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O Processo de Lições Aprendidas em Projeto
O Processo de Lições Aprendidas em Projeto
A outra questão diz respeito a evitar que erros ou equívocos em quaisquer atividades se
repitam quando elas voltarem a ser desenvolvidas em novos projetos. Enfim, tem maior
relação com o aprender com os erros cometidos de forma a estruturar ações que previnam
a sua repetição.
A razão disso decorre de aspectos muito óbvios relacionados ao real entendimento sobre
o que viriam a serem, realmente, essas tais de lições aprendidas. Muitas organizações
tendem a entender que elas sejam simplesmente os registros das principais ações e
decisões tomadas ao longo do desenvolvimento de um projeto.
Outro erro muito frequente, em muitas situações elas são entendidas como algo a ser feito
ao final do projeto, como se fosse possível o aprendizado de algo em um único momento
estanque do mesmo e justamente ao seu final quando até mesmo as memórias das
pessoas passam a serem barreiras para tal.
Diante disso não é raro que empresas promovam encontros entre os profissionais logo
após o encerramento de um projeto e os adotem sob o título de Lições Aprendidas. Muitas
delas chegam a estruturar modelos de formulários com esta denominação, enfatizando a
crença de que o aprendizado acontece a partir da mera explicitação de fatos e registros
em determinados documentos.
2. Para que as lições sejam aprendidas, o registro é importante, e deve ser considerado ao
longo de todo o projeto, no entanto, o aprendizado só acontecerá a partir das discussões e
compartilhamentos dos conhecimentos tácitos envolvidos, o que nem sempre será
possível de ser explicitado em um documento;
3. A adoção de um modelo único para registro em qualquer momento pontual do projeto
nada mais é que o simples cumprimento pontual de uma demanda específica, isto é quase
como se resumir a “bater um cartão de ponto” ou a “responder uma chamada” para
comprovar sua presença em um projeto.
4. Talvez, o mais difícil, mas certamente o mais óbvio deles, é impossível considerar que
um processo de lições aprendidas possa ser entendido como um sistema de tecnologia de
informação através do qual podem ser consultados documentos que terão alguma
utilidade, hipotética, no desenvolvimento de novos projetos. Enfim um sistema ou
aplicativo jamais poderá ser o processo de Lições Aprendidas, acreditar simplesmente em
um portal, ou algo similar, para tal, é quase como acreditar em saci ou curupira.
Para que o registro de Lição Aprendida possa ser reutilizado em outros projetos/atividades,
é necessário um bom descritivo do contexto. Uma boa maneira de fazer isso é
respondendo as seguintes perguntas:
O desenvolvimento de um raciocínio evidente sobre o que pode gerar uma lição aprendida
passa necessariamente por considerar aspectos já presentes em qualquer processo que
esteja inserido em um projeto. A partir desta ciência, começa a se torna possível pensar
em algo a respeito que realmente possa ter alguma utilidade.
Para citar apenas um destes aspectos, por exemplo, cabe considerar uma medida básica
a ser adotada por qualquer organização que possui efetivo interesse em estruturar um
processo que potencialize efetivamente as Lições Aprendidas, ela é a gestão de
indicadores.
São eles, os indicadores que servem de ponto de partida para qualquer aprendizado
relevante e efetivo a ser considerado, uma vez que sem os mesmos, como é possível
identificar o andamento do status de um projeto? Sem eles, qualquer registro feito, desde
uma simples ata de reunião, até aos mais bem elaborados documentos de andamento de
projetos, não passa de simples conjunto de informações explicitadas sem real relevância
prática e efetiva para o sucesso de um projeto.
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