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Capítulos resumidos: 

Data  Capítulo  Resumo 


1:  Introdução:  O  livro  A  Natureza  do  Espaço.  Técnica  e 
14/05  Cap. 1: AS TÉCNICAS, O  Tempo,  razão  e  Emoção,  publicado  em  1996  tem  como 
TEMPO E O ESPAÇO  grande  objetivo  buscar  um  sistema  descritivo  e  um  sistema 
GEOGRÁFICO.  interpretativo  para  a  disciplina  geográfica.  Milton  Santos 
elabora  e  sistematiza  uma  de  suas  principais  contribuições 
Por: Prof. Silvana Silva 
para  a  ciência  geográfica,  propondo  uma  disciplina  que seja 
autônoma,  mas  não  independente,  do  conhecimento 
científico.  O  autor  propõe  a  Geografia  como  uma  filosofia 
das  técnicas,  tendo  como  objeto  um  sistema  de  objetos  e 
um  sistema  de  ações.  Nesse  sentido,  o  autor  transpõe  em 
sua  teorização  o  dualismo  presente  nessa  disciplina  ao  lidar 
com  a  ​natureza  natural  e  os  ​sistemas  artificiais,​   estes 
animados  pela  ação,  como  sendo  híbridos.  Dessa  forma,  o 
espaço  geográfico  seria uma instância social, ao condicionar 
as  ações  humanas  e  ser  ao  mesmo  tempo  trabalho  social 
materializado. 

Nesse  capítulo  o  autor  dedica-se  a  teorizar  a  técnica  e  o 


tempo  para  a compreensão do espaço geográfico. Técnica e 
tempo  são  duas  chaves  fundamentais  para  delimitação  do 
objeto  geográfico.  Segundo  Milton  Santos,  ​as  técnicas  são 
um  conjunto  de  meios  instrumentais  e  sociais​,  com  os quais 
o homem realiza sua vida, criando espaço.  

A  técnica  sozinha  não  explica  nada,  ela  tem  valor 


relacional,  pois  necessita  da  realidade  e  de  um  sistema  de 
referências  para  se  completar.  A  técnica  é  o  tempo 
congelado  e  revela  a  história.  A  cada  sistema  temporal  o 
meio  geográfico  muda.  Desta  forma,  a  técnica  é  tempo  e 
espaço:  encontro  entre  a  subjetivo  e  o  objetivo.  Técnica  é 
trabalho  realizado,  historicamente  determinado.  A 
universalização  das  técnicas  é  a  geografização  da 
globalização.  Esses  são  alguns  pontos  fundamentais 
trabalhados  pelo  autor  para  sistematizar  e  elaborar  uma 
teoria  para  ciência  geográfica  como  uma  filosofia  das 
técnicas. 

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2:  Neste  capítulo  o  autor  inicia  trazendo  uma  tentativa  de 
21/05  Cap. 2: O ESPAÇO:  construção  do  pensamento  sobre  o  espaço  geográfico.  A 
SISTEMAS DE  proposta  do  livro  é  definir  a  Geografia  através  do  espaço 
OBJETOS, SISTEMAS  geográfico  como  um  conjunto  indissociável  de  sistemas  de 
DE AÇÃO  objetos  e  sistemas  de  ações.  Não  cabe  a separação destes. 
Os  sistemas  de  objetos  e  os  sistemas  de  ações interagem o 
Por: Pâmela Kimmemgs 
tempo  todo,  pois  o  sistema  de  objetos condiciona as ações, 
e  o  sistema  de  ações  cria  novos  objetos.  Sendo  essa  a 
dinâmica e transformação do espaço. 

Segundo  Santos,  um  objeto no meio geográfico quanto mais 


estruturalmente  complexo mais eficaz e rapidamente oferece 
uma  resposta,  ou  seja,  o  autor  expressa  que  os  objetos não 
funcionam  isoladamente  e  torna  como  exemplo  a 
transmissão  televisionada,  onde  um  sistema  de  objetos 
necessita  de  outros  sistemas  como  de  energia,  de  satélites, 
entre outros. Sistemas viáveis apenas em conjunto. 

A  classificação  de  objetos  é  diferente  de  uma  construção 


epistemológica.  Pode,  por exemplo, haver um mesmo objeto 
com  construções  epistemológicas  diversas  e  havendo 
diálogo  com  diversas  outras  disciplinas.  O  que  o  autor 
coloca  é  uma  questão  de  método,  ou  seja,  a  construção  de 
um  sistema  intelectual  que  permita  analisar  e  abordar  uma 
realidade a partir de uma perspectiva geográfica. 

As  ações  conduzem  o  comportamento  do  sujeito  e  levam  a 


funções,  já  que,  para  Milton  Santos,  são  propositais  e 
orientadas.  O  sistema  de  objetos  cria  necessidades  que 
resultam  no  sistema  de  ações  e  estas conduzem à criação e 
ao uso de objetos, formas geográficas. 

Não  há  como  considerar  e  analisar  as  ações  descoladas  do 


objeto.  Estas  categorias  de  análise  necessitam  serem 
tratadas  unitariamente,  cabendo  a  Geografia  elaborar  seus 
próprios conceitos. 

3:  ​As  formas-conteúdo  produzidas  e  reproduzidas  no 


29/05  Cap. 3: O ESPAÇO  espaço  geográfico,  participam  da  condição  física  e  social. A 
GEOGRÁFICO, UM  ação  gera  o  acontecimento,  e  o  objeto  a  materialidade,  e  a 
HÍBRIDO  tensão  entre  eles  é  dada  pela  intencionalidade,  permeada 
pela  consciência,  que Husserl diz poder ser passiva ou ativa, 
Por: Maria G. M. 

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Manhães  nessa  produção  das  coisas.  Que  resulta  do  "encontro"  do 
sujeito  no  mundo,  essa  materialidade  pode  ser  a  busca  do 
  que  se  quer  alcançar,  fazendo  o  ter  se  tornar  ser,  nessa 
relação  de  projeção  da  matéria  no  espaço,  sempre  levando 
 
em consideração que a intencionalidade, depende da ciência 
  e técnica daquele dado momento. 

  Milton  traz  a  forma  não  previsível  da  ação,  onde  a 


consequência  produz  efeitos  inesperados,  justamente  por 
  essa  autonomia  da  ação  se  dar  sob  o  meio.  Criando  ou 
recriando  o  significado  do  evento,  neste  encontro  com  o 
  sujeito,  e  não  podendo  ser  entendido  separado  do  objeto, 
porque  a  vida  de  um  objeto  é  reconhecida  a  partir  da 
 
natureza  de  sua  relação  com  o  evento  que  o situa, nas suas 
  diferentes formas de prática em um dado momento histórico. 
Essa  relação  objeto-ação,  no  espaço  geográfico  permite  no 
  presente, caminhar entre passado e futuro. 

  Ou  seja,  a   forma-conteúdo  une  processo   e  resultado, 


função  e  forma,  passado  e  futuro,  objeto  e  sujeito,  natural  e 
  social,  analisando  o  espaço  como  um  conjunto  de  ações  e 
objetos  inseparável.  Milton  traz  a  Paisagem  e  o  Espaço 
  como  um  debate  do  conhecimento  dessas  categorias,  no 
entendimento  do  funcionamento  dessa  materialidade  não 
 
separada da ação, onde o Espaço é resultado dessa relação, 
  que  muda  de  acordo  com  a  função  social  dada, é paisagem 
no  sentido  de  exprimir  heranças  das  sucessivas  relações 
  sociedade/natureza,  junto  de  objetos  passados,  presentes  e 
futuros,  marcados  pela  distribuição  dessas  formas  objetos 
  com  técnicas  específicas.  Que  começa  por  ser  Espaço, 
como  resultado  da  relação  do  sujeito  com  essas 
 
formas-objeto,  onde  se  muda  a  função  e  significado,  de 
  valor  individual  de  acordo  com  o  momento  e  função  dada 
pela  sociedade.  Espaço  como  realidade  social  e  física, 
Cap. 4: O ESPAÇO E A  enquanto  sociedade  e  como  espaço,  jamais  sobre  a 
NOÇÃO DE  materialidade exclusivamente.  
TOTALIDADE 
4:  Nesse  capitulo  o  autor  aponta  a  necessidade  de  uma 
Por: Thaiane Souto  visão  totalizante  do  mundo  para  a  geografia  através  de  um 
sistema  de  conceitos  capaz  de  reproduzir  as situações reais 
do espaço geográfico, a partir dos seus próprios métodos de 

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analise.  Essa  necessidade  se  torna  mais  urgente  nos  dias 
atuais  devido  à  emergência  da  globalização  que  esta  mais 
acelerada após o sistema de produção capitalista.  

Para  tratar  esse  conceito,  o  autor  utiliza  as  relações efetivas 


entre  a  totalidade-mundo  e  lugar,  observando  os  processos 
de  ação  que  culminam  no  movimento  do  universal  para  o 
particular,  que  segundo  o  mesmo,  põe  uma  mediação 
indispensável o papel dos eventos e da divisão do trabalho.  

 
04/06  Cap 5: DA  5:  N
​ esse  capítulo,  Milton  vai  abordar  sobre  a  divisão  do 
DIVERSIFICAÇÃO DA  trabalho,  tanto  territorial  quanto  social.  Ele  diz  que  a  divisão 
NATUREZA À DIVISÃO  territorial  do  trabalho  e a divisão social, são complementares 
TERRITORIAL DO  e  interdependentes. Elas devem ser explicadas juntas, sendo 
TRABALHO  que  a  divisão territorial do trabalho é dependente das formas 
geográficas herdadas. Essa divisão vai mudar toda vez que o 
 
momento histórico mudar também. 
Por: Vivian Machado 
  O  autor  diz  que  a  divisão  do  trabalho  é  um  processo  que 
  distribui  os  recursos  disponíveis,  social  e  geograficamente. 
  Os  recursos  podem  ser  definidos,  como  tudo  aquilo  que  vai 
  proporcionar  ao  homem  possibilidades  de  ação.  Eles  vão 
  representar  uma  totalidade  e  a  partir  das  transformações 
  sociais  e  do  espaço  vão  mudar  se  renovar  e  criar  uma  nova 
  totalidade.  Além  disso,  nenhum  recurso  tem  um  valor 
  absoluto,  seu valor vai depender da sua localização ou como 
  ele diz, da sua qualificação geográfica.  
 
  Também  fala  sobre  os  tempos  da  divisão  do  trabalho,  que 
  podem  ser feitas a partir de duas principais lógicas: a divisão 
sucessiva  (ao  longo  dos  tempos  históricos),  e  a  divisão 
 
sobreposta  (em  um  mesmo  tempo  histórico).  É  a  partir  da 
 
divisão  sobreposta  que  podemos  analisar  o  tempo.  Mas 
 
esse  tempo  é  abstrato,  porque  ele  é  interpretado  e  utilizado 
  de  formas  diferentes,  por  distintos  agentes  sociais,  não  é 
  comum  ao  todo,  e  sim  individual.  Ele  apresenta  quatro 
  tempos  diferentes,  o  Tempo  Mundo,  o  Tempo  Regional,  o 
  Tempo  Estado-nação  e  o Tempo dos subespaços nacionais, 
  regiões  e  lugares.  O  tempo  mundo  seria  o  tempo  do  modo 
  de  produção  dominante,  nem todos os lugares são atingidos 
  diretamente por ele, mas influenciados. 
 
  Milton vai abordar sobre a Diversificação da Natureza a partir 

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  do  autor  Whitehead.  O  mundo  natural  é  representado  por 
  essa  diversificação  da  natureza, enquanto o mundo histórico 
  é  representado  pela  divisão  do  trabalho.  Além  disso, o autor 
  diz  que  a  diversificação  da  natureza  é  tanto  um  processo 
  quanto  um  resultado,  e  que  a  natureza  é  um  processo 
  repetitivo. Enquanto que a divisão internacional do trabalho é 
  um  processo  e  seu  resultado  é  a  divisão  territorial  do 
mesmo, e que essa DIT se dá num processo progressivo.  
 
    A  partir  das  inovações  técnicas  o  homem  passa  a ter maior 
  capacidade  de  modificação  e  mobilidade  no  espaço. Com o 
  capitalismo  e  com  a  indústria  essa  intervenção  deixa  de  ser 
  uma  escala  local  e  passa  a  ser  uma  escala  global.  O  autor 
  diz  que  hoje,  a  divisão  do  trabalho  se  dá  em  escala 
  internacional e que seu princípio é a informação. 
 
  Ao  fim  do  capítulo  é  utilizado  o  conceito  de  prático-inerte, 
  defendido  por  Sartre,  para  em  seguida  ser  apresentado  o 
  conceito  de  rugosidades,  abordado  por  Milton.  Ele  também 
  fala sobre a inércia do espaço​.   
 
  6:  N
​ esse  capítulo  o  autor  dedica-se  à  explicar  os  eventos 
passados  e  futuros,  naturais  e  sociais,  finitos  e  infinitos. 
Cap 6 : O TEMPO (OS 
Fazendo  a  discussão  da  duração,  extensão,  escala  e 
EVENTOS) E O ESPAÇO 
superposições  dos  mesmos.  Explicando  que  eles  criam  e 
Por: Alan Reis 
recriam  novos  eventos,  seja  em  escala  global  ou  local,  por 
isso,  que  Milton  diz  que  todos  esses  fenômenos  são  novos, 
quando eles surgem estão propondo uma nova história.  

Segundo  G.  Schaltenbrand,  são  os  eventos  que  criam  o 


tempo,  como  portadores  da  ação  presente.  Milton  se 
preocupa  em  deixar  explícito  que  esse  acontecimento  é 
sempre  presente,  mas  o  presente  não  é  obrigatoriamente  o 
instantâneo, por isso surge a ideia de duração dos eventos.  

Eles  se  desenvolvem  através  do  tempo,  e  os  mesmos  têm 


relação  com  o  passado,  presente  e  futuro,  por  esse  motivo 
que  o  autor  fala  que  em  cada  lugar,  os  sistemas  sucessivos 
do  acontecer  social  distinguem  períodos  diferentes, 
permitindo  falar  de  hoje  e  de  ontem.  O  autor  também  se 
propõem  a  fazer  uma  periodização  falando  da  passagem 
dos eventos físicos para os eventos históricos globais. 

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11/06  TeCidades  Ferido C
​ orpus Christi 

7:  O
​   autor  retorna a falar das técnicas, porém, é abordado a 
18/06  Cap 7: O SISTEMA  historicidade  do  passado  até  os dias de hoje, passando pela 
TÉCNICO ATUAL  revolução  neolítica  até  a  cibernética.  A  sociedade  se 
apropriou  das  técnicas e a constituiu no cotidiano, passando 
Por: André Gadelha  assim, a dependência pela mesma.  

  Para  as  técnicas  não  deixarem  de  existir  é  necessário  que 


aconteça  uma  evolução,  ou  seja,  a substituição da velha por 
  uma  nova,  para  se  adequar  com  o  dia a dia da sociedade. A 
principal  evolução  das  técnicas  nos  dias  atuais  se  dá  pelas 
  técnicas  da  informação,  com  o  surgimento  dos  rádios,  TVs, 
computadores,  celulares  e  a  distribuição  das  informações 
  que  nelas  contém,  de  fácil acesso. Passando a ser essencial 
para  os  países  desenvolverem  suas  próprias  tecnologias  e 
  terem  como  guardar  os  dados  da  sua  população  e  assim, 
tomar  decisões  a  partir  das  informações  contidas  na  rede 
Cap 8: AS  mundial de computadores/internet.  
UNICIDADES:A 
PRODUÇÃO DA  8:  No  início  do  capítulo,  Milton  apresenta  três  tipos  de 
INTELIGÊNCIA  unicidades:  a  técnica,  do  tempo  e  do  motor  da  vida 
PLANETÁRIA  econômica  e  social,  a  partir  dos  seus  desenvolvimentos 
gerou  a  globalização  e  as  transformações  econômicas  e 
Gabrielle Fernandes  sociais. 

  Unicidade  técnica  é  um  processo  pré  histórico  que 


foi  obtendo  o  seu  aprimoramento  ao  longo  dos  tempos, 
gerando  desigualdades  nos  grupos,  levando  a 
desterritorialização  e  territorialização  das  técnicas, 
desenvolvendo  e  ampliando  as  sociedades.  Milton  cita 
Braudel  sobre as economias mundo referente a expansão do 
capitalismo  e  suas  técnicas  no  século  XVI  a  partir  das  rotas 
marítimas.  No  século  XIX,  precisou-se  de  técnicas 
revolucionárias  para  disseminar  a  mudança  social  e  no 
século  XX  foi  indispensável  após  a  2°  guerra  a  criação  de 
uma  nova  técnica  para  se  universalizar,  com  isso  gerando  o 
capitalismo  tecnológico  que  é  um  subsistema  hegemônico 
que é invasor e por isso se integrou rapidamente.  

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Unicidade  do  tempo  é  relacionado  as  técnicas  atuais  de 
comunicação  e  seus  momentos,  como  as  informações 
antigamente  eram  noticiadas  lentamente, como por exemplo 
a  morte  de  George  Washington.  Mostra  também  a  evolução 
do  mundo  em  dois  grandes  momentos,  que  são  as  grandes 
navegações  e  a  criação  dos  satélites  e  como  isso  gerou  a 
mudança  da  velocidade  na  humanidade.  Milton  cita 
Targowisk  sobre  a  ideia  de  aldeia  global  que  são  cidades 
interligadas eletronicamente.  

O  motor  único  é  sobre  a  emergência  de  uma  mais  valia  no 


mundo  por causa das grandes organizações e a presença de 
grandes  atores.  A  mundialização  é  um  conjunto  e  a 
globalização  está  inserida.  As  empresas  globais  possuem 
diferentes  organizações  das  transnacionais  e  possuem 
alianças com as firmas grandes obtendo tipos de controle da 
inovação,  circulação  e  gestão  do  capital.  Os  aspectos 
políticos  da  produção  se  referem  a circulação, distribuição e 
consumo.  Os  aspectos  técnicos  possuem  políticas 
financeiras;  fiscais  e  monetárias, do comércio de mercadoria 
e  de  serviços;  do  emprego  e  informação  e  do  nível  mundial. 
A  produção  globalizada  é  relacionada  a  competitividade 
entre  as  empresas  e  que  possuem  processos  técnicos, 
informacionais,  organizativos,  normas  e  desregulações  e 
lugares.  

Cap. 09: Objetos e  9:  Milton  Santos  neste  capítulo  apresenta  como  ocorre  a 
25/06  Ações, Hoje. As Normas  troca,  a  revalorização  ou  desvalorização  e  o  envelhecimento 
dos  objetos.  Enumera  as  características  do  atual  sistema 
e o Território 
técnico.  Relata  o  caráter  informacional, codificado, imediato, 
retórico,  funcional  e  intencional  das  ações  e  a  importância 
Por: Flávia Nunes;  da  organização  das  coisas,  a  funcionalidade  e  atuação  das 
normas e o comportamento territorial. 
Nágila Souza 
Santos  menciona  que  a  grande  diferença  entre  o  hoje  e  o 
ontem  é  que  antes  os  objetos  não  eram  excessivos  ,  havia 
 
solidariedade  e  subordinação.  Hoje,  vivemos  emparelhados 
com  os  objetos  técnicos,  que  invadem  o  nosso  dia  a  dia, 
 
porém a nossa relação é prática e não profunda.  
  Os  objetos  consagrados  ao  trabalho,  como  meios  de 
produção,  de  circulação  ou  distribuição,  aumentam  a  sua 
  complexidade,  e  às  vezes  também  o  seu  tamanho,  e  se 
tornam  cada  vez  mais  especializados,  cada  vez  menos 

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  dotados  de  mobilidade  geográfica,  cada  vez  mais  imóveis, 
fixados  ao  solo  e  seu  funcionamento  supõe  o  de  outros 
  objetos. 
O  autor  esclarece  que  o  que  conduz  o  envelhecimento 
  rápido  dos  objetos  técnicos  é  a  doutrina  e  a  prática  da 
competitividade.  E  que  não  decorre  da  técnica  essa 
  acelerada deficiência e sim, da política. 
Milton  Santos  cita  as  ações informadas e ações codificadas. 
  E  que  atualmente,  a  informação  tem  caráter  imediato  e 
retórico,  atribuindo  maior  eficácia,  produtividade  e 
  rentabilidade, aos propósitos daqueles que as controlam.  
  Revela  que  os  objetos  têm  um  discurso  que  vem  de  sua 
  estrutura  e  revela  sua  funcionalidade.  É  o  discurso  do  uso, 
mas,  também,  o  da  sedução.  E  há  o  discurso das ações, do 
  qual  depende  sua  legitimação.  Essa  legitimação  prévia 
tornou-se  necessária  para  que  a  ação  proposta  seja  mais 
  docilmente aceita, e mais ativa se torne na vida social. 
  Por  fim,  afirma  que  o  espaço  é  hoje  o  teatro do encontro de 
dois  sistemismos:  dos  objetos  e  das  ações.  Um  impele  e 
  condiciona  o  outro.  Os  objetos  indicam 
comportamentos/ações  e  vice-versa.  E  que  a  relação  entre 
Cap. 10 - Do Meio 
os  sistemas  não  é  automática,  mas  mediada  por  leis, 
Natural Ao Meio  normas,  costumes,  religião,  representações  herdadas  ou 
Técnico-Científico  ensinadas. 
Informacional 
10:  A
​   Relação  homem  e  natureza  desenvolveu  uma 
​Por: Renata Hilel;  substituição  meio  natural,  dado  a  uma  determinada 
sociedade,  por  um  meio  cada  vez  mais  artificializado,  em 
Rebeca Gondim  que  a  história  do  meios  geográfico  se  divide  em  3  etapas: 
meios  natural,  meios  técnico  e  meio 
  técnico-científico-informacional.  

 O  meio  natural  nessa  interação  com  o  homem  transforma 


essa  natureza  utilizando  as  técnicas,  mas  que  inicialmente 
isso  era  feito  de  forma  respeitosa no processo da criação na 
nova  natureza.  O  que o chamado pelo autor de tempo velho, 
as  técnicas  possuem  uma  funcionalidade  em  que  o  espaço 
precisaria  de  ser  mecanizado,  onde  os  objetos  artificiais  e 
culturais transformam em objetos técnicos.  

Porém  no  tempo  novo esses objetos tornam-se uma prótese 


do  homem  que  conduz  o  prolongamento  do  território 
transgredindo  as  distâncias  e assim fazendo com que há um 
crescimento da divisão do trabalho.  

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Desta  forma, o tempo novo desenvolve também uma relação 
nesse  espaço  geográfico  um  meio  subordinado  relacionado 
às  diferenças  de  acesso  a  essa  novas  técnicas,  pois  a 
evolução  técnica  é  aprimorada  segundo  a  uma  hegemonia 
que conduz um mercado e gera a subordinação dos meios. 

 A  partir  desses  meios  podemos  perceber  que  atualmente  o 


homem  não  só conduz o domínio da natureza como também 
faz  parte  de  sua  criação,  direcionando  por  exemplo  a 
inseminações  que  foram  desenvolvidas tanto no ser humano 
quanto  na  criação  de  animais  apurando  raças  ou  criando 
novas,  mudando  sementes  e  trazendo  no  plantio  o  domínio 
do  tempo,  então  esse  mundo  alcança  hoje  tanto  o   meio 
rural,  quanto  a  cidade,  como  também  interfere  nas  relações 
sociais e sua interação com a natureza. 

Então  essa  técnica  se  transforma  ​Meio  Técnico  combinado 


com  a ciência que “se servem de uma técnica informacional” 
servindo  em  diversas  modalidades  e  etapas  da 
produção.Apresentando  as  grandes  cidades  como  o 
“império  das  técnicas”.  As  grandes  empresas  quando 
possuem  algo  novo,  antes  de  seu  lançamento  do  produto  é 
testado  primeiro  em  países  desenvolvidos  e  depois  no 
mundo  globalizado  é  testado  primeiro  nas  capitais  e  depois 
irá ​alcançar os lugares que possuem recursos para receber a 
nova  técnica.  Por  ex:  as  diversas  técnicas  de  conexão  da 
internet, novos carros, novas marcas. 

Deste  modo  o  conhecimento  e  a  tecnologia  é  um  recurso 


necessário,  que  está  direcionado  diretamente  a  divisão   do 
trabalho.  Ele  trás  Lanni  e  Margolin;  Correia  e  outros   com  a 
ideia  de  desterriorialização,  devido  os  países  serem 
direcionados  a  um  mercado  global  e  subordinado  a 
hegemonia  de  influência  nesse  mercado,  desta  forma  as 
empresas  multinacionais  articulam  com  que  o  mercado 
esteja  acima  das  políticas  de  governo  e  estas  são  as  que 
dispões  das  altas  tecnologias  e  com  isso  controla  o 
mercado, o que pensamos hoje nos monopólios das grandes 
empresas,  ficando  mais  evidente  a  cada  tempo,  pois  a 
evolução  técnica  tem  superado  e  subordinado  também  a 
sociedade,  sendo  as  mesmas  de  forma  consentida 
transformam  seu  cotidiano,  mas  isso  traz  outros  problemas 
como por exemplo o psicológico. 

 
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02/07  TeCidades  Apresentação e debate dos Capítulos XI e XII do 
livro A Natureza do Espaço 

- Responsáveis pela apresentação: Nathan e Nagila 

09/07  TeCidades  Apresentação e debate dos Capítulos XIII e XIV do 


livro A Natureza do Espaço 

- Responsável pela apresentação: Nathalia Freitas e 


Patrick 

16/07  TeCidades  Apresentação e debate dos Capítulo XV do livro A 


Natureza do Espaço 

- Responsável pela apresentação : Jenyffer 

23/07  TeCidades  Novas leituras e atividades 

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Universidade Federal Fluminense
Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional

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