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CARLOS SUSUMU THOMIOKA – RA 3299512 – TURMA 003202A02

TRABALHO N1 – FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS

No filme, Hanna Schmitt não abriu as portas da igreja, que estava em chamas, para
que as prisioneiras fugissem, porque estava somente cumprindo ordens superiores, não se
importando com as vidas das detentas que iriam morrer em breve no incêndio provocado pelas
suas colegas nazistas.

Hanna se importava somente com o fato que ela tinha que cumprir a função de guarda
e não deixar as prisioneiras fugirem em hipótese alguma, e nada mais. Seu comportamento frio
em não se questionar, refletir, falar se é justa ou injusta sobre a ordem dada, é característico nos
seguidores do Nazismo e dos regimes totalitários.

No caso do filme, o sistema Nazista era legitimado e respeitado por aqueles que
estavam no comando do Governo e do Estado. A submissão dos oficiais ao sistema nazista era
real e concreta, pois eles acreditavam que a lei era legítima, válida, e, portanto, deveria ser
cumprida. A manifestação da vontade do Führer - a lei variava para determinados grupos sociais
e privilegiava a raça ariana – os alemães, funcionava como lei válida e justa, mesmo diante a
grandes injustiças que poderiam gerar e causar mal às pessoas.

Os seguidores de Hitler acreditavam e seguiam cegamente no sistema Nazista e nos


ideais de seu "mestre mentor", bem como que todos os atos que realizaram “não foram crimes”,
já que seguiam apenas ordens superiores. Os nazistas empregaram “um modelo de Direito
Positivo” na forma que bem atendessem as suas necessidades, o que Kelsen era contra, e dizia
que a forma que a sua Teoria Pura do Direito estava sendo utilizada de “forma errônea” pelos
alemães, e foi tachado pela comunidade internacional de “culpado” por criar uma teoria que
serviu de base para a legitimação do Estado Nazista.

A Teoria Pura do Direito de Kelsen prega que o Direito Positivo deveria tratar das
normas jurídicas somente, enquanto a Justiça é estudada pela Ética no que se refere às normas
morais. Ainda Kelsen diz que o Direito Positivo pode ser justo, ou injusto. Ainda cita que o
Direito não precisa acatar um pequeno percentual de moral para ser definido para ser aceito,
porque a natureza do Direito é garantida através da existência do valor jurídico contido nele.
Com a queda do Nazismo e o fim da 2ª Guerra Mundial, vem com força o pós-
positivismo com o ressurgimento dos conceitos do Direito Natural (que são os direitos inerentes
do ser humano, desde o seu nascimento – como a vida, a saúde, etc; que são base de inspiração
em que os legisladores usam para a criação de novas leis) e da Moral para reequilibrar a balança
que estava totalmente pendida para o Direito Positivo (norma jurídica, lei escrita, manifestação
da vontade do Estado) no começo do século XX. Vieram os princípios da dignidade humana,
que são os precursores do Direitos Humanos. Os princípios da dignidade humana e os Direitos
Humanos são cláusulas pétreas da nossa Constituição Federal de 1988.

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