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Primeiros-Socorros CSB
Primeiros-Socorros CSB
SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Noções
de
Primeiros Socorros
Sumário
Primeiros Socorros...................................................................................................01
As Fases do Socorro................................................................................................04
Remoção do Acidentado.........................................................................................13
Hemorragias............................................................................................................17
Queimaduras...........................................................................................................20
Isolação...................................................................................................................23
Internação...............................................................................................................24
Desmaio..................................................................................................................24
Convulsões..............................................................................................................26
Estado de Choque...................................................................................................28
Ferimentos..............................................................................................................29
Oxigenoterapia.......................................................................................................52
Princípios da Reanimação......................................................................................53
Parada Respiratória................................................................................................54
Parada Cardíaca......................................................................................................58
Engasgamento.........................................................................................................62
Afogamento.............................................................................................................63
Parto de Emergência...............................................................................................65
Primeiros Socorros
Objetivos
Introdução
Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de
tudo, atentar para a sua própria segurança.
Primeiros Socorros: são os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado
físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais
e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.
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Triagem: processo de avaliação de paciente para determinar as prioridades de
tratamento.
Urgência: O termo urgência quer dizer que as condições são graves, mas que
geralmente não oferecem risco de morte; são de prioridade moderada.
Incidente: fato ou evento desastroso do qual não resulta pessoas mortas ou feridas,
mas que pode oferecer risco futuro.
Omissão de Socorro
Importante: o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não
possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a
ocorrência de omissão de socorro.
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusa do
atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles estiverem conscientes e com
clareza de pensamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças religiosas
ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a
vítima não pode ser forçada a receber os Primeiros Socorros, devendo assim certificar-se de
que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto tenta
ganhar a sua confiança através do diálogo.
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Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em Primeiros
Socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que está
pronto para auxiliá-la no que for necessário;
Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima;
No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou
pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada
do socorro especializado, o prestador de socorro deverá se possível, arrolar
testemunhas que comprovem o fato.
O consentimento para o atendimento de Primeiros Socorros pode ser formal, quando a
vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter
se identificado como tal e ter informado a vítima de que possui treinamento em Primeiros
Socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a
ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentimento com o atendimento. Neste caso, a
legislação infere que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o
seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.
AS Fases do Socorro
Avaliação do Ambiente
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam
colocar em perigo a pessoa prestadora dos Primeiros Socorros. Se houver algum perigo em
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potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se
também a provável causa do acidente, o numero de vítimas e a gravidade das mesmas e todas
as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceda da
seguinte forma:
Mantenha a vítima deitada, posição confortável, até certificar-se de que a lesão não
tem gravidade;
Investigue particularmente a existência de hemorragia, envenenamento, parada
respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
Dê prioridade ao atendimento aos casos de hemorragia abundante, inconsciência,
parada cárdio respiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM
SOCORRO IMEDIATO;
Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou
semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz,
PENSE em fratura de crânio;
Não dê líquido a pessoas inconscientes;
Recolha, em caso de amputação, à parte seccionada, envolva-a em um pano limpo
para entrega IMEDIATA ao médico;
Certifique-se de que qualquer providencia a ser tomada não venha a agravar o
estado da vítima;
Chame o médico ou transporte à vítima, SE NECESSÁRIO.
Inspire confiança – EVITE O PÂNICO
Comunique a ocorrência à autoridade policial local. Forneça as seguintes
informações:
Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.
Solicitação de Auxílio
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Solicite se possível à outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado
comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas e
todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido
anteriormente, durante a de avaliação do ambiente.
Sinalização
Efetuar sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos
acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de
outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que
uma pessoa fique sinalizando a certa distância.
Atendimento
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter
o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima.
Consciência;
Respiração;
Pulso;
Se as vias aéreas estão desobstruídas.
Este exame deve ser feito imediatamente. Se a vítima não estiver respirando, mas
apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o
procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.
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Exame Secundário:consiste na verificação de:
Nível de consciência;
Escala de Coma de Glasgow.
Pulso;
Respiração;
Pressão arterial (PA), quando possível;
Temperatura;
Dor.
Pescoço;
Cabeça;
Tórax;
Abdome;
Pelve;
Membros inferiores;
Membros superiores;
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Dorso.
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no
diagnóstico da vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas.
Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar
despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés
(avaliação secundária).
Os sinais são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos (visão,
tato, audição, olfato) durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem
sangramento, edema, aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais de doenças que
são mais comuns são pele pálida ou avermelhada, suor temperatura elevada e pulso rápido.
Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser
necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas.
Pergunte à vítima consciente onde exatamente sente dor; examine a região indicada
procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa
região pode mascarrar outra enfermidade mais séria embora menos dolorosa. Alem da dor,
outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico, incluem náuseas, vertigem, calor, frio,
fraqueza e sensação de mal-estar.
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Pulso: é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo
das artérias. A freqüência comum do pulso em adultos é de 60 a 100 batimentos por minuto; a
freqüência do pulso nas crianças em geral é superior a 80 batimentos por minuto.
O pulso é palpável em qualquer área onde uma artéria passe sobre uma proeminência
óssea ou se localize próxima à pele.
Respiração: a respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A freqüência pode
variar bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. Respiração e
ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e expirar o ar.
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respirações rápidas e superficiais. Uma respiração profunda, difícil e com esforço pode
indicar uma obstrução nas vias aéreas, doença cardíaca ou pulmonar.
Pressão arterial: é a pressão que o sangue circulante exerce sobre as paredes internas
das artérias. Uma vez que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado, ligado a
uma bomba e completamente cheia com sangue, as mudanças na pressão sanguínea indicam
mudanças no volume do sangue, na capacidade dos vasos ou ainda, na capacidade do coração
em funcionar como bomba.
Esfigmomanômetro Estetoscópio
A pressão arterial pode cair acentuadamente nos estados de choque, após uma
hemorragia grave, após um infarto do miocárdio (IAM).
Uma pele fria e úmida é indicativo de uma resposta do sistema nervoso simpático a
um traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio geralmente
produz uma pele fria e seca. Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma
doença, ou ser o resultado de uma exposição excessiva ao calor, como na insolação.
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vitimas com lesões de crânio ou
acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem a
luz.
Midriase e Miose
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Coloração da pele: a cor da pele depende primeiramente da presença de sangue
circulante nos vasos sanguíneos subcutâneos.
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vitimas em
choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (chamada de cianose) é observada na
insuficiência cardíaca, na obstrução das vias aéreas, e também em alguns casos de
envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por
monóxido de carbono (CO2) e na insolação.
A paralisia de um lado do corpo, incluindo face, pode ocorrer como resultado de uma
hemorragia ou coágulo intra-encefálico (Acidente Vascular Cerebral).
Reação a Dor: a perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão,
geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o
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movimento é mantido, e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou dormência
nas extremidades.
É extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de provável
lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado não agrave o trauma
inicial.
Remoção do Acidentado
A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa
prestadora de Primeiros Socorros o MAXIMO DE CUIDADO E CORRETO
DESEMPENHO.
Antes da Remoção:
Ajuda de pessoas;
Maca;
Cadeira;
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Tábua;
Cobertor;
Porta ou outro material disponível.
Como proceder:
Vítima inconsciente:
IMPORTANTE:
Hemorragias
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As metas do tratamento de emergência são controlar o sangramento, manter um volume
sanguíneo circulante adequado para a oxigenação circular e evitar o choque. As vitimas que
sofrem de hemorragia estão em risco de parada cardíaca causada pela hipovolemia.
Sinais e sintomas:
Pulso rápido e fraco;
Palidez da pele e mucosas;
Sudorese profunda;
Pele fria e úmida;
Pressão arterial decrescente;
Sede.
Seqüência no atendimento:
Deitar a Vítima;
Se não houver contra-indicação, elevar os membros inferiores;
Verificar V.R.C.N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);
Transportar a vítima ao hospital.
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HEMORRAGIA EXTERNA: A hemorragia externa, visível ao exame primário do
paciente, deve ser prontamente controlada pela pressão direta sobre o local do sangramento
em ferimentos superficiais.
Seqüência no atendimento:
Deitar a Vitima;
Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo;
Pressionar o local com firmeza;
Se o ferimento for aos membros, elevar o membro ferido;
Caso não haja controle, pressionar diretamente as artérias que nutrem o membro
afetado (axila no MS ou femural no MI) nos locais os quais elas se situam logo abaixo
da pele;
Evitar o uso de torniquete, pois pode levar a amputação cirurgia do membro se não for
afrouxado corretamente e no tempo certo;
Transportar a vitima para o hospital.
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fatores ambientais como excesso de sol, etc. acontece freqüentemente, porque o nariz é muito
vascularizado.
Nestes casos, devemos colocar a vitima com a cabeça inclinada para frente, deixando-a
nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a
hemorragia não cesse com esta manobra, o paciente deve ser conduzido a um hospital.
Queimaduras
A sua manifestação varia desde uma pequena bolha (flictena) até formas mais graves
capazes de desencadear respostas sistêmicas proporcionais à gravidade da lesão e sua
respectiva extensão.
A profundidade (graus);
A extensão (área corpórea atingida);
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1. Área pequena: é quando atinge menos que 10% do corpo (menos áreas nobres,
como rosto, a genitália e mucosas - esses casos são graves);
2. Área grande: é quando atinge mais de 10% do corpo.
Interrompa imediatamente o efeito do calor (utilize água fria, não use água gelada, ou
utilize um lençol para apagar as chamas no corpo da vítima).
Em caso de acidentes com queimaduras promovidas por corrente elétrica, não toque
na vítima até que se desligue a energia. Tome cuidado com os fios soltos e água no
chão. Observe se há parada respiratória, em caso afirmativo proceda com a respiração
de socorro. Transporte imediatamente à vítima para o hospital.
Faça a avaliação primária da vítima. Identifique qual o tipo, grau e extensão da
queimadura. A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e
evite ao máximo contaminá-la.
Retire pulseiras, jóias, relógios, roupas que não estejam grudadas na pele da vítima.
Caso a queimadura seja de 1º grau, retire a pessoa do sol, utilize substâncias
refrescantes como produtos para aliviar a dor e faça a administração por via oral de
líquidos.
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Caso a queimadura seja de 2º ou de 3º graus, lembre-se de cobrir a área queimada com
gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa.
Mantenha o curativo molhado usando recipientes de soro ou água limpa até levar a
vítima ao hospital.
NÃO fure as flictenas (bolhas)!
NÃO utilize manteiga, creme dental, gelo, óleo, banha, café na queimadura.
Remova a pessoa para o hospital caso a queimadura seja muito extensa, ou seja, de 2º
ou 3º graus.
Insolação
COMO SE MANIFESTA:
Pele quente e avermelhada.
Pulso rápido e forte.
Dor de cabeça acentuada.
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Sede intensa.
Temperatura do corpo elevada.
Dificuldade respiratória.
Inconsciência.
Intermação
COMO SE MANIFESTA:
1. Dor de cabeça e náuseas.
2. Palidez acentuada.
3. Sudorese (transpiração excessiva).
4. Pulso rápido e fraco.
5. Temperatura corporal elevada.
6. Câimbra no abdome ou nas pernas.
7. Inconsciência.
COMO PROCEDER:Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as
vestes da vítima. Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do
corpo.
Desmaio
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IDENTIFICAÇÃO:
Tontura;
Sensação de mal-estar;
Pele fria, pálida e úmida;
Suor frio;
Perda da consciência.
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Convulsões
A convulsão pode ser conceituada como uma contração violenta, ou uma série de
contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda da consciência por parte da vítima.
Pode ser causada por um TCE (Traumatismo Crânio Encefálico); porém, há outros fatores
como hiperpirexia, distúrbios metabólicos, intoxicações exógenas, processos infecciosos do
SNC, epilepsias e tumores cerebrais, entre outros.
A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza em sua fase
mais grave, por crises de convulsão.
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Ao atender uma vítima em crise convulsiva, o socorrista deverá afastar os objetos
próximos para que ela não se machuque (batendo contra eles). Não impeça os movimentos
convulsivos, apenas posicione-se de joelhos atrás da cabeça da vítima e proteja, afim de evitar
traumatismos. Posicione a vítima lateralmente para que ela não aspire vômitos e outras
secreções para os pulmões.
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Estado de Choque
O choque é um estado grave em que ocorre diminuição do volume de sangue para os
tecidos resultando em perfusão inadequada com redução do oxigênio celular, ocasionando
prejuízos para as funções vitais.
A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular.
Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco e
rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente.
Ferimentos
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Qualquer rompimento anormal da pele ou superfície do corpo é chamado de
ferimento. A maioria dessas lesões compromete os tecidos moles, a pele e os músculos. As
feridas podem ser abertas ou fechadas. A ferida aberta é aquela na qual existe uma perda de
continuidade da superfície cutânea. Na ferida fechada, a lesão do tecido mole ocorre abaixo
da pele, porém não existe perda da continuidade na superfície.
Todos os ferimentos logo que ocorrem, causam dor, produzem sangramentos e podem
causar infecções. As roupas sobre um ferimento deverão ser sempre removidas para que o
socorrista possa melhor visualizar a área lesada. Remova-as com um mínimo de movimento.
É melhor cortá-las do que tentar removê-las inteira, porque a mobilização poderá ser muito
dolorosa e causar lesão e contaminação dos tecidos.
O socorrista não deverá tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou ainda, se for
provocada por um objeto sujo, deverá ser limpa com o uso de água e sabão. Diminua a
probabilidade de contaminação de uma ferida, utilizando materiais limpos e esterilizados para
fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem ser cobertos por uma compressa (curativo
universal), preparada com um pedaço de pano bem limpo ou gaze esterilizada. Esta compressa
dever ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com uma atadura ou bandagem.
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Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços de vidro ou
ferragens) que estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoção do corpo estranho
(objeto empalado) podem causar hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e músculos
próximos a ele.
Se o ferimento provocar uma ferida aberta no tórax da vítima (ferida aspirante) e, for
possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício, o socorrista deverá imediatamente
providenciar seu tamponamento, para tal, deverá usar simplesmente a mão (protegida por uma
luva descartável) sobre a ferida ou fazer um curativo oclusivo com material plástico ou papel
alumínio (curativo de três pontas). Após fechar o ferimento no tórax, conduza a vítima com
urgência para um hospital. Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver a saída
de órgãos (evisceração abdominal), o socorrista deverá cobrir as vísceras com um curativo
úmido e não tentar recolocá-las para dentro do abdome. Fixe o curativo com esparadrapo ou
uma atadura não muito apertada. Em seguida, transporte à vítima para um hospital. Não
dê alimentos ou líquidos para a vítima.
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reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo à vítima, junto com sua parte amputada,
chegar ao hospital, melhor. Conduza a parte amputada protegida dentro de um saco plástico
com gelo moído. O frio ajudará a preservar o membro. Não deixe a parte amputada entrar em
contato direto com o gelo. Não lave a parte amputada e não ponha algodão em nenhuma
superfície em carne viva.
O tratamento merecido por uma vítima com parte do corpo esmagado é o seguinte:
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lugares e os músculos que envolvem os ossos fazem com que estes se movam. Esses
movimentos são controlados pela vontade e coordenados por nervos específicos.
FRATURAS: Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da
continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura
simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado
fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de
infecção.
Fratura exposta
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aberta. As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa visualizar o
local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente. As extremidades devem ser “alinhadas”,
sem, no entanto, tentar reduzir as fraturas expostas. Realize as imobilizações com o auxílio de
talas rígidas de papelão ou madeira, ou ainda, com outros materiais improvisados, tais como:
pedaços de madeira, réguas, etc.
Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista deverá cobrir o
ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá a possibilidade de
contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer na lesão. É importante que nas
fraturas com deformidade em articulações (ombros, joelhos, etc.), o socorrista imobilize o
membro na posição em que ele for encontrado, sem mobilizá-lo.
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LUXAÇÕES: A luxação é uma lesão onde às extremidades ósseas que formam uma
articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O
desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa,
que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular.
Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Os sinais e sintomas mais comuns de
uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de
movimentação. Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de
fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos sempre
lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura.
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Luxação do joelho
ENTORSES: Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das
superfícies ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca,
geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e
os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e
violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou
contusão profunda. A entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada
de inchaço e equimose no local da articulação. O socorrista deve evitar a movimentação da
área lesionada, pois o tratamento da entorse, também consiste em imobilização e posterior
encaminhamento para avaliação médica. Em resumo, o objetivo básico da imobilização
provisória consiste em prevenir a movimentação dos fragmentos ósseos fraturados ou
luxados. A imobilização diminui a dor e pode ajudar a prevenir também uma futura lesão de
músculos, nervos, vasos sangüíneo, ou ainda, da pele em decorrência da movimentação dos
fragmentos ósseos. Se a lesão for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou
compressa fria, pois isso reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor.
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Entorse do Tornozelo
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ritmo respiratório ou até a parada da respiração, entre outros. Ao atender uma vítima com
suspeita de TCE, o socorrista deverá presumir que ela possua também uma lesão na coluna
cervical, até se prove o contrário. O transporte da vítima deverá ser realizado numa maca
rígida, com a cabeça e o pescoço mantidos em alinhamento com o eixo do corpo. Deveremos
também imobilizar a cabeça e o pescoço com um equipamento denominado colar de
imobilização cervical.
Durante o transporte para o hospital, posicione a vítima de TCE deitada com a cabeça
levemente elevada (quando a lesão é isolada). Se houver lesão associada na coluna cervical,
mantenha-a deitada na maca rígida e eleve o cabeceira da maca, sem movimentar a região do
pescoço. Se a vítima apresentar hemorragia, deverá ser transportada em decúbito lateral, ou
seja, deitada sobre a lateral do corpo (para evitar a aspiração de vômito ou a obstrução das
vias aéreas com sangue).
Existe também o grave problema das lesões na coluna, muito comuns nos acidentes
por desaceleração. Estas vítimas, se atendidas de forma inadequada ou por pessoa leiga que
não possua os conhecimentos das técnicas de socorro e imobilização, poderão ter suas lesões
agravadas ou o comprometimento neurológico definitivo da região atingida.
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O tratamento imediato, logo após o acidente é essencial porque a manipulação
imprópria pode causar dano maior e perda da função neurológica. Qualquer vítima de
acidente de trânsito, queda de nível ou qualquer outro traumatismo na região craniana ou
cervical, deverá ser considerada portadora de uma lesão na coluna vertebral, até que tal
possibilidade seja afastada.
As vitimas sentadas devem ser removidas com o uso de macas rígidas curtas, da forma
que segue:
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Em acidentes motociclísticos, a pessoa que presta o socorro devera remover o capacete
da vítima com muito cuidado, para não converter uma contusão cervical (no pescoço) em
lesão da medula.
O capacete deve ser rompido com o auxilio de dois socorristas, a menos que haja
dificuldade na remoção, aumentando a dor (vítima consciente) ou esmagamento do capacete.
Em tais casos, o socorrista deve imobilizar a vítima na tabua de suporte com o capacete no
lugar. Enquanto o socorrista (líder) remove o capacete, um segundo imobiliza a cabeça e o
pescoço, mantendo-os alinhados.
Dor regional,
Aumento de sensibilidade na região lesada,
Dor que se agrava pela respiração,
Respiração superficial (encurtamento ou dificuldade de respirar),
Eliminação de sangue com tosse,
Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas,
Posturas características (vítima inclinada sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço
sobre a região lesada, e imóvel),
Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).
Nas fraturas de costelas, caracterizadas por uma dor intensa, o socorrista deverá
providenciar o atendimento pré-hospitalar imobilizando o braço da vítima sobre a fatura,
usando para tal uma bandagem triangular como tipóia e outra para fixar o braço sobre o tórax.
Quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos poderá ocorrer o que
denominamos de respiração paradoxal. Essa lesão especifica denomina-se de tórax instável ou
tórax em báscula.
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O tratamento pré-hospitalar consiste em estabilizar o segmento instável (em báscula)
que se move paradoxalmente durante as respirações. O socorrista deverá usar uma almofada
pequena ou toalhas dobradas presas com fitas adesivas largas. O tórax não deve se totalmente
enfaixado. Transportar a vítima deitada sobre a lesão. Se possível, o socorrista deverá
ministrar oxigênio suplementar à vítima.
Todas estas lesões são emergências serias que requerem pronta intervenção medica. O
socorrista poderá identificá-las pelos seguintes sinais e sintomas:
Desvio de traquéia,
Aumento do volume das veias do pescoço,
Cianose e sinais de choque
Enfisema subcutâneo (coleção de ar abaixo da pele)
Envenenamento
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Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os principais
causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em crianças.
Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com
cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência,
convulsões e, eventualmente, parada Cardio respiratória.
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS:
A lista de substâncias que pode provocar envenenamento é extensa, e muitos produtos tóxicos
ficam logo ali, ao alcance da mão: na prateleira do banheiro, na geladeira, no jardim. Os acidentes são
muito comuns, mas, em sua maioria, poderiam ser facilmente evitados.
Não deixe os produtos tóxicos à vista de crianças. Eles devem estar em locais altos
e trancados à chave.
Não tomar remédio na frente de crianças nem incentivá-las a aceitar o
medicamento argumentando que seu sabor é bom.
Não guarde nenhum produto químico fora da embalagem original, para evitar
confusão. Imagine o estrago que pode causar uma pessoa com sede ao lado de uma
garrafa de refrigerante cheia de alvejante.
Além disso, caso haja um acidente, a embalagem original aonde vem escrita sua fórmula pode
ser de grande ajuda. Pelo mesmo motivo, evite usar produtos clandestinos. Veja, a seguir, lista de
algumas substâncias tóxicas que podem causar muito mal quando ingeridas.
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Ácidos e bases:
Ácido muriático;
Água sanitária;
Alvejante;
Amoníaco;
Cal virgem;
Clareador de pêlos;
Detergente em grânulos (usado em lava-louças);
Descolorante;
Desinfetante;
Limpador de fogão;
Limpador de metal;
Removedor de calos e verrugas;
Removedor de ferrugem;
Soda cáustica;
Tablete de Clinitest (usado por diabéticos para medir glicose na urina);
Tintura e alisante de cabelo.
Derivados de petróleo:
Aguarrás;
Álcool combustível;
Inseticida solúvel em solvente orgânico;
Diluente de tinta;
Fluido de isqueiro;
Gasolina;
Naftalina líquida;
Polidor e cera de assoalho ou mobília;
Polidor de metal solúvel em solvente orgânico;
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Querosene;
Removedor de cera (usado em limpeza de casa);
Removedor de esmalte;
Removedor de tinta;
Solvente "Thinner";
Tinta solúvel em solvente
Plantas:
Arruda;
Avelós;
Cambará;
Chapéu de Napoleão;
Confrei;
Coroa de Cristo;
Comigo Ninguém Pode;
Costela de Adão;
Espirradeira;
Giesta;
Inhame Bravo;
Jibóia;
Mandioca
Brava;
Pinhão Paraguaio;
Saia branca;
Taioba.
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Outras substâncias comuns:
Água oxigenada;
Álcool (usado em limpeza de casa);
Anticongelante (polietileno glicol);
Bebidas alcoólicas (principalmente junto com outras substâncias);
Bituca de cigarro;
Caixa de palito de fósforo;
Detergente comum;
Desodorante;
Drogas se uso abusivo (maconha, cocaína, crack...);
Esmalte;
Inseticidas em geral;
Medicamento;
Naftalina em bolinhas;
Perfume;
Pilhas e baterias;
Purpurina;
Raticida (em especial os clandestinos);
Repelente de inseto
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Se, no entanto, acontecerem vômitos involuntários, cuide para que a vítima use um
balde, para que o material possa ser abalizado pelos médicos.
Outro mito muito difundido: beber leite, também não é aconselhado. Leite, água,
azeite ou qualquer outro liquido pode fazer muito mal. A regra é simples: a vítima
NÃO DEVE BEBER NADA, no máximo, pode fazer um bochecho para a boca.
O que Fazer:
Em caso de envenenamento por ingestão, a primeira coisa que se deve fazer é tentar
descobrir a substância ingerida, porque o tratamento varia caso a caso.
Se a vítima apresentar convulsões, não tente imobilizá-la nem segurar sua língua.
Apenas garanta que ela não vai esbarrar em algo e se machucar ainda mais.
Caso haja uma parada respiratória, apresse a ida ao hospital. Infelizmente, nos casos
de intoxicação, fazer respiração boca -a - boca não vai adiantar.
Deite a vítima de lado, com a cabeça apoiada sobre o braço, para evitar que ela se
sufoque com vômitos involuntários. Se a pessoa estiver com frio, agasalhe-a.
Preste muita atenção em cada reação, pois suas descrições vão ser essenciais na hora
do atendimento médico. Observe se a vítima está fria ou quente, se saliva, vomita,
parece confusa ou sonolenta. Esteja atento aos detalhes.
Se você conseguir, leve junto com o paciente o produto que causou o envenenamento.
Vale a embalagem, o resto do veneno ou, em caso de plantas, um ramo que possa ser
facilmente reconhecido.
Se não houver sinal da substância ingerida, mas a vítima tiver vomitado, pode-se levar
o próprio vômito para ser analisado. Esse procedimento também o útil no caso de
ingestão de comprimidos, mesmo que você já esteja levando a embalagem.
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Acidentes Causados por Animais Peçonhentos
A trajetória histórica
Nessa época, Vital Brazil também preocupado com o problema do ofidismo no Brasil
criou os soros específicos para nossas espécies venenosas, na então fazenda Butantã. A partir
de 1901, com a produção de soro eqüino contra o veneno das serpentes brasileiras, Vital
Brazil passou a distribuir, junto com o soro, o Boletim de Acidente Ofídico. Com a
notificação em cada município dos óbitos por acidente ofídico, traçou o perfil das pessoas
acidentadas, a área do corpo acometida e o tipo de serpente envolvida nesses acidentes.
Os acidentes causados por animais peçonhentos são mais graves nas crianças e adultos
maiores de 50 anos, merecendo especial atenção na rigorosa observação de quaisquer sinais
ou sintomas indicativos de necessidade da intervenção imediata.
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A época de calor e chuvas é a mais propícia para a ocorrência dos acidentes, pois é
quando os animais estão em maior atividade coincidindo com o período de plantio e colheita
agrícola. Na Região Norte é mais freqüente nos três primeiros meses do ano. No Nordeste, o
pico coincide com meses de abril a junho. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, os meses
de dezembro a março concentram a grande maioria dos casos, enquanto que no inverno o
número de acidentes diminui bastante.
Essas ocorrências de acidentes devem ser notificadas. No Brasil existem pelo menos
quatro sistemas de informação que tratam do registro de acidentes por animais peçonhentos:
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Sistema Nacional de
Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS) e o Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM).
Sintomatologia: dor e inchaço no local da picada, com manchas arroxeadas e sangramento Soro antibotrópico-laquético
pelos orifícios da picada, sangramentos em gengivas, pele e urina.
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Sintomatologia: o local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de
formigamento; dificuldade em manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou
dupla são as manifestações características, acompanhadas por dores musculares generalizadas
e urina escura (cor de coca-cola).
Sintomatologia: dor e inchaço, às vezes, com manchas arroxeadas e sangramento pelos Soro antibotrópico-laquético
orifícios da picada, sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode apresentar vômitos, diarreia
e queda da pressão arterial.
Sintomatologia: não apresenta alteração importante no local da picada, mas pode desencadear:
visão borrada ou dupla, pálpebras caídas (ptose) e face com expressão sonolenta.
Aranhas Tratamento
Sintomatologia: a picada é pouco dolorosa e cerca de 12 horas após pode surgir dor local,
inchaço, mal-estar geral, náuseas e febre.
A lesão endurecida e escura pode evoluir para ferida com gangrena e necrose de difícil
cicatrização.
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Sintomatologia: dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local da picada.
Raramente as crianças podem apresentar agitação, náuseas, vômitos e diminuição da pressão Anestésico tipo lidocaína
sanguínea.
Escorpiões Tratamento
Não há um tempo limite para tratar uma pessoa picada por animal peçonhento, mas ela
deve ser levada logo ao serviço de saúde para avaliação. No entanto, o tempo é um fator
determinante para a boa evolução dos casos, pois em acidentes ofídicos, entre seis e 12 horas
após a picada, aumentam os riscos de complicações.
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Usar luvas de couro, não colocar as mãos em buracos na terra, entre espaços
situados em montez de lenha ou entre pedras;
Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos;
Não depositar ou acumular material como lixo, entulhos e materiais de
construção: limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de 1 a 2 metros junto ao muro ou
cercas;
Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são
alimentos para aranhas e escorpiões;
Preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões como seriemas,
corujas, sapos, lagartixas e galinhas.
Oxigenoterapia
A redução de oxigênio no corpo é conhecida por hipóxia. Esta faz como que os tecidos
se deteriorem mo rapidamente (as células cerebrais morrem se forem privadas de oxigênio por
cerca de três minutos).
O oxigênio deverá ser ministrado em dose de 10 l/min (dez litros por minuto), (quando
utilizadas válvulas de débito continuo) nas ocorrências em geral e 15 l/min (quinze litros por
minuto), quando em emergências hiperbáricas: verificando no fluxômetro do aparelho.
O socorrista deverá observar as seguintes regras ao usar o oxigênio: não fumar, nem
permitir que haja qualquer chama perto do equipamento de provisão de oxigênio, evitar
quedas e batidas no cilindro de oxigênio, não usar qualquer tipo de lubrificante nas válvulas
do equipamento, não deixar de providenciar a revisão do aparelho e sua recarga após o uso.
Princípios da Reanimação
Para que a vida possa ser preservada faz-se necessário que mantenhamos um fluxo
constante de oxigênio para o cérebro. O oxigênio é transportado para os tecidos cerebrais
através da circulação sanguínea. O coração é a bomba que mantém esse suprimento e, se ele
parar (parada cardíaca), ocorrerá à morte, a menos que se tomem medidas urgentes de
ressuscitação.
B = Breathing = Respiração
C = Circulation = Circulação
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A correta aplicação das etapas da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) poderá manter
a vida até que a vítima se recupere o suficiente para ser transportada para uma unidade
hospitalar ou até que possa receber tratamento pré-hospitalar por uma equipe especializada.
Parada Respiratória
Diagnóstico:
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Deitar a vítima de costas, posicionar-se
posicionar na altura do tórax.
Inclinar a cabeça para trás, posicionando uma mão na testa da vítima e dois dedos na
mandíbula que é empurrada para cima (não hiper-estender).
hiper
OBS: usar esse método quando a vítima não apresenta lesão de coluna.
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parte superior da mascara. A pressão firme entre os polegares e os dedos mantém a
mascara bem selada a face;
O socorrista inspira profundamente e expira através da abertura da mascara;
O socorrista remove então sua boca e permite que vítima expire passivamente. O
tempo para cada ventilação é o mesmo que o descrito na técnica boca a boca.
OBS: a mascara facial pode ser também usada para o socorro de lactentes. Invertendo-
Invertendo
a o ápice fica colado abaixo do queixo do lactente, enquanto
enquanto que a base cobre a fonte e os
lados da face. O socorrista deve realizar as respirações, com sopros bem suaves.
Respiração boca-nariz:
boca
Colocar a boca sobre o nariz e
feche a boca da vítima. Em crianças
podemos colocar a boca sobre o nariz e a
tomando o cuidado de não expirar com
excessiva pressão.
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Parada Cardíaca
A parada cardíaca é definida como uma cessação súbita e inesperada dos batimentos
cardíacos. O coração para de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a
sofrer os efeitos da falta de oxigênio. O cérebro, centro essencial do organismo, começa a
morrer após cerca de três minutos privado de oxigênio.
O socorrista deverá identificar e corrigir de imediato a falha no sistema circulatório.
Caso haja demora na recuperação da vítima, esta poderá sofrer lesões graves e irreversíveis.
A compressão torácica externa é eficiente na substituição dos batimentos do coração
por dois motivos principais: primeiro, pelo fato do coração estar situado entre o osso esterno
(que é móvel) e a coluna vertebral (que é fixa) e, segundo, porque o coração quando na
posição de relaxamento, fica repleto de sangue. Portanto, o coração ao ser comprimido pelo
osso esterno expulsa o sangue e depois, ao relaxar-se, novamente se infla, possibilitando uma
circulação sangüínea suficiente para o suporte da vida.
Em caso de parada cardíaca, o socorrista deverá seguir as instruções abaixo:
1. Posicione a vítima deitada sobre uma superfície plana e rígida;
2. Verifique o pulso na artéria carótida (no pescoço) para certificar-se da ausência de
batimentos cardíacos. Somente inicie a compressão torácica externa quando não houver
pulso;
3. Localize a borda das costelas e deslize os dedos da mão esquerda para o centro do tórax,
identificando por apalpação o final do osso esterno (apêndice xifóide). Marque dois dedos
a partir do final do osso esterno e posicione sua mão direita logo acima deste ponto, bem
no meio do peito da vítima. Coloque a sua mão esquerda sobre a direita e inicie as
compressões.
A compressão cardíaca é produzida pela compressão vertical para baixo, exercida
através de ambos os braços do socorrista, comprimindo o osso esterno sobre o coração da
vítima. A compressão torácica externa deve ser realizada com os braços esticados usando o
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peso do corpo do socorrista. Não esqueça que você deve realizar as compressões junto com a
respiração de boca a boca.
Se estiver sozinho, socorrendo uma vítima, dê dois sopros (ventilações) e faça trinta
compressões, num ritmo de aproximadamente cem compressões por minuto. Se o socorro for
em dupla, para cada duas ventilações dadas pelo primeiro socorrista, o segundo deve executar
trinta compressões (ritmo também de aproximadamente 100 por minuto). Com dois
socorristas, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) deve ser realizada com um socorrista
posicionado de cada lado da vítima, podendo os mesmos, trocar de posição quando
necessário, sem, no entanto interromper a freqüência de compressões e ventilações.
O pulso carotídeo deve ser apalpado periodicamente durante a realização da RCP, a
fim de verificar se houve o retorno dos batimentos cardíacos. Verifique o pulso após cinco
ciclos de RCP. Não demore mais que 5 segundos para verificar o pulso para não comprometer
o ritmo das compressões.
A compressão e a descompressão devem ser ritmadas e de igual duração. A palma da
mão do socorrista não deve ser retirada de sua posição sobre o osso esterno, porém a pressão
sobre ela não precisa ser feita, de forma que possa retornar a sua posição normal.
Em crianças, a compressão torácica (massagem cardíaca externa) deve ser realizada
com apenas uma das mãos posicionada sobre o meio do peito da vítima, no terço inferior do
osso esterno. No socorro de bebês, o socorrista deve apalpar o pulso na artéria braquial, e
realizar a massagem cardíaca com apenas dois dedos. Comprimir o peito do bebê, um dedo
abaixo da linha entre os mamilos.
Qualquer vítima inconsciente deverá ser colocada na posição de recuperação. Esta
posição impede que a língua bloqueie a passagem do ar. O fato de a cabeça permanecer numa
posição ligeiramente mais baixa do que o resto do corpo facilita a saída de líquidos da boca da
vítima. Isto reduz o risco de aspiração de conteúdos gástricos. A cabeça e a região dorsal
(coluna vertebral) devem ficar alinhadas, enquanto os membros dobrados mantêm o corpo
apoiado em posição segura e confortável.
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As manobras da RCP não são indicadas nas vítimas que se encontram em fase terminal de
uma condição irreversível e incurável, mas uma vez iniciada a RCP devemos mantê-la até
que:
1. Haja o retorno espontâneo da circulação (retorno do pulso). Continuar a ventilar;
2. Haja o retorno da respiração e da circulação;
3. Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência;
4. Socorrista estiver completamente exausto e não conseguir realizar as manobras de
reanimação.
Método da compressão sobre o externo... Duas mãos Somente a palma Dois ou três
sobrepostas, com a de uma mão sobre dedos
palma de uma mão o peito
sobre o peito
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Razão entre as compressões e as ventilações...
Cuidado: não pratique compressões torácicas em nenhuma pessoa com batimentos cardíacos.
Engasgamento
O engasgamento ou sufocação pode ser definido como uma obstrução total ou parcial
das vias aéreas, obstrução esta, provocada pela presença de um corpo estranho.
Na obstrução total das vias aéreas a vítima não consegue tossir, falar ou respirar.
Em caso de engasgamento ou sufocação, auxilie a vítima prestando o socorro da forma
que segue:
1. Se a vítima está consciente, de pé ou sentada, posicione-se por trás dela e coloque seus
braços ao redor da cintura da vítima. Segure um dos punhos com a sua outra mão,
colocando o polegar contra o abdome da vítima, entre o final do osso esterno
(apêndice xifóide) e o umbigo. De então repetidos puxões rápidos para dentro e para
cima, a fim de expelir o corpo estranho. Repita os movimentos até conseguir
desobstruir as vias aéreas da vítima, ou então, até ela ficar inconsciente.
2. Se a vítima está inconsciente, deite-a de costas e posicione-se sobre o seu quadril.
Coloque a palma de uma de suas mãos contra o abdome da vítima, cerca de 4 dedos
acima do umbigo. Com a outra mão sobre a primeira, comprima 5 vezes contra o
abdome da vítima com empurrões rápidos para cima. Depois abra a boca da vítima e
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pesquise a presença do corpo estranho. Se esse aparecer na boca, retire-o com seu
dedo. Se não, providencie uma ventilação e se o ar não passar, reposicione a cabeça e
ventile novamente. Se a obstrução persiste repita o procedimento novamente, até
conseguir expulsar o objeto que causa a obstrução respiratória.
3. Lactentes devem ser virados de cabeça para baixo sobre o braço de um adulto. Dê 5
pancadas firmes no meio das costas da vítima. O socorrista deve posicionar a cabeça
do bebê num nível abaixo do resto do corpo, de forma que o objeto que está sufocando
possa sair das vias aéreas. Vire o bebê e comprima 5 vezes sobre o tórax, em seguida,
tente visualizar o corpo estranho na boca do bebê e remova-o com seu dedo mínimo.
Se o corpo estranho não aparece, repita as manobras de compressão nas costas e sobre
o tórax, até conseguir a completa desobstrução.
OBS: em pessoas extremamente obesas ou em estágio avançado de gravidez, a técnica
de compressão abdominal (manobra de Heimlich) não deve ser executada. Nesses casos,
recomenda-se a compressão sobre a parte inferior do tórax da vítima, ou seja, a substituição
da compressão abdominal por compressão torácica.
Afogamentos
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(hipóxia) resultante da falta de oxigênio. As células nervosas são as primeiras a sofrer com a
privação de oxigênio, morrendo em poucos minutos.
A primeira providência a ser tomada diante de um afogamento é solicitar socorro
especializado.
Os salvamentos não devem ser tentados por pessoas inexperientes que não consigam
ter controle sobre as vítimas em pânico na água. O socorrista deverá realizar o socorro de uma
vítima de afogamento, seguindo sempre a seqüência descrita abaixo:
1) Jogar um objeto flutuante para a vítima ou tentar segurá-la com uma corda, remo ou
galho;
2) Se não obtiver êxito, tentar alcançá-la com um bote ou outro tipo de embarcação;
3) Apenas quando tais tentativas já tiverem sido feitas e se o socorrista for capaz de fazê-
lo tentar o salvamento através da natação.
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iniciada assim que a vítima estiver deitada sobre uma superfície rígida, com o pescoço
estabilizado.
A retirada de uma pessoa da água, quando há suspeita de lesão de coluna (provocada
por um mergulho em local raso ou acidente com embarcação) envolve os mesmos princípios
de socorro usados em qualquer outra vítima que apresente igualmente suspeita de tal lesão.
Geralmente a vítima com lesão na coluna é encontrada dentro da água, inconsciente e em
decúbito ventral. O socorrista deverá socorrer a vítima desvirando-a, com o cuidado de não
mobilizar sua cabeça e pescoço. A avaliação do acidentado é realizada ainda dentro da água, e
se não há respiração, deverão ser iniciadas imediatamente as manobras de respiração artificial.
Com o auxílio de um segundo socorrista, a vítima deve ser imobilizada em uma maca rígida e
posteriormente, transportada para um hospital. Se não houver o retorno da respiração
espontânea, a respiração artificial deverá ser mantida durante todo o resgate e transporte da
vítima.
Os vômitos nos afogados submetidos à RCP permanecem como principal fator de
complicação durante e após a ressuscitação. Ao contrário do que se preconizavam anos atrás,
a posição da vítima de afogamento em água salgada e que necessita manobras de
ressuscitação na areia, deve ser paralela à linha do mar, de forma a evitar vômitos e
aspirações, que ocorrem com maior freqüência com a posição cefálica mais baixa. A
indicação anterior objetivava drenar água dos pulmões da vítima por gravidade, mas não é
mais recomendada.
Parto de Emergência
A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente, apenas sendo assistidos pelo
médico ou obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá antes de a parturiente chegar
ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos, deve-se estar treinado para assistir
(acompanhar) ao parto.
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No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que são
indicativos do início do trabalho de parto.
Procedimentos gerais:
Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que possam
obstruir o canal de nascimento;
Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido, retardado
ou acelerado;
Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar o tempo todo,
a parturiente;
Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e manter ao
máximo a privacidade da gestante;
Não permitir que a gestante vá ao banheiro se é constatado os sinais do parto iminente.
Procedimentos específicos:
Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas afastadas
uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de expulsão cada vez
que sentir uma contração uterina;
Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos;
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À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em cada
contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto; nunca se
deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto;
À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos, sem
imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação;
Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e,
então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com cuidado.
Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a mãe expulse
naturalmente o bebê;
Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com gaze ou
pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou
respirar, segurá-la de cabeça para baixo, pelas pernas, com cuidado para que não
escorregue, e dar alguns tapinhas nas costas para estimular a respiração. Desta forma,
todo o líquido que estiver impedindo a respiração sairá;
Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente,
insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre em
um movimento respiratório normal;
Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o hospital
demorar menos de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for superior a 30
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minutos, deitar a criança de costas e, com um fio previamente fervido, fazer nós no
cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente quatro dedos da criança (10 cm) e o
segundo nó distante a 5 cm do primeiro. Cortar entre os dois nós com uma tesoura,
lâmina ou outro objeto esterilizado;
O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o
nascimento;
Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da
parturiente para provocar a contração do útero e diminuir a hemorragia que é normal
após o parto;
Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial médica.
Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela saiu
completamente.
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Referências Bibliográficas
http://www.brigadamilitar.rs.gov.br
http://www.saudeemmovimento.com.br
http://www.drgate.com.br
Brunner, S.C.S.; Suddarth, B.G.B.; Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica; 10 ed., Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan 2005.
Agradecimentos
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