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Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Graduação em Terapia Ocupacional


Instituto de Ciências da Saúde

Alanis Cristina Silva Siqueira


Aline Maria Xavier de Souza Mazali
Amanda Feliciano Beraldo
Bruno Ferreira Cruz
Danielle Cristina Tassiano Alves
Gabriele de Souza
Julia Gabriela Picca
Maria Julia Marçola

Embasamento Teórico Sobre os Contratualistas e Adam Smith

Uberaba
2023
Alanis Cristina Silva Siqueira
Aline Maria Xavier de Souza Mazali
Amanda Feliciano Beraldo
Bruno Ferreira Cruz
Danielle Cristina Tassiano Alves
Gabriele de Souza
Julia Gabriela Picca
Maria Julia Marçola

Embasamento Teórico Sobre os Contratualistas e Adam Smith

Trabalho apresentado ao curso de Terapia


Ocupacional da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, como requisito parcial
para aprovação na disciplina Sociedade e
Cidadania.
Pr.ª: Dr.ª Heliana Castro Alves

Uberaba
2023
1 QUESTÃO DA DEMARCAÇÃO DAS TERRAS DOS POVOS ORIGINÁRIOS
"As Terras Indígenas cumprem papel essencial de preservação da biodiversidade,
rios, nascentes e solo, dada a convivência harmoniosa entre os povos e a floresta.
Com a floresta desmatada, não há como produzir alimentos, por exemplo.”

2 CONTRATUALISTAS

2.1 JOHN LOCKE


● A propriedade é o direito que vem com o resultado do seu esforço, nesse
caso, como os índios trabalham muito para cuidar de suas terras e manter
suas necessidades sempre pensando no equilíbrio para com a natureza, é
um direito deles permanecer em suas terras
● Quando estes foram retirados de seu estado de natureza o contrato social
que deveria ter sido estabelecido seria do Estado assegurar a estes
habitantes os direitos básicos, sendo estes a vida, a liberdade e a
propriedade.
● Analisando a situação atual desta questão, nenhum destes direitos é
garantido a esses povos, suas terras são tomadas, eles são obrigados a
deixarem seu lar e caso se recusem são mortos;
● Eles só devem obediência ao Estado caso seus direitos básicos fossem
atendidos, mas como esse não é o caso, é necessário que eles lutem por
seus direitos

2.2 J. J. ROSSEAU
● O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Entende a família como
organização social.
● É contra a propriedade privada, acredita que essa seja a origem da
desigualdade.
● O Estado representa a vontade coletiva, o Estado tem o papel de oferecer
justiça, paz e equidade.
“Não existe uma ação política boa em si mesma em termos
absolutos. Cada situação exige um tratamento especial. A ação
política será mesmo comparada a ação do médico diante do
paciente. Seu papel é prolongar a vida ao máximo, mas não
poderá impedir que o corpo morra uma vez que tenha
completado seu ciclo vital. Fazer com que um povo da servidão
recupere sua liberdade, é o mesmo que recuperar a vida de um
doente prestes a morrer.” (WEFFORT, 2004, p. 198).
● Para a questão da propriedade indígena, Rousseau é contra a propriedade
privada, sendo assim, o Estado precisa reconhecer as necessidades de seu
povo para que sejam atendidas.

2.3 THOMAS HOBBES


● Assim como Locke, acreditava que o estado de natureza consistia em uma
fase que precisava avançar para que fosse instituída uma convivência
adequada em sociedade. Essa ultrapassagem, consequentemente, fazia com
que se perdesse a limitação da liberdade, julgamento e execução pelos
próprios cidadãos.
● Hobbes entende que a falta de poder absoluto, a divisão do poder soberano e
a possibilidade de propriedade absoluta pelos súditos levam à dissolução do
Estado, com a devolução do poder para cada homem e o retorno ao estado
de natureza, ao contrário de Locke.
● A Alegoria do monstro Leviatã baseava-se na ideia de que os homens vivem
em um estado de guerra de todos contra todos, e que só a centralização do
poder no Estado poderia reprimir essa maldade inata do homem. O contrato
social dá poder ao Estado, e ele assegura liberdade e estado de paz aos
homens
● Hobbes definiria ainda neste século a lei natural como “preceito ou regra
geral, estabelecida pela razão”, e não por Deus (HOBBES, 1953, p.140ss;
SKINNER, 2008, p.37ss).
● Para Hobbes a propriedade indígena deveria ser do Estado, por causa se
fosse outra, haveria a falta de poder absoluto.
3 ADAM SMITH
● Adam Smith conheceu sobejamente os sistemas mercantilista e fisiocrático.
Defendeu de modo geral um liberalismo econômico que o deixava mais ao
lado do laissez-faire e dos franceses. Foi muito marcado por seu contato com
os fisiocratas, mesmo não chegando a concordar inteiramente com eles nem
formulando bem sua discordância.
● Smith, como bom representante da burguesia em ascensão, achava os
impostos um obstáculo ao crescimento da economia;
● Reconhece, quiçá, a contragosto, que civilização e governo crescem em
paralelo.
Estabeleceu as principais definições da então incipiente sociedade capitalista:
● A divisão do trabalho, as classes sociais, a relação entre o valor e o trabalho
para uma mercadoria, considerações sobre tributação etc.
● Retomou a divisão em classes sociais dos fisiocratas com uma visão mais
clara: os trabalhadores produtivos ganham seu sustento e dão um produto
líquido; os capitalistas e proprietários repartem aquele produto líquido entre
lucro e renda; e os improdutivos, que são pagos não com capital, mas com
renda, e que são os prestadores de serviços. Sobre este pano de fundo, foi
também o primeiro a usar o termo “burguesia”, ainda na forma germânica:
burgher, uma categoria socioeconômica.
● Toda espécie animal naturalmente se multiplica em proporção a seus meios
de subsistência, e nenhuma espécie pode se multiplicar além disto. Mas, na
sociedade civilizada, só entre as classes sociais inferiores é que a rarefação
da subsistência pode impor limites à maior multiplicação da espécie humana,
e isto só pode se dar pela destruição da maior parte das crianças produzidas
por seus férteis casamentos.
● Teoria do valor: O valor é convencionado pela sociedade e se divide em
salário, lucro e renda, passíveis de flutuação. O valor destes componentes é
determinado pela quantidade de trabalho sob o controle de cada um. Diz
também que o trabalho é medido por seu valor moral, esforço e dificuldade.
Fala também da troca na sociedade primitiva, mas trata dessas três teorias
de maneira estanque e não decisiva.
● O jogo da “mão invisível”, de que comércio, indústria e consumo são sempre
autorreguladores (perante a ecologia, a “ordem natural” seria exatamente
destruída se o governo não interferisse no laissez-faire); a crença de que as
pessoas são todas criadas basicamente iguais e com tendências “naturais”
ao comércio e ao progresso.
● Para Adam há a privatização, pois o mercado se autorregula, sendo assim a
privatização da propriedade indígena.
REFERÊNCIAS
SILVA, Thiago dos Santos da. Entre (in)visibilidade e integração: os desafios
socioambientais para estabelecimento da jurisdição indígena no Brasil a partir do
movimento constitucionalista latino-americano. Orientador: Agostinho Oli Koppe
Pereira. 2021. Tese (Doutorado em Direito) - Universidade de Caxias do Sul, Campus
Universitário de Caxias do Sul, 2021. Disponível em:
https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/6805?show=full. Acesso em: 22 jan.
2023.

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas
causas. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

THÉVET, André; DE LÉRY, Jean; WEHLING, Arno. Os indígenas do Brasil entre a razão
de Estado e o Direito Natural: as contribuições de. História (São Paulo), v. 31, n. 2, p.
13-25, 2012.

WEFFORT, Francisco Corrêa (Org). Os clássicos da política: Maquiavel, Hobbes,


Locke, Montesquieu, Rousseau, “o Federalista”. São Paulo: Ática, 2001. 13. ed.
287p.

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