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DOI: 10.1590/0103-1104202112815
RESUMO As interfaces entre a loucura e o direito penal, com a análise das medidas de segurança diante
da Lei Antimanicomial e das políticas de atenção à saúde mental no Brasil, assim como a experiência do
Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), integram os planos de desenvolvimento deste
artigo. Discutem-se aqui o tratamento penal da loucura, a natureza jurídica e os fundamentos teóricos
das medidas de segurança, bases a partir das quais são formuladas pistas que se voltam para o fechamento
dos manicômios judiciários.
ABSTRACT The interfaces between madness and criminal law, with the analysis of security measures under
the Antimanicomial Law and the mental health care policies in Brazil, as well as the experience of the Crazy
Infractor Integral Care Program (Paili), make up the development plans of this work. This article discusses
the criminal treatment of madness, the legal nature and the theoretical foundations of security measures,
the basis on which clues are formulated that focus on the closing of judicial asylums.
1 UniversidadeFederal
Fluminense (UFF) – Niterói
(RJ), Brasil.
haroldocaetano@gmail.com
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative
Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer
meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 45, N. 128, P. 191-202, JAN-MAR 2021
192 Caetano H, Tedesco S
de atenção à saúde mental mediante a trans- eficientes e pouco nobres, como denunciado
ferência do foco do tratamento, que antes se por Arbex10, tornou-se, como comentaremos
concentrava na internação em instituição mais à frente, dispositivo dos serviços de saúde,
hospitalar, para uma rede de atenção psicos- de caráter excepcional, por período breve e
social estruturada em unidades de serviços que seja justificado por parecer clínico. Como
comunitários e abertos2. Essas reformulações explica Bicalho11(53), a reforma psiquiátrica
se devem a pesquisas científicas, desenvolvidas contempla, assim,
por décadas, como destacado por Amarante4,
Delgado5, Carvalho et al.6, que revelam ser o [...] a substituição de manicômios por uma rede
transtorno mental de base psicossocial. Passa- de serviços de atenção psicossocial, além de
se a entender que tanto a proliferação enrique- propor uma mudança de atitude em relação à
cedora da vida como seus impasses e colapsos loucura através da participação política ativa por
não são gerados exclusivamente no interior parte da comunidade como um todo, por meio
da vida psíquica, de modo que não podem ser de dispositivos coletivos e grupais que propor-
buscados apenas no indivíduo isolado, enfo- cionem uma mudança cultural na sociedade,
cando nele os problemas e as dificuldades. Os através de um processo de desospitalização e
transtornos mentais emergem do esgarçamen- desinstitucionalização da loucura.
to, da fragilização e do empobrecimento dos
vínculos sociais, sempre considerados como O lugar do louco deixou de ser o mani-
vias de mão dupla. Portanto, o cuidado compe- cômio para ser a vida em sociedade; e, para
tente, dirigido à saúde mental, não pode se dar garantir a assistência à saúde mental no ter-
em locais nos quais as relações psicossociais ritório da cidade, atuam os dispositivos subs-
são rarefeitas ou inexistentes. Cabe acom- titutivos que compõem a Rede de Atenção
panhar os processos de constituição desses Psicossocial (Raps), instituída por meio da
nexos e, atentando para o caráter recíproco Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro/201112,
destes, não desconsiderar a responsabilidade e mais recentemente incluída na Portaria de
de todos aí implicados, para assim intervir Consolidação nº 3, de 28 de setembro/201713,
clinicamente, caso a caso, na reconstrução e ambas do Ministério da Saúde. Por sua vez, a
no fortalecimento dos nexos existenciais que Raps deve ser estruturada de forma a contem-
nos constituem7-9. plar uma série de serviços de atenção à saúde
Todo e qualquer atendimento em saúde mental, com destaque para a instituição dos
mental deve, necessariamente, obedecer à Lei Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
nº 10.216/2001, verdadeiro estatuto jurídico A internação está legalmente prevista,
do louco, voltado à proteção e à garantia dos sendo um recurso terapêutico possível e
direitos da pessoa com transtorno mental. eventualmente necessário no atendimento à
Fundada na dignidade humana e na liberda- pessoa com transtorno mental, embora seja
de como princípios, a assistência em saúde excepcional e somente aplicável quando outros
mental passou a ter como objetivo maior a recursos extra-hospitalares não se mostra-
reinserção social do paciente. De meramente rem aptos para o tratamento. Nos termos da
psiquiátrica, a atenção em saúde mental foi Lei Antimanicomial, a internação poderá ser
ampliada para contemplar o amparo psicos- voluntária, involuntária e compulsória, esta
social do indivíduo, e este, antes manejado última definida como sendo a que decorre de
feito objeto ao talante de interesses diversos, uma ordem judicial. Está proibida, em qual-
é reconhecido como sujeito, com direitos bem quer hipótese, a internação em instituições
definidos; e a internação psiquiátrica de longa com características asilares, o que determina
duração, comprovadamente provocadora de a ilegalidade do manicômio judiciário, estabe-
agravos, outrora utilizada com objetivos nada lecimento asilar por excelência, incompatível
com o tratamento no campo da saúde mental e a partir das ideias racistas de Cesare Lombroso,
sem nenhuma sintonia com o objetivo permanen- mesmo sendo de frágil sustentação científica,
te agora indissociável do atendimento em saúde é ainda a cortina de fumaça que justifica a ex-
mental, que é a reinserção social do paciente. clusão pura e simples do louco infrator.
A lógica manicomial dá lugar à lógica da Por outro lado, como o ‘populismo mani-
inclusão social em toda a sua plenitude, sem comial’ denunciado por Caetano14 é resposta
espaço para qualquer exceção no atendimento fácil, principalmente quando se está diante de
em saúde mental, de forma que a internação um tema tão complexo, não faltam autorida-
psiquiátrica, seja ela voluntária, involuntária des públicas, médicos e juristas a sustentar o
ou compulsória, regular-se-á sempre pelos funcionamento dos manicômios judiciários
dispositivos da Lei Antimanicomial. Se os laços em pleno século XXI, indiferentes à absoluta
familiares e sociais são frágeis quando pre- falta de fundamento da teoria da periculosi-
sente um transtorno mental severo, a ruptura dade e à vigência de uma lei taxativa quanto
causada por uma internação, particularmente à ilegalidade da internação asilar. Aliás, não
quando de longa duração, pode simplesmente é sem motivo que a Lei Antimanicomial leva
inviabilizar o objetivo maior do tratamento esse nome, pois veio para promover uma
adequado, qual seja, a reinserção social do transformação radical na forma como vemos
indivíduo. Essa perspectiva de inclusão social e lidamos com a loucura em qualquer de suas
explica, como se percebe, a opção do legisla- manifestações, e que, talvez por essa radica-
dor pelos recursos extra-hospitalares e pela lidade, por elevar a liberdade à condição de
estruturação de uma rede de atendimento mais importante recurso terapêutico, sofra
que se volte para a assistência do sujeito no tanta oposição para as mudanças que ainda
território, de maneira a envolver e fortalecer não foram implementadas.
os seus vínculos familiares e sociais. A legalidade, premissa elementar na atuação
A Lei nº 10.216 fez do lema do Movimento do sistema de justiça criminal, tem como
Antimanicomial um princípio normativo conteúdo a limitação do poder punitivo em
orientador de toda a política de atenção à saúde face da liberdade individual, sendo esta a sua
mental no Brasil. Agora é lei: a liberdade é dimensão política, expressão do liberalismo
terapêutica! penal. Ocorre que essa dimensão política é,
O maior problema é que, não obstante a conforme explica Prando15, continuamente
vigência da Lei Antimanicomial desde o ano tensionada pela polarização entre a limitação
de 2001, ainda não conseguimos abandonar a e a justificativa do poder punitivo, expres-
cultura manicomial, arraigada que está em prá- sa na disputa entre o exercício da liberdade
ticas centenárias e que, diante da complexidade, individual e as demandas por ordem. Essas
dos preconceitos e da desinformação que acom- tensões entre liberdade e controle punitivo
panham o tema da loucura, torna muitas vezes se apresentam visíveis nas relações entre a
sedutora a internação asilar, ideia que é ainda loucura e o direito penal, mais até do que em
mais difícil de superar quando se tem prevista qualquer outra área entre aquelas que são al-
no Código Penal a internação em manicômio cançadas pelas agências do aparato repressivo
judiciário, disposição que não foi revogada de do Estado. Não é sem motivo, pois, a negativa
maneira expressa pela Lei Antimanicomial. de tantos à aplicação da Lei Antimanicomial,
Ao mesmo tempo, o quadro grotesco e caótico especialmente aqueles que insistem no mani-
de qualquer manicômio judiciário brasileiro, cômio judiciário como algo válido a despeito
espaço de permanente violação de direitos da expressa disposição legal que proíbe tal
humanos, é ignorado pela grande maioria da instituição. Nas medidas de segurança, como se
população. Nesse contexto, a teoria da periculo- percebe, a legalidade não é apenas tensionada.
sidade, edificada no século XIX principalmente É simplesmente negada.
para que as eventuais soluções sejam etica- tratamento, as medidas de segurança levam, pelo
mente orientadas. Nesse processo de constru- contrário, à cronificação do transtorno mental
ção de possibilidades, é de vital importância mesmo nos quadros clínicos menos graves, o que
o despertar do Movimento Antimanicomial é facilmente verificável logo ao primeiro contato
que, depois de muito tempo silente diante do com qualquer manicômio judiciário.
sofrimento do louco infrator, agora vem canali- As disposições do Código Penal relativas
zando energias para se voltar com vigor na luta às medidas de segurança são anteriores à Lei
pelo fechamento dos manicômios judiciários. Antimanicomial e, conforme observado, por
O louco é sujeito de direitos. A dignidade um princípio elementar em matéria de vali-
humana não admite a coisificação de seres dade das normas, foram derrogadas por esta
humanos que, nos manicômios, perdem a con- última, que tratou integralmente da atenção a
dição de sujeitos para serem tratados como ser dispensada a toda e qualquer pessoa com
objetos, manejados ao talante da autoridade, transtorno mental e que, sem abrir espaço para
seja do médico, da polícia, dos funcionários exceções, é aplicável também ao louco infrator.
ou do juiz. Desde 2001, a Lei Antimanicomial Ocorre que as regras hermenêuticas parecem
passou a dispor sobre a proteção e sobre os ter sido esquecidas nesse campo, no qual tem
direitos das pessoas com transtornos mentais, prevalecido a própria cultura manicomial, de
redirecionando o modelo da assistência em forma que a maioria dos juízes não reconhece
saúde mental no Brasil, para o que elegeu como a vigência da lei nova para fazer valer a norma
objetivo irrenunciável a reinserção social da anterior, embora formalmente revogada. Com
pessoa com transtorno mental. A internação isso, prevalecendo no âmbito do sistema de
psiquiátrica ainda é uma possibilidade tera- justiça criminal o pensamento conservador
pêutica, mas que somente será utilizada em pautado pelo saber psiquiátrico, o manicômio
caráter excepcional. Está terminantemente ganha sobrevida e se faz presente em quase
proibida, contudo, a internação em condições todos os estados brasileiros, excetuado, como
asilares, de maneira que a porta de entrada dos visto, o estado de Goiás, assim como algumas
manicômios judiciários está (ou pelo menos outras experiências locais, eventualmente de
deveria estar) fechada ao ingresso de novos um município ou de uma região metropolitana.
ocupantes desde 2001. Obstáculo de vulto à política antimanico-
Conforme demonstrado, as justificativas mial é a seletividade, é a proposta de ações que
voltadas a dar sustentação ao manicômio judi- não sejam viáveis para todo e qualquer caso
ciário são frágeis do ponto de vista legal. Isso clínico, o que expõe certos perigos à espreita
porque as medidas de segurança constituem-se das ações nesse campo. Não têm sido inco-
em institutos jurídicos ultrapassados, funda- muns, em face do apego histórico e cultural às
mentados na teoria da periculosidade, ideia práticas manicomiais, propostas que buscam
que não encontra qualquer sintonia com a restringir a política antimanicomial aos casos
Constituição de 1988. Aliás, é, no mínimo, con- considerados ‘mais brandos’, para assim per-
traditório considerar a medida de segurança mitir que os indivíduos com transtorno mental
uma forma de ‘tratamento’, como pretende severo (os ‘mais perigosos’, alguém poderia
a legislação penal, uma vez que se apresen- dizer) sejam levados ao manicômio judiciá-
ta como tratamento que se volta não para a rio. Tais propostas não raras vezes assumem,
cura de alguma enfermidade, mas, sim, para mesmo que involuntariamente, uma postura
fazer cessar a periculosidade, algo que não se manicomial e reforçam a posição contra o
constata a partir do diagnóstico clínico e que fechamento definitivo dessas instituições.
deriva exclusivamente de uma ficção legal Afinal, para certos casos, os considerados ‘mais
criada a partir da infeliz parceria entre a psi- difíceis’ ou ‘mais perigosos’, segundo critérios
quiatria e o direito. No lugar de funcionar como técnicos sempre duvidosos e questionáveis,
ainda restaria possível a internação no mani- segregação e pela contenção física ou química
cômio judiciário com todas as características do indivíduo, absolutamente incompatível com
que o pacote impõe, notadamente a indeter- o tratamento eficaz no modo como é proposto
minação do tempo de internação, com a segre- pelas pesquisas e pela prática consolidada na
gação muitas vezes perpétua do louco. O mais área da saúde mental. Da mesma forma que a
nefasto seria, então, não assumir a absoluta dignidade humana não pode ser relativizada
ilegalidade dos manicômios judiciários, pois para que a tortura seja admitida sob qualquer
qualquer brecha nessa premissa que deve ser pretexto, seja por violência física ou psicológi-
inegociável acabará inexoravelmente por re- ca, também o manicômio não pode ser mantido
forçar a própria lógica manicomial. A recusa como instituição indicada para ‘certos casos’,
da universalidade na oferta das políticas do os casos ditos como difíceis ou os ‘mais peri-
SUS, a simples promessa não acessível a todos, gosos’. Como as práticas manicomiais são cul-
de modo a provocar a exclusão de grande turalmente arraigadas, sobretudo no sistema
parcela das pessoas que deveriam ser igual- de justiça criminal, esta seria a chave para a
mente contempladas, enfraquece sua potência perpetuação dos próprios manicômios judici-
como política pública. A atenção em saúde ários que, com o passar do tempo e a contínua
mental, como se vê logo no primeiro artigo pressão por mais segregação, não tardariam em
da Lei Antimanicomial, deve ser assegura- retomar o seu pleno funcionamento.
da ‘sem qualquer forma de discriminação’, Vale reforçar que não existe ser humano
o que pressupõe políticas públicas de cunho perigoso. Perigosa é a produção de medo nas
universal, acessíveis a todos, de maneira que pessoas. Perigosa é a própria teoria da peri-
os serviços jamais poderão ser seletivos, pois, culosidade, inspirada no trabalho de Cesare
caso contrário, seriam não mais do que orna- Lombroso, de indisfarçável cunho racista e que
mentos grotescos em alguma das sete cabeças não se sustenta em bases científicas. Perigosa é a
da mitológica Hidra de Lerna em vã tentativa sociedade contaminada por uma produção con-
de disfarçar-lhe o aspecto monstruoso. tínua de preconceitos sobre a loucura. Já não
Não há meio termo no campo da política de cabe a teoria da periculosidade como referência
saúde mental orientada segundo os ditames para pensar o humano na sua complexidade e na
da Lei Antimanicomial, que exige a assun- dimensão das inúmeras possibilidades do ser e,
ção de uma postura ética diante do outro, o como consequência, não deve ser fundamento
louco, cuja dignidade e direitos devem ser para a definição de recursos terapêuticos no
obrigatoriamente respeitados. Pelas mesmas âmbito da saúde mental.
razões, não se pode admitir a possibilidade
de reformar o manicômio para fazer dele um
lugar humanizado, o que jamais será, mesmo Colaboradores
que viesse algum dia a dispor de espaços
limpos e serviços hospitalares de qualidade. Caetano H (0000-0001-5680-9800)* e Tedesco
O manicômio judiciário é instituição asilar, S (0000-0002-3866-019X)* colaboraram
um lugar caracterizado essencialmente pela igualmente para a elaboração do manuscrito. s
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Recebido em 13/11/2019
Aprovado em 18/08/2020
Conflito de interesses: inexistente
Suporte financeiro: não houve