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REFLEXÕES SOBRE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

O rancor da perda

O Brasil vive um momento de reorganização social. A classe média


cresce como resultado de uma mobilidade induzida por políticas
sociais compensatórias, criação de empregos e manutenção da
estabilidade econômica. A notícia é velha, mas boa.
Com a ampliação da classe média, o consumo do varejo aumenta,
o dinheiro circula mais, a venda de imóveis, veículos e bens
duráveis sobe. Em resumo, parece ser bom para todo mundo. Mas
só parece. Tem aí um segmento que está muito incomodado. Trata-
se da velha classe média – aquela que já era classe média desde o
período da ditadura.
Para identificar essa classe social não é difícil. Na década de 70,
esse segmento social já tinha casa própria, o que era uma raridade,
já que o financiamento público era muito restrito e somente quem
tinha uma renda razoável tinha condição de acesso. Os filhos dessa
classe estudavam em escolas públicas. A educação pública era de
boa qualidade, mas só atendia quem passava em exames de
seleção, ou seja, quem tinha condições financeiras de estudar
(comprar livros, uniformes, custear um curso de inglês etc). Os
pobres ficavam fora da escola, e os ricos estudavam em escolas
particulares. Essa família tinha um carro e, nos fins de semana,
frequentava clubes de lazer e podia ir ao cinema. Essas famílias
também tinham telefone – que era muito caro na época.
De lá para cá, com a redemocratização do país, essa classe viu o
ensino público ser universalizado e perder qualidade, o que a
obrigou transferir seus filhos para a rede particular. Também
presenciou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o que
retirou dos trabalhadores com carteira assinada a exclusividade do
atendimento médico público. Em outras palavras, todo e qualquer
cidadão passou a ter direito à saúde pública – mesmo sendo de
qualidade questionável.
Mais recentemente, a estabilidade econômica desencadeou
estratégias governamentais que expandiram a telefonia fixa e a
móvel, permitiram financiamentos da casa própria e para compra de
automóvel mais acessíveis. Além de tudo isso, a classe mais
carente teve sua renda ampliada com a criação de mais empregos
formais.
A velha classe média perdeu seus privilégios e, por outro lado, não
conseguiu a mesma mobilidade que os mais pobres obtiveram. Ela
não se transformou em rica e viu os pobres se aproximarem. A
empregada doméstica, que antes era marca da classe média, virou
diarista ou conseguiu um emprego melhor e, agora, tem celular e
uma TV de 42” em casa – os mesmo aparelhos que sua patroa. Ela
também pode comprar uma passagem aérea e pagar em dez
vezes.
O que restou para a velha classe média? Fazer uma marcha pela
família e saudar a ditadura. Ela se agarra ao passado, desconhece
a democracia, pisa nos valores que adquiriu na universidade
pública, portanto paga por toda a sociedade.A instituição Maçônaria
Universal,composta pelos mesmos personagens desta sociedade
em constante evolução,deve dar a sua parcela de
contribuição,assumindo na condição de irmãos maçons,no
engajamento de ações articuladas e políticas institucionais,com o
modus operantIs,que sempre foi a sua marca;* NO TRABALHO E
NO SILÊNCIO *.O carreirismo,que alguns almejam ,sendo e
estando maçons,fará sempre parte daqueles buscadores de
reconhecimentos pelos pequenos gestos de bondade,mais graças
ao Grande Arquiteto do Universo,ainda somos a maioria que
dispensa as horarias de serem reconhecidos como Maçons,perante
ao Mundo Profano.
Temos consciência de que o Trabalho estará para ser concluído.
A velha classe média se incomoda com um homem de bermuda em
um aeroporto, com os negros nas escolas e universidades e em
postos profissionais de destaque. Ela perdeu os anéis e não se
contenta com os dedos. Ela está desesperada. É assim que
pretende ir às urnas, em outubro deste ano, com o rancor do poder
perdido.Sejamos parte das soluções para um Mundo Melhor para
podermos viver.

Ir.`. Wagner da Cruz .`. M .`. I .`.

– Grande Benemérito do Grande Oriente do Brasil -GOBMG

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