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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Dos fatos
Da remuneração
A maior remuneração mensal do reclamante foi de R$ 90,00 (noventa reais),
mais uma vez a reclamada feriu brutalmente a Legislação. A Constituição
Federal (art. 7.º, inc. IV) veda o pagamento de salário inferior ao mínimo
legal. Destarte, a reclamada deve ser condenado a pagar ao reclamante a
diferença salarial, durante toda a vigência do pacto laboral.
Do aviso prévio
“Multa - rescisão contratual - aviso prévio em casa - Art. 477 da CLT. A figura
do ‘aviso prévio em casa’, sem nenhum esclarecimento adicional, equivale à
situação de ‘aviso prévio indenizado’ ou à de ‘dispensa do aviso prévio’, por
não prever a obrigação do empregado de comparecer para prestar serviço.
Assim sendo, enquadra-se a hipótese no art. 477, § 6o, letra ‘b’, da CLT,
sendo devida a multa prevista no § 8o. Recurso de revista desprovido. (Ac da
3a T do TST - mv, no mérito - RR 117.803/94.1 - 2a T - Rel. Min. Manoel
Mendes de Freitas - j 03.05.95 - Rcte. Pepsico e Cia.; Rcdo. Massao Matumoto
- DJU 02.06.95, p 16.527 - ementa oficial)”. (In Repertório de Jurisprudência -
IOB, 1a quinzena de julho de 1995 - no 13/95, texto 2/10246).
Da jornada laboral
O reclamante trabalhava das 7:30 às 20:00 horas com uma hora e meia de
intervalo, de segunda a sábado, e aos domingos laborava das 7:30 às 13:00
horas sem intervalo. O reclamante só tinha direito a duas folga por mês, aos
domingos.
Do 13.º salário
A reclamada, não pagou ao reclamante as verbas relativas à gratificação
natalina, como vislumbrado pelo art. 7.º, VIII da Constituição Federal,
devendo se compelido ao pagamento dos valores, por ocasião da condenação.
Das férias
Durante todo o pacto laboral, o reclamante não gozou nem recebeu férias. A
atitude da reclamada afrontou o art. 7o, inc. XVII, da Constituição Federal de
1988, bem como o art. 129 da Consolidação das Leis do Trabalho, o que atrai
a nulidade estipulada pelo art. 9o da CLT, pois o período destinado à
recomposição do desgaste físico e mental do trabalhador constitui direito
irrenunciável e tampouco transacionável. Destarte, a reclamada deve ser
condenada ao pagamento das férias e a dobra sobre as férias, visto que não
concedeu férias ao reclamante.
Do seguro-desemprego
O reclamante não teve a sua CTPS assinada pela reclamada, assim como não
recebeu o comunicado de dispensa, o que o impediu de pleitear o seguro-
desemprego. Destarte, a reclamada é obrigada a indenizá-lo com o
pagamento das cotas do seguro-desemprego a que tem direito.
f)Reflexo das horas extras sobre: aviso prévio; 13o salário; férias e FGTS
(+40%)...;
g)FGTS referente a todo o período laboral, (CF, art. 7o, inc. III)...
h)Multa de 40% sobre o FGTS, (CF, art. 7o, inc. I, c/c ADCT, art. 10, inc. I)...;
i)13o salário referente a 01/01/99 a 31/12/99 (CF, art. 7o, inc. VIII)...;
Nestes termos,
ADVOGADO
OAB n° .... - UF
Atenção