
Ação: Entra em ação quando há resistência muscular e quando
os dentes são mantidos fechados durante a mastigação.
Feixe inferior: Origina-se na superfície externa do processo
pterigóide lateral, insere-se no colo da mandíbula e na fóvea
pterigóidea.

Ação: Depressores da Mandíbula (ação conjunta). Durante a contração bilateral desse


músculo, os processos condilares são inferiorizados e a mandíbula entra em protusão. Na
contração unilateral, a mandíbula desloca-se lateralmente para o lado oposto da
contração.
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MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL

Íntima relação
com o Disco
Articular!!
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MÚSCULOS SUPRA E INFRA-HIÓIDEOS


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MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
Superiormente: processo mastóide e linha nucal superior do osso
occipital;
Inferiormente: Cabeça esternal e manúbrio do esterno. Cabeça
clavicular, terço medial da superfície anterior da clavícula.
Ação Bilateral: Estabiliza a cabeça e o pescoço; limita a
hiperextensão do pescoço e o movimento de chicote; é flexor da
cervical e acessório da deglutição e da respiração. Ainda apresenta
como função elevar a cabeça a partir da posição supina. Esse
músculo torna-se sensível nas DTMs.
Ação Unilateral: Gira a face para o lado oposto; inclina a face para
cima; auxilia junto ao trapézio a lateroflexão da cabeça e pescoço.
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MÚSCULOS ESCALENOS
Ações: Lateroflexão da coluna cervical.
A ação bilateral do escaleno anterior
auxilia na flexão do pescoço. Os
escalenos posteriores são
estabilizadores do pescoço, participam
da inspiração e se envolvem na elevação
da caixa torácica nos movimento de
erguer e carregar objetos.
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MÚSCULOS ESCALENOS

Relacionado com:

• Nevralgias;
• Epicondilites ;
• Síndrome do Túnel do Carpo;
• Tendinites;
• Desfiladeiro Torácico.
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MÚSCULO TRAPÉZIO
Fixações superiores e medial: linha
nucal superior, ligamento nucal e
processos espinhosos de C1 a C5.
Fixações inferiores e lateralmente: terço
lateral da clavícula.
Ação: Estende a cabeça e o pescoço
(bilateralmente) e gira a cabeça e o
pescoço (unilateralmente).
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SISTEMA
NERVOSO e
VASCULAR
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V par Craniano: Nervo Trigêmio


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V par Craniano: Nervo Trigêmio

• Funções: Sensitivo somático (geral) e motor somático (branquial) para derivados do 1º


arco faríngeo. Sendo então considerado um nervo misto.

• Origina-se na face lateral da ponte do mesencéfalo por meio de duas raízes: motora e
sensitiva.

• A raiz motora deste nervo acompanha o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos
da mastigação e classificando-se como eferentes viscerais especiais.
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• O n. trigêmeo é responsável pelas sensibilidades geral e proprioceptiva da cabeça,


cavidades nasal e oral e, inervação dos músculos da mastigação.

• Estas ramificações do nervo trigêmeo conduzem tanto impulsos exteroceptivos


(temperatura, pressão, dor, tato), como proprioceptivos (originados em receptores
localizados nos músculos da mastigação e na ATM).
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Ramificação do V par craniano: Nervo Mandibular.

• Nervo Auriculotemporal: inerva as regiões posteriores e laterais da ATM.


• Nervo Massetérico: inerva a cápsula articular nas porções anteriores e mediais.
• Nervo Temporal: emite ramificações para região anterior da articulação.
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A ramificação do nervo Mandibular


vem do V par craniano, o Nervo
Trigêmio. O trajeto por onde esse
nervo passa é o Forame Oval,
localizado no osso Esfenóide, isso
faz com que a DTM tenha uma
íntima relação com as
disfunções da Coluna Cervical.
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As disfunções desta estrutura óssea


podem afetar outros segmentos, como
o XI Par Craniano, o Nervo Espinhal.
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Sistema Vascular – Artéria Carótida Externa


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Correlação com Todas as Estruturas


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BIOMECÂNICA
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Por ser um osso móvel a mandíbula pode realizar diferentes movimentos como:
• Abaixada ou elevada,
• Lateralizar-se,
• Sofrer protrusão e retrusão.
Os movimentos de rotação e translação chamados de osteocinemáticos são
responsáveis pela qualidade e fisiologia dos movimentos artrocinemáticos descritos
acima.

POR SER DO TIPO CÔNCAVO-CONVEXA, O DISCO DESLIZA EM DIREÇÃO


OPOSTA AO CÔNDILO ARTICULAR.
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ATM em posição de repouso:

• É a posição inicial para a abertura da boca, a


articulação encontra-se relaxada não há ação
dos mm. Pterigóideos laterais e a face inferior
do disco articular está em contato com o
processo condilar da mandíbula.

ATM em posição de abertura:

• A fase de abertura da ATM requer dois


movimentos funcionais:
• ROTAÇÃO
• TRANSLAÇÃO.
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ROTAÇÃO.
• Primeira Etapa: Durante os movimentos de pequena amplitude, os meniscos e os côndilos
mandibulares permanecem nas cavidades glenóides.

DESLIZAMENTO.
• Segunda Etapa: é o movimento de maior amplitude, os meniscos e os côndilos
mandibulares utilizam os côndilos temporais. A articulação Temporomandibular associa um
deslizamento a sua rotação.

• O MENISCO É SEMPRE COLOCADO EM QUESTÃO NO CASO DE LESÕES


MECÂNICAS DESTA ARTICULAÇÃO.

• O limite de abertura da boca é de aproximadamente 40 mm, durante os 20 a 25 mm ocorre


um movimento de rotação pura, o côndilo articular desliza-se para frente enquanto o disco
sofre um ligeiro deslizamento posterior.
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ATM EM POSIÇÃO DE FECHAMENTO:


• A volta da mandíbula em posição de repouso acontece pelo deslizamento
posterior do côndilo e deslizamento anterior do disco. Para que o disco e o
côndilo voltem juntos para a posição de relaxamento a cabeça superior do m.
pterigóideo lateral se contrai.

MASTIGAÇÃO:
• Ao morder um alimento mais consistente, a pressão intra-articular homolateral a
mastigação diminui para que a força de fechamento afete somente o alimento.
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ATM x DTM
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ESPASMO MUSCULAR.

• Como ATM depende diretamente do sincronismo muscular, qualquer espasmo


desencadeia sobrecarga e desequilíbrio articular.

• Durante o repouso a pressão intra-articular está menor, portanto, o espaço articular


também é maior em contrapartida em um bruxismo a pressão é maior com o espaço
articular reduzido.

PORTANTO A PRESSÃO E O ESPASMO SÃO DIRETAMENTE PROPORCIONAIS AO


EQUILÍBRIO E AÇÃO MUSCULAR.
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Etiologia das DTMs


A etiologia das DTMs é multifatorial, sua etiologia
é tão variada quanto a sua sintomatologia.

• Fatores Neuromusculares: Desequilíbrio,


postura e hábitos parafuncionais.

• Fatores Psicológicos: Hábitos


parafuncionais, estresse e ansiedade.

• Fatores anatômicos: Oclusão dentária.


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Sinais e Sintomas Apresentados


• Ruídos articulares; • Transtornos de humor;
• Desvios de movimento; • Transtorno Labirintico;
• Limitação de movimento; • Alterações do Sono.
• Dor articular;
• Hábitos parafuncionais;
• Cefaléia;
• Cervicalgia;
• Dores referidas;
• Sintomas de ouvido;
• Alterações na deglutição;
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Postura vs DTM

• O equilíbrio postural bem como os movimentos cervicais é influenciado pelo


posicionamento do crânio sobre a coluna cervical determinando assim a
atitude postural.
• Qualquer alteração postural da coluna cervical pode levar as DTM´s pela
relação neuromuscular com a região cervical e escapular.
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Postura – Retificação Cervical


Consequência da alteração postura: a retificação cervical é a alteração postural mais
prevalente em portadores de DTM.

• Anteriorização da cabeça,
• Osso hióideo em posição mais baixa,
• Processos condilares assumem uma posição mais superior e posterior: em decorrência
dessa alteração do côndilo, a cabeça superior do m. pterigoideo lateral torna-se
ALONGADA e por ação reflexa promove contração desse músculo, causando um
deslocamento anterior do disco, consequentemente altera-se a oclusão dentária.
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HIPOMOBILIDADE E
HIPERMOBILIDADE
NA DTM
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DTM e as Hipo e Hipermobilidades


“Toda perda de mobilidade articular de um elemento se faz em prejuízo
de outra zona, que deverá compensar essa falta de mobilidade com um
hiper-funcionamento, uma hipermobilidade”.

Hipomobilidade:

• Caracterizado por fixação articular devido a espasmos musculares ou


aderência;
• Dor localizada através da palpação;
• Zona assintomática.
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Hipermobilidade

Quando a articulação perde sua congruência fisiológica a cápsula e os ligamentos


começam a afrouxar, perdendo sua estabilidade, em decorrência da falta de
propriedades vicoeslásticas no tecido conectivo periarticular.

• Caracterizam-se por hipotonia muscular, dores espontâneas e irritações de


raízes nervosas;
• Pode ser supra ou subjacente à fixação articular;
• ZONA SINTOMÁTICA.
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AVALIAÇÃO
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Início da Avaliação Temporomandibular

Algumas indagações devem ser realizadas ao paciente:


• Qual sua queixa principal?
• Onde localiza sua dor?
• Já sofreu algum acidente?
• Realizou cirurgias?
• Em qual lado prefere mastigar os alimentos?
• Range ou aperta os dentes?
• Apresenta zumbido ou abafamento na orelha?
• Presença de cefaleia?
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Avaliação Postural
Durante a Avaliação Postural, correlacionar os achados posturais com a
sintomatologia do paciente.
Observar as principais alterações na região cervical e cintura escapular, uma vez que
esses músculos estão intimamente relacionados e qualquer disfunção nestes podem
causar alterações visíveis.
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Palpação Muscular
Paciente deitado em decúbito dorsal, terapeuta irá realizar a palpação de todos os
grupos musculares envolvidos no funcionamento articular.
• ECOM,
• Temporal,
• Escalenos,
• Masseter,
• Pterigoideo Lateral e Medial,
• Suboccipitais,
• Trapézio Superior.
O objetivo da palpação é encontrar diferença entre tônus muscular, presença de
pontos gatilho e bandas musculares tensas.
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AVALIAÇÃO
PRÁTICA
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Palpação Muscular
Paciente deitado em decúbito dorsal, terapeuta irá realizar a palpação de todos os grupos
musculares envolvidos no funcionamento articular.
• ECOM,
• Temporal,
• Escalenos,
• Masseter,
• Pterigoideo Lateral e Medial,
• Suboccipitais,
• Trapézio Superior.
O objetivo da palpação é encontrar diferença entre tônus muscular, presença de pontos
gatilho e bandas musculares tensas.
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Teste de Mobilidade Ativa da Mandíbula


• Paciente sentado ou em pé, terapeuta posicionado a
frente ou atrás do paciente.

• Realizar contato com a polpa dos dedos sobre a


articulação Temporomandibular, sem exercer muita
pressão.

• Solicita-se ao paciente que faça abertura da boca de


forma lenta, no intuito do terapeuta ter a percepção do
movimento.
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Teste de Mobilidade Ativa da Mandíbula


CÔNDILO POSTERIOR

• Quando o côndilo demora a se mover, significa que ele encontra-se POSTERIOR,


será o lado do bloqueio, da Hipomobilidade.

CÔNDILO ANTERIOR

• É a mais difícil das lesões envolvendo a ATM, sendo na maior parte das vezes
ocorrendo apenas à lesão em Posterioridade.

• Solicita-se ao paciente que faça a Retrusão da mandíbula.

• Terapeuta com a polpa dos dedos faz contato na articulação Temporomandibular


e observa o movimento de posterioridade dos côndilos.
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Teste de Mobilidade Passiva da Mandíbula


• Paciente: em decúbito dorsal, com a boca entreaberta. O ideal é que a
maca esteja numa altura onde o terapeuta posicione os membros
superiores de forma estendida.

• Terapeuta: em pé ao lado do paciente virado em direção a cabeça do


paciente. Posiciona-se a polpa dos polegares de cada lado da mandíbula,
sobre as cúspides dos últimos molares. Os dedos indicadores recobrindo
a borda posterior da mandíbula e os dedos médios sob a borda inferior
da mandíbula.
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Palpação e Diagnóstico das Lesões

Manobra
• Descompressão vertical,
• Translação anterior e posterior,
• Translação lateral direita e esquerda,
• Abertura e fechamento.

Objetivo
• Colocar em evidencia as limitações de movimentos, que podem ocorrer por
tensão muscular, degeneração do menisco, luxação anterior ou posterior do
menisco.
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TRATAMENTO

MIOFASCIAL
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Pompage da Coluna Cervical

Manobra indicada para relaxar as tensões da coluna cervical .


A pompage é realizada por um tensionamento suave e simétrico das duas mãos.
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Técnica de Liberação para o Músculo Esternocleidomastoídeo - ECOM

Terapeuta, com uma das mãos, faz uma rotação contralateral ate a barreira motriz e com a outra
mão fixa a porção esternal. Aplica-se então o stretching aumentando o parâmetro de rotação
contralateral mantendo a porção esternal bem fixada.
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Técnica de Liberação para os Músculos Infra e Supra-Hióideos

Realizar o stretching de toda a região, com o ponto fixo o esterno


e a alavanca o mento.
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Técnica de Liberação para os Músculos Escalenos

Posição do Paciente: Deitado em decúbito dorsal.

Colocação das Mãos: Com uma mão em contato de U apóia na região proximal do ombro,
fixando a 1a costela e a outra mão faz o contato na cervical do paciente.
Ação: Terapeuta faz a depressão com a mão que esta na região proximal do ombro e com
a outra mão realiza uma lateroflexao contralateral e uma rotação homolateral ate a
barreira motriz, a partir de então realiza o stretching aumentando a latero-flexao
contralateral.
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Técnica de Liberação para o Músculo Trapézio Superior

Terapeuta realiza a depressão do ombro com uma das mãos e


com a outra mão realiza uma latero-flexão contralateral.
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Técnica de Liberação para os Músculos Suboccipitais

Paciente em posição supina.

O fisioterapeuta exerce uma pressão continua de tensionamento junto a região occipital,


com o intuito de promover o máximo de relaxamento da musculatura adjacente.
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Técnica de Inibição para o Músculo Temporal ou Masseter

Paciente em decúbito dorsal, terapeuta sentado atrás da cabeça do paciente.


Uma mão estabiliza a cabeça da paciente pelo contato frontal, enquanto a outra mão do
terapeuta procura a presença de pontos gatilho, em masseter ou temporal.
Técnica: manter pressionado por 90 segundos, aproximando cabeça em inclinação para o
lado da compressão.
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Técnica de Liberação para o Músculo Masseter

Posição do Paciente: Paciente em decúbito dorsal, com a boca entre aberta (técnica de traços
neuromusculares) ou aberta.
Colocação das Mãos: terapeuta localiza o músculo masseter do lado a ser trabalhado.
Técnica: solicite ao paciente que aperte os dentes para localizar o músculo. Quando realizado
externamente, com o polegar realizar traços neuromusculares, e ou, internamente, com o polegar por
dentro da boca do paciente, realizar uma “pinça” no músculo a procura de pontos gatilho.
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Técnica de Liberação para o Músculo Pterigóideo

Posição do Paciente: Paciente em decúbito dorsal, com a boca entreaberta para melhor
posicionamento do dedo indicador do terapeuta.
Técnica: solicite ao paciente que permaneça com a boca entreaberta, o terapeuta
percorre com o dedo as cúspides superiores até se deparar com uma proeminência
óssea, o processo pterigóideo.
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Técnica de Stretching e Músculo Energia para os Músculos da Oclusão

Paciente em decúbito dorsal, terapeuta em finta anterior atrás da cabeça do paciente.

Realiza um contato estabilizando a cabeça do paciente pelo osso frontal, e a mão mobilizadora faz um contato

tênar na região anterior do mento do paciente.

Técnica: paciente mantem a boca relaxa, e durante a técnica de stretching os músculos são mobilizados de forma

rítmica, enquanto na energia muscular o terapeuta resiste ao fechamento da boca.


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Técnica para Inibição do Músculo Pterigoideo Lateral

Terapeuta realiza um contato com a mão espalmada dos dois lados da mandíbula,
paciente com a boca entre aberta.
Terapeuta realiza o deslocamento lateral da mandíbula para o lado contrário do músculo a
ser inibido. Paciente realiza uma leve força contra a resistência do terapeuta.
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Técnica para Mobilização da Fáscia Massetérica

A Fáscia Massetérica envolve o músculo masseter. Se liga ao arco do


zigomático do osso temporal onde é contínua com a Fáscia temporal
profunda. Tem inserções na maxila e mandíbula onde é contínua com a
camada superficial da Fáscia profunda da cervical e consequentemente com
o músculo Esternocleidomastoídeo.
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TRATAMENTO

MOBILIZAÇÕES PARA
REPOSICIONAMENTO
DO DISCO ARTICULAR
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Técnica para Deslocamento POSTERIOR do Menisco

O PACIENTE CONSEGUE ABRIR A BOCA, MAS NÃO PODE FECHA-


FECHA-LA.

O fechamento é impedido pela posição do menisco no fundo da cavidade e pela


tensão do ligamento menisco-temporal.

Paciente: em decúbito dorsal com a boca entre aberta.

Terapeuta: ao lado do paciente virado em direção a cabeça do paciente, colocar a polpa


dos polegares sobre os últimos molares de cada lado da mandíbula. Os dedos médios
estabilizam a mandíbula inferior.
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Técnica para Deslocamento Posterior do Menisco

Manobra: realizada uma descompressão no sentido caudal,


seguido de um movimento de translação posterior da mandíbula,
em seguida realizado uma compressão no sentido cranial.
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Técnica para Deslocamento ANTERIOR do Menisco


O PACIENTE CONSEGUE FECHAR A BOCA, MAS NÃO PODE ABRI-
ABRI-LA.

A Abertura é impedida pela posição anterior do menisco na cavidade.

Paciente: em decúbito dorsal, com a boca entreaberta.


Terapeuta: em pé do lado contralateral a ser trabalhado, em direção a cabeça do
paciente.
Coloca-se a polpa dos polegares sobre os últimos molares de cada lado, os dedos
indicadores envolvem a borda posterior da mandíbula e os dedos médios apoiam a
parte de baixo da mandíbula.
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Técnica para Deslocamento Anterior do Menisco

Manobra: realiza-se uma descompressão para baixo em direção aos pés do


paciente, seguida de uma translação para frente (em direção ao teto), depois
uma compressão e por fim um deslizamento para posterior.
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TRATAMENTO
TÉCNICAS PARA
CÔNDILO
TÉCNICAS
POSTERIOR
ARTICULARES
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Técnica Manipulativa para Côndilo Posterior (SENTADO)


Apoia-se a cabeça do paciente no esterno do terapeuta, paciente
realiza uma rotação da cabeça para o lado contrário a posterioridade.

Contato: uma mão faz contato na região temporal do paciente, fazendo a


estabilidade do segmento. Outra mão com contato no ramo da mandíbula.

Técnica: Redução do slack (tecidos moles) de posterior para anterior,


levemente obliquo, redução dos parâmetros e impulso articular.
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Técnica Manipulativa para Côndilo Posterior (SENTADO)

Os impulsos articulares são leves e sutis.


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Técnica Manipulativa para Côndilo Posterior (DEITADO)


Paciente deitado em decúbito lateral, com o côndilo posteriorizado voltado para cima.

Terapeuta faz contato estabilizando a cabeça do paciente na região do osso temporal.


Outra mão faz contato no ramo da mandíbula com a boca do paciente levemente aberta.
Técnica: redução do slack de posterior para anterior (pensando na posição do côndilo), e
impulso manipulativo de cima para baixo.
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Técnica Manipulativa para Côndilo Posterior (SENTADO SEM ROTAÇÃO)

Realiza um contato na região do osso frontal para estabilizar a cabeça e a outra faz
contato envolvendo o mento do paciente.
Técnica: a mãos em contato com a mandíbula faz a redução do slack para o lado oposto
a posterioridade, reduz os parâmetros e o impulso manipulativo ocorre no sentido da
redução.
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TRATAMENTO
TÉCNICAS PARA
TÉCNICAS CÔNDILO
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Técnica Manipulativa para Côndilo ANTERIOR

Terapeuta atrás do paciente, realiza contato na face inferior do paciente com a mão
espalmada. Outra mão faz contato pisiforme na região do ramo da mandíbula, de forma que os
dedos fiquem apontados em direção ao ouvido do paciente.
Técnica: redução do slack no sentido superior, leve inclinação da cabeça e impulso articular na
direção da ATM (impulso superior).
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Técnica Manipulativa para Côndilo Anterior (SENTADO)

Contato: com os dedos entrelaçados na face anterior da mandíbula do paciente, realiza


uma leve inclinação da cabeça do paciente para o lado do côndilo a ser posteriorizado.
Técnica: redução do slack de anterior para posterior e o impulso manipulativo na direção
da redução.
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Técnica Articulatória para Ganho de Mobilidade (deitado)

Paciente com a boca aberta, terapeuta faz apoio do polegar sobre os molares na mandíbula do
lado da articulação a ser trabalhado, e os demais dedos fazem apoio no ramo da mandíbula
como apoio. Com a outra mão, terapeuta faz apoio sensitivo na articulação para ter a
percepção do movimento.
Técnica: realiza-se uma tração e mobilização da articulação em todos os planos de movimento.
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Técnica para Descompressão do Osso Temporal

Paciente em decúbito dorsal, terapeuta sentado à cabeceira da maca com os cotovelos


apoiados na maca.
Terapeuta segura o lobo de cada orelha entre os dedos polegar e indicador, o mais próximo possível
do canal auditivo externo.
Técnica: consiste em estabelecer uma tensão externa perpendicular ao crânio, como se sentisse que
as tensões dos dois lados se encontrassem.
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Referências
GONZALEZ, DAB. Abordagem Interdisciplinar das Disfunções Temporomandibulares. Barueri: Manole, 2005.
SANTOS, R., TENREIRO M.J.S. Terapia Manual nas Disfunções da ATM. 2º edição. Rio de Janeiro: Rubio, 2018.
BUSQUET, L. VANDERHEYDEN, M. B. As Cadeias Fisiológicas: A Cadeia Visceral Tórax/Garganta/Boca. Descrição e
Tratamento, volume VII. Barueri: Manole, 2010.
BUSQUET, L. VANDERHEYDEN, M. B. As Cadeias Fisiológicas: Tratamento do Crânio: volume V. Barueri: Manole,
2009.
HALL, J.E. GUYTON, A. C. Guynton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. 12º ed. Rio de Janeiro: Elservir, 2011.
BIENFAIT, M. Os Desequilíbrios Estáticos: Fisiologia, Patologia e Tratamento Fisioterápico. 3ª edição. São Paulo:
Summus, 1995.
KENDALL, F.P. et al. Músculos, Provas e Funções: com postura e dor. 4ª edição. Barueri: Manole.
MOORE, K.L et al. Moore Anatomia Orientada para Clínica. 7ª edição. Rio de Janeiro: Koogan, 2014.
SOUCHARD, P.E. Reeducação Postural Global: Método do Corpo Fechado. 4ª edição. São Paulo: Editora Icone, 2001.

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