O documento discute o conceito de constitucionalismo através dos tempos, desde códigos antigos até a constituição moderna. Aborda como o constitucionalismo surgiu na Idade Média através de normas que garantiam direitos individuais, destacando a Magna Carta de 1215. No período moderno, destaca-se o constitucionalismo inglês e, na era contemporânea, a ideia de constitucionalismo clássico com a criação de constituições escritas nos EUA e França. Por fim, discute o neoconstituc
O documento discute o conceito de constitucionalismo através dos tempos, desde códigos antigos até a constituição moderna. Aborda como o constitucionalismo surgiu na Idade Média através de normas que garantiam direitos individuais, destacando a Magna Carta de 1215. No período moderno, destaca-se o constitucionalismo inglês e, na era contemporânea, a ideia de constitucionalismo clássico com a criação de constituições escritas nos EUA e França. Por fim, discute o neoconstituc
O documento discute o conceito de constitucionalismo através dos tempos, desde códigos antigos até a constituição moderna. Aborda como o constitucionalismo surgiu na Idade Média através de normas que garantiam direitos individuais, destacando a Magna Carta de 1215. No período moderno, destaca-se o constitucionalismo inglês e, na era contemporânea, a ideia de constitucionalismo clássico com a criação de constituições escritas nos EUA e França. Por fim, discute o neoconstituc
Suas inspirações filosóficas, econômicas, jurídicas, e sua influência na
Europa e nas Américas Não há uma precisão no meio acadêmico sobre o significado, denominação o é moderna. Trata-se da teorização e prática em torno à limitação da arbitrariedade estatal como instrumento para a proteção e salvaguarda dos direitos do ser humano. em sentido amplo, é um movimento intelectual que valoriza a Constituição de um Estado; enquanto que em sentido estrito, diz respeito à garantia de direitos e à limitação do poder estatal. O constitucionalismo não é então algo puramente moderno. Desde os códigos mais antigos como os de Ur-Nammur e o de Hamurabi, padrões estavam sendo estabelecidos na sociedade. não se dava da mesma forma que hoje em dia. Na idade média, apesar de parecer contraditória a existência de um Constitucionalismo, após alguns séculos de regimes absolutistas surgiram normas garantidoras de direitos individuais bem como uma função judiciária bastante atuante e independente. Valorizava- se o direito natural. Dentre as normas garantidoras de direitos individuais estão os pactos e os forais já estudados anteriormente. mais relevante pacto deste período foi a Magna Charta Libertatum, de 15 de junho de 1215, tornada definitiva em 1225, outorgada pelo Rei João, mais conhecido como João Sem Terra, na Inglaterra. Ela marcou o ressurgimento do Constitucionalismo, reconhecendo diversos direitos limitadores do poder estatal, Na idade moderna notamos a continuidade do Constitucionalismo Inglês, o qual consagra o Princípio Rule of Law (governo das leis), Na idade contemporânea nasce a ideia de constitucionalismo moderno, também chamado de clássico ou liberal. Ele se desenvolve no final do século XVIII. Foi caracterizado pelo surgimento de Constituições modernas, escritas, rígidas, dotadas de supremacia constitucional, com destaque para as Constituições norte-americana, de 14 de setembro de 1787, e a francesa, de 3 de setembro de 1791, as quais consagraram-se como diplomas que traziam em seu bojo o ideário de liberdade, a ausência de interferência estatal e os direitos individuais, influências típicas do iluminismo e que, por sua vez, acabaram por influenciar a maioria da Cartas Constitucionais ocidentais, dentre elas, as Constituições brasileiras de 1824 e 1891.
Ainda na idade contemporânea, após a segunda guerra mundial, surge o
conceito de neoconstitucionalismo. Até então o positivismo era a base de interpretação do mundo ocidental. Ocorre que Hitler conseguiu usar a lei para realizar as maiores atrocidades já cometidas na face da terra. No julgamento de Nuremberg, a mesma lei que permitia condenar as práticas cometidas pelos principais integrantes do nazismo, era a que lhes defendia. Suas atrocidades normalmente eram amparadas pelo arcabouço jurídico da época. A interpretação literal imperava. Não haviam princípios sobre os quais o ordenamento estava firmado como hoje em dia, mas apenas regras. E muitas regras na Alemanha do Terceiro Reich eram atrozes.
O mundo reconheceu então que a forma de interpretação precisava ser
modificada.
As Constituições européias deixam de ser meros documentos retóricos e de
inspiração política e passam a ter força normativa, aplicação de seus preceitos (especialmente dos direitos fundamentais) aos casos concretos, servindo necessariamente de referência e orientação à produção, à interpretação e à aplicação das normas infraconstitucionais, em razão de sua característica de centralidade do sistema.