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Em 2016, por exemplo, a China foi o destino final de 67%, também segundo o IBram, das
exportações de ferro que saíram do Brasil. A China Baowu Steel Group Corp (Baosteel) e
a China Iron & Steel Association (CISA) foram as maiores empresas compradoras da
Vale.
No entanto, a rotina de exportações da Vale para a China passa antes por uma
subsidiária da mineradora na Suíça.
Um estudo feito pela Rede Latino-americana sobre Dívida, Desenvolvimento e Direitos
(Latindadd) em parceria com o Instituto de Justiça Fiscal (IJF) aponta que o processo
provoca uma perda de US$ 1 bilhões por ano para o Brasil.
Segundo o estudo, a Vale “vende para si mesma” o ferro a preços reduzidos. Assim, a
empresa consegue competir, por exemplo, com as mineradoras australianas que estão até
mais perto da China.
“Ela [Vale] tem uma empresa subsidiária na Suíça, e o minério é vendido para essa
empresa. A Vale vende a um preço menor. A Cfem [Compensação Financeira pela
Exploração Mineral] é cobrada por um percentual deste valor. Então, se jogam o preço lá
para baixo, o percentual do imposto não muda, mas o valor é baixo. Depois, a Vale
vende da Suíça para a China pelo valor real do mercado internacional”, explica Tadzio
Coelho, do Grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (Poemas), da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Os recursos da Cfem são distribuídos da seguinte forma: 12% para a União, 23% para o
estado onde for extraída a substância mineral e 65% para o município produtor.
A reportagem do Brasil de Fatoentrou em contato com a Vale para levantar dados sobre
a presença da empresa no exterior e a importância da triangulação no abatimento de
impostos, mas não obteve resposta.
Foto: Vale/Divulgação
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13/02/2019
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