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ATIVIDADE DE DIDÁTICA DO ENSINO

Nome: Tiago Ribeiro


Data: 28.05.22
Professor: Gilberto Balbino

Tema
● RPG como recurso interdisciplinar

Turma
● 5º Ano do Ensino Fundamental I

BNCC na prática
● (EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de
regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo
com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.
● (EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando
detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para
sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
● (EF05MA17) Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados,
vértices e ângulos, e desenhá-los, utilizando material de desenho ou
tecnologias digitais.
● (EF15AR22) Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na
criação de um personagem teatral, discutindo estereótipos.
Tempo
● 2 aulas completas, totalizando cerca de 8h ao longo de 2 dias.

Metodologia
1º Dia
● Primeiramente, o professor pergunta aos alunos quem já brincou de "Faz de
conta". Logo em seguida, os indaga sobre o tema de suas brincadeiras. Após
alguns minutos de conversa sobre o tema, o docente pergunta o que os
alunos achariam de um jogo de "faz de conta" com regras em um cenário de
fantasia, com Reis, magos, dragões e heróis. Assim, ao colher as impressões,
o professor explica o conceito de RPG à sala.
● Nessa segunda etapa o professor mostra aos alunos os dados utilizados em
diversos RPGs. São dados especiais, contando com - além do clássico dado
de 6 lados (que no RPG nós chamamos de D6) - dados de 4 lados (D4), 6
lados (D6), 8 lados (D8), 10 lados (D10), 12 lados (D12) e, por fim, 20 lados
(D20).
○ É importante que os dados passem de mão em mão, permitindo que os
alunos os manuseiem, explorem, façam rolagens e se divirtam,
conhecendo a diversidade e complexidade dos poliedros que estão em
posse.
○ Em seguida, vem a explicação de que, mesmo esses dados tendo
várias faces, muitos deles sendo bem complexos, quando resolvemos
desenhá-los de forma simplificada no quadro ou em uma folha de
papel (por exemplo) eles se transformam respectivamente nas figuras
geométricas: triângulo (D4), quadrado (D6), losango (D8 e D10),
decágono (D12) e hexágono (D20). Demonstrando a distorção de
percepção por conta da limitação da superfície 2D - coisa que não
acontece quando se tem a disposição uma ferramenta que permita
fazer desenhos em 3D, como alguns programas de computador o
fazem.
● No fim do 1o dia dessa aula, o professor distribui para a sala uma versão
impressa do RPG minimalista Míni Sistema e deixa como tarefa a leitura
desse material.
2º Dia
● No segundo dia, após a leitura do material, a turma será dividida em grupos
de 4 a 6 alunos. Assim, cada aluno deverá criar seu próprio personagem de
RPG em uma ficha confeccionada por eles mesmos, com base nas regras
que leram em casa. Os personagens devem ter suas fichas de personagem
preenchidas, uma ilustração dos mesmos e uma história, um background.
○ Aqui, o professor indaga os alunos se os personagens criados se
parecem com a personalidade deles ou não e debate os motivos que
os levaram a criar seus personagens desse jeito (parecidos com eles
ou não).
● A segunda etapa desse dia consiste na apresentação de cada personagem.
Em seguida, cada aluno deve escrever em suas fichas os nomes dos seus
companheiros de grupo e dar uma nota para cada um deles, sendo a menor
nota representada por um D4 e a maior um D20, desenhando o respectivo
dado abaixo do nome dos personagens.
● Por último, como todo grupo de RPG deve ter um membro que faça o papel
do Mestre de Jogo, cada grupo deverá eleger alguém de sua mesa para ser
esse Mestre, justificando sua escolha.
● Para finalizar todo o processo, o professor propõe que, se possível, eles se
reúnam no fim de semana para jogar uma sessão de RPG com seu grupo,
distribuindo aos Mestres cópias da aventura Chamem a Cavalaria!

Avaliação
Os alunos serão avaliados pelo seu envolvimento com a proposta, desde a
conversa em sala de aula sobre o tema, até o engajamento na hora de ler o
conteúdo disponibilizado, na criação dos personagens e na escrita do histórico do
mesmo.
Também será avaliada, através do histórico do personagem criado, os
conhecimentos gramaticais dos alunos, bem como a capacidade de ler e
compreender de forma clara um texto de regras. Ainda se tratando da parte
escrita/desenhada, será avaliada a capacidade de reconhecer e reproduzir formas
geométricas - no caso, os dados que servirão como nota para os personagens dos
colegas.
Por último, mas não menos importante, será observado o respeito com os
colegas durante a criação e apresentação dos personagens, a boa vontade em
ensinar aqueles que não compreenderam as regras do jogo, a capacidade de lidar
de forma positiva com uma possível nota baixa dada ao seu personagem e a
autonomia de todos ao escolherem o Mestre de cada grupo - e destes, ao aceitarem
a função.

Referências
ALVES, Tiago. MINI SISTEMA DE RPG.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

FERREIRA-COSTA, R. Q. et al. O Uso do RPG na Escola Como Possível Auxiliar


Pedagógico. In: PINHO, S. Z.; SAGLIETTI, J. R. C. (Org.). Livro Eletrônico dos
Núcleos de Ensino da Unesp. São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2007. 792p

MARCATTO, A. RPG como Instrumento de Ensino e Aprendizagem: Uma


Abordagem Psicológica. In: ANAIS DO I SIMPÓSIO DE RPG E EDUCAÇÃO, 2002,
São Paulo. Anais... São Paulo: Devir. 2004. 280p.

PINTO, Tiago A. R.. Chamem a Cavalaria!

SOBRAL, P. M.l, MENEZES, M. B., VIANA, K. S. L.. RPG como método avaliativo
de saberes matemáticos. Revista Brasileira de Educação Básica. Belo Horizonte.
2018, vol.3, n.9. ISSN 2526-1126.

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