Você está na página 1de 4

Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

Escola Fiocruz de Governo - EFG


Programa de Promoção à Saúde, Ambiente e Trabalho - PSAT
Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares - CEARÁ
Curso de Especialização em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e
Trabalho.

Tempo Comunidade III atividade II

“O progresso” devastando a natureza


O estado controlando o cidadão

Eu não sei nem por onde começar


Este assunto deveras importante
É preciso pensar só um instante
Pra saber direitinho o que falar.
Muita gente já tentou explicar
Como é que se dá a relação
Entre estado, capital e produção
E para quem serve o acumulo da riqueza;
“O progresso” devastando a natureza
O estado controlando o cidadão.

Desde os primórdios da humanidade


Quando homem começou a produzir
Que o trabalho passou a existir
Aparecem também as dificuldades.
Divisão de classes, propriedade,
Trabalho, capital, exploração
Fato é que com esta divisão
Vem o luxo contrastando com a pobreza
“O progresso” devastando a natureza
O estado controlando o cidadão

A burguesia, por ser uma classe, não mais um estamento, é forçada a organizar-se nacionalmente, e
não mais localmente, e a dar ao seu interesse médio uma forma geral. Por meio da emancipação da
propriedade privada em relação à comunidade, o Estado se tornou uma existência particular ao
lado e fora da sociedade civil; mas esse Estado nada mais é do que a forma de organização que os
burgueses se dão necessariamente, tanto no exterior como no interior, para a garantia recíproca de
sua propriedade e de seus interesses. (MARX; ENGELS, 2007, p. 75,

Pouco a pouco a divisão vai aumentando


Entre a plebe, a burguesia e os nobres
Classe rica, classe média e classe pobre
Uma classe com a outra tencionando.
Dessa forma é que vão se organizando
Cada vez maior é a pressão.
Pra mudar tem que haver revolução
Progredir é distribuir riqueza,
Respeitar e proteger a natureza
E o estado defender o cidadão

As classes antagônicas em luta são, no capitalismo, decorrência de relações sociais específicas que,
no processo de produção da existência da vida em sociedade, opõem os proprietários dos meios de
produção àqueles que só têm a vender a sua força de trabalho, transformada ela própria em
mercadoria.

Da maneira como está ninguém aguenta


O estado a serviço só de uma classe
E a vida vai ficando neste impasse
É do lado mais fraco que rebenta
E a cada medida que se inventa
Só aumenta a riqueza do patrão
Com o trabalho sem valorização
Para o pobre falta até o pão na mesa
“O progresso” devastando a natureza
O estado controlando o cidadão

O Estado é certamente concebido como organismo próprio de um grupo, destinado a criar as


condições favoráveis à expansão máxima desse grupo, mas este desenvolvimento e esta expansão
são concebidos e apresentados como a força motriz de uma expansão universal (GRAMSCI, 2007,
p. 41).
Toda vez em que o povo se revolta
O estado aparece e põe um freio
Usa a força, a policia e todo meio
Prende alguns e a outros ele solta.
Para uns é grilhão, pra outros escolta
Está sempre a serviço da opressão,
Muda as regras conforme a situação
A burguesia chama a isso de defesa,
“O progresso” devastando a natureza
O estado controlando o cidadão

o Estado, nascido da necessidade de frear os antagonismos de classe e estruturado ao mesmo tempo


no meio desses conflitos, é, portanto, o Estado da classe mais poderosa, economicamente dominante
a qual, por meio dele, se torna também politicamente dominante e assim adquire um novo
instrumento para manter subjugada e explorada a classe oprimida (ENGELS, 1963, p. 93).

Por aqui vou terminando


Dizendo aos companheiros
Não caia no desespero
mas continue lutando
e sempre acreditando
na força da união
para mudar a situação
e a vida ter beleza
progredir respeitando a natureza
e um estado a favor do cidadão
modificar a relação de forças interna ao Estado não significa reformas sucessivas numa contínua
progressividade, conquista peça por peça de uma maquinaria estatal ou simples ocupação de postos
ou cúpulas governamentais. Significa exatamente um movimento de rupturas reais, cujo ponto
culminante, e certamente existirá um, reside na inclinação da relação de forças em favor das massas
populares no campo estratégico do Estado. (POULANTZAS, 2000, p. 263-264).

Antonio Edilson da Silva Oliveira (Edson)

Você também pode gostar