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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

CAMPUS DE NATAL – CAN


CURSO DE DIREITO

ERICK VINICIUS

PROSPECTO DO PROJETO DE PESQUISA

NATAL/RN
2021.2
ERICK VINICIUS
PROSPECTO DO PROJETO DE PESQUISA

Prospecto de pesquisa apresentado


na disciplina Metodologia Científica,
orientado pela Profª Maria Audenora
das Neves Silva Martins, como pré
requisito da 1º avaliação.

NATAL/RN
2021.2
SUMÁRIO
1. TITULO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Tema
2.2. Delimitação do tema
2.3. Problematização
2.4. Justificativa
2.5. Grandes questões
2.6. Hipóteses
3. OBJETIVOS
3.1. Geral
3.2. Específicos
4. QUADRO TEÓRICO
5. METODOLOGIA DO ESTUDO
5.1. Caracterização do estudo
5.2. Quanto à natureza da pesquisa
5.3. Tipologia do estudo
5.4. Com base nos dados coletados
5.5. Quadro de referência da pesquisa
6. CRONOGRAMA
7. REFERÊNCIAS
1 - Título: VIOLÊNCIA E PRECONCEITO: o triste caso do congolês Moise
Kabagambe

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. TEMA
Violência e preconceito

2.2. DELIMITAÇÃO DE TEMA


Números escancaram o racismo institucional

2.3 PROBLEMATIZAÇÃO
13 de maio de 1888. Está é a data da publicação do decreto sobre a lei Áurea,
onde libertou os negros da escravidão no período imperial. Juridicamente, os negros
se tornaram livres e cidadãos constituintes da federação a época. Porém, isso não
significa que eles conquistaram a liberdade social, para assim poderem possuir uma
Mobilidade social e conquistar altos cargos na sociedade.
Dessa forma, com o preconceito já encarregado por conta da época de
escravatura, os negros se viram precisando buscar formas alternativas de
sobrevivência. Assim, se iniciou o processo de favelização, com as comunidades de
17 afrodescendentes indo para os morros ou periferias da cidade, montando suas
casas de forma improvisada, e vivendo de forma afastada do restante da sociedade.
Além da dificuldade de moradia, maior ainda era a dificuldade de emprego. A
maioria dos brancos, portugueses e ricos não confiavam de empregar pessoas
negros, devido ao preconceito da escravidão, e os poucos que empregavam,
ofereciam condições análogas a escravidão. Vendo isso, muitos negros partiram
para o lado ilícito da lei,
dessa forma roubando, assassinando e traficando, assim adicionando mais um
estereótipo na conta dessa classe racial.
A partir de toda essa história, chega-se a conclusão sobre as razões do racismo
instituído nas raízes da sociedade brasileira, que assim se acarreta nas mais
diversas consequências. Maior taxa de pobreza da população negra, porcentagem
de mortos, aprisionamentos e outras tantas sequelas sociais advindas dessas
questões jogadas contra a população afro descente, que devido aos acontecimentos
do passado, se veem hoje como excluídos da estrutura social na qual residem,
assim impedido a sua ascensão social para uma maior amenização do preconceito
racial.

2.4. JUSTIFICATIVA
Com todo esse preconceito arraigado na cultura brasileira, buscou-se alternativas
para proteger e auxiliar os negros/pardos na sua escalada social. A priori, foram
criadas leis no código penal para proteger de possíveis práticas preconceituosas. A
precursora foi à lei Afonso Arinos, promulgada por Getúlio Vargas, em 1951,
proibindo qualquer indicio de discriminação racial. Por mais que na prática não
funcionasse também, mas já o início de um processo. Após isso, ouve a criação de
outras leis, a implementação de algo mais sólido na constituição cidadã de 1988,
entre outras medidas.
Além disso, também ocorreu a criação de mecanismos para uma ascensão
socioeconômica. Exemplos foram às cotas sociais nos processo de seletiva
estudantil. Aprovadas em 2012, servem para pré-definir uma quantidade de vagas
para pessoas negras ou pardas, assim tentando diminuir a desigualdade e dando
uma ampliação socio-racial para a sociedade.

2.5. GRANDES QUESTÕES


A implementação das leis antirracismo surtiram um efeito real na sociedade? E
as
cotas raciais, amenizaram ou aumentaram as tensões sociais? Há uma validação
para saber se essas medidas obtiveram resultados práticos bons? Se não, quais
outras medidas poderiam ser utilizadas?

2.6. HIPÓTESES
H1 – Negros tendem a sofrer mais prisões injustas que brancos
Variável 1: Negros Variável 2: Prisões injustas

H2 – O preconceito sobre os negros advém de um racismo estrutural


Variável 1: Preconceito Variável 2: Racismo estrutural

H3 – Negros possuem menos condições financeiras que brancos


Variável 1:Possuem menos Variável 2: condições financeiras

3. OBJETIVOS
3.1. – Geral
Diminuir o pensamento racista e seus atos na sociedade brasileira.
3.2. – Específicos
- Destrinchar a histórica discriminação da população negra
- Os motivos que ocasionaram
- Demonstrar os efeitos sociais ocasionados por tais práticas
- O que vem sendo feito para dirimir essa realidade escabrosa

4. QUADRO TEÓRICO
Dia 24 de Janeiro de 2022. É morto a pauladas no Rio de Janeiro o jovem
congolês Moise Kabagambe, pelo patrão e outros dois comparsas, após ele ter ido
cobrar uma diária de 200 reais. Imigrante, pobre e negro, Moise é apenas mais uma
vítima preta que teve a vida ceifada. Mais uma pessoa que teve sua trajetória de
vida interrompida. E Moise não é a primeira vítima negra, pobre e trabalhadora a
sofrer com tais sequelas de uma sociedade construída a base de ideais
escravocratas. Amarildo, João Pedro, João Alberto, e entre outros, são exemplos
sobre como pessoas afrodescendentes sofrem até hoje na tentativa de integração
plena ao restante da sociedade.

5. METODOLOGIA DO ESTUDO
Este exemplo foi elaborado no semestre 2021.2 para um aluno no 1º período de
Direito. Metodologia utilizando dados, casos concretos, teorias filosóficas,
sociológicas e literárias.

a) Caracterização do estudo:
O seguinte estudo caracteriza-se por interdisciplinar ao abordar temática que passa
por diversos setores de conhecimento, em especial o setor da área de direito,
história e sociologia.

b) Quanto à natureza da pesquisa:


A investigação e pesquisa científica serão levantadas por meio de fichamentos,
consultas sociológicas, literárias e filosóficas, levantamento de dados e artigos. Tudo
isso para se propor a definir e dissecar os conceitos de racismo institucionalizado, os
motivos que ocasionam isso, e as citação de casos concreto para exemplificar a
teoria, como o já citado caso de Moise Kabagambe.

c) Tipologia do estudo:
Inicia-se como pesquisa exploratória, aumentando assim o nível de conhecimento do
autor e pesquisador. Continua-se definindo como descritiva, ao expor os fatos
apresentados e analisados. E por fim, tem sua parte explicada, aprofundando o
conhecimento da realidade, a qual explica as razões objetivas e subjetivas do
estudo, identificando para a ocorrência dos fenômenos relacionados a esse tema.
d) Com base nos dados coletados:
Com base nos dados, a pesquisa será qualitativa por que a partir do estudo
exploratório, o pesquisador partirá:

"Ser negro no Brasil é, pois, com frequência,


ser objeto de um olhar enviesado. A chamada
boa sociedade parece considerar que
há um lugar predeterminado, lá em baixo,
para os negros e assim tranquilamente se comporta."
(SANTOS, Milton. 2000, Folha de São Paulo)

e) Quadro de referência da pesquisa:


a partir da definição da problemática e delimitação da pesquisa faz-se opção pela
Fenomenologia.
Para os fenomenólogos a, pesquisa tem como esqueleto a seguinte formação:
formulação da problemática, escolha dos métodos para coletânea de dados, escolha
dos participantes, coleta e análise de dados, e por fim, a formulação do relatório
para solução da problemática.
A diferença da pesquisa fenomenológica para o restante das pesquisas
qualitativas é a sua atenção direcionada para as experiências individuais dos
participantes. Segundo Sampiere, Collado e Lúcio, no livro ´´metodologia de
pesquisa``, a pesquisa organiza as experiências do(s) participante(s) em
temporalidade (quando ocorreram), Espaço (onde ocorreram), Corporeidade (as
testemunhas que vivenciaram) e o contexto da relação vivida (os laços feitos na
vivência e experiência).
À luz desse prisma, pretender-se-á adotar a fenomenologia como quadro de
referência demonstrando a cientificidade dos dados colhidos e dos conhecimentos
produzidos.

6. CRONOGRAMA
Construção do projeto:
ETAPAS Dezem/2021.2 Jan/2021.2 Fev/2021.2 Mar/2021.2
Escolha do tema e
elaboração da X
justificativa pessoal
Fundamentação da
justificativa jurídica, X
social, política.
Delimitação do
estudo/ X
Problematizar
Elaboração das
grandes questões e X
hipóteses
Elaboração dos
objetivos X
Construção da
metodologia X
Registrar as
referências X
Revisão do
português X
Digitação X
Entrega do projeto X
Apresentação do
projeto X

7. REFERÊNCIAS E FONTES
Pesquisa fenomenológica. ´´Metodologia cíentifica``; 2020. Disponível em:
https://www.metodologiacientifica.org/tipos-de-pesquisa/pesquisa-fenomenologica/.
Acesso em: 02 de Março De 2022
FERNANDES, Cláudio. "O que é a Lei Áurea?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-lei-aurea.htm. Acesso em: 02
de março de 2022.

AZEVEDO, Isabela. ´´Na Trilha da História: Após Lei Áurea, negros libertos sofreram
sem lugar no mercado de trabalho``; Agência Brasil, 2018. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/acervo/educacao/audio/2018-
05/na-trilha-da-historia-apos-lei-aurea-negros-libertos-sofreram-sem-lugar-no/.
Acesso em: 02 de Março de 2022.

TELLES, João; SILVA, Thiago; MOREIRA, Lígia. ´´A Constituição Federal de 1988 e
a redemocratização pelo fim do racismo``; Migalhas, 2021. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/coluna/constituicao-na-escola/355154/a-cf-de-1988-e-
a-redemocratizacao-pelo-fim-do-racismo. Acesso em: 02 de Março de 2022.

CAETANO, Érico. ´´História do sistema de cotas no Brasil``; Mundo Educação,

2019. Disponível em: https://vestibular.mundoeducacao.uol.com.br/cotas/historia-


sistema-cotas-no-brasil.htm. Acesso em: 03 de Março de 2022.

MARTINS, Marco Antônio; RODRIGUES, Matheus. ´´MP denuncia três pela morte

de Moïse Kabagambe``; G1 Globo, 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-


de-janeiro/noticia/2022/02/21/mp-denuncia-pela-morte-de-moise-kabagambe.ghtml.
Acesso em: 03 de Março de 2022.

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