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Resumo: Partindo do questionamento sobre como o bibliotecário pode usar a criatividade para inovar seus
serviços e produtos informacionais, o presente artigo discute a importância da criatividade na atuação desse
profissional. Comenta a conexão entre criatividade e inovação e a necessidade de um ambiente propício para o
desenvolvimento do processo criativo.
A palavra criatividade origina-se do latim “creare”, cujo significado é criar, fazer, elaborar.
No grego, a palavra “krainen” (criatividade) significa realizar, desempenhar, preencher
(PFEIFER, 2001, p.26). Compreende-se que a criatividade necessita de um sujeito que
deseja realizar algo novo para si mesmo ou para os outros.
Alencar (1998, p.19) destaca três distintos eixos em que a criatividade está vinculada:
Nesse contexto, o bibliotecário precisa ser criativo, já que sua ação profissional é afetada
por transformações sociais e tecnológicas, cujas dinâmicas exigem novas formas de
gerenciar, tratar, mediar, dar acesso à informação, entre outros procedimentos.
Destaca-se a cultura organizacional, por meio dos valores, crenças e atitudes, como
principal elemento influenciador da criatividade. Dessa forma, os chefes e líderes têm
papel fundamental no processo criativo. É a partir dos valores, crenças e atitudes
disseminadas por eles, no ambiente de trabalho, que as pessoas serão influenciadas
positiva ou negativamente a serem criativas.
Bruno-Faria e Alencar1
Sternberg2 (2003) Amabile3 (1989)
(1996)
Ambiente físico adequado - Prover um ambiente de
aprendizagem que seja
percebido como importante e
divertido
Desafios Encorajar o aluno / Dar às pessoas possibilidade
profissional a correr riscos de escolha
Estrutura organizacional Focalizar em idéias gerais em -
flexível vez de fatos específicos
A conexão entre criatividade e inovação, portanto, é real. Não há como inovar sem antes
criar. As condições favoráveis ao desenvolvimento do processo criativo perpassam
distintos eixos, cuja influência no indivíduo e no ambiente pode engessar o processo.
A criatividade é essencial aos bibliotecários, pois é por meio dela que será possível
inovar o fazer da área.
REFERÊNCIAS
ROUSSEL, P. A.; SAAD, K. N. ; BOHLIN, N. Pesquisa & desenvolvimento: como integrar P&D ao plano
estratégico e operacional das empresas como fator de produtividade e competitividade. São Paulo: Makron
Books, 1992. 198p.
TORRANCE, E. P.; TORRANCE, J. P. Pode-se ensinar criatividade. São Paulo: EPV, 1974.
VALENTIM, M. L. P. (Org.). O profissional da informação: formação, perfil e atuação profissional. São Paulo:
Polis, 2000. 156p. (Coleção Palavra-Chave, 11)
1
BRUNO-FARIA, M. de F.; ALENCAR, E. M. Estímulos e barreiras à criatividade no ambiente de trabalho. RAE
- Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.31, n.2, p.50-61, 1996.
2
STERNBERG, R. J. The development of creativity as a decision-making process. In: SAWYER, R. K.;
STEINER, V. J.; MORAN, S.; STERNBERG, R. J.; STERNBERG, D. H.; FELDMAN, J.; CSIKSZENTMIHALYI,
N. M. (Orgs.). Creativity and development. New York: Oxford University Press, 2003. p.91-138
3
AMABILE, T. A. Growing up creative: nurturing a lifetime of creativity. 2. ed. New York: The Creative
Education Foundation Press, 1989.