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John Murray
Publicações, 2021.
AVISO EDITORIAL
Esse material foi preparado para ser distribuído gratuitamente. Portanto, a equipe da
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SOBRE FAZER IMAGENS DE CRISTO
John Murray
que merece exame. Deve-se admitir que a adoração a Cristo é central em nossa santa
fé, e o pensar no Salvador deve ser sempre acompanhado pela reverência que pertence
à Sua adoração. Não podemos pensar nEle sem a apreensão da majestade que é dEle.
desonramos.
Também será concedido que o único propósito que poderia ser, adequadamente,
servido por uma representação em imagem é que Ele nos transmitisse algum
maneira legítima de transmitir a verdade sobre Ele e de contribuir para o culto que
imagens são meios poderosos de comunicação. Quão sugestivos são para o bem ou
para o mal e, ainda mais, quando acompanhados pelo comentário da palavra falada
ou escrita! É inútil, portanto, negar a influência exercida sobre a mente e o coração por
uma figura de Cristo. E se isso é legítimo, a influência exercida deve ser uma restrição
ao culto e à adoração. Reivindicar qualquer objetivo inferior ao servido por uma figura
do Salvador seria uma contradição do lugar que ele deve ocupar em pensamentos,
afeições e honra.
O apelo pela adequação das figuras de Cristo baseia-se no fato de que Ele era,
verdadeiramente, homem; que tinha um corpo humano; que era visível, em sua
natureza humana, aos sentidos físicos; e que uma figura nos ajuda a compreender
estupenda realidade de Sua encarnação – em uma palavra, que Ele foi feito à
corpo verdadeiro. Ele poderia ter sido fotografado. Um retrato poderia ter sido feito
Sem dúvida, os discípulos nos dias de sua carne tinham uma imagem mental vívida
da aparição de Jesus e eles não podiam deixar de reter essa lembrança até o fim de
seus dias. Eles nunca poderiam ter pensado nEle, como Ele havia permanecido com
eles sem algo dessa imagem mental e eles não poderiam ter entretido isso sem
adoração e culto. As mesmas características que eles lembraram teriam sido parte
integrante e remanescente da concepção deles sobre Ele, do que Ele tinha sido para
eles em Sua humilhação e na glória de Sua aparência de ressurreição. Muito mais pode
ser dito sobre o significado para os discípulos das características físicas de Jesus.
Jesus, também, é glorificado no corpo e esse corpo é visível. Também se tornará visível
para nós em Sua gloriosa aparição “Ele será visto pela segunda vez sem pecado por
O que dizer, então, de imagens de Cristo? Antes de tudo [em primeiro lugar], deve-se
dizer que não temos informações, com base nas quais, possamos fazer uma
representação [dEle em] imagem; não temos descrições de Suas características físicas
que permitam até o artista mais talentoso fazer um retrato aproximado. Em vista da
profunda influência exercida por uma imagem, especialmente na mente dos jovens,
um retrato que é a criação da pura imaginação. Pode ser útil apontar a loucura de
perguntar: qual seria a reação de um discípulo, que, realmente, havia visto o Senhor
nos dias de Sua carne, a um retrato que seria obra de imaginação da parte de quem
nunca viu o Salvador? Podemos detectar, prontamente, qual seria a forma dele.
Nenhuma impressão que temos de Jesus deve ser criada sem os dados revelados
como não possuímos dados revelados para uma figura ou retrato, no sentido
apropriado do termo, somos impedidos de criar uma ou usar qualquer uma que tenha
sido criada.
mandamento. Uma imagem de Cristo, se serve a algum propósito útil, deve evocar
como um meio de adoração. Porém, como os materiais para esse meio de adoração
não são derivados da única revelação que possuímos a respeito de Jesus, a saber, as
Escrituras, a adoração é restringida por uma criação da mente humana que não tem garantia
devemos adorar a Deus somente das maneiras prescritas e autorizadas por Ele. É um pecado
grave ter a adoração forçada por uma invenção humana, e é isso que uma imagem do Salvador
envolve.
de qualquer coisa no céu acima, ou na terra abaixo, ou na água debaixo da terra. Uma
figura do Salvador pretende ser uma representação ou semelhança dAquele que está,
agora, no céu ou, pelo menos, dAquele quando peregrinou na terra. É, claramente,
Salvador em locais de culto. Quando adoramos diante de uma figura de nosso Senhor,
seja na forma de mural, tela, vitral, estamos fazendo o que o segundo mandamento
proíbe expressamente. Isso fica ainda mais aparente quando lembramos que a única
razão pela qual uma imagem dEle deve ser exibida em um local é a suposição de que
ela contribui para a adoração daquele que é nosso Senhor. A prática apenas demonstra
Salvador.
CONCLUSÃO
Em resumo, o que está em jogo nesta questão é o lugar único que Jesus Cristo, como
adoração. Nós O adoramos com o Pai e o Espírito Santo, um [único] Deus. Usar uma
“Não farás imagem: por que não devemos fazer imagens de nenhuma das Pessoas
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