Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gestão de Riscos
Prof. Thassya Prado
Material Complementar
1
https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/89484/1562342239Guia-de-Avaliacao-de-Risco-de-
Corrupcao.pdf
No planejamento da AVALIAÇÃO DE RISCOS é importante que
você resposta alguns questionamentos antes de iniciar, quais sejam:
➔ RISCOS DEFINIDOS
➔ METODOLOGIA
➔ PROCESSOS E ÁREAS AFETADAS
➔ RISCOS INERENTES
➔ INFORMAÇÕES OBTIDAS COM AS ÁREAS
➔ CONTROLES INTERNOS
➔ RISCOS RESIDUAIS
➔ PLANO DE AÇÃO
o MEDIDAS DE TRATAMENTO DOS RISCOS
o AÇÕES
o RESPONSÁVEIS
2. PLANO DE AÇÃO
Será necessário adequar a carga horária, tornando-a fixa, para eliminar um risco
sobremaneira excessivo para a empresa. Com isso, propõe-se à empresa, caso assim
queira proceder, selecionar os estagiários por grupos, de modo que um dos grupos inicie
as atividades no período da manhã e o outro grupo, no período da tarde. Ou ainda, que
iniciem simultaneamente, desde que obedecido o limite diário de 6 (seis) horas.
Por fim, é válido ressaltar que, quanto à concessão de descansos durante a jornada, as
partes envolvidas devem regular a questão de comum acordo no Termo de
Compromisso de Estágio. Recomenda-se, outrossim, a observância de período suficiente
à preservação da higidez física e mental do estagiário e respeito aos padrões de horário
de alimentação - lanches, almoço e jantar. O período de intervalo não é computado na
jornada. Dessa forma, a empresa fica em conformidade com as regras atinentes à carga
horária e cumpre seu papel social e educativo na formação do futuro profissional.
Aqueles estagiários que já se encontram há mais de dois anos exercendo suas atividades
para a empresa devem necessariamente ser desligados, podendo a empresa, caso
queira, proceder à contratação de novos estagiários, de forma que se mantenha
incólume a finalidade do estágio, qual seja a aprendizagem e acúmulo de experiências
em diversos estabelecimentos, enriquecendo qualitativamente o currículo do
educando.
Estas regras consistem em deveres da parte concedente e devem por elas serem
seguidas. Importante vertente de um programa de Compliance Trabalhista é estar em
conformidade não apenas com o regramento aplicável no que tange ao ajuste de
procedimentos, mas principalmente estar de acordo com os deveres e obrigações,
primando por uma conduta ética e moral, distante de eventuais desvirtuamentos e
irregularidades.
Por isso, recomenda-se seguir estritamente as normas acima elencadas, com vistas a dar
efetividade, regularidade e transparência quanto aos vínculos com estagiários.
Ao Sr.
Sócio da Empresa
Cidade, dia de mês de ano.
DOS RISCOS DEFINIDOS: (i) reconhecimento de vínculo; (ii) recolhimentos de impostos relativos
ao vínculo de emprego;
DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS DA ÁREA: o setor de RH informou que a Empresa já foi condenada
na Justiça do Trabalho em razão do desvio de finalidade na contratação de estagiário, sendo a
condenação por três motivos: jornada acima do limite, tempo superior a dois anos e função não
pedagógica. Foi informado, ainda, a não existência de um controle interno tendo em vista que
a Alta Administração solicita que o estagiário continue trabalhando nas condições estabelecidas
(ainda que em desconformidade com a legislação).
A Lei do Estágio – lei 11.788/2008 – é assente no sentido de que a jornada do estagiário será
definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno
estagiário, devendo constar no termo de compromisso a compatibilidade com as atividades
escolares e a jornada de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais quando se tratar de
estudante do ensino superior, como é o caso.
Ocorre que estes estagiários, por estarem à disposição da empregadora, acabam por perfazer
mais que 6 (seis) horas diárias ou 30 (trinta) semanais, o que compromete a intenção pedagógica
do estágio, qual seja proporcionar aprendizado aliado à prática sem prejudicar e tampouco
sobrecarregar o tempo disponível que o estudante teria para se dedicar às atividades escolares.
Ademais, somente poderia chegar a uma jornada de 8 (oito) horas diárias ou 40 (quarenta) horas
semanais caso o estágio fosse uma alternância entre teoria e prática e desde que exercido em
períodos em que não estejam programadas aulas presenciais, o que também não se adequa ao
presente caso.
É sabido que o estagiário deve ter uma carga horária fixa em razão da própria natureza da
atividade de aprendizagem, de tal forma que seja compatível com a rotina de aulas presenciais
junto à instituição de ensino. Para tanto, propõe-se a adequação das atividades dentro do
período mencionado pela legislação, qual seja de 6 (seis) horas diárias ou 30 (trinta) horas
semanais, ainda que os estagiários não fiquem nas acomodações físicas da empresa e continuem
exercendo as mesmas atividades em domicílio.
O RISCO QUE A EMPRESA ASSUME ao manter estagiários exercendo carga horária acima do
permitido por lei, mesmo estando eles à sua disposição aguardando ordens, é a configuração do
vínculo empregatício para todos os fins trabalhistas e previdenciários, conforme aduz o art. 15º
da Lei 11.788/2008. É válido ressaltar, inclusive, que o tempo à disposição do empregador
também é considerado tempo de serviço efetivo.2
Constata-se junto à empresa que a mesma possui estagiários com mais de dois anos de casa,
outros que exercem estágio voluntário e recebem bolsa e, por último, um estagiário formado há
pelo menos um ano.
2Art. 4º da CLT – Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência, à luz do art. 11 da Lei
11.788/2008.
Isso significa dizer que aqueles estagiários que já se encontram há mais de dois anos exercendo
suas atividades para a empresa devem necessariamente ser desligados, podendo a empresa,
caso queira, proceder à contratação de novos estagiários, de forma que se mantenha incólume
a finalidade do estágio, qual seja a aprendizagem e acúmulo de experiências em diversos
estabelecimentos, enriquecendo qualitativamente o currículo do educando.
Segundo a Lei 11.788/2008, existem duas modalidades de estágio: obrigatório e não obrigatório.
O estágio obrigatório é aquele definido como obrigatório no projeto pedagógico do curso, cuja
carga horária é requisito para aprovação e obtenção do diploma (§ 1º do art. 2º da Lei nº
11.788/2008). Já o não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à
carga horária regular e obrigatória, e parte do projeto pedagógico do curso (§ 2º do art. 2º da
Lei nº 11.788/2008).
De acordo com a norma, o estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação
que venha a ser acordada entre as partes integrantes da relação de estágio.
Nesse tocante, a Lei faz uso da análise das modalidades de estágio existentes para definir a
obrigatoriedade ou não de o estagiário perceber valores, devendo ser compulsória a concessão
da bolsa ou outra forma de contraprestação, bem como de auxílio-transporte, quando o estágio
for não obrigatório.
Além disso, é de se salientar que a lei praticamente extinguiu o estágio voluntário, já que, agora,
para que seja caracterizado o estágio voluntário (aquele sem o recebimento de valores pelo
estagiário), deve ser previsto no plano político-pedagógico do curso frequentado pelo aluno a
obrigatoriedade de estágio (estágio obrigatório), bem como o aluno estar no período em que é
possível a realização do estágio obrigatório. E, ainda assim, este não deve ser remunerado.
Por fim, o estagiário é o estudante que está frequentando o ensino regular, em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (art.
1º da Lei nº 11.788/2008). Logo, se o estagiário continua a exercer essa função - mesmo depois
de graduado ou, ainda, sem estar matriculado e, consequentemente, sem estar seguindo o
projeto pedagógico do curso – a empresa corre um risco considerável em ser autuada pelas
autoridades de fiscalização do trabalho por utilização de mão de obra barata.
Os limites acima constituem a regra, porém o §4º do mesmo artigo traz uma exceção: não se
aplicam estes limites a estágios de nível superior e de nível médio profissional.
No entanto, a despeito de não estar adstrita a estas limitações, por conceder estágios de nível
superior, a empresa deve se atentar para outra limitação, imposta a qualquer tipo de estágio,
qual seja assegurar que o supervisor de estágio por parte da empresa somente poderá orientar
e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente (inciso III, do art. 9º da Lei
11.788/2008).
Frisa-se que o supervisor do estagiário da parte concedente deve ser funcionário do seu quadro
de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida
no curso do estagiário (inciso III do art. 9º da Lei 11.788/2008).
O valor e forma da concessão da bolsa ou outra forma de contraprestação, bem como o auxílio-
transporte, devem ser definidos no Termo de Compromisso do Estágio e são de
responsabilidade da parte concedente.
Quanto às férias, é assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou
superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias. Nos casos de o estágio ter duração
inferior a 1 (um) ano, os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional.(caput e §
2º do art. 13 da Lei 11.788/2008). Ademais, o recesso poderá ser concedido em período contínuo
ou fracionado, conforme acordado entre as partes, preferencialmente nas férias escolares.
DO MAPA DE CALOR
➔ PROCESSO TRABALHISTA: já aconteceu na empresa duas vezes, nesse sentido utilizou-se como
base a condenação média dos processos de R$ 11.585,00 e a probabilidade como POSSÍVEL.
É o relatório.
MODELOS COMPLETOS PARA QUE VOCÊ POSSA ESTUDAR A BASE
MODELO BANRISUL:
http://ri.banrisul.com.br/arquivos/Banrisul_RelatorioRiscos_1T11_PT.pdf
MODELO C6BANK:
https://www.c6bank.com.br/files/relatorio-de-gerenciamento-de-riscos-
1559341181756.pdf
MODELO BNDES:
https://www.bndes.gov.br/wps/wcm/connect/site/2a3e0cae-528a-4c4d-83ee-
1af5236fc1d2/Relat%C3%B3rio+de+Divulga%C3%A7%C3%A3o+de+Informa%C3%A7%C3%B5es
+de+Risco+3T+2019.pdf?MOD=AJPERES&CVID=mWUV3ZS
MODELO 03: MODELO DE RELATÓRIO