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EXCELENTÍSSMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA XXª VARA DO TRABALHO DA

CIDADE DO RIO DE JANEIRO/RJ

MARIA DAS DORES SILVA, brasileira, solteira, operadora de caixa, nascida em xxx, filha
de Fernanda das Dores Correa, portadora da carteira de trabalho no 030521 série
0166/RJ, portadora da carteira de identidade n° 23.232.680-3, expedida pelo Detran/RJ,
inscrita no CPF n° 178.684.017-24, residente e domiciliada na Rua Duzentos, lote 15,
quadra 5, casa 1, Quilometro 32, Nova Iguaçú, RJ, CEP: 26.298-0000, endereço
eletrônico xxx, por sua advogada infra-assinada (procuração em anexo), com endereço
profissional xxx e endereço eletrônico xxx, vem à presença de V. Exa., com fulcro no art.
840, § 1º, da CLT c/c art. 319 do CPC, aplicado subsidiária e supletivamente ao Processo
do Trabalho, por força do art. 769 da CLT e 15 do CPC, propor a presente RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA Pelo PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, em face de ECONOMIA MAIS S/A,
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o no 06.057.223/0034-30,
estabelecida na Rua João Gomes, no 330, bairro Madureira, Rio de Janeiro, RJ, CEP.:
20.541-345, pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor:

DOS FATOS

A RECLAMENTE foi contratada pela RECLAMADA para exercer a função de Operadora


de Supermercado em 01.09.2015 com salário de R$ 981,00 (CTPS em anexo). No dia
05.05.2016 ao tentar justificar que se ausentou no dia anterior (04.04.2015) para
acompanhar seu filho em exame pré-operatório, foi comunicada pelo fiscal do salão
que estava demitida. Sendo dispensada imediatamente. Ressalta-se que em
16.01.2016, a RECLAMANTE foi submetida a situação vexatória por parte da fiscal de
bateria de caixas que em voz alta, com nítida intenção de agredi-la, pronunciou: “Você
não tem um alisante para passar na raiz desse cabelo não?”. Na ocasião, um cliente
tentou persuadir a RECLAMANTE para dar queixa do ocorrido, mas a agressão
inesperada a deixou psicologicamente abalada e a única reação foi chorar. Ademais, até
o momento a RECLAMADA não efetuou o pagamento das verbas rescisórias.

TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

A RECLAMANTE foi dispensada imotivadamente, porém não recebeu o pagamento das


verbas rescisórias. A RECLAMADA não entregou as guias do FGTS e seguro-desemprego,
deixando a RECLAMANTE em estado de extrema miserabilidade, já que ainda não
conseguiu emprego. Ante a natureza salarial das verbas rescisórias e, por conseguinte, a
urgência para sua concessão, considerando ainda que a RECLAMANTE se encontra
desempregada, requer o deferimento da expedição de alvará para saque do FGTS e
habilitação do seguro-desemprego, nos termos do art. 300 do CPC c/c arts. 769 da CLT
e 15 do CPC.

GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Considerando que a RECLAMANTE se encontra desempregada, conforme


documentação emitida pela Superintendência Regional do Trabalho, requer a
concessão do benefício de gratuidade de justiça, nos termos do art. 790, § 3º, da CLT.
VERBAS RESCISÓRIAS Considerando que o contrato de trabalho foi resilido por dispensa
imotivada e a RECLAMADA não realizou o pagamento das verbas rescisórias, faz jus à
RECLAMANTE o saldo de salário de 05 dias, aviso prévio proporcional indenizado de 30
dias (art. 1º da Lei 12.506/2011 e Nota Técnica 184/2012 do MTE), férias proporcionais
(9/12) + 1/3 (art. 146, parágrafo único da CLT), 13º Salário proporcional (6/12),
conforme art. 3º da Lei 4090/62 e indenização de 40% sobre o FGTS (art. 18, § 1º, da Lei
8036/90).

MULTAS DOS ARTS. 467 e 477, § 8º, DA CLT

O inadimplemento das verbas rescisórias possibilita a aplicação das multas dos arts. 467
e 477 da CLT, quando inobservados os prazos legais, razão pela qual requer sua
aplicação.
COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL

A ausência de pagamento das verbas rescisórias e da entrega das guias para saque do
FGTS e habilitação do seguro-desemprego trouxe prejuízo de ordem moral à
RECLAMANTE, pois a impediu de honrar seus compromissos financeiros inerentes à sua
subsistência, tendo que se valer da ajuda de parentes e amigos. Outrossim, a situação
vexatória que a RECLAMANTE foi submetida na frente de todos (empregados e clientes)
constitui assédio moral que é entendido como todas as condutas abusivas em um local
de trabalho, podendo ser manifestado de várias formas, como: gestos, palavras,
mensagens ou qualquer meio que possa trazer danos a integridade física ou psicológica
de uma pessoa. Com fulcro no art. 5º, V e X, da CRFB/88, bem como dos arts. 186 e 927
do CC, ambos, c/c art. 8º, parágrafo 1º, da CLT, requer a compensação por danos
morais, no valor de quatro salários da RECLAMANTE.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Com fulcro no art. 791-A da CLT, requer a concessão de honorários de sucumbência a


serem fixados entre 5% e 15% sobre o valor que resultar da liquidação de sentença, nos
moldes do art. 791-A, caput, da CLT.

DOS PEDIDOS

Ante ao exposto requer:

1 – A citação da RECLAMADA para apresentar contestação, se for de seu interesse, sob


pena de aplicação dos efeitos da revelia;

2 – O deferimento da tutela provisória de urgência;

3 – O deferimento do benefício de justiça gratuita;


4 – Saldo de salário de 05 dias (R$ xxx), aviso prévio proporcional indenizado de 30 dias
(R$ xxx), férias proporcionais (9/12) + 1/3, (R$ xxx), 13º Salário proporcional (9/12 - R$
xxx) e indenização de 40 % sobre o FGTS (R$ xxx);

5 – Multas dos arts. 467 (R$ xxx) e 477, § 8º, da CLT (R$ xxx);

6 – Compensação por danos morais, no valor dos quatro últimos salários da


RECLAMANTE;

7 – Condenação da RECLAMADA nos honorários sucumbenciais.

Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o depoimento


pessoal do preposto da reclamada, documental e testemunhal.

VALOR DA CAUSA

Dar-se-á o valor da causa em R$ XXX.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Rio de Janeiro, DATA.

Advogada XXX OAB XX

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