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Universidade Federal do Faculdade de Farmácia

Rio Grande do Sul

Estresse Oxidativo na Contribuição


para Doenças Neurodegenerativas

Bárbara Silva, Bárbara Zoche Bioquímica II


e Matheus Martins Prof: André Quincozes
O que é estresse oxidativo?
O organismo possui um complexo sistema de proteção antioxidante, como
mecanismo de defesa contra os radicais livres, que são formados
constantemente no metabolismo celular normal e em vários eventos
patológicos e, quando em excesso, podem ocasionar a oxidação de moléculas
biológicas. O desequilíbrio entre o desafio oxidativo e a capacidade de defesa
antioxidante do organismo é denominado de estresse oxidativo (MACHADO et
al., 2009).

Fonte: Google

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RADICAIS LIVRES
São gerados tanto em situações fisiológicas normais, como em anormais.
Condições fisiológicas: Fosforilação oxidativa Durante esse processo, no complexo IV, há uma
molécula responsável por transferir elétrons para o oxigênio, o oxigênio aceitando estes elétrons,
impulsiona a produção do ATP.

De forma patológica, por exemplo


no caso da uma radiação, entra e
atinge o H2O do nosso tecido,
derrubando um elétron, deixando a
gente com o radical Hidroxila, que é
um radical bem prejudicial para as
nossas células.

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Como ocorre a formação destes radicais?

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Mas porque o sistema Nervoso Central tem uma alta relação
com o Estresse Oxidativo?
● Alta taxa metabólica
● Alta utilização de oxigênio
● Elevado teor de ácidos graxos poli-insaturados oxidáveis
● Baixo nível de antioxidantes, como a Catalase
● Reduzida capacidade de regeneração celular
● Neurotransmissores que se auto oxidam

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Estresse Oxidativo e o Sistema Nervoso Central

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Estresse Oxidativo na Doença de Alzheimer

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A Doença de Alzheimer foi descrita em 1901 pelo
médico Alois Alzheimer, ao acompanhar uma
paciente de 51 anos de idade e observar suas
condições neuropsicológicas no cérebro, que se
tornaram a principal característica da doença
(MORRIS; SALMON, 2007).


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Como se caracteriza a Doença de Alzheimer?

● Doença neurodegenerativa caracterizada


patologicamente pela morte celular e perda de
conexões sinápticas em regiões específicas do
cérebro;
● Deposição extracelular de proteína
beta-amiloide (BA), formando placas neuríticas;
● Precipitação intracelular de proteína tau
hiperfosforilada, responsável pela formação
dos emaranhados neurofibrilares intraneurais.

(BUTTERFIELD; PERLUIGI;
SULTANA, 2006; CHAUHAN;
CHAUHAN, 2006)
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Mas então, como age o estresse
oxidativo, nessa patologia, em
específico?

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● Estresse oxidativo desempenha papel central na Doença de
Alzheimer, ainda que não esteja claro se este é um evento
desencadeador da doença ou se é um efeito secundário
(RICCIARELLI et al., 2007).
● Os radicais livres causam danos celulares por meio de
peroxidação lipidica, oxidação proteica e do DNA

Os principais exemplos de radicais livres


envolvidos no Alzheimer são: o superóxido
(O2-), a hidroxila (OH), o tiol (RS), o triclorometil
(CC13) e o óxido nítrico (NO)

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● A oxidação das células é o primeiro processo que antecede esta
enfermidade;
● O DNA mitocondrial também é muito suscetível aos danos
oxidativos devido aos fatores com sua proximidade à cadeia
respiratória, mecanismos de reparo limitados e ausencia de
histonas (BAINS; SHAW, 1997; BEAL, 2003)
● Dano mitocondrial contribui para o aumento do estresse oxidativo
no Alzheimer, visto que as mesmas, quando sofrem alguma
disfunção, podem tanto aumentar a liberação de ERO como
também provocar uma crise energética da depleção de ATP.

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Por quê há essa vulnerabilidade aos
radicais livres e como combate-los?

O Sistema nervoso central (SNC) é particularmente vulnerável aos danos


causados pelos radicais livres por apresentar alto consumo de oxigênio e
possuir grande quantidade de ácidos graxos poli-insaturados e nível diminuído
de enzimas antioxidantes quando comparado a outros tecidos (BAINS; SHAW,
1997; BOURDEL-MARCHASSON et. al., 2001)

O combate aos radicais livres se dá quando as células são


equipadas com uma grande variedade de defesas oxidantes, que
incluem enzimas como a superóxido dismutase (SOD), a catalase e
a glutaiona peroxidase (GPx), além de pequenas moléculas, como
vitamina C e E, capazes de neutralizar os radicais livres e que
podem ser regenerados pelo próprio sistema antioxidante
(CASTRO, FREEMAN, 2001)
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Conclusão
O estresse oxidativo tem grande impacto em doenças
degenerativas e, com o passar dos anos, mais e mais descobertas
foram realizadas. Porém, no caso das patologias apresentadas
neste seminários, ainda é cedo concluirmos uma cura.

“Alguns autores sugerem que a ingestão de alimentos ricos em


antioxidantes, como frutas e vegetais, se mostra mais efetivos que
o consumo de suplementos, já que os alimentos contêm
componentes e substâncias fitoquímicas que interagem entre si,
potencializando os efeitos sobre o organismo (DAI et al., 2006
DONINI; DE FELICE; CANNELLA, 2007)”

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Obrigado!
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◇ user@mail.me

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Referências Bibliográficas
◇ Antioxidantes enzimáticos. In Radicais livres e a resposta celular ao estresse oxidativo. ed. Salvador, M.; Henrique, JAP
da Ulbra, Canoas
◇ BARREIROS, A. L. B. S.; DAVID, J. M.; DAVID, J. P. Estresse oxidativo: relação entre gerações de espécies reativas e
defesa do organismo. Química Nova
◇ AUGUSTO, Ohara. Radicais Livres: bons, maus e naturais. In: RADICAIS Livres: bons, maus e naturais. 2006. cap. 3.
◇ FUJITA BARBOSA, Lívea; H.G. DE MEDEIROS, Marisa; AUGUSTO, Ohara. DANOS OXIDATIVOS E
NEURODEGENERAÇÃO: O QUÊ APRENDEMOS COM ANIMAIS TRANSGÊNICOS E NOCAUTES. Quim. Nova, Vol. 29,
No. 6, 1352-1360, 2006.
◇ SALIM, Samina. Oxidative Stress and the Central Nervous System. American Society for Pharmacology and
Experimental Therapeutics, 2016.
◇ LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed


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