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Escrito por JÚLIO CÉSAR DA SILVA
2. Obedecer a seus Veneráveis, Diáconos e Mestres em tudo o que seja referente a seu
Ofício.
3. Serem honestos, fiéis e diligentes em seu trabalho e se comportar com retidão diante
de seus Mestres ou proprietários das obras empreendidas, sendo estas pagas por
empreitada, ou por alojamento e alimento ou por semana.
4. Ninguém empreenderá uma obra, grande ou pequena, que não seja capaz de executar
com competência, sob pena de multa de quarenta libras ou do quarto valor da referida
obra, sem prejuízo das indenizações e compensações a pagar aos proprietários da obra,
segundo estimativa e juízo do Venerável Geral, ou em sua ausência, segundo a
estimativa dos Veneráveis, Diáconos e Mestres do condado onde a referida obra está
sendo construída.
5. Nenhum Mestre tomará para si obra de outro Mestre depois que este ter contratado
com o proprietário da obra, seja por contrato, acordo de fidelidade ou acordo verbal, sob
pena de multa de quarenta libras.
6. Nenhum Mestre retomará uma obra na qual outros Mestres já tenham trabalhado
anteriormente até que seus predecessores tenham recebido o pagamento pelo trabalho
cumprido, sob pena da mesma multa.
7. Em cada uma das Lojas em que se distribuem os maçons será escolhido e eleito a cada
ano um Venerável que estará a cardo da mesma, por sufrágio dos Mestres das referidas
Lojas e com o consentimento do Venerável Geral se este estiver presente. Se não for
possível para este último comparecer, será informado que um Venerável foi eleito pelo
período de um ano, a fim de poder serem enviadas suas diretrizes ao Venerável eleito.
8. Nenhum Mestre tomará mais de três aprendizes ao longo de sua vida, a não ser se este
obter um consentimento de todos os Veneráveis, Diáconos e Mestres do condado onde
vive o Aprendiz que pretende tomar.
9. Nenhum Mestre tomará nem se valerá de um Aprendiz por menos de sete anos, e
tampouco será permitido fazer deste Aprendiz um irmão e Companheiro de Ofício até
que tenha exercido outros sete anos, até o término de seu aprendizado, salvo dispensa
especial concedida pelos Veneráveis, Diáconos e Mestres reunidos para avaliá-lo, e que
tenha sido comprovado suficientemente seu valor, qualificação e habilidade daquele a
que se pretende ser feito Companheiro de Ofício; isso tudo, sob pena de uma multa de
quarenta libras a ser recebida daquele que tenha sido feito Companheiro de Ofício sem a
devida instrução necessária, sem prejuízo das penas que possam ser aplicadas à Loja a
qual este pertença.
10. Não será permitido a nenhum Mestre vender seu Aprendiz a outro Mestre, nem
liberar, através de pagamento, o Aprendiz dos anos de ensinamento que a ele é devido,
sob pena de uma multa de quarenta libras.
11. Nenhum Mestre receberá aprendizes sem informar ao Venerável da Loja a qual
pertença, a fim de que o nome do referido Aprendiz e o dia de sua iniciação possam ser
devidamente registrados.
12. Nenhum Aprendiz será iniciado sem que seja respeitada a mesma regra, a saber, que
seu ingresso seja devidamente registrado.
14. Nenhum Mestre trabalhará em uma obra de Maçonaria sob a autoridade ou direção
de outro homem de Ofício que já tenha tomado a seu encargo uma obra de Maçonaria.
15. Nenhum Mestre ou Companheiro de Ofício acolherá um cowan* para trabalhar com
ele, nem enviará nenhum dos seus ajudantes para trabalhar com os cowans, sob pena de
uma multa de vinte libras cada vez que alguém contrariar esta regra.
16. Não se permitirá a um Aprendiz iniciado empreender uma tarefa ou obra para um
proprietário por um valor superior a dez libras, sob pena da mesma multa precedente, a
saber, vinte libras; e depois de ter executado esta tarefa, não iniciará outra sem
permissão dos Mestres ou do Venerável do lugar.
19.Nenhum Mestre acolherá nem empregará Aprendiz ou ajudante que tenha se livrado
do serviço de outro Mestre e no caso de ter agido por ignorância, não o manterá quando
for informado da situação, sob pena de uma multa de quarenta libras.
21.Todos os Mestres que forem convocados para uma assembléia ou reunião prestarão o
juramento solene de não ocultar nem dissimular as faltas ou infrações que tenham
cometido um dos outros, assim como as faltas ou infrações que tais homens de Ofício
tenham conhecimento de ter cometido contra os proprietários das obras sob seu encargo;
tudo isso, sob pena de uma multa de dez libras a ser paga por aqueles que tenham
dissimulado tais faltas.
22. Ordena-se que todas as multas previstas anteriormente sejam aplicadas sobre os
delinqüentes e contraventores das instruções pelos Veneráveis, Diáconos e Mestres das
Lojas as quais pertençam os culpados e que o produto seja distribuído ad pios usus
segundo a consciência e parecer destas pessoas.
E com o fim de que estas instruções sejam executados e observadas tal como estão
determinadas, todos os Mestres reunidos no dia indicado desde já se comprometem e se
obrigam a obedecer fielmente. É por isso que o Venerável Geral requereu que seja
firmado o presente manuscrito de seu próprio punho, a fim e que uma cópia autêntica
seja encaminhada a cada Loja particular deste reino.