Você está na página 1de 3

Chica Eugénio

Morfologia do caule

Classificação do caule (continuação)

Rastejantes (crescem apoiando-se paralelamente ao solo)

Estoloníferos: emitem raízes adventícias e ramos a partir dos nós consecutivos ou

Intercalados. De cada nó pode surgir uma nova planta. Ex. Morango (Fragaria vesca).

Sarmentosos: caules rastejantes, geralmente com apenas um ponto de fixação ao solo.

Ex: aboborinha (Cucurbita pepo).

Trepador: sobe através de um suporte por meio de elementos de fixação, como raízes
grampiformes (Ex: hera (Hedera sp), gavinhas (Ex: chuchu (Sechium edule), espinhos
(Ex: primavera (Bougainvillea sp)), etc.

O caule aéreo pode, ainda, enroscar-se num suporte sem a ajuda de elementos de
fixação, sendo denominado volúvel. Ele se enrola ao tocar no suporte, podendo fazê-lo
para a direita ou esquerda. O sentido é constante para cada espécie: sinistroso (para a
esquerda) e dextroso (para a direita). Ex: madressilva.

Subterrâneos: formas incomuns de caules. Os caules subterrâneos garantem a vida da


planta quando, por causa do frio ou seca, as partes aéreas não podem sobreviver.

Rizoma: crescem horizontalmente, próximos à superfície do solo. Geralmente


armazenam alimento. Apresentam todas as características de um sistema caulinar
comum. Ex: gengibre (rizoma suculento).
Fonte: Botânica Geral e Comparada, 1ediçao 1998

Tubérculo: caules subterrâneos que podem ser formados de porções terminais de um


sistema caulinar. Possui nós e internos de formato frequentemente ovóide com gema.
Ex: batata-inglesa (Solanum tuberosum).

Fonte: Botânica geral e comparada, 1aedicao 1998

Bulbo: é considerado um „sistema caulinar modificado‟ e não somente um caule


modificado. No Bulbo há apenas uma pequena porção de tecido caulinar, o prato, que é
constituído de um disco achatado onde estão presos os catáfilos ou túnicas (folhas
cheias de reserva nutritiva). Ex: cebola, alho. Obs: quando sólido, o Bulbo é chamado
de “cormo”.

Fonte: Botânica geral e comparada, 1aedicao 1998

XILOPÓDIO: caule subterrâneo duro e muitas vezes lenificado que ocorre em muitas espécies

do cerrado brasileiro.
Caules aquáticos: seguem a mesma classificação dos caules terrestres apesar de serem
enterrados em substratos ou flutuantes

Caules modificados e modificações caulinares:

São exemplos de caules modificados:

Rizóforo: Durante muito tempo, essas estruturas foram citadas como raízes de suporte
(raízes-escora), mas sua estrutura caulinar foi comprovada em 1993. Constituem um
eficiente sistema de sustentação em ambientes alagadiços e apenas nas extremidades
esses órgãos produzem raízes adventícias.

Ex: Mangue vermelho Rhizophora mangle29.

Cladódio: caules laminares que assumem o aspecto de folhas e realizam fotossíntese


(ex:

carqueja Baccharis sp), podendo eventualmente agir como órgão de reserva de água
(Ex.: alguns São exemplos de modificações caulinares:

Espinhos caulinares: são estruturas caulinares transformadas para a função de defesa


contra a predação. Originam-se a partir de gemas que se desenvolvem em ramos curtos
e pontiagudos e por isso se encontram sempre nas axilas das folhas. Ex: limoeiro (Citrus
sp). Alguns espinhos possuem origem foliar (ex: espinhos de Cactaceae). Os acúleos
(“espinhos” de roseira e paineira), não são espinhos verdadeiros, mas sim projecções
epidérmicas sem vascularização.

Gavinhas: são estruturas caulinares que se enrolam e servem como suporte e fixação
para trepadeiras. São sensíveis ao contacto. Ex.: maracujá (Passiflora spp). Podem
também ter origem foliar.

Domácias: quaisquer modificações estruturais do caule (ou da folha), que permitam o


alojamento regularem de animais. Ex: O caule oco da embaúba (Cecropia spp.) que é
habitado por formiga.

Você também pode gostar