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Estresse Oxidativo
O estresse oxidativo é causado por um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de
oxigênio (ROS) e a capacidade do corpo de neutralizá-las.
◦ Pode ser induzido por fatores como lesões químicas, radiação, hipóxia (falta de
oxigênio), envelhecimento celular e processos inflamatórios.
ROS são um tipo de radicais livres que possuem um elétron desemparelhado em sua órbita
externa, tornando-os altamente reativos e eletronegativos o que o ajuda a atacar moléculas. 7
◦ Radicais livres atacam o DNA, proteínas e lipídios celulares, causando danos
significativos.
Iniciam reações em cadeia que transformam moléculas atingidas em novos radicais
livres, propagando o dano.
O dano celular causado pelo estresse oxidativo pode levar a morte celular por necrose,
apoptose ou necroptose.
Geração e Remoção de Espécies Reativas de Oxigênio:
Produzido normalmente em todas as células por meio das reações REDOX que
normalmente ocorrem na respiração celular (produção de energia mitocondrial).
◦ O ROS tem um papel fisiológico quando em baixas concentrações participam de
vias de sinalização celular. Em células saudáveis sua concentração é regulada.
◦ No interior das mitocôndrias, o oxigênio molecular (O2) é essencial para a cadeia de
transporte de elétrons, onde é reduzido (ganha elétrons) para formar água (H2O) -
▪ Como os elétrons são passados um a um, há fases intermediárias em que o O2 forma
o superóxido O2•(ganhou um e–).
▪ O2• é reduzido pelo segundo e–, reação que pode ser espontânea, mas é muito
acelerada pela superóxido-dismutase – SOD, originando H2O2;
▪ Esta é reduzida pelo terceiro e–, resultando em H2O e no radical hidroxila (•OH).
▪ O ROS portanto é formado como subproduto de uma redução incompleta que forna
ânion superóxido (O2•-) e peróxido de hidrogênio (H2O2).
Causas no Aumento e Formas de Geração de Radicais Livres:
Radiação Ionizante: Raios UV, raio X podem hidrolisar água, formando radicais livres
hidroxila e hidrogênio.
Metabolismo Enzimático de Químicos Exógenos: Substâncias como o tetracloreto de
carbono podem gerar radicais livres durante sua metabolização.
Inflamação: Leucócitos produzem radicais livres como parte da resposta inflamatória.
◦ Produzido por leucócitos fagócitos como neutrófilos e macrófagos como forma de
defesa para destruir os organismos e outras substâncias durante a inflamação.
▪ Leucócitos englobam patógenos em vesículas chamadas fagossomos.
▪ Ocorre a explosão respiratória que é um processo parecido com a fosforilação
oxidativa mas que produz ROS para matar o patógeno.
▪ NADPH oxidase, enzima da membrana dos fagossomos, catalisa a formação do
ânion superóxido (O2•-).
▪ O superóxido é convertido em peróxido de hidrogênio (H2O2), um antimicrobiano
menos reativo.
▪ Formação de Hipoclorito: A enzima Mieloperoxidase nos leucócitos usa H2O2
para produzir hipoclorito (OCl-), um reativo poderoso contra microrganismos.
Reperfusão de Tecidos Isquêmicos
Reações REDOX
Óxido Nítrico: O Óxido Nítrico (NO) também é um radical livre (não é ROS) produzido
pelos macrófagos antimicrobiano.
◦ NO pode reagir com o ânion superóxido (O2•-) para formar peroxinitrito (ONOO-), que
é uma molécula altamente reativa e danosa.
Metais de Transição (formação do radical hidroxila)
◦ O radical hidroxila -OH, é um dos agentes mais oxidantes que se tem conhecimento, e
também é formado na presença de metais de transição (como o ferro Fe2+) e peróxido
de hidrogênio (H2O2) através da reação de Fenton.
▪ A reação de Fenton é dada pela seguinte equação química:
▪ Fe2++H2O2→Fe3+ + OH− +OH•
Fe2+: É um íon ferroso, ou seja, ferro no estado de oxidação +2. H2O2: É o
peróxido de hidrogênio, comumente conhecido como água oxigenada. Fe3+: É
um íon férrico, ou seja, ferro no estado de oxidação +3. OH-: É um íon
hidróxido. OH•: É o radical hidroxila.
Toxinas Latentes:
◦ Substâncias químicas que precisam ser convertidas em metabólitos ativos para causar
dano.
◦ A conversão geralmente ocorre no fígado, mediada pelo citocromo P-450.
◦ Causam danos através da formação de radicais livres e peroxidação de fosfolipídios de
membrana.
◦ Exemplo de Toxina Latente: Tetracloreto de Carbono (CCl4):
▪ Convertido em radical livre tóxico no fígado, causando danos às membranas do RE e
mitocôndrias.
▪ Há também diminuição da síntese de apoproteínas que formam complexos com
triglicerídeos, e assim facilitam a secreção dos destes; esse defeito resulta em
acúmulo de lipídios em hepatócitos e outras células e o “fígado gordo”.
Estresse do Retículo Endoplasmático
Inflamação
Neutrófilos, macrófagos, linfócitos e outros leucócitos secretam substâncias para combater
microrganismos. Esses produtos também podem causar danos aos tecidos hospedeiros e
gerar respostas imunes desreguladas em doenças autoimunes e alergias. As reações imunes
prejudiciais são aquelas de hipersensibildiade.
Disfunção Mitocondrial
As mitocôndrias são críticas na geração de
energia (ATP) para a célula. Quando
danificadas, não só a produção de ATP é
afetada, mas também são geradas ROS
prejudiciais. Além disso, as mitocôndrias
desempenham um papel central na
iniciação da apoptose ao liberar moléculas
sinalizadoras.
Sensíveis a danos por hipóxia, toxinas
químicas e radiação.
Anormalidades Bioquímicas:
Falha na fosforilação oxidativa, levando à
depleção de ATP e necrose.
Formação de ROS durante a fosforilação
oxidativa anormal.
Danos na membrana mitocondrial associados à formação do poro de transição de
permeabilidade, afetando o potencial de membrana e a fosforilação oxidativa.
Liberação de proteínas como citocromo c, ativando a via apoptótica.