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UNIDADE 1
1. PERSONALIDADES JURÍDICAS
As diretrizes que norteiam o direito privado é o Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406 de 10 de
janeiro de 2002, que se constitui como um conjunto de normas regulamentadoras dos direitos e
obrigações de natureza privada, que regulam as relações jurídicas das pessoas enquanto integrantes
de uma sociedade.
No artigo 1º da Lei 10.406 de 2002, diz que: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil”, deste modo, a personalidade jurídica é reconhecida a todo o ser humano independente
da consciência ou vontade, ou seja, é um atributo inseparável da pessoa. Os sujeitos das relações
privadas ou sujeitos de direito são aqueles que detêm personalidade jurídica.
A pessoa física é a pessoa natural, ou seja, o ser humano. O registro da pessoa física é feito
no cartório civil e o seu cadastro para fins econômicos se dá pela inscrição no cadastro de pessoa
física no Ministério da Fazenda (CPF). A pessoa física pode ter outros registros, dependendo de
suas atividades como: carteira nacional de habilitação de motorista; carteira de registro profissional –
profissão regulamentada e a carteira de trabalho.
De acordo com o Art. 6º do Código Civil, “a existência da pessoa natural termina com a morte;
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva. ” Ainda, segundo o Art. 7º do Código Civil, pode ser declarada a morte presumida, sem
decretação de ausência:
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável
do falecimento.
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CONSTITUIÇÃO JURÍDICA
Como visto a pessoa jurídica começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
onde deverão ser averbadas todas as alterações promovidas no ato constitutivo. Desta forma o
contrato social ou estatuto social e todas as alterações contratuais ou estatutárias, como atas de
reuniões ou assembleias de sócios ou acionistas, devem ser levadas a arquivamento no órgão de
registro da pessoa jurídica.
Ao longo de sua existência, a pessoa jurídica poderá passar por várias alterações, como
também, um dia, ter suas atividades encerradas. Nos tópicos que seguem abordaremos as
alterações e o fim da pessoa jurídica que se processa basicamente em três etapas: a dissolução; a
liquidação; e a extinção.
1.2.1 Alterações
As pessoas jurídicas poderão passar, ao longo de sua existência, por várias alterações em sua
forma constitutiva. Estas alterações poderão ser de vários tipos como segue:
(a) de cláusulas contratuais, como denominação, objeto, capital social, endereço, saída e
entrada de sócios, etc.;
(b) por transformação de tipo jurídico, transformando de uma sociedade limitada em uma sociedade
anônima, em uma sociedade unipessoal, ou vice e versa, por exemplo, como define o Art. 1.113 do
CÓDIGO CIVIL;
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CONSTITUIÇÃO JURÍDICA
De acordo com o Art. 1.113 do CÓDIGO CIVIL, a transformação de tipo jurídico sempre
obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela
sociedade.
No parágrafo único do art. 1.052 do Código Civil, incluído pela Medida Provisória nº 881, de 30
de abril de 2019, que possibilita que uma única pessoa conste do quadro societário de uma
sociedade limitada, também denominadas de sociedade unipessoal.
DICA!
Acesse no moodle – materiais complementares – semana 1
Arquivo 2 - MODELO - Alteração para UNIPESSOAL
1.3.1 Dissolução
A dissolução é a primeira etapa do fim da pessoa jurídica e compreende a decisão de encerrar
as atividades. A dissolução pode ocorrer por vários motivos como a seguir descritos:
(a) dissolução deliberada entre os seus membros;
(b) quando a Lei determine;
(c) por ato do governo, que lhe casse a autorização, quando ocorrer em atos opostos aos seus
fins ou nocivos ao bem público;
(d) pelo implemento da condição ou pelo vencimento do prazo contratual;
(e) pela extinção do capital social ou por desfalque que impeça a continuidade;
(f) pela consecução do fim social ou pela verificação de sua inexequibilidade;
(g) pela falência, incapacidade, ou morte de um dos sócios (podendo, no caso de morte, os
herdeiros ou os sócios sobrevivos continuarem).
1.3.2 Liquidação
As leis que regulam as sociedades (Código Civil Art. 1.103 §, Lei das Cooperativas – Lei nº.
5.764/71 Art. 66 e Lei das Sociedades Anônimas - Lei nº. 6.404/76 Art. 212) determinam que as
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CONSTITUIÇÃO JURÍDICA
A liquidação é a fase do fim da pessoa jurídica em que, tendo sido decidida a dissolução, se
processa a realização dos ativos e o pagamento dos passivos e, após terem sido pagos todos os
passivos, restando algum valor, o mesmo será dividido ou distribuído conforme determina as
condições contratuais ou estatutárias ou ainda a legislação específica. Neste caso, deve se verificar
como se dará a destinação do patrimônio.
Nas sociedades com fins lucrativos se distribui entre os sócios conforme estipulado no contrato
ou estatuto social, já nas sociedades ou associações sem fins lucrativos, como as cooperativas, por
exemplo, o patrimônio resultante da liquidação deve ser destinado à entidade que estiver indicada no
estatuto ou conforme a lei determina.
1.3.3 Extinção
A última fase do fim da pessoa jurídica é a extinção, ou seja, o processo de arquivamento e
baixa dos atos de dissolução. Nesta etapa será averbada e publicada a ata, sentença ou instrumento
de dissolução da sociedade.
O distrato social, em caso de dissolução deliberada entre os sócios, ou outro documento que
comprove a dissolução e a liquidação da sociedade, nos demais casos, deverá ser levado a
arquivamento na Junta Comercial, quando se tratar de sociedade empresária, ou ao Cartório de
Registro de Pessoas Jurídicas, quando se tratar de sociedade simples ou associação sem fins
lucrativos.
UNIDADE 2
2. TIPOS DE SOCIEDADES
Quanto aos tipos, as práticas de mercado contam com as modalidades como a sociedade
limitada, sociedade anônima, microempreendedor individual. Cada um desses tipos possui
características distintas quanto a sua constituição e demais procedimentos.
LEMBRETE!
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