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Atualmente, o programa seis sigma é muito divulgado pela ASQ (American Society
for Quality), que emprega uma certificação para as pessoas que querem atuar nessa
área da qualidade. A certificação da ASQ é conhecida como “Black Belt”, onde o
profissional certificado deverá estar habilitado para aplicar as técnicas do seis sigma,
além de poder conduzir um projeto de melhoria.
- White Belt: profissional que domina técnicas básicas da qualidade, tais como
FMEA, CEP, QFD, PDCA. Esse profissional (em geral de formação técnica), será o
responsável pela coleta de dados, compilação inicial das informações, aplicação das
melhorias nos processos, ajustes nas ações tomadas e coleta dos resultados.
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
- Green Belt: esse profissional (em geral de formação superior), deve possuir
alguma experiência na aplicação de ferramentas estatísticas mais avançadas (regressão
linear, análise de diagrama de blocos, aplicação de conceitos de curvas de
desenvolvimento de funções), e poderá conduzir uma equipe em sub-projetos de
aplicação do seis sigma.
- Black Belt: profissional com boa experiência na área da qualidade, que já teve a
oportunidade de participar de projetos de seis sigma como Green Belt e está habilitado
para gerenciar um programa completo de seis sigma em uma empresa. Costuma-se
dizer que um Black Belt trará um retorno esperado da ordem de um milhão de dólares
para a empresa, dessa forma, o mercado costuma remunerar adequadamente esse
profissional.
O seis sigma prega que uma meta, além se ser mensurável, deve ser medida em
valores monetários, ou seja, os esforços devem estar voltados para ganhos financeiros
diretamente ligados às melhorias que se pretendem implantar. No exemplo citado,
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
poderíamos dizer: queremos diminuir em 10% nossos custos com retrabalho, o que não
implica diretamente, na diminuição do índice de retrabalho!
Na grande maioria dos casos, a aplicação do programa seis sigma está voltada no
atendimento ao cliente, ou seja, buscam-se ganhos financeiros através de melhorias em
índices voltados ao usuário dos produtos e serviços da empresa.
No exemplo citado por Eckes (2001), aplicou-se o seis sigma para melhorar a
lucratividade de hotéis nos EUA, com o aumento da ocupação dos quartos. A meta
estipulada era: queremos aumentar em 30% a ocupação dos quartos dos hotéis. Essa
meta é mensurável financeiramente e trará um impacto que justifica uma dedicação
sobre o tema tratado. Outro exemplo foi uma aplicação do programa seis sigma na planta
da Volkswagen de São José dos Pinhais. Escolheu-se como objetivo diminuir o índice de
reparos de espelhos retrovisores elétricos em campo. Após a aplicação da ferramenta,
consegui-se uma economia de 300 mil dólares por ano com reparos em garantia.
agregam valor;
organização.
Esse último tópico é bem interessante, porque não é raro encontrar empresas que
utilizam diversas metodologias diferentes na condução de solução de problemas, por
exemplo: um problema de atraso na entrega de mercadorias, é conduzido pela logística
que tratará do problema através do gráfico de Ishikawa e envolverá as áreas de
recebimento e compras. Nessa mesma empresa, uma equipe do PCP está introduzindo
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
Não se pode conceber que um programa desse porte, que envolve todos os níveis
da organização, terá resultado se não for uma opção da diretoria, ou seja, um programa
desse porte não terá sucesso de vier de baixo para cima. Obrigatoriamente deve ser uma
opção da alta direção.
Se houver uma melhoria da qualidade, para que 6 desvios padrões estejam dentro
dos limites de especificação, isso significa que a dispersão das amostras em relação à
média tem que ser muito pequena, e a chance de haver uma falha (medida fora da
especificação), cai para três falhas para cada 1 milhão de unidades produzidas.
Imagine que o diretor de um banco traga o seguinte problema para seus gerentes:
“estamos com um tempo de espera muito elevado nas filas dos caixas”. Para tomada de
ações de melhoria, precisa-se conhecer melhor esse problema, por exemplo:
Imagine que o problema ocorra em qualquer dia da semana, mês e ano, sempre
no horário do almoço, sendo assim, o problema passa a ser descrito como: “estamos
com um tempo de espera muito elevado nas filas dos caixas, em todas as agências, em
qualquer dia da semana, mês e ano, sempre no horário do almoço”. Nesse caso, uma
das causas pode ser “falha na escala para almoço” e como ação de como ação, pode-se
“alterar a escala”.
Se não for realizada uma análise do problema do exemplo acima, pode-se tomar a
ação de contratar mais operadores de caixa, que poderão ficar ociosos durante a maior
parte do dia, o que irá levar a sua demissão ao longo do tempo e o problema voltará a
ocorrer! Sem uma análise do problema, qualquer tomada de ação é feita no “escuro”, ou
seja, não existirá embasamento analítico para sustentar uma tomada de ação.
O Gerente da Qualidade foi para a produção e pediu a lista das peças defeituosas
da última semana. Nessa lista, constam 80 peças com defeito, produzidas na última
semana. O gerente da qualidade montou uma tabela com essas 80 peças, agrupando
por tipo de defeito e ordenando por frequência, conforme mostra a tabela 01:
Após esse passo, ele calculou a frequência relativa de cada defeito e a frequência
acumulada dos defeitos, conforme a tabela 02:
Tipo de Frequência
Frequência Frequência
Defeito Relativa (%) Acumulada (%)
Total 80 100,00 -
120
100
100 86,25
73,75
80
61,25
60 46,25
40
23,75
23,75 22,5
20 15 12,5 12,5 12,5
0
Saliências Asperezas Riscos Manchas Cor Outros
Em uma fábrica de automóveis, decidiu-se realizar uma força tarefa para melhorar
os defeitos de pintura. Para atuar nos principais problemas, foi realizado um pareto para
focar o trabalho naqueles que iriam ter uma maior impacto nos resultados. Foram
avaliados 50 carros aleatoriamente, sendo relacionados o total de defeitos encontrados
nesses carros, conforme está apresentado na tabela 03:
Tipo de Frequência
Frequência Frequência
defeito Relativa (%) Acumulada (%)
120,00%
100,00%
100,00% 85,31%
82,49%
77,40%
72,32%
80,00%
62,15%
60,00% 44,07%
44,07%
40,00%
18,08% 14,69%
20,00% 10,17%
5,08% 5,08% 2,82%
0,00%
e
ra
to
al
as
s
as
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tu
en
su
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ut
jid
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Vi
m
at
O
gr
Su
rri
Cr
Es
sa
lo
co
Ho
as
Es
35,00%
31,25%
30,00%
25,00%
21,25%
20,00%
15,00%
13,75%
15,00%
11,25%
10,00% 7,50%
5,00%
0,00%
seg ter qua qui sex sab
60,00%
51,25%
48,75%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Linha 01 Linha 02
Exercício:
Legenda do Tipo:
A = Água e Sal
C = Cream Cracker
M = Maizena
Legenda do Forno
1 = Forno 1
2 = Forno 2
Legenda de Turno
1 = 1º Turno
2 = 2º Turno
3 = 3º Turno
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
1.5.2 Histograma
O Histograma é uma ferramenta da qualidade utilizada para descrever um
problema. Para uma quantidade muito grande de amostras é de grande valia, dando uma
visão geral do problema a ser analisado.
Aluno Nota
1 6,5
2 7,5
3 4,5
4 6,5
5 8,0
6 7,5
7 7,0
8 6,5
9 7,5
10 8,0
11 9,5
12 3,5
13 7,5
14 8,0
15 7,0
Classe Frequência
3,0 - 4,0 1
4,5 - 5,5 1
6,0 - 7,0 5
7,5 - 8,5 7
9,0 - 10,0 1
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
Histrograma
8
7
7
6
5
5
4
3
2
1 1 1
1
0
3,0 - 4,0 4,5 - 5,5 6,0 - 7,0 7,5 - 8,5 9,0 - 10,0
Histrograma
Histrograma
03) Se o pico do gráfico se der fora do centro, isso indica que o processo está
tendencioso, ou seja, é necessário realizar um ajuste para centralizar os resultados.
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
Histrograma
PROBLEMA
Estudo de Caso:
c) dois fatores possam ter efeito sobre uma mesma característica da qualidade.
a) coletar pelo menos 30 pares de amostras dos dados das variáveis que se
pretende estudar;
10 10 10
8 8 8
6 6 6
4 4 4
2 2 2
0 0 0
0 5 10 0 5 10 0 2 4 6
12 12 12
10 10 10
8 8 8
6 6 6
4 4 4
2 2 2
0 0 0
0 5 10 0 5 10 0 5 10
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
(r = 0,024)
Diagrama de Dispersão
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3
Estudo de Caso:
Falhas na
Alunos
emissão de
Matriculados
boletos
52 5
31 2
28 1
37 2
45 4
52 3
38 2
35 1
32 1
29 0
64 5
32 3
14 0
28 1
36 2
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
Diagrama de Dispersão
6
5
4
3
2
1
0
0 20 40 60 80
∑ x∑ y
∑ xy −
n
r=
(∑ x ) 2
(∑ y )2
∑ x 2 − .∑ y −
2
n n
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
Exemplo
Alunos Falhas na
Matriculados emissão de xy x2 y2
(x) boletos (y)
52 5 260 2704 25
31 2 62 961 4
28 1 28 784 1
37 2 74 1369 4
45 4 180 2025 16
52 3 156 2704 9
38 2 76 1444 4
35 1 35 1225 1
32 1 32 1024 1
29 0 0 841 0
64 5 320 4096 25
32 3 96 1024 9
14 0 0 196 0
28 1 28 784 1
36 2 72 1296 4
553 32 1419 22477 104
553.32
1419 −
r= 15 = 0,8756
(553)
2
(32)
2
22477 − .104 −
15 15
indicam uma forte correlação entre as variáveis. Valores de r próximos de zero, indicam
uma correlação fraca entre as variáveis. O sinal de r indica se a correlação é positiva
(valores se modificam na mesma direção) ou negativa (valores se modificam em sentidos
opostos).
Nesse exemplo, o valor de r é positivo, isso indica que haverá um aumento no erro
de emissão de boletos para pagamento das mensalidade com o aumento do número de
alunos matriculados na disciplina.
Diagrama de Dispersão
10
8
6
4
2
0
0 5 10
Média: 0,952 Kg
Desvio-Padrão: 0,021Kg
x − µ0
α=
σ/ n
ESTRATÉGIA SEIS SIGMA
0,962 − 0,952
α= = 0,1506
0,021 / 10
Análise do Resultado:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ECKES, GEORGE. A revolução seis sigma: o método que levou a GE e outras empresas a
transformar processos em lucro. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
PANDE, P.; NEUMAN, R.; CAVANAGH, R. Estratégia seis sigma. São Paulo: Qualitymark,
2001.