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DIREITO ESAMC

ARTHUR VIEIRA NAVES


CLEITON ROSA RODRIGUES
FERNANDA VIEIRA DE SOUZA
PEDRO HEICTOR MARIANO VARGAS

HANS KELSEN
Sua vida
Artigo: O guardiao da Constituição

Trabalho de apresentação da Faculdade Esamc Curso de Direito 2


Período Disciplina: Filosofia do Direito

Professora: Crystianne da Silva Mendonça

Uberlandia -MG
2022
A VIDA DE HANS KELSEN

Hans Kelsen nasceu em 11 de outubro de 1881, no mesmo dia em que nasceu


um dos austríacos mais ilustres da história, o economista Ludwig Von Misses, grande
nome da Escola Austríaca de Economia. Os dois dividiram os bancos escolares por certo
período e fizeram sólida amizade.

Na primeira infância, Kelsen já se cercou pelos ares da alta cultura. O primeiro


colégio onde estudou, “Ginásio Acadêmico”, também formou vultuosos nomes, como o
músico Franz Schubert e os escritores Hugo Von Hofmannsthal e Arthur Schnitzer

Neste ambiente de elevadíssimo nível intelectual foi que o proporciou à formação


de um leitor voraz, disse o próprio Kelsen:

“Durante meu período ginasial, ocupei-me muito mais das belas-letras, e depois
de filosofia, que das matérias das aulas. Quase tudo que conheço sobre literatura alemã
clássica é um conhecimento considerável, eu li entre os 13 e os 18 anos de idade”.

Kelsen, aos 16 anos, lia grandes nomes da filosofia, em especial Kant e


Schopenhauer, os quais lhe foram sugeridos por seu colega ilustre Ludwig Von Mises!

Quando encerrou o ginásio, Kelsen tinha a expectativa de estudar física ou


matemática, cogitava a Filosofia, mas, depois que prestou o serviço militar no período
da Primeira Grande Guerra, optou por fazer o Curso de Direito e Ciência Política da
Universidade de Viena. Pode se dizer que a experiência “das armas” o fez esfriar os
ânimos quanto às suas intenções filosóficas, optou pelas letras jurídicas possibilitando-
lhe uma maior praticidade laboral.

Suas primeiras impressões da Faculdade de Direito não foram das melhores e


animadoras, Kelsen na sua inteligência aguda e sagaz não se dedicou muito na
concentração nas aulas de estudos romanísticos e afins, decidindo por ler e assimilar
rapidamente o manual que “o professor levaria um semestre inteiro para explicar em uma
oratória não muito vivaz”, o mesmo o devorava em questão de dias.

Hans Kelsen, junto com o Juspositivismo, são caluniados de terem sidos os


fundamentadores das ditaduras do Século XX, a principal a ditadura nazista, isto não é
verdade, Hans Kelsen acabou vítima do nazismo, pois era israelita, judeu e jurista
fidedigno.
Em sua doutrina a obra Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen observa que a Lei
não toma em conta raça ou religião, e que proposição jurídica não tem significação
autoritária, o que revela que as duas máximas do nazismo são repudiadas e defesas
por Hans Kelsen.

Hans Kelsen que foi Juiz do Tribunal Constitucional Austríaco de 1920 a 1929
desenhou a ideia de hierarquia entre as normas desenvolvendo a Constituição
Austríaca de 1920. Ademais, desenvolveu a pirâmide de Kelsen estudada nas
universidades de direito.

BIBLIOGRAFIA:

Fonte: https://jus.com.br/artigos/87054/hans-kelsen-um-grande-jurista-filosofo
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O GUARDIAO DA CONSTITUIÇÃO: Hans Kelsen

ARTHUR VIEIRA NAVES


CLEITON ROSA RODRIGUES
FERNANDA VIEIRA DE SOUZA
PEDRO HEICTOR MARIANO VARGAS

RESUMO

Neste artigo abordamos a parte da Constituição defendida por Hans Kelsen e


Carl Schimit. Nele explicamos o fato acontecido recentemente no Brasil, onde o
presidente do Brasil concedeu um Indulto-Graça, a um Deputado Federal, que
sofreu um inquerito em todas suas partes: abertura, investigação e julgamento
feito somente pelo STF. E dentro deste contesto todos questionam se o
Presidente tem este poder e ou a corte Suprema se impera nesta decisão. Isso
gerou uma comoção no Brasil, nos juristas e principalmente, na questão das
elaborações e criações das constituintes neo constitucionaistas. A dignidade da
pessoa humana e até onde o chefe do Estado, o presidente pode ser o voto nulo
nos tres poderes. A frase: “Quem vigia o vigia?” é usada para saber quem julga
as decisões do STF, será que não há um abuso de poder dos seus ministros
integrantes? Principalmente porque foram indicados pelo chefe de Estado e não
foram colocados lá pela população através do voto e ou através de concursos de
capacidade com lei e ou conhecimento político.

Palavras-chave: Graça . Indulto . STF . Constituição Brasileira . Presidente .


Deputado . Vigia . Hans Kelsen . Estado .

INTRODUÇÃO

Diante dos atos feitos pelo STF, o Brasil que possui três poderes: Executivo,
Legislativo e Judiciário, muitos entendem que o Executivo teve que agir para
manter a união e hegemonia dos poderes. Quanto à estabilidade da constituição
diante do ocorrido se mantém e diante das obras e do pesamento de Hans Kelsen
é assim que as Constituições têm que ser, cada poder tem que ser exercido no
seu máximo e dentro das quatro linhas. Carl Schimit defende que o poder impera
e tem de ser do presidente e ou monarca para garantir cumprimento e respeito do
povo.
Artigo: CONSTITUIÇÃO: QUEM É SEU GUARDIÃO?

Hans Kelsen x Schmitt

“O presidente da República do Brasil presidente Jair Messias


Bolsonaro, concedeu uma graça ao Deputado estadual Daniel
Silveira no dia 21/04/2022, e levantou uma série de questionamentos
sobre quem guarda a Constituição.”

Como era de se esperar, juristas membros do Supremo


Tribunal Federal chamaram este ato de indulto como crime de
responsabilidade, porém não há este crime, pois o presidente não
afronta o STF, apenas esta exercendo um ato, o qual foi eleito para
fazer. Este ato é defendido por Carl Schmitt.

Em 1930, a Alemanha era totalmente regida e governada a


base de decretos emergenciais, os partidos não tinham a maioria
para ter força parlamentar ficando limitados e seu chanceler dependia
mais do presidente do que dos parlamentares.

Foi neste momento que o debate ente Carl Schmitt e Hans


Kelsen começou a ganhar forças, sendo duas forças
Juripresidenciais.

Carl defendia que o guardião da Constituição era o presidente


e não o parlamento e Kelsen ao contrário: defende que seu guardião
é a Corte Constitucional e o Parlamento, estes tendo forças para
anular atos do Legislativo inclusive presidenciais.

No Brasil hoje este cenário se repete, após este ato, pois o


mesmo é constitucional, porém a corte após inúmeras provocações
se acha no direito de anular tal ato.

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Causando assim a interferencia nos poderes podendo o
Exército brasileiro ser convocado para amenizar, interferir ou assumir
o país, como já houve na década de 60.

Quando revolucionários comunistas entraram no escritório onde


Schmitt estava trabalhando e atiraram em um oficial que estava ao seu
lado, Carl o após este episódio que o advogado público que até então
se mostrava apolítico, optou por defender o Estado contra as massas
revolucionárias.

Schmitt sempre rebatia os argumentos de Kelsen no sentido de


que uma Corte Constitucional pudesse ser forçada a tomar decisões
políticas, o que não lhe competia, para justificar a aplicação de
determinadas normas, sendo de alguma forma, de interesse público, é
de alguma forma político e nada do que diz respeito exclusivamente ao
Estado pode ser despolitizado.

A fuga da política é a fuga do Estado.

Hans não acreditava que a corte constitucional violaria a


separação dos poderes, a decisão judicial é hoje correta quando se
deve assumir que um outro juiz teria decidido da mesma maneira.

Carl Schmitt visualizava o presidente em uma posição neutra, de


modo que o presidente é quem deveria assumir o poder legislativo em
caso de disfunção.

Kelsen responde ao livro de Carl Schmitt, e escreve o texto:


Quem deve ser o guardião da Constituição:

Guardião da Constituição: no sentido original da palavra,


significa um órgão cuja função é proteger a constituição contra
violações. Fala-se, portanto, também e geralmente com uma "garantia"
da constituição.

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E vai mais além ao dizer que "em particular, não há razões
suficientes para considerar a independência do chefe de Estado eleito
como mais forte ou mais segura do que a de juízes e oficiais".

Kelsen vai argumentar que o monarca, por essa teoria, é o órgão


máximo do poder estatal e faz parte do poder legislativo, que é dele e
não do parlamento.

É necessário, portanto, para entender a primeira concepção,


distinguir Constituição de leis constitucionais. Estas teriam sua validade
na Constituição e a Constituição na decisão da unidade política.

“De fato, o Supremo Tribunal Federal é o guardião da


interpretação constitucional e não sabemos como agirá nesse caso
do deputado Daniel Silveira.

Uma eventual anulação do decreto, pode validar a narrativa de


interferência em outros poderes e a não anulação, corre-se o risco de
ser considerado um tribunal fraco em momentos de crise.’

A unidade política seria racionalizada pela sua própria existência


e não na conveniência ou justiça das normas. Schmitt criticava, então,
Kelsen e a Teoria Pura que equiparavam a Constituição à lei
constitucional.

Considerava sua teoria liberal, pois sendo todos os atos do


Estado normas, não havendo atos de governo, todos seriam passíveis
de revisão por parte do judiciário.

Para Schmitt o Estado seria anterior à Constituição, enquanto


para Kelsen seriam simultâneos. Ou seja, a Constituição não seria
substância da unidade, mas mera forma, definida a posteriori dela.

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Kelsen (2000, p. 16): O Processo de dominação não é tão
diferente do processo de conhecimento, através do qual o sujeito, ao
instaurar alguma ordem no caos das percepções sensoriais, tenta
dominar o seu objeto; e não está muito longe do processo de
avaliação, através do qual o sujeito declara que um objeto é bom ou
mau, colocando, assim, o mesmo em julgamento. É exatamente na
esfera da epistemologia e da teoria dos valores que se situa o
antagonismo entre absolutismo filosófico e relativismo filosófico, o
qual – tentarei demonstrar – é análogo ao antagonismo entre
autocracia e democracia enquanto representantes, respectivamente,
do absolutismo político e do relativismo político.

A Corte Constitucional também seria importante para a


democracia, para proteção das minorias contra uma eventual
ditatura, não sendo muito quisto pelos aristocratas, não
podemos concordar com alguns autores, como Tércio Sampaio
de Ferraz Júnior, que entendem que Kelsen reduziu o direito à
norma jurídica. (FERRAZ JÚNIOR, 1995, p. 12), as vertentes da
obra kelseniana: a científico-jurídica, consubstanciada na Teoria
Pura do Direito e na Teoria Geral das Normas, e a filosófico-
política dita, em parte, na Teoria Geral do Direito e do Estado e
nas coletâneas de ensaios escritos por Kelsen reunidos no livro
A Democracia e nos livros O Que É Justiça? e O Problema da
Justiça.

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A Pirâmide de Kelsen sendo a teoria usada para nos ajudar a
sobre a hierarquia das normas legais, onde nos mostra que o sistema
em que está no topo é a que possui o maior peso e abrangência dentro
do país e nas abaixo os outros tipos de leis, respeitando a ordem de
importância e poder.

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CONCLUSÃO

Temos a impressão de que para Hans Kelsen, a Constituição é


puro dever-ser, norma pura, não devendo buscar seu fundamento na
filosofia, na sociologia ou na política, mas na própria ciência jurídica.
Logo, é puro “dever-ser”.
Traz para as normas de organização do estado (Art. 18. A
organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
todos autônomos, nos termos desta Constituição) limitação do
estado, direitos individuais, normas de conteúdo materialmente
constitucionais.
Faz uma distinção entre normas materialmente constitucionais
e normas formalmente constitucionais. Hoje seu modelo
praticamente é seguido por todo o mundo e em suas constituições
sempre dando muito poder a lei e tirando da pessoa Chefe do
Executivo.

REFERÊNCIAS

1.SCHMITT, Carl. O Guardião da Constituição, Belo Horizonte: Del


Rey, 2007, p.161.

2. https://unieducar.org.br › artigo › conceitos-de-constituicao

Obra de referência: Teoria da Constituição

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