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Este é o livro que eu nunca tive a intenção de escrever, mas vocês podem
ser bastante convincentes... então, este é para vocês.
Kristy
Quando eu comecei esta viagem, eu não tinha intenção de escrever
qualquer parte deste livro com o ponto de vista do Colton. Rylee era minha
garota. Eu sabia como ela pensava, planejava sua motivação de uma cena para a
outra e compreendia a sua resistência e ainda atrair a bagunça egoísta de um
homem que é Colton Donavan.
Nem uma vez eu contemplei o que Colton estava pensando além do por
que ele iria afastá-la.
Todos os livros que tinha lido foram no ponto de vista de primeira pessoa
feminina. Conectei com a heroína desta forma, relacionada com as suas ações, e
isso é o que me propus a fazer para os leitores quando eu escrevi DRIVEN.
Quando DRIVEN foi lançado, um blog comentou em sua revisão que eles
gostariam de ver algumas das cenas através dos olhos do Colton, porque ele era
muito complexo. Eu lutei com a crítica, não porque era inválida, mas por prefirir
o oposto. O revisor estava certo ao dizer isto, mas droga, eu nunca tinha escrito
da perspectiva de um cara antes. O pensamento me assustou pra caramba.
Decidi me desafiar. Eu estendi a mão para o blog e perguntei se eles
queriam um ponto de vista de Colton como um extra para seu site. Eles
aceitaram. E então eu percebi o quanto estava perdida, porque sim, eu sabia que
diálogo tomaria o lugar, mas nem uma vez sequer questionei os pensamentos de
Colton.
Então, escrever a cena foi difícil de primeira. Eu tinha que encontrar sua
voz interna, sua personalidade. E depois de dias de escrever, excluir, escrever,
excluir, repetir, eu tinha finalmente concluído.
E foi naquele momento que percebi que amava Colton ainda mais do que
eu pensava. Eu amei sua natureza diga-as-coisas-como-elas-são, seu sarcasmo e
compreendi melhor os demônios que o atormentavam. Havia algo tão libertador
em escrever a cena através dos olhos dele. Adorei o desafio, gostei de descobrir
como sua mente trabalhava e adorei pisar fora da história e olhar com olhos
frescos e em uma perspectiva totalmente diferente.
Então aqui estão eles, os Pontos de Vista de Colton. Alguns são versões
renovadas dos que você pode ter lido anteriormente em um blog, alguns são
novos capítulos recontados e alguns são cenas que você nunca leu antes, porque
nós vimos o que Rylee estava fazendo, mas nunca soube o que Colton estava
fazendo.
Espero que vocês gostem deles, eu sei que eu fiz a escrevê-los. Foi
divertido voltar a sua mente complexa e bem humorada, experimentando-lhe
conquistar seus demônios e vê-lo aprender a correr cegamente para fora da
pista.
Muitos leitores ficaram curiosos, sobre o que Colton pensou durante seu
primeiro encontro com Rylee, quando ela caiu para fora do armário. Fiquei
curiosa também; o problema era que eu não tinha ideia. Eu nem sabia por que
ele estava vagando nos bastidores, em primeiro lugar.
Comecei pelo menos sete vezes, tentando entender sua motivação para ir
mais longe do baile de gala em vez de estar no meio dele. A cena me levou muito
tempo para escrever, mas eu vou sempre olhar para ela como aquela que mudou
a direção de FUELED... para melhor.
M as. Que. Porra?
Meu corpo sacode com o impacto quando ela se choca comigo. Unhas
cravam em meu bíceps. Uma montanha selvagem de cachos castanhos é tudo o
que eu vejo quando olho para baixo no topo de sua cabeça. Seus ombros tremem
em cada respiração hiperventilada - um som que anda de mãos dadas com o
grito ensurdecedor que inevitavelmente, aconteceria em seguida.
Sério? Uma donzela correndo perigo? Como se eu não tivesse visto isso
antes. Você é uma em um milhão, querida. Você quer que eu olhe para você,
baby, então tem que usar menos roupas. Bem, a menos que você conte meias
sete oitavos e saltos. E nada mais. Isso com certeza chamaria minha atenção.
Desloco os meus pés, mas ela não se move. Ok, menina perseguidora, o
tempo acabou. Solte-me, porra, assim não tenho que ser um idiota e te afastar
de mim...
Se mova, porra.
1
Seria algo como perseguidor.com.
Que porra há de errado comigo? Histerismo mais mulher é igual à
loucura. Um sinal infalível para ficar longe dela. Lição de merda aprendida há
muito tempo. Ela cheira muito bem, no entanto. Foco Donavan, lembre-se da
regra número um: Nunca mergulhe o pavio na piscina de loucas.
Isso já foi feito, querida. Por isso, a regra número um. Merda - ela pode
atirar o sexo de qualquer jeito que ela quiser, isso não significa que eu vou
aceitar.
Ela tropeça em seus pés e cai ainda mais em cima de mim, seus seios
firmes empurrando contra o meu peito, antes de saltar para trás como se ela
tivesse levado um choque.
Eu me forço a olhar para longe de sua boca e arrasto meu olhar para
medir a intenção dela. Então, ela quer uma noite selvagem com o notório bad
boy? Após a autoimagem pornô que acabei de criar na minha cabeça com ela
sendo a estrela, foda-se, eu vou dar isso a ela.
Mas a farei batalhar por isso. Merda, o que eu tenho é muito bom para
entregar de graça. Fãs não valem um centavo, mas eu sou uma maldita conta de
dois dólares.
Sem dúvida, como uma boa perseguidora deveria, ela leu as fofocas e
acha que isso vai ser fácil - que eu durmo com qualquer uma que abre suas
pernas para mim. Ela quer jogar então. Mal sabe ela, eu estou no clima para um
bom jogo, duro.
Depois de uma batida, ela volta seus olhos para os meus. Pupilas
dilatadas, lábios entreabertos, um rubor rastejando em suas
bochechas. Porra, eu aposto que é assim que ela fica quando está gozando. Meu
pau mexe com o pensamento de ser o único a colocar esse olhar em seu rosto
quando eu deslizar para o prêmio entre as suas coxas.
Em seguida, afastar-me dela. O que é que eles dizem? O que vem fácil, vai
fácil.
Quando ela fala desta vez, eu realmente ouço a voz dela. A voz sexy de
atendente de tele sexo. Merda. Meu pau está fazendo mais do que mexer
agora. O seu ronronar sexy é suficiente para fazer um monge duro. — Você está
bem? Senhorita...?
O. Jogo. Começou.
Mas foda-se, eu sei que é por causa dela - algo diferente, desafio ou não -
que me faz estender minha mão livre e correr por seu braço, através da curva de
seu pescoço e sobre sua bochecha.
Eu não quero desejá-la. Não preciso dela. Merda, um texto simples trará
Raquel na minha cama em um piscar de olhos para uma bebida e depois
sexo. Foda-se, ela provavelmente já está lá. Nosso arranjo pode estar chegando
ao fim, mas ela ainda está no jogo.
Mas há algo sobre essa fã louca que me faz olhar duas vezes, me faz
esquecer que isto é um jogo.
Opções de como jogar seu jogo passam pela minha cabeça. Mergulho
direto e considero as consequências mais tarde ou deixo fluir e me divirto um
pouco com ela?
Em seguida, ela puxa uma respiração irregular que me deixa saber que
ela está afetada. Deixa-me saber que ela está abocanhando mais do que pode
mastigar. Isso demonstra um pouco mais de vulnerabilidade, quando vejo
centelhas em seus olhos. E esse som - o tremor sutil, me dizendo que seu corpo
quer trair o aviso de sua mente para se afastar de mim - é um tesão do caralho.
A testosterona vence.
Foda-se tudo.
E antes que eu possa ter mais daquilo que de repente eu quero muito, o
jogo que se dane, ela luta contra mim e quebra o contato dos seus lábios dos
meus.
Mais.
Seu pulso acelera sob minha palma. Sua respiração ofegante se mistura
com a minha. Seus olhos piscam com confusão e medo. E desejo.
Mais.
Seus olhos, tanta contradição brilha através deles; eles dizem ‘venha me
foder’ e ‘fique bem longe’, ao mesmo tempo. Seus lábios se abrem e
fecham. Suas mãos em punho na minha lapela, indecisão guerreando através de
suas características impressionantes. Por que a súbita resistência quando ela
está recebendo exatamente o que ela veio procurar? Será que as apostas só se
tornaram reais demais para ela? Ah... um namorado então. Como ela pode não
ter um com essa bela aparência?
Ela só olha para mim, os olhos inexpressivos, mas o corpo ainda
respondendo, enquanto cada nervo dentro de mim grita para puxá-la contra
mim e levá-la até eu me satisfazer de seu gosto viciante. Acabou o tempo,
querida. É minha decisão agora. Vou mostrar a ela o que ela quer. Dar a ela o
que o namorado não dá. Ela teve sua chance de ir embora e não o fez. Eu com
certeza não vou. Eu sempre consigo o que quero.
E agora, eu a quero.
Mais um gosto.
E então ela faz o mais suave som e mais malditamente erótico que eu já
ouvi. Um gemido suave que implora, suplica e oferece tudo ao mesmo tempo.
Foda-se o jogo.
Minha.
Eu mordo seu lábio inferior, em seguida lambo fora a dor. Prazer para
enterrar a dor. — Cristo, eu quero você agora. — eu murmuro contra seus lábios
entre beijos, meu pau pulsando com a ideia de entrar nela. Minhas mãos se
movem para possuí-la agora. Desejo alimentando meu fogo. Dedos esfregando
sobre seus mamilos já endurecidos, apenas implorando para serem degustados
quando nos bato contra a parede. Minhas mãos percorrem para se conectar com
sua pele nua. Chego à seda de sua meia-calça e faço meu caminho até traçar os
topos de renda de suas meias sete oitavos. Eu gemo em sua boca.
Acho que essa fã não quer ser considerada alguém que não vale um
centavo.
— Não. Não, não posso fazer isso! — ela me empurra um passo para trás,
e eu a vejo levar a mão trêmula à boca. Seus olhos me dizem que não, mas seu
corpo? Seu corpo traiçoeiro vibra com antecipação: peito arfante, lábios
inchados, mamilos endurecidos.
Minha.
Fogo pula em seus olhos e ela levanta o queixo em insolência. Meu Deus,
esse olhar por si só dá um novo significado à palavra sexy.
— Quem diabos você pensa que é? — ela cospe para mim. — Tocar-me
assim? Se aproveitando de mim dessa maneira?
— É assim que você vai jogar isso? Você não estava participando até
agora? Você não estava desmoronando em meus braços? — eu não consigo
evitar e um vislumbre de uma risada que escapa. — Não se engane com o seu
pequeno decoro por pensar que não gosta disso. Que você não quer mais.
— Vamos deixar uma coisa bem clara. — eu aviso com os dentes cerrados,
tentando mascarar minha irritação por ter que lutar por algo que, de repente, se
tornou complicado. — Eu. Não. Tomo. O. Que. Não. É. Oferecido. E nós dois
sabemos, querida, você ofereceu. De boa vontade.
Ela puxa o queixo dos meus dedos. Quem diria que o desafio poderia ser
assim tão excitante? E irritante. Eu não me lembro da última vez que eu tive que
batalhar para conseguir uma mulher debaixo de mim.
Seu corpo vibra com raiva. Ou desejo. Qual dos dois, eu não posso
dizer. Eu entro em seu espaço pessoal, irritado comigo mesmo por ter permitido
que ela me afetasse tanto.
Bingo!
Tantas emoções passam pelo seu rosto que eu mal posso começar a
compreendê-las. Ela dá um passo para longe de mim, colocando distância entre
nosso silencioso impasse. Assim quando eu acho que ela está prestes a falar, a
porta para o corredor se abre, inundando o corredor silencioso com barulho da
festa do outro lado. Antes da fã girar em direção ao som, eu vejo uma centelha
de alívio em seu rosto.
Dou uma olhada ao seu redor para ver um cara de médio porte em pé, de
costas para a porta, olhando-nos com curiosidade flagrante. Por um segundo, eu
não consigo reconhecê-lo, mas depois percebo que o vi mais cedo, com alguns
dos figurões da Corporate Care. — Rylee? Eu realmente preciso dessas
listas. Você as conseguiu?
— Me perdi. — ela murmura para o cara enquanto ela olha de volta para
mim, sua expressão um misto de alívio, arrependimento e decepção. Ela
trabalha com ele? Para a Corporate Care? Ela diz alguma coisa para o cara, que
eu não ouço, porque eu estou tentando absorver o fato de que a fã louca não é
uma fã, afinal de contas.
Ou louca.
Ela passa por mim e evita fazer contato visual antes de entrar no armário
de armazenamento. Eu me impeço de chegar até ela, porque estamos longe de
terminar aqui. A sigo, mantendo a porta aberta e assisto seus movimentos
bruscos enquanto ela rapidamente empurra as placas do leilão dentro de uma
bolsa. Posso sentir os olhos de seu colega de trabalho abrir furos nas minhas
costas, enquanto ele tenta avaliar a situação. Garantido que ele está me dizendo
para cair fora.
Da mesma forma que eu me sinto sobre ele. Cai fora amigo, para que
possamos terminar o que começamos aqui. Eu olho para trás, para Rylee e ela
endireita o corpo com a bolsa na mão, apruma seus ombros e passa por mim
sem uma segunda olhada.
— O inferno que não, Ace. — ela joga as palavras por cima do ombro
enquanto ela caminha pelo corredor.
Desde quando eu alguma vez considerei uma mulher indo embora, ser a
visão mais quente do caralho que eu já vi?
A porta se fecha atrás deles e está silencioso, mais uma vez. Eu corro a
mão pelo meu cabelo e me inclino para trás contra a parede, tentando assimilar
o que aconteceu nos últimos vinte minutos. Eu exalo um suspiro alto, confuso
sobre o porquê estou irritado.
Merda, quando elas simplesmente se afastam, era para ser uma coisa
boa. Diminui a chance de complicações. Eu não corro atrás. Não é coisa minha -
nunca foi, nunca será. Há muitas mulheres dispostas; para que me preocupar
em desperdiçar meu tempo com as que dificultam as coisas? Para que trabalhar
por isso, quando a vida já é complicada o suficiente como é? Eu fodo quem eu
quero, quando eu quero. Minha escolha. Meus termos. Para o meu
benefício. Regras de dois a seis.
Ninguém vai embora até que eu diga que está acabado. E eu tenho toda a
intenção de terminar o que comecei com ela. A bandeira quadriculada é
minha. Eu, definitivamente, vou cruzar a linha de chegada.
Eu gostei de escrever essa cena. Eu sabia que Colton era arrogante, mas
quais eram seus pensamentos por trás de seus comentários? O que aconteceu
depois que ele foi embora naquela noite e foi para casa? Como, a mulher com
cabelo ondulado, desafiadora pra cacete pode afetá-lo?
F oda-se as minhas
regras.
Viciante.
Ela é minha.
Meus olhos se chocam com os dela enquanto ela sai da porta dos
bastidores. O sorriso de escárnio no rosto e fogo em seus olhos me diz
que ela sabe.
Ela não poderia ter percebido ainda. Mas eu serei amaldiçoado se ela não
está puta pela forma como ela está trazendo essas curvas sensuais-como-a-porra
na minha direção. Eu não posso evitar quando meus olhos se arrastam sobre
cada centímetro do seu corpo, querendo mais do que apenas o gosto que eu tive
mais cedo. Quero toda a porra da refeição.
E eu quero agora.
Ela bufa. Ela, realmente, bufa para mim aqui de pé em seu vestido
elegante, e foda-me, se isso também não é uma mistura de sexy e adorável. —
Estou magoado. — eu digo, segurando meu coração em dor fingida. —
Você ficaria surpresa com o que a minha boca consegue com essas falas.
Vamos ver o que ela diz para isso. Meus olhos traçam sobre o contorno
dos lábios que eu quero em volta do meu pau, aqueles magníficos olhos do
caralho olhando para mim com um vestígio de choque. Mesmo depois de todas
as nossas interações hoje à noite, ela ainda não sabe como me conduzir.
— Eu amo uma mulher que narra como é. — murmuro para mim mesmo,
incapaz de tirar os olhos dos dela. Ou compreender que está sendo dito não. Isso
é novo.
Foda-se, lá está aquele desafio mais uma vez que faz com que minhas
bolas apertem em antecipação. Em luxúria desenfreada. E ela pensa que eu só
vou escrever-lhe um cheque e deixá-la sair da minha vida sem tê-la? Ela está
redondamente enganada. Eu sou um cara do tipo pegue ou deixe.
E eu definitivamente estou pegando essa. Pena que ela ainda não sabe.
Eu não luto contra meu sorriso desta vez. Que comece o jogo, baby. —
Vinte e cinco mil mais leve, na verdade.
— Não, nós concordamos com vinte... — sua voz desaparece e vejo como
lentamente a atinge. A realização caindo como um tornado em suas feições e
atacando através de seus olhos. Posso vê-la tentando lutar contra isso. Tentando
resistir ao impulso de me estrangular.
— Não - uh-uh. Isso é besteira e você sabe disso! — ela me olha com cada
grama de ódio que acho que ela pode reunir e isso só me faz mais determinado a
tê-la. — Esse não era o acordo. Eu não concordo com isso!
— Da última vez que chequei, querida, Ace não era o meu nome. — mas
quando você estiver gritando meu nome mais tarde, pode ser qualquer um que
você queira. Inclino contra a parede e assisto o desempenho das emoções em
seu rosto.
Irresistível.
Minha.
Ela inclina a cabeça para trás, meu polegar ainda em sua bochecha, e: —
Oh Deus! — cai de sua boca.
Eu juro.
Mal-estar se arrasta através de mim com a ideia de tê-la apenas uma vez,
e me obrigo a parar de pensar esta porra de absurdo e colocar meus pés no
chão. Eu ouço as palavras dela ecoando na minha mente, e eu sei exatamente
como fazê-lo.
Amo o olhar de choque que pisca em seu rosto. Amo a insolência em sua
expressão quando ela levanta o queixo e olha para mim. Assim. Fodidamente
quente.
Foda-se! Ela caminhou para isso, eu não posso resistir. Apenas não posso
me impedir de pressionar seus limites uma última vez antes de eu ir embora e
deixá-la saber de quem são as bolas que está realmente em jogo. Eu deslizo
minhas mãos no bolso e inclino-me para ela, o sorriso no meu rosto sugerindo
exatamente o que eu quero fazer com ela. Para ela. Por ela.
A chance de reivindicá-la.
Cristo, eu poderia usar uma boa foda esta noite depois de todas as
preliminares verbais e pelas sugestões que ela enviou para o meu celular, essa
vai ser uma longa noite suada, sem dormir.
— Você não tem ideia, Sammy. — eu digo a ele e depois rio quando meus
pensamentos viram para a forma como a minha noite se transformou no início
de uma boa piada - uma ruiva, uma morena e uma loira caminhando em um
bar - quando penso em Bailey, Rylee e Raquel.
Sabendo o que estava debaixo daquele vestido tornou dez vezes mais
difícil ir embora sem tê-la. Desde quando me importo o que uma mulher veste
contanto que esteja empilhado no chão?
Normalmente, eu diria que ela não vale a pena o meu tempo, mas eu não
consigo me lembrar da última vez que tive um desafio. Merda, as mulheres
dizem a palavra não para mim tanto quanto elas mantém suas pernas juntas na
altura dos joelhos. Nunca.
Não complicar - esse é o meu padrão. Então, por que diabos eu quero
brincar com fogo? Acender o fósforo à sua chama e ver o quão gostosa ela fica.
Que inferno.
Eu sou só tesão. Bomba preparada e ligada a sua rebeldia. Eu vou me
perder em Raquel esta noite - cada centímetro de merda apertado dela - e
perceber que estou sendo estúpido. Que eu não deveria optar por complicar
quando eu posso ter fácil.
Estou prestes a enviar uma mensagem de volta para Raquel quando meu
telefone toca. Eu olho para baixo para ver o nome dela. Bem, não pode ficar
muito mais fácil do que isso.
— Eu estou nua. Estou molhada. E minha boca está pronta para chupar
seu pau até que você esteja seco. Espero que você volte para casa logo, porque
minha boca é uma espécie de vazio e, baby, eu adoraria que você a preenchesse.
— Foda-se, baby, isso soa como o paraíso... mas eu preciso deixar para
uma próxima. — minhas próprias palavras me chocam. Que porra você está
fazendo, Donavan? O que há de errado com você? Ouço-me gritando, meu pau
implorando, mas minha boca tem uma mente própria.
— Sinto muito. Minha mãe precisa que eu fique aqui e enrole um pouco
da merda de caridade para ela. Eu vou recompensar você, no entanto. Fui
convidado para uma festa de lançamento do novo patrocinador, Merit
Rum. Seria uma boa exposição para você - mídia, badalação e toda essa merda,
tudo bem? Você sabe que eu não iria deixar passar a chance de transar com você
a menos que fosse inevitável.
Eu acabei de usar a minha mãe para sair da merda de Raquel. Há algo
extremamente patético sobre o meu estado de espírito neste momento. O
Apocalipse está chegando? O inferno está congelando?
Ela aceita com relutância, peço desculpas novamente, minto sobre estar
ocupado e termino a chamada. Sammy pega meus olhos e apenas levanta as
sobrancelhas. — Acho que eu deveria dirigir para a Broadbeach em vez disso,
agora?
— Sim. Parecia isso. Você está se sentindo bem? Seu pau ainda está
ligado a você? Ele não caiu com toda a conversa e risada no evento?
Foda Sammy. Esse cara é engraçado pra caralho. Pego meu pau e o
ajusto. — Ainda está lá, Sam. Ainda está lá. — minha voz falha enquanto meus
pensamentos vagueiam.
Rylee Thomas. Isso deve ser por causa dela. Como poderia três malditas
horas de desafio me fazer parecer fraco e disposto e também achar que é
fácil? Esse trabalho por um rabo de saia poderia ser divertido para variar.
Essa porra é culpa dela, eu vou para casa, para minha mão e algum
lubrificante. E até eu sei que é uma merda, então eu começo a dizer Sammy para
ir para Palisades, mas nada sai da minha boca. Porque tão gostosa como Raquel
é e como ela pode montar em mim, meu interesse está em outro lugar.
— Porra, cara. — ele ri. — Eu acho que ela está se escondendo de você esta
noite pela irritação em seu tom. Ela fez outros planos ou algo além de estar á sua
disposição?
Becks sufoca uma tosse do outro lado da linha. Porra, eu só lhe deixei
uma porta aberta para caminhar através. — Bem, considerando que seu menu é
geralmente torta de boceta, eu acho que você está procurando um novo
restaurante para comer fora, além de Raquel.
O sorriso é grande no meu rosto, mas meu silêncio lhe diz tudo.
Essa Rylee só poderia ser a pessoa que eu disse a mim mesmo que nunca
vou me permitir ter.
Ela é uma espécie de garota para sempre e eu sou um tipo de cara apenas
para a noite.
Mas foda-se, se não vai ser divertido ver o quão longe nós vamos a cada
curva para quebrar nossas próprias regras.
A festa de lançamento do Merit Rum. Preciso dizer mais? Um pedido de
longa data dos leitores é o que Colton estava pensando naquela noite? O
próximo é o Capítulo Onze, a partir do momento que Colton viu Rylee com o
Surfista Joe aconchegado contra ela até que ele perguntou a ela aquela fala já
conhecida: — Decida-se, Rylee. Sim. Ou. Não.
filho da puta.
Este clube está tão cheio. Tão cheio de bocetas classe A, mais do que
dispostas. E obrigações com patrocinadores. Obrigações do caralho que têm
pesado sobre mim como uma âncora nas últimas duas horas. Duas horas
desperdiçadas, quando eu poderia estar com a causa do meu humor de merda.
E eu tenho que tirar. Não há outra opção. Não há outra escolha. Tenho
que terminar a porra da refeição da qual tive apenas uma amostra por direito,
antes de ser cruelmente arrastado para longe.
2
Amigo que enrola outra pessoa para que você consiga conversar com quem realmente interessa.
de mais cedo e a garota vulnerável da noite passada. Agora ela é uma mulher
desprezada. E quando ela levanta seus olhos, eu posso ver isso claro como o dia,
mas eu não me importo porque eles estão olhando exatamente para onde eles
precisam.
Para mim.
O único lugar que eu quero que eles estejam. Mas eu só consigo focar
nele. Seu braço ainda está nela. Seu corpo ainda ao lado dela. Eu cerro meu
maxilar. Olhos fixos nos dela.
Mãos. Fora.
Eu vejo que o meu aviso foi entregue conforme ele fica tenso quando o
reconhecimento lentamente se infiltra. Sim, é isso mesmo, filho da puta. Sou
Colton Fuckin’ Donavan e ela é minha. E os exageros nos tabloides são
perfeitamente precisos. Eu tenho uma porra de um temperamento explosivo e
não tenho nenhuma objeção em sujar as mãos com alguns socos. Toque-a de
novo e eu vou te mostrar.
E, claro, que ela sempre faz o oposto do que eu quero, Rylee vira e coloca
a mão no filho da puta e o assegura que ela não está aqui comigo. Então se vira
lentamente para mim, com um sorriso debochado sobre aqueles belos lábios e
desafio em seus olhos violeta.
Ela me olha de cima a baixo, um pequeno sorriso nos cantos de sua boca
que me irrita pra caralho. Meu pau fica duro. Ela está brincando comigo mais
uma vez. Brincando comigo, porra.
E gostando.
Na minha direção.
Isso mesmo, querida. Vamos acabar com isso. Bem aqui. Agora
mesmo. Vem com o papai.
Ela quer ir por esse caminho? Manter a farsa de que ela não me quer,
apesar do seu corpo inacreditável da porra anunciar o contrário. Eu posso jogar
isso como ninguém. Faço círculos ao redor dela. Eu balanço minha cabeça para
ela e dou um passo mais perto.
Ela abaixa os olhos sob o meu intenso escrutínio. — Espero que você
esteja se divertindo, porque foi um show que você deu aqui. — eu estendo a mão
e forço seu queixo para cima, então ela não tem outra opção a não ser me olhar
nos olhos. — Eu não gosto de jogos, Rylee. — eu aviso, o meu sangue trovejando
em minhas veias por estar tão perto dela. —... e eu não vou tolerar que joguem
comigo.
Para possuir.
Para reivindicar.
Ela está tão afetada quanto eu. Eu sei disso. Posso ver. Porra. A mulher
me vira do avesso, e eu posso ver o momento em que ela tenta negar o que está
zumbindo entre nós agora. Ela toma um fôlego lento, calculado e dá um passo
na minha direção. — Bem, obrigada pela atualização. — ela bate a mão no meu
peito e se inclina para mim, os lábios bem no meu ouvido.
— Vou avisá-lo de algo também, Ace. Não gosto que me façam sentir
como se fosse deixada para segundo plano por seu bando de loiras
siliconadas. — a voz dela faz cócegas na minha pele. E ela continua a me
provocar quando dá um passo para trás, aquele sorriso em seu rosto me
tentando a pegar sem perguntar. — Você está desenvolvendo um padrão de me
querer logo depois que você esteve com outra. Isso é um hábito que precisa ser
quebrado ou nada mais vai acontecer aqui. — ela gesticula para trás e para
frente entre nós, minha mente vagando para exatamente o que mais ela pode
fazer com aquela mão tão bem cuidada. —... isto é, se eu quiser isso mesmo.
Ela sorri para mim enquanto recua um passo. Aquele sorriso que eu
gostaria de foder à submissão até que ela gritasse o meu nome. E eu já tive o
suficiente desta provocação. O desejo é tão forte em mim que minhas bolas
doem. Estou prestes a tomar uma atitude. Tomar sem perguntar, quando ouço:
— Colt, baby? — seguido de uma mão deslizando para cima no meu tronco para
exibir propriedade. Eu fico tenso quando tudo o que eu realmente quero fazer é
tirar Raquel de cima de mim como um maldito carvão quente.
Foda-se! Eu sabia.
Ela quer isso tanto quanto eu. Não há nada que eu possa fazer agora sem
parecer um idiota. Largar Raquel e ir atrás da Rylee ou deixar Rylee depois do
jogo que acabei de fazer e ir embora com Raquel. Eu faço a única coisa que
posso, considerando que toda a minha mente e mãos querem segurar Rylee
contra mim e saborear a sua boca. Provar seu corpo.
Odeio você.
Eu quero você.
Como você pôde?
Eu deveria saber.
Olho para o copo vazio em minha mão, enquanto Raquel puxa meu
braço, pedindo-me para segui-la. Eu resisto ao desejo de jogá-lo contra a parede
e ouvir o estrondo das merdas de estilhaços de vidro em mil pedaços.
Que porra você está fazendo, Donavan? Desde quando você se importa
com o que as pessoas pensam? Boceta vodu do caralho, cara. Tem que ser
isso. Tem que ser a única razão para eu querer perseguir uma coisa que eu
nunca quis. Nunca me importei.
Até agora.
Foda-se.
Eu olho para cima e encontro os olhos da amiga loira. Ela apenas arqueia
a sobrancelha para mim como se dissesse: — Seu idiota de merda. — e ela está
certa. Eu sou.
Foi feita para mim. No momento em que ela caiu daquele maldito
armário e na minha vida.
Maldita Rylee.
As mulheres não são blasé quando se trata de me querer. Ela tentou ser,
mas eu vi seus mamilos endurecerem através de seu top, a pulsação em sua
garganta. Eu sei que a afetei.
Blasé minha bunda. Ela está mentindo pra caralho, e outra dose, outro
drinque, outra mulher não vão me convencer do contrário.
Hora da arrancada.
Uh-uh. De jeito nenhum. Ela não vai se afastar de mim de novo, porque
eu posso ter visto dor, mas também vi outra coisa. E eu preciso saber o que é
esse algo mais.
Mas por que, Donavan? Por que diabos você se importa quando você
pode ter a mulher que quiser? Estalar os dedos e outra vem substituir a atual?
Mas eu não quero que ela vá. Há algo sobre ela que eu não consigo
entender. Algo nela que me mantém prisioneiro, me tenta, exige que eu observe
e preste atenção, porra.
Eu estendo a minha mão para o seu braço e a puxo para trás. Seu corpo
vira e ficamos cara a cara, corpos a centímetros de distância, e porra... eu estou
irritado.
Irritado por ela me odiar. Irritado por ela me querer. Frustrado por
querer simplesmente ir embora, mas por alguma razão do caralho eu não posso.
Fui seduzido por seu beijo e movido por ela com os meninos ontem. Nós
basicamente fodemos na pista de dança há uma hora e, em seguida, ela estava
com o Surfista Joe e eu jurava que era um show. Algo para jogar comigo, como
os jogos que tantas mulheres usam para chamar minha atenção. Mas então,
quando eu dei a ela, ela me deixou alto e seco, sem a chance de tomar a decisão
que seus olhos me desafiaram.
Ela pode não estar nesses jogos de merda, mas ainda é culpa dela. Eu uso
a necessidade por ela que eu não quero sentir para alimentar minha raiva. Eu
não quero isso - complicações e estrogênio alimentam besteira. Eu quero uma
transa rápida, é isso. Um rolo nos lençóis para satisfazer o desejo que ela criou e
seguir em frente. Eu seguro nessa mentira e tenho aquela reação que eu consigo,
já que a única outra opção que a minha mente pode pensar é ela embaixo de
mim.
— O que diabos você pensa que está fazendo? — minha voz é baixa e
rancorosa, minha mão apertando forte em seu braço para impedi-la de deslizar
pelo lado. Eu a puxo contra mim.
— Desculpe-me?
Chama-se bolas azuis, querida. Algo tinha que ser feito em breve e eu
estou tão certo, quanto espero, que seja com os nossos zíperes.
— Você é que vai me falar, querida. Aquele cara - ele é o que você
realmente quer, Rylee? — minha mente tem um flash para o momento da mão
do filho da puta nela, do corpo contra o dela. Eu vejo vermelho depois
verde3. Foda-se. O vermelho eu estou acostumado, mas o ciúme é um jogo
totalmente diferente que eu nunca tinha sequer praticado uma tacada. — Uma
brincadeira rápida com o Surfista Joe? Você quer foder com ele, em vez de foder
comigo?
Eu mereço uma maldita medalha por combater esse desejo. Para não
tocar quando cada grama em mim grita para saquear aquela boca até que esteja
inchada de uso. Meu desejo se transforma em raiva, porque o que eu vejo em
seus olhos, o que me faz sentir, não é algo que eu deveria.
Foda-se isso.
Foda-se ela.
3
Referência ao monstro de olhos verdes, associado ao ciúme.
complicado. Uma transa rápida não é para ser assim. Afaste-se. Volte e caia
fora, Donavan. Vire-se e caminhe para o outro lado, porque aqueles olhos dela
dizem que isso vai ser qualquer coisa, exceto simples.
Droga, essa mulher me tem em uma linha invisível. Como se ela estivesse
acionando o carretel e apertando o anzol na minha boca antes mesmo de eu ter
a chance de provar a porra da isca.
— Não é isso que vocês querem de mim, Colton? Uma foda rápida para
impulsionar esses frágeis egos de vocês? Parece que você gasta muito tempo
tentando aplacar uma fraqueza sua. Além disso, o que te importa o que eu faço?
Se bem me lembro, parece-me que estava muito ocupado com a loira em seu
braço.
Eu ignoro o insulto que ela atira contra mim, porque eu estou tão focado
na provocação do seu corpo tão tentadoramente perto do meu. Provoca-me e
insulta, tudo ao mesmo tempo. Contradições como essas não deviam ser
sexy. Elas francamente fodem a cabeça, que eu aprendi a manter uma ordem de
restrição de distância. Então, por que diabos eu ainda a quero tanto que até
posso sentir o gosto?
Talvez se eu provar para ela o idiota que eu sou, ela vai tomar as rédeas
aqui e andar para bem longe. Negar-me o que eu quero uma vez que eu estou
sendo tão maricas que não posso fazer isso sozinho e, ironicamente, só estou
pensando com meu pau. Plano de jogo no lugar, é hora de mudar de marcha.
— Raquel? Ela é irrelevante.
Bom. Ela pegou a dica. Corra baby, corra. Deixe-me ver um bom show
enquanto você vai embora.
Nunca.
Suas palavras são um tapa verbal na cara. Porque tanto quanto eu quero
que ela me odeie, e fazer o que posso para me poupar das complicações que eu
sei que ela vai trazer, quando ela se joga na mesma categoria que Raquel, a
única palavra que pisca na minha cabeça é nunca.
4
Lesão séria na coluna cervical, causa pelo movimento brusco no pescoço. Ele se refere à indecisão
sobre querer e não querer a Rylee.
5
Dispositivo de segurança para os pilotos em competições automobilísticas. Com um formato em U, ela
se encaixa sob a nuca e os ombros e é ligada ao capacete. Sua função é impedir que durante um
acidente o pescoço do piloto sofra com o impacto.
Foda-se, se eu sei, mas eu estou cheio deste jogo. Ela simplesmente
acabou de lançar uma provocação que ela nem percebeu, quando ela me
desafiou a provar que era diferente da Raquel.
Provar para ela que nunca poderia ser irrelevante, mesmo que isso seja
tudo que eu realmente gostaria que ela fosse. A única coisa que eu posso
permitir quando as cartas caírem onde elas devem.
Sexo sem amarras é algo que eu sempre fiz, então porque eu estou
pensando agora? Por que eu não pensei nisso mais cedo, quando eu abandonei
os executivos do Merit? Eu não sou um cara bom assim, porque quando tudo
que eu quero é deslizar entre as suas coxas e me perder um pouco, eu me sinto
como se eu de repente precisasse avisá-la de outra coisa?
Olho para ela, tento transmitir meus pensamentos e espero que ela os
receba.
Corra! Eu quero gritar para ela. Dizer a ela para ir pelo corredor e não
olhar para trás. Explicar que eu sou um bastardo egoísta, que toma o que quer,
sem preocupação com os danos colaterais, porque eu tenho uma sensação de
que uma vez que eu a tiver, eu vou precisar destruir algumas coisas para me
impedir de querê-la novamente.
Alivie a dor. Enterre a dor. Foda-a no final, porque ela vai esperar que
haja mais, quando eu só posso dar menos para ela.
Você pode lidar comigo, Rylee? Você repara o quebrado, mas não há
nenhuma esperança aqui. Você pode viver com isso? Você pode suportar o
temporário, quando seus olhos dizem que você é um para sempre? Você me
quer? Você pode viver com sexo, segredos e um filho da puta egoísta que vai
usá-la no final?
Diga-me não. Por favor, me diga que não, porque eu não posso encontrá-
lo em mim mesmo para me distanciar como eu deveria. Faça a escolha por
mim. Ignore-me. Machuque-me.
Foda-se! Cada parte do meu corpo grita a palavra, cada uma segurando
um significado diferente para a reação.
Mas agora? Agora, eu vou pegar o que ela está oferecendo. Obstáculo
destruído e meu pau no comando.
Sem pensar, minhas mãos emolduram rosto dela e meus lábios estão nos
seus. Estou com fome do sabor, desesperado para senti-la. Pele lisa, gemidos
suaves, suave contra duro.
Uma mão está em seu pescoço, a outra nas costas e eu a puxo contra
mim, preciso dela contra o meu peito até o joelho. Minha boca leva, belisca e
absorve. Suas reações me estimulam. O gemido na garganta quando eu chupo a
sua língua. O arco das suas costas quando eu puxo seus lábios com os
dentes. Seu corpo implora pelas coisas que os lábios se recusam a me pedir. E,
porra, se não é a coisa mais quente saber que ela quer isso tão
desesperadamente quanto eu, mas eu preciso estar no controle
aqui. Necessidade de controlar a situação e a merda que eu continuo produzindo
na minha cabeça.
Eu abaixo a minha mão livre para segurar o seu queixo, assim eu posso
marcar os lábios novamente. Beijá-la sem sentido, para que ela não tenha outra
opção, exceto dizer sim para a pergunta que eu tão desesperadamente quero
fazer. Mas quando meus dedos a seguram lá, seus olhos levantam até os meus,
cílios escuros emoldurando a mais original das cores. E apesar do meu pau estar
super duro e querendo agir, eu tropeço em pensamentos que eu não quero dizer,
mas que saem da minha boca antes que eu possa detê-los.
Tem sido sempre prazer para enterrar a dor. O sexo para acalmar minha
cabeça, substituir a vergonha que reveste a minha alma, então por que diabos
minha cabeça está gritando agora?
Ela estende a mão para mim, seus dedos arranhando meu abdômen, e
porra, se o meu corpo não se abala com a conexão. Eu prendi as mãos dela,
porque eu estou acostumado a estar no controle, acostumado a marcar o ritmo,
então por que diabos eu não a estou parando. Por que parecem que os seus
dedos estão deixando a minha pele em chamas? Parece que ela está me
queimando com o seu toque.
Eu fecho meus olhos, suas mãos nas minhas costas, e minha respiração
ofegante com o desejo, que é tão forte, que eu sinto que estou pronto para
estourar. Para pegar sem pedir.
Doce Cristo. Como pode um som tão simples fazer um homem querer
perder a porra do controle quando ele já resistiu contra qualquer outra forma de
sedução dela sem saber? Mas esse suspiro... porra, o som me possui de uma
maneira que eu nunca pensei que fosse possível.
Porque merda, ela é uma tipo suave e lenta, mulher para fazer amor e não
apenas foder, e eu sou exatamente o oposto. Físico sobrepondo ao emocional
todos os dias, porque eu não consigo com o emocional. E ela merece algo muito
melhor do que eu. Eu posso ser um idiota egoísta, mas eu sei isso.
O problema é que ela é assim tão viciante que, embora eu tenha ocupado
minhas mãos, eu me permito uma pequena dose. Eu descanso minha cabeça
contra a curva do seu pescoço, nariz enterrado. Meu peito se levanta por ar. O
aroma do seu perfume e shampoo fazem minhas bolas apertarem e usar a minha
última gota de controle.
Murmuro uma resposta sobre gostar dos seus cachos, parecendo tão
inocente, mas realmente sendo qualquer coisa exceto isso, porque a minha
mente está pensando sobre o tanto que eu a quero agora. E então o seu
comentário interrompe meus pensamentos... às vezes a mudança é boa.
Será que é isso? Uma mudança do meu habitual, então fez o meu pau dar
uma reviravolta?
Tem que ser.
Estou fazendo a coisa certa, quando eu sei que transar com ela só poderia
machucar... ambos?
Sai dessa, Donavan. Deixe de ser um maricas. Você tem uma mulher
disposta agora. A mesma que fez você dispensar a Raquel e suas habilidades
com o boquete duas vezes. Você obviamente quer isso. Então, foda-se,
pegue. Você sabe como andar quando o sexo se transforma em emoção, então
pegue os seus sapatos e coloque-os ao lado da porta para uma fuga fácil.
Mas, puta que pariu, pegue o que ela está oferecendo. Homem, foda-
a. Diga-lhe como vai ser e, em seguida, faça. Dê-lhe a opção de só dizer sim,
porque porra, se o beijo dela é tão malditamente doce, imagine como diabos é o
sabor da sua boceta.
Ela tem uma noite agitada, cheia de pesadelos de seu passado. Ela e
Haddie tiveram uma conversa chegar-em-Colton, sobre como é normal fazer
sexo sem significado com ele para superar Max, sobre como está tudo bem
limpar as teias de aranha e viver um pouco.
Rylee acorda com uma nova determinação da mulher chorosa que deixou
o hotel na noite anterior. Ela vai tentar apenas ir com o fluxo quando se trata de
Colton. Ver o que acontece. Ela vai correr e quando ela retorna, adivinha quem
está de pé na entrada de sua garagem à espera da mulher que o abandonou?
aqui? Sério, Donavan? Persegui-la como uma maldita garota depois da noite
passada. Depois que eu a fodi e, em seguida, me assustei pra caralho e,
basicamente, a ignorei. Como se não tivesse escrito babaca sobre isso tudo.
Faça-o.
Agora.
— Oi. — ela expira e embora pareça sem fôlego, eu gosto de pensar que a
respiração dela acelerou por minha causa.
— Olá, Rylee. — é tudo o que eu consigo dizer. Ideias passam pela minha
cabeça. Como devo me desculpar. Como devo exigir saber por que ela me faz
sentir assim, quando eu nem sei o que é isso.
— O que você está fazendo aqui? — confusão atravessa seu rosto lindo,
enquanto aqueles olhos dela buscam os meus por uma explicação que eu não
posso dar a ela. Uma que eu sei, mas não sou capaz de colocar as palavras para
fora, porque então seria fazê-la... fazer isso real pra caralho.
E eu não faço real. Eu faço rápido. Faço fácil. Eu faço as regras e desenho
linhas que nunca são cruzadas.
Eu olho para ela, uma contradição tão maldita em tudo o que é, e tenho o
desejo de lhe dizer a verdade, mas sei que a verdade vai afastá-la. Eu quero dizer
que ela me queimou ontem à noite. Me fodeu, fazendo-me sentir mais do que
apenas o físico, quando eu estou tão acostumado a ser dormente. Fez-me sentir
cru e vulnerável, quando sempre me vigio.
E eu não podia lidar com isso. Ela olhou nos meus olhos tão
profundamente, que eu podia ver as verdades que ela viu ali refletidas em seus
próprios olhos e isso me assustou pra caralho.
Escolha um, Donavan, porque ela mostrou ontem à noite que não joga os
jogos que você está acostumado, assim descubra a resposta à sua pergunta,
aquela que nem você sabe a resposta.
Este homem pode ser levado ao palácio de boceta, mas porra, se a sua
rainha vai mandar, eu vou obedecer.
— Troféu?
Hmm. Talvez não seja uma boa ideia, agora que penso nisso. Corrija isto,
Donavan. Corrija, uma vez que você acabou de compará-la a uma coisa que fica
na prateleira e pegando poeira.
— Sim. Você. — pego sua mão e a puxo em minha direção. Sua respiração
engata: confere. Seu coração martelando: confere.
Eu ainda estou no meu jogo, apesar de sentir que ela me tirou do seu
campo ontem à noite. Muito obrigado por isso.
E então ela olha para mim e o maldito desafio está de volta, e eu sei que
estamos prestes a começar um round. Ela pode estar afetada, mas foda-se, se ela
vai recuar. Vamos ver se isso nos leva onde precisamos estar.
— Bem, Ace, eu acho que você colocou os olhos no prêmio errado. — ela
empurra o meu peito e dá passos para trás, com um sorriso no rosto. — Se tudo
o que você está procurando é um troféu, você tem o seu bando de beldades que
você pode escolher. Tenho certeza de que uma delas estaria mais do que
disposta a ser um troféu em seu braço. — ela passa por mim e quando ela se
vira, nossos olhos se encontram e ela mantém-se firme. — Você provavelmente
poderia começar ligando para Raquel, não é? Tenho certeza que ela vai te
perdoar por ontem à noite. Quer dizer, você foi... decente. Ela provavelmente
está entusiasmada com decente.
Reação instintiva me faz agarrar o seu braço e girá-la, quando ela vai se
afastar novamente.
Decente? Decente? Você quer jogar sujo, hein? Eu tenho um baú cheio de
brinquedos que podemos usar se você quiser ir por esse caminho, mas primeiro,
as prioridades.
Interessante.
Ela olha para mim enquanto eu tento dar sentido a este novo conjunto de
regras tácitas. Seus olhos piscam com diversão, suas palavras ainda pairam no
ar entre nós, ainda me provocando, ainda me tentando.
Decente vai embora e não se importa. Decente sai sem pensar nas
necessidades da outra pessoa. Decente, minha bunda, porra.
Aproximo dela, minha boca perto, nossos peitos se tocando, e apenas fico
lá. Insultando-a com antecipação, até ouvi-la expirar o fôlego que está
segurando. — Talvez eu precise lhe mostrar novamente. Garanto
que decente não é uma avaliação precisa.
Ela empurra o meu peito novamente, porque parece que ela não pode
lidar com o calor. Ela pode falar, mas tenho certeza absoluta que ela não
consegue provar. Então, novamente, o jeito que ela está balançando sua bunda
para a porta agora, me faz engolir a afirmação.
Foda-se. Eu sei como essas curvas são em minhas mãos, montando meu
pau, ordenhando meu orgasmo. Estávamos tão longe de decente, que não é nem
mesmo engraçado.
Merda, ela está jogando sujo, lembrando-me de como ela fode como uma
pecadora e parece o paraíso, como se não estivesse permanentemente marcado
em mim.
Então por que estou olhando para seus olhos e não para os peitos? Por
que estou antecipando a próxima rodada de disputa verbal, quando eu deveria
estar usando linhas suaves para atraí-la de volta e possa provar que ela está
errada?
A transa rápida que eu queria para aliviar a dor, acabou por ser muito
mais do que isso. Mudou para um território desconhecido para mim, e não
importa o jeito que eu olho para isso, ela acrescentou uma complicação para o
meu estilo de vida simples, pouco-se-fodendo. Ela me fez querê-la mais de uma
vez, ir atrás quando eu não persigo e me tem aqui para pedir desculpas quando
eu sou o tipo de cara aceite-me-como-eu-sou-ou-sai-fora.
Ela acha que pode apenas se sentar e esticar e vai vencer essa pequena
guerra silenciosa em que estamos? Que eu vou ceder, porque parece que ela
pode envolver os pés atrás da cabeça e me faz pensar nas posições que eu posso
colocar esse corpo? Que eu desistiria da batalha de vontades por algo que era
claramente alucinante?
Malditas mulheres.
Muito complicadas pra caralho, é o que elas são. Mas se eu vou testar as
águas novamente, eu preciso colocar minha cabeça em torno do que há na dela,
para que eu possa levar-nos de volta ao plano de sexo-sem-um-futuro, então eu
preciso saber o que ela está pensando. — Por que você foi embora? Por que você
fugiu? Mais uma vez.
— Você pode, por favor, parar? — eu não posso evitar, mas se ela
continuar com essa merda eu vou gozar nas calças como a porra de um
adolescente. E lá vai ela novamente, rolando, então sua bunda fica na minha
cara. Pensamentos de pegá-la por trás enchem a minha cabeça: mãos agarrando
seus quadris, pau afundado, enquanto a minha pélvis bate contra a sua
bunda. — Cristo! Você com essas calças de yoga, toda flexível e dobrando ao
meio - está me fazendo perder minha concentração aqui.
— Oh! — é tudo o que pode dizer, e eu sinto uma ligeira emoção da vitória
por derrubá-la com calma. Mas, foda-se, se seus lábios formados nessa forma de
O não fazem meus pensamentos derivarem de volta à minha fantasia de boquete
no sofá de momentos antes. — Embora eu tenha certeza de que sou eu quem
deve pedir desculpas, Colton.
A dureza no meu tom faz com que ela olhe para mim por um momento,
antes de responder. — Inúmeras razões, Colton. Eu lhe disse, não
sou esse tipo de garota. Eu não sou mulher de uma noite.
— Quem disse que era um caso de uma noite? — eu jogo a sua própria
desculpa para ir embora e imediatamente me questiono a implicação do que eu
agora deixei em aberto para interpretação. Isso é exatamente o que eu preciso
com ela, para evitar a merda que, sem saber, ela trouxe para a minha vida na
noite passada. Que diabos estou fazendo aqui além de turvar mais ainda a água
complicada?
— O que? — ela está confusa. Bom, porque isso faz dois de nós. Obrigado
porra, embora eu seja aquele com as rédeas agora.
— Sua desculpa por correr na noite passada. Eu não aceito. Por que você
foi embora, Rylee? — dê-me um motivo real. Diga-me que você se assustou pra
caralho também. Que não fui só eu. Diga-me que você me odeia. Que você me
quer. Diga-me qualquer coisa para aliviar os pensamentos esquizofrênicos de
merda que possuem minha cabeça agora, porque você transformou esse homem
que nunca precisou de nada, para alguém que precisava vê-la. E foda-se, se
consigo descobrir o porquê.
Não era mais necessária? Era isso que ela pensava? — Cristo, Rylee! —
porque que com qualquer outra mulher eu estaria em êxtase por ela ter pensado
isso. Tornaria mais fácil ter a conversa com ela que eu preciso e estabelecer as
regras das únicas coisas que eu posso dar a ela, mas ouvir as palavras de Rylee
provoca um aperto no meu peito.
Ela pensou que eu tinha terminado com ela. Deixe assim, Donavan. Cale
a sua merda de boca e saia. Desculpe-se por ser um idiota e vai embora.
Como posso explicar que a forma que ela me fez sentir, fez com que os
demônios, que eu tinha enterrado lá no fundo, começassem a sussurrar que eu
não mereço nada dela? Que eu me vi usando-a - machucando-a - como as outras
antes dela e, pela primeira vez, eu não consegui fazer isso. Sabia que ela não
merecia isso.
A merda ficou real - rápido. Real, quando tudo que eu quero é voltar para
as nossas preliminares de provocação. Preciso voltar ao chão que eu posso
andar, porque agora mesmo, eu estou começando a surtar, foda-se.
— Eu pedi para você ficar. Isso é tudo que eu posso dar a você agora,
Rylee. Tudo em que sou bom. — eu sei que pareço um idiota, sei que ela acabou
de dizer que eu a magoei e minha resposta foi qualquer coisa, exceto um pedido
de desculpas, mas ao mesmo tempo, ela não tem a menor ideia de como eu
normalmente diria ‘meu jeito ou a estrada’ e em vez disso eu estou tentando
explicar um pouco de mim mesmo como nunca fiz antes.
— Vamos, Colton, nós dois sabemos que você não quis dizer isso. Vamos
apenas dizer que eu o deixei ontem à noite, por razões que você não quer saber.
— ela finalmente diz, erguendo os olhos para encontrar os meus, e merda, se eu
consigo decifrar o que eles estão tentando me dizer e que as suas palavras não
estão. Gostaria de saber se esses motivos são a causa da sua mudança repentina
de comportamento de ontem à noite para hoje de manhã. — Tenho muito
excesso de bagagem, Ace.
Uma parte de mim suspira de alívio com a saída que ela está me dando
sem outra palavra. O engraçado é que, mesmo que os meus pés estivessem
coçando para andar, eu não consigo me mover porque minha cabeça tem outros
pensamentos.
— Oh, Rylee, eu sei tudo sobre bagagem, querida. Tenho o suficiente para
encher um 747 e mais um pouco. — eu digo as palavras sem pensar. Meu
instinto imediato é saltar para trás quando eu percebo o pouco de mim que
acabei de dar a ela. Que eu sou o piloto de um avião, tão pesado com a porra da
bagagem, que posso cair a qualquer momento. Não é muito, mas é uma porrada
de uma confissão para mim.
É claro que com exceção daqueles que querem algo mais comigo. E a
maneira como ela continua lutando comigo, tenho certeza absoluta que ela cai
no um por cento que não.
— Como assim? — sua voz pode ser suave, pode sequer refletir uma
pitada de nervosismo, mas ela ainda está pedindo.
— Bem, parece que a sua bagagem a deixa com tanto medo de sentir que
você constantemente se afasta. Corre de mim. — eu arrasto o meu dedo para
baixo no seu braço nu, a necessidade de tocá-la me consome como um vício. —
Considerando a minha? Minha bagagem? Isso me faz desejar a sobrecarga
sensorial do contato físico – a estimulante indulgência da pele na pele. De você
embaixo de mim.
Digo como uma espécie de aviso, um simples, você vai se apaixonar por
mim enquanto eu só quero te foder. O que uma mulher quer, versus o que um
homem quer. Simples, descomplicado, até que ela suspira, aquele suspiro suave
que ela soltou ontem à noite quando eu empurrei dentro dela pela primeira vez
e porra se eu consigo segurar por mais tempo. Eu me inclino e a beijo, digo a
mim mesmo para retardar essa porra, quando tudo que eu quero é possuir os
seus lábios.
Seus lábios, Donavan, não seu coração, porque eu estou tentando manter
isso em meus termos simples.
Mas quando ela desliza as mãos até meu torso, pele na pele, algo
acontece. É como se o chicote de desejo me atingisse e imprimisse tudo sobre
ela dentro de mim.
Eu fecho meus olhos e então ela faz um som hmmm quando fuça debaixo
do meu pescoço e eu digo: — Saia comigo, em um encontro de verdade. Saia
comigo, não porque eu paguei por um encontro, mas porque você quer. Diga
que sim, Ryles. É inimaginável o quanto eu quero que você diga sim.
De onde diabos veio isso, Donavan? Estou surtando e quero voltar para
onde me sinto confortável, ter uma conversa para mitigar suas expectativas de
onde isso pode e não pode ir, mas eu vou e digo uma coisa dessas? Como é que
eu vou conseguir corrigir isso agora, detê-la antes que ela se aproxime muito e
eu comece a fazer o que eu faço melhor - afastá-la?
Ela se inclina para trás, como se estivesse tão chocada quanto eu com as
minhas palavras, e olha para mim. E por alguma razão eu não interrompo o
nosso olhar e a deixo ver apenas um vislumbre do tumulto dentro de mim antes
de desviar. Mas ela me puxa de volta para ela, quando passa a mão no meu rosto
e, em seguida, fica na ponta dos pés e pressiona um beijo nos meus lábios.
Ela fica em silêncio e uma parte de mim congela, enquanto a outra parte
espera que ela diga sim. Eu não posso dar-lhe muito tempo para pensar sobre a
merda que ela viu nos meus olhos e da bagagem que eu mencionei. Ela é uma
garota esperta, vai descobrir que eu sou a porra de uma notícia ruim, um
coração partido esperando para acontecer, e ir direto para a porra das
montanhas.
Ou andar na prancha.
Ela olha de volta para mim, o lábio inferior entre os dentes, e o inferno se
eu sei o que estou fazendo, mas porra, se eu não vou aproveitar tentando
descobrir.
Eu paro e viro para olhá-la uma última vez. — Ei, Ryles? Não fuja mais de
mim.
Eu dou-lhe um sorriso rápido antes de sair e me pergunto com quem eu
estou falando sobre não fugir, ela ou eu.
Uma das minhas cenas favoritas em DRIVEN, o bad boy defende o
intimidado Aiden. Vemos um pouco do homem despedaçado diante do menino
quebrado que ele foi um dia e que ele pode ajudar. Uma espécie de pequena
vitória.
Sim, certo. Se esses filhos da puta soubessem do inferno que meus pais
tinham me salvado. Punhos e palavras de um valentão não eram nada
comparados com o que eu já tinha vivido.
6
Vem da expressão: Sticks and stones may break my bones (but words will never hurt me). Paus e
pedras podem quebrar os meus ossos, mas palavras nunca vão me machucar.
Hora de fazer uma entrada, rapazes. Hora de virar a mesa, dar-lhes
alguma atenção positiva pela primeira vez, e colocar esses malditos valentões no
chão.
Chame-me de louco.
Abro a porta para Rylee. Meus olhos instintivamente deslizam por todo o
seu corpo e recordam muito bem a sensação dessas curvas sob mim. Ela sorri
para mim - humor e curiosidade misturados em seus olhos - como se ela
perguntasse como o imprudente e rápido para dar um soco Colton Donavan vai
lidar com esses folgados do ensino fundamental.
Isso mesmo. Eles estão comigo pessoal. Mais nenhuma porra com eles.
— É... — ele resmunga e olha para mim. E se eu já não amasse essa porra
de criança, o olhar em seu rosto me faz amá-lo ainda mais agora. Olhos
assustados. Rosto com sardas. Lábios transformando-se nos cantos em um
sorriso incrédulo. Sim amigo, você mais do que vale defender. É hora de
começar a acreditar.
— Oh cara! — digo voltando-me para Débi e Lóide. — Você deveria ter
visto Aiden no domingo. Eu o deixei levar seis de seus amigos, incluindo Ricky e
Scooter aqui... — aperto os seus ombros para que eles saibam que são muito
dignos. —... com ele para a pista para testar o carro, e cara, eles foram a maior
ajuda para mim! Nós nos divertimos muito!
Posso sentir que todos os três meninos estão um pouco mais eretos e sei
que um pouco de confiança foi restaurada em suas almas danificadas. Eles ainda
têm um longo caminho a percorrer, mas já é um começo.
— Pena que vocês não são amigos dele, talvez vocês pudessem ter ido
também! — é preciso tudo de mim para não dizer para o Débi fechar a boca
porque vai entrar uma mosca se continuar me olhando assim. Por outro lado,
bem feito por implicar com os mais fracos. Não, não são fracos - depois de tudo
essas crianças já passaram, definitivamente não são fracos. Mais como
danificados. Sim danificados, mas espero que reparáveis.
Ao contrário de mim.
Meu sorriso é tão falso que me mata. — Um momento, por favor, senhor.
Eu só preciso dizer adeus aos meus meninos. — vou para enfrentar os meninos,
mas não posso. Tenho que dizer alguma coisa, aqui e agora. Pelo menino em
mim que sempre duvidavam e consideravam culpado, para as centenas de
outros como eu, e para os meninos que estão ao meu lado no momento.
Meu sorriso muda de forçado para autêntico quando olho para os três
pares de olhos olhando para mim. Uma coisa é defendê-los de valentões que são
da mesma idade deles, outra coisa é quando isso é feito para um adulto. Eu
entendo mais do que ninguém.
— Eu não acho que eles vão incomodar mais, Aiden. — estendo a mão e
quando vejo seus olhos aceitam minha intenção, bagunço seu cabelo. — Na
verdade, acho que ninguém vai incomodar qualquer um de vocês mais. Se não
for assim, vocês me avisem, ok? — todos os três meninos acenam como bonecas
com cabeças de mola, suas mentes e egos, tentando compreender o que acabou
de acontecer.
— Hora de ir para a aula. — Ry lhes diz quando caminha ao meu lado
para vê-los andar em direção as portas, cabeça erguida e orgulho nas suas
posturas. Eles chegam à porta, olhando o diretor nos olhos e apenas isso me
enche de uma sensação de coisa certa. Ricky e Scooter desaparecem pela porta,
mas Aiden para.
Rylee olha para mim enquanto nós caminhamos de volta ao carro. Seus
olhos estão repletos de orgulho, e eu juro por Deus, que algo muda e torce
dentro de mim. Um sentimento estranho pra caralho. Mas porra, se não quero
que ela me olhe assim outra vez.
Entendo os meninos, por isso que eu fiz o que fiz. Mas Rylee? Ela tem que
assumir coisas que prefiro que permaneçam escondidas. Ela tem que saber
exatamente o que é que queima tão profundamente dentro de mim, que eu
ainda temo a cada minuto de cada dia. Mesmo 22 anos depois.
Pena que ela não estava por perto para me salvar naquela época.
— Por que você concordou em vir aqui, se você não gosta de café? — isso
por si só diz muito para mim.
Ela me negou na pista, mesmo que seu corpo dissesse o contrário. E
ainda tenho que aguentar a gozação dos caras por ela ter estado lá também. Eles
não estão acostumados a ver uma mulher se afastar quando eu peço para ela
ficar. Eles acharam que Rylee me dizer não foi a porra da coisa mais engraçada
da face da terra.
E a razão de ter que levar os meninos foi uma desculpa de merda. Eu sei
disso.
Então, ela deve estar com medo. Porra, eu também estaria com medo
depois de toda merda que joguei nela. De um lado para o outro como uma
maldita partida de tênis, porque a minha cabeça está tão fodida, que eu a quero,
mas sei que não posso dar o que ela precisa.
— Eu posso não gostar de café, mas a Starbucks tem alguma maldita boa
comida que não é tão ruim para você.
Mas, por outro lado, por que eu ainda estou perdendo tempo pensando
nessa merda, se eu nunca vou me permitir. O amor não é uma possibilidade
para mim. Os relacionamentos têm elos e expectativas. Esses são limites rígidos
que eu não vou atravessar, não posso atravessar.
E aqui estou eu, curioso sobre o que há nela que não consigo me afastar.
— O q-que você gos-gostaria? — a atendente gagueja quando ela me
reconhece, agradeço a Deus por isso, porque ela me desvia de toda a merda que
estou pensando demais.
Temos sorte de encontrar uma mesa no canto mesmo com o local cheio, e
eu aprecio a bunda de Ry quando eu puxo sua cadeira antes de eu me
sentar. Nós sentamos e olhamos um para o outro por alguns momentos, com
sorrisos em nossos rostos e perguntas em nossos olhos.
— Você sabe que depois do que você fez hoje, você provavelmente
alcançou o status de ídolo com os meninos.
Reviro os olhos para ela. Um herói, eu estou longe pra caralho de ser
isso. Se ela soubesse o que eu estava pensando naquela hora, ela veria que eu
estou mais um covarde do que qualquer outra coisa. Ídolos não se escondem nos
cantos quando os monstros entram no quarto para roubar as coisas que nunca
serão substituídas. Eles lutam, eles superam, eles escapam e salvam a porra do
dia - não se acovardam, choram e imploram, quando a dor aparece em seu
caminho.
Eu não consigo responder, porque sei a verdade, então evito seu olhar e
me concentro intensamente no muffin que esta na minha mão. Eu dou uma
mordida, empurrando os fantasmas de volta para o armário e, finalmente, olho
para cima e vejo seus olhos fixos onde eu só lambi uma migalha do meu lábio.
Meus pensamentos desaparecem instantaneamente, conforme meu pau
se levanta e tem sua reação física. Ela levanta os olhos para os meus e nós
olhamos um para o outro por um momento, o barulho do local, permite um
silêncio confortável entre nós, apesar do desejo tácito em ambos os olhos.
E aqui sentado com ela na minha frente e com a certeza que os meninos
estão bem na escola deixa tudo claro. Por exemplo, tenho certeza que, porra,
quero continuar o que temos e ver onde isso nos leva.
Todos nós ficamos chocados com Haddie nesta cena na versão original,
mas essa acrescenta um pouco a isso, quando sabemos exatamente o que Colton
estava pensando.
P or que essa porra
importa?
Maldita Rylee.
Eu não deveria.
Eu deveria.
Eu não deveria.
Ah, foda-se!
— Quem?
E agora eu sinto que estou sendo fodido. Será que Ry não fala de mim?
Será que, seja quem for essa pessoa, que é próxima o suficiente para ela confiar
e deixar atender seu telefone, não sabe quem eu sou? Impossível.
Você pediu pit stop, filho da puta. Sem elos, sem correntes. Ela pode fazer
a-porra-que quiser. Então por que eu quero dar um soco no espelho na minha
frente?
Eu não posso evitar o gemido que cai da minha boca e foda-se se Haddie
não ouviu, porque ela ri de mim. Ela ri, caralho. Eu trituro meus molares e
espero que ninguém esteja se esfregando em Ry agora.
— Então, aqui está o negócio. Eu não te conheço muito bem, mas pelo
que sei, você parece ser um cara decente. Aparece um pouco demais na
imprensa pelas suas peripécias, se você me perguntar como você faz trabalhos
como o meu um pouco mais difícil, mas hey, nem toda imprensa é má imprensa,
certo? Mas estou divagando...
Fodidamente maravilhoso.
— Vinho para começar, mas agora nós passamos para as doses. Tequila.
Enfim, eu só queria lhe dizer que você realmente precisa resolver suas merdas
quando se trata de Rylee.
— Sim, eu estava falando com você, Colton. — ela não entende o meu
silêncio. Deve pensar que não estou ouvindo, mas em vez disso, estou pensando
em como foi ver Rylee nua pela primeira vez. Pele macia. Seios perfeitos, porra.
Afundando nela. Ouvindo aquele suspiro? Maldita perfeição.
Então, por que diabos ela está em algum clube e não está aqui comigo?
Porque eu pedi um maldito pit stop. Puta que pariu. Eu balanço minha cabeça, a
enxurrada de perguntas que quero fazer enche minha cabeça, mas nunca tem a
chance de sair.
— Rylee é uma virada de jogo, querido. É melhor não deixá-la escapar por
entre os dedos ou alguém vai roubá-la bem debaixo do seu nariz. E pelos olhares
dos tubarões circulando hoje à noite, é melhor você chutar essa sua linda bunda
em alta velocidade.
Foda-se.
— Como eu disse, ela está muito ocupada agora, escolhendo qual cara vai
comprar sua próxima bebida, mas vou avisá-la que você ligou.
— Uh-huh, sim. Eu sei, mas apenas pensei que você deveria saber.
Virada. De. Jogo. — ela diz como se eu fosse a porra de uma criança de dois anos
de idade. Como se eu já não soubesse disso. Como se eu já não causei essa porra
de situação, porque pedi por um pit stop para me convencer do contrário.
— Ah, e Colton? Se você a fizer cair, é melhor ter certeza de que vai pegá-
la. Machucar não é uma opção. Entendido? Porque se você machucá-la, então
terá que responder a mim e posso ser uma cadela raivosa! — sua risada
zombeteira enche a linha. — Boa noite, Colton. Espero vê-lo novamente quando
resolver a sua merda. Felicidades!
Malditas mulheres.
7
No original: “the bromance”, que significa uma relação estreita, mas não sexual entre dois homens.
— E xiste
Maldita Rylee.
— Eu não estou tão bêbado. Eu sei a diferença entre o leste e oeste. — diz
Becks quando ele inclina a própria garrafa de volta na boca. — Você não pode
brincar comigo sobre isso.
— Ela tem uma amiga gostosa. — repito, esperando que a ideia vá fechar-
lhe a boca e me deixar aproveitar meu entorpecimento.
— A bunda dela, melhor ser gostosa pra caralho e os seios dela ser a
melhor perfeição, se você realmente está arrastando as mulheres - vaginas
andantes - para Vegas com a gente... terra de gastar tudo o que temos, da vida
livre, de ressaca até o dia seguinte. Sério, cara? Você está completamente
louco8. Ou entregou suas bolas. — ele encolhe os ombros com uma risada. —
Elas são aproximadamente do mesmo tamanho.
8
No original lost your fucking marbles: insano, completamente louco, perder a cabeça. Onde traduzido
seria: perder as bolinhas de gude. Daí a associação de Becks ao tamanho das bolas de Colton.
9
Brinquedo de parque de diversões, onde à medida que a plataforma gira, as partes da plataforma são
levantadas e baixadas, e as forças centrífugas e gravitacionais resultantes sobre os carros faz com que
eles girem em sentidos diferentes e com velocidades variáveis.
— Filho da puta? Está me ouvindo? — a voz de Becks rompe meus
pensamentos. Os mesmos que Rylee comanda, mesmo quando ela não está por
perto.
— Becks, não há nada mais que eu gostaria agora do que ter minha
cabeça em sua molhada boceta vodu disposta.
— Eu sei que você está cavalgando sem uma sela10 agora, porque isso,
obviamente, está fodendo a sua cabeça. — diz ele, levantando as mãos para
parar a réplica que ele sabe após anos de amizade que está na minha
língua. Aquela sobre o quanto eu quero uma das minhas duas cabeças fodidas.
10
No original: riding without a saddle. Gíria para nu, sem camisinha.
11
No original: chaps your hide. Onde chaps é um equipamento de proteção de couro para as pernas
usado na montaria. Optamos por protege para dar sentido ao texto.
— Não olhe para mim desse jeito! — diz ele, e eu posso dizer que ele está
entrando no modo Becks-sabe-tudo. Caralho! Eu, não preciso disso agora. —
Vegas é geralmente um banquete de carne, então me diga como você vai passar
por isso com a maravilhosa Rylee lá? Você pensou nisso, cowboy?
Eu fecho meus olhos e emito uma lasca de uma risada. — O único buffet-
coma-tudo-que-puder que estarei jantando será as coxas de Ry. — eu levanto
minhas sobrancelhas para ele, desafio determinado. Tem uma resposta para isso
agora, filho da puta? — Além disso, eu não duvido que ela jogaria para baixo, se
alguém entrasse em seu caminho. Ela luta por aquilo que é dela.
Estou confuso com a diversão em sua voz quando ele deveria estar
vomitando. — Sim? — eu pergunto quando movo minha cabeça para olhar para
ele, cerveja na mão, luzes de carros que passam piscando em seu rosto.
— Sentiu isso? — diz ele, levantando o rosto para o céu. — Isso é o caralho
do frio ártico bem aqui!
— Que porra você está falando? — ele está começando a estragar o meu
entorpecimento aqui, então eu estou ficando chateado.
— Cara, você está fodendo as coisas aqui, estamos levando garotas para
Vegas com a gente, e isso tem que significar que o inferno está definitivamente
congelando. Que porra é essa que está acontecendo com o mundo?
Eu só balanço minha cabeça para ele. — Entra no carro, Beckett. Se eu
vou ficar em torno de uma boceta, com a fodida certeza que deve ser uma que eu
possa fazer bom uso... e você, meu amigo, está sendo uma, mas foda-se, se eu
iria gostar de você.
Ele desliza no carro ao meu lado e apenas olha para mim, com um sorriso
na boca e diversão em seus olhos.
— Tudo bem, Sam, estamos prontos para ir! — diz Becks com uma risada,
e o carro começa a rodar.
Abro outra cerveja. Acho que vou precisar para lidar com ele esta
noite. Eu não estou tomado por ela, porra. Becks está apenas fora de sua
maldita mente se ele acha que eu sou um homem acorrentado.
Eu vou me cansar dela. Eu sempre faço. Merda, uma mulher não vai ser
capaz de mudar o meu MO12. Não há jogo suficiente no mundo que pode mudar
este jogador.
Nós dirigimos por um tempo, nós dois olhando pela janela para o mundo
além, até que ele finalmente quebra o silêncio. — Sério? — ele pergunta com um
aceno de cabeça, encontrando meus olhos. E eu sei o que ele está
perguntando. Você tem certeza? Ela realmente vale a pena? Rylee realmente vai
para Las Vegas com a gente?
12
MO = modus operandi em latim, Traduz-se como o modo de operação.
Aqui é um novo capítulo do FUELED. Rylee recebeu os poemas
extremamente ‘românticos’ que Colton compôs em Nashville, mas esta cena leva
você a saber exatamente como aqueles poemas surgiram. Um pouco mais da
amizade, mas também a razão por trás do deslize de Colton, na manhã seguinte,
quando ele casualmente chama Rylee de sua namorada. Espero que você
aproveite este novo pedaço do quebra-cabeça.
—S abe o que
eu acho?
Eu coloco minha cabeça para trás e rio, porque foda-se, se ele não está
certo. Já se passaram cinco dias desde que eu a tive, porra, já que ela ficou o fim
de semana na minha casa. Horas ocupadas com o sexo que abalou o meu mundo
e o tempo de inatividade, onde ela me desafiou, me empurrou, riu comigo. A
primeira vez para mim em muitos níveis, mas o mais importante foi que eu não
estava assustado pra caralho com isso.
— Está vendo? Eu te disse. Quando você a trouxe para Vegas com a gente
eu achava que ela seria apenas algo passageiro. Pensei que você estava testando
as águas, porque você não estava acostumado a ter um desafio e ela teve um
lugar em você. Literalmente. — ele não demonstra nenhuma expressão, faço
um aceno de cabeça. — Mas, Wood, depois das últimas semanas, você deixou o
trabalho mais cedo para ir à pista de kart e outras merdas... é mais do que óbvio
que temos de dizer nossas palavras de despedida e ter um momento de silêncio
para o seu saudoso pau.
— Becks...
— Shh! — ele responde, tentando segurar seu dedo indicador aos lábios,
mas sua percepção de profundidade é tão fora, que eu rio quando ele tenta
várias vezes chegar lá, apesar de seu rosto sério. — Um momento de silêncio é
necessário para dizer adeus à sua bunda sem feitiço vodu.
— Você é um idiota. — eu digo a ele, mas sei que tenho sorte em tê-lo
como meu parceiro de crime.
— Shh! — diz ele de novo e eu desisto. Eu respiro fundo e reviro os olhos
com o humor dele e permaneço em silêncio. Juro que ele desmaiou, mas ele
ainda está sentado na beira da cadeira e não deslizou mais.
Ainda.
Mas seus olhos ainda estão fechados quando um enorme sorriso idiota
vira sua boca para cima e ele bate as mãos e as esfrega. — Merda, isso foi mais
fácil do que eu pensava.
Ele me olha sobre sua garrafa. — Ela não é sua mulher, então? Porque
normalmente quando você desliga o telefone você não pensa duas vezes, de
volta aos negócios. Agora você desliga com um pequeno sorriso em seu rosto e
você está um pouco perdido na La-la Land14.
13
Jenna Jameson, nome artístico de Jenna Marie Massoli, é uma empresária e ex-atriz de filmes
pornográficos, considerada a mais famosa intérprete de entretenimento adulto do mundo.
14
Forma de dizer quando a pessoa está em seu próprio mundo.
— O que você chama, então? Namorada-Ville? — ele me olha nos
olhos. Me desafiando a negar sua referência, uma vez que eu sou do tipo
autoproclamado não faço a coisa de namorada.
Foda-se, ele está certo, mas o inferno se eu vou dizer isso a ele.
E ele só acha que a minha reação torna toda a situação mais engraçada
enquanto ele se enrola e não consegue parar de rir. — O olhar no seu rosto não
tem preço. — ele finalmente diz. — Mas eu não estou falando de casamento.
— Vai se foder! — eu zombo e mostro meu dedo do meio, mas ele está
rindo tanto que nem sequer o vê.
— Merda. Eu tenho que fazer xixi. — ele diz e tenta ficar sobre seus pés
instáveis ao caminhar para o banheiro da minha suíte.
Ele caminha até a porta aberta e eu sinto uma ligeira pontada de culpa
que ele queria sair e ir para o bar e eu simplesmente não queria lidar com a
multidão nesta noite. Normalmente estou interessado no colírio para os olhos e
jogar o jogo.
Eu balanço minha cabeça. Que porra Rylee está fazendo comigo? Toda a
sua conversa com Scooter dizendo eu Spiderman você e aquele olhar em seu
rosto quando ela se sentou de joelhos nua ao meu lado me desfaz pouco a pouco,
quando eu já sou uma confusão de memórias desvendadas.
Eu me inclino e pego outra cerveja do balde de gelo na minha frente e
olho para o rótulo por alguns minutos. — Então, hum, romance, hein?
Eu vejo seu corpo registrar as minhas palavras, mas ele mantém o seu
rosto voltado para a rua, porque ele pode dizer que eu estou tão longe do meu
elemento aqui, sequer a tabela periódica seria capaz de me ajudar.
Então, por que diabos estou querendo saber o que Becks acha que estou
estragando aqui?
— O que você não está me dizendo? Você acha que eu não estou dando a
ela a merda de flores que uma garota quer, então ela vai escapar? — o
pensamento não fez bem ao meu estômago. Na verdade, isso me faz empurrar
para fora da minha cadeira e andar de um lado para o outro.
— Eu não disse essa merda, cara. — Becks fica olhando pela janela. Ele
sabe que está me questionando e eu não levo isso muito bem.
E foda-se, se ele não faz com que eu me questione agora. Eu disse a ela
que ia tentar dar-lhe mais. Isso tem que ser o suficiente, afinal de contas. Eu já
estou saindo da minha zona de conforto e agora eu tenho que pensar sobre esse
tipo de merda?
Eu rolo meus ombros e caio no sofá. Será que ele realmente tem que
arruinar meu entorpecimento estelar, trazendo isso? Por outro lado, o quarto
ainda está se movendo um pouco, talvez ele não tenha feito.
— O que você acha que devo fazer? Enviar seus poemas e toda essa
merda? Vamos lá, cara, isso não é comigo.
Ele bufa uma risada. — Sim. Tenho certeza de que um sofisticado ‘as
rosas são vermelhas’ é exatamente o poema que uma mulher como ela quer.
— Agora, essa é uma boa imagem para ter. — eu digo, minha mente
imediatamente se volta para aquela porra de apetrechos no Skype.
— Sem preocupações aqui. Você é bonito e tudo, mas não é meu tipo. —
eu me inclino para trás e caio no pensamento antes de começar a rir. Olhe para
nós. Dois caras em nossos trinta anos inventando rimas de merda. Isso é
engraçado pra caralho.
— Oh Jesus. — ele joga as mãos para cima, sua cerveja espirra até o topo
de sua longneck que tem ele cuspindo para limpá-la de sua camisa. — Perdoe-
me, Oh-Rei-de-todas-as-coisas de sua própria mente.
Eu quase cuspi minha cerveja, mas não o fiz porque já estava me sentindo
melhor, mas ninguém fala sobre Ry desta forma. Tenho certeza de que meus
olhos dizem-lhe exatamente isso.
Eu não posso deixar de rir. Filho da puta. Ele só olha para mim, as
sobrancelhas levantadas, esperando que eu responda. — Toda vez que tenho a
chance.
Ele acena com a cabeça e trabalha a língua em sua boca, enquanto ele
pensa. — O que ela está fazendo esta noite?
O que se passa com as perguntas? — Ela estava na The House até as nove
e depois ia jantar com Haddie. Por quê?
— Sr. e Sra. Thomas. — toma essa. Eu posso ser espertinho igual a você.
15
Sócrates: utilizado como referência do filósofo e toda a representação de sua filosofia.
— Hein.
Ele pega e ri alto. — Essas são coisas que namorados conhecem. Não
amigos de foda, não babacas aleatórios - embora você se qualifique para o papel
de babaca também - mas namorados.
— Não é hora de você voltar para o seu quarto? Não é a sua mão e um
pouco de lubrificante que estão esperando por você lá?
— Melhor oferta que eu tive durante toda a noite. — diz ele, levantando-
se do sofá, e eu rio quando ele leva um momento para firmar seus pés. — Eu
acho que vou tentar aproveitar isso antes que eu desmaie...
16
Pussy q pode ser traduzido como bichano.
17
Gíria para masturbação com as próprias mãos.
desfrute de pensar sobre o sexo que você tem agora regularmente com a mulher
que alega não ser sua namorada, mas que realmente é. — ele abre a porta. — Até
amanhã, namorado.
Os pensamentos vêm e vão, mas eles estão todos focados na pessoa que
eu nunca esperava estar pensando. Na maldita boceta vodu, ela me pegou pelas
bolas e agora está de alguma forma torcendo meu coração endurecido.
... Se você fosse um dos meus meninos e você quisesse me dizer que me
ama, ou vice-versa, você diria 'eu corro você, Rylee'...
Sim, Colton foi um idiota por beijar aquela garota tão descaradamente na
frente de Rylee no início da noite, mas ao mesmo tempo, eu sinto por ele nessa
cena. Quando ele está na frente de Rylee e Parker e silenciosamente pergunta a
mesma coisa que ela perguntou sobre Raquel na festa do Merit Rum: escolha.
disse a você, Becks, estou cansado da merda dela. Eu não vou comprar o ato ‘eu
sou inocente’ que ela lançou na reunião de equipe. — eu olho para ele, enquanto
caminhamos pelo corredor, álcool suficiente cantarolando pelas minhas veias
para eu dizer o que penso.
— Eu não sei, cara, mas ela está sendo insana e foda-se, se eu consigo
descobrir o que ela está tramando.
Sammy bufa atrás de mim e me viro para olhar para ele, descobrir o que
diabos ele quer dizer com isso, mas ele só olha para a direita, como se não
devesse dizer qualquer coisa. Ha. Como se ele tivesse se segurado antes.
Então, por que você está procurando por ela? Por que você ainda se
importa, Donavan? Ela não acredita em uma palavra que você diz, porra, disse a
ela que fez, então, como é que você vai provar o contrário?
Foda-se se eu sei, mas eu estou tão cansado dessa dor no meu peito que
eu estou tentando ignorar, independentemente do quanto continua a queimar.
— Então, você nunca vai me dizer o que diabos aconteceu entre você e
Rylee? Por que você está lastimando como se eu tivesse chutado o seu cão? —
Becks pergunta pela centésima vez, embora saiba que Baxter morderia a sua
bunda se ele o chutasse.
Eu não quero falar sobre isso. Nunca. Eu só quero tudo de volta como
era. Ry e eu em bons termos. Então, por que diabos você beijou aquela
garota? Levante a cabeça e lute por aquilo que você quer.
Olho para Becks e ele está me dando o olhar como se estivesse esperando
por uma resposta. Minha cabeça está tão fodida agora que eu esqueci de
responder.
— Porque ela com certeza não faria algo estúpido como... — as palavras
de Becks param enquanto passamos pelo bar, antes de ele fazer uma virada
abrupta pelo corredor na direção oposta. Eu começo a seguir quando eu o vejo
olhar de relance para Sammy. Eu paro e me viro, as palavras não ditas fazendo
com que o coração, que eu pensava que estava morto há muito tempo, rugir para
a vida.
Ela me sente, olha para cima e os nossos olhos bloqueiam. Vejo desafio,
conclusão, e porra se eu vou deixar aquele bastardo sentado a seu lado reforçar
isso. Ela me disse que ia encontrar um cara para a noite para ver se isso ajudava
com sua dor. Aparentemente, ela estava falando sério.
Mas isto não se parece com ela - agir como eu, jogar a confissão que eu fiz
a ela sobre como eu lido na minha cara - então, me mata vê-la fazer isso para me
irritar. Para me machucar de propósito.
O cara do bar se inclina para mais perto, sua boca perto de seu ouvido, e
ela desvia os olhos dos meus. E agora essa dor se transforma em uma dor filha
da puta.
Estou pronto para atacar e graças a Deus o filho da puta sentado ao lado
dela é o tamanho ideal para um saco de pancadas porque meus punhos estão
cerrados e minha visão está vermelha.
Ninguém.
Dois erros não fazem um acerto, mas o inferno se não parece bom no
processo.
Eu paro na frente dela, seus lábios tão perto que posso prová-los, e ela
levanta o queixo em uma atitude foda-se não verbal. Aquele desafio que eu acho
tão malditamente sexy está em pleno vigor, mas agora eu também estou
assustado porque a dor que eu vejo misturada com ela é obra minha... e minha
perdição.
Bom. Pelo menos ele sabe quem está mandando aqui. Pena que Rylee
não.
Quase.
Porque, até então, ela era apenas um desafio viciante que eu tinha que
conquistar e agora... agora ela faz parte do meu maldito mundo. Eu sou um
homem com algo a perder e isso não é um bom lugar para estar.
— Do que você está falando? — ela zomba enquanto meus olhos vão para
trás e para frente na mão no joelho dele.
E eu não posso evitar, preciso tirar a mão dela de cima dele, então eu
chego para agarrar o seu braço e ela puxa para longe de mim. Eu sei por que ela
fez isso, mas o olhar que ela me dá misturado com a ação, me leva de volta para
a minha outra ferida. Quando eu afastei qualquer contato por causa do que viria
a seguir. O chamado para os meus super-heróis.
Estou fraco.
E muito furioso.
Por ela brigar comigo e por eu fazê-la se sentir assim. Leva um tempo
para me tirar do pensamento, para separar os dois eventos que apenas se
fundiram, quando um não tem nada a ver com o outro e fodeu ainda mais a
minha cabeça.
— Você não gosta de jogos? — ela diz, seu tom de voz misturado com
nojo. — Mas está tudo bem para você jogá-los?
Porra, sim eu joguei, mas esse não é o ponto. O ponto é, aqui e agora. Na
festa do Merit ela me deu a escolha: ir ou ficar. Agora é a minha vez de
perguntar.
— Por que você não diz ao seu pequeno menino brinquedo, que ele pode
correr agora, antes que as coisas fiquem ainda mais interessantes?
Escolha-me.
Venha comigo.
Corrija esta merda gigantesca que eu comecei e nos traga de volta.
— Como isso está funcionando para você? — é tudo o que posso pensar
em dizer, porque a sua rejeição arde de maneira cruel.
E eu estou tão focado no olhar em seu rosto quando ela se afasta de mim
que eu nem percebo a mão do filho da puta na dela.
18
Arrogante. Convencido. Egomacíaco
— Você perdeu o direito de me dizer o que fazer, no momento em que
dormiu com ela. — diz, sua voz quebrando através da névoa das minhas
emoções conflitantes. — Além disso, você disse que gosta da minha bunda...
aprecie enquanto eu vou embora, porque essa é a última vez que você estará
vendo-a.
Você me pegou.
Meu pulso bate em meus ouvidos, a minha cabeça em todo o lugar e meu
peito dói ainda mais. — Porra, deixe-me ir, Sam. — eu falo rangendo, meu único
pensamento é: foda-se a corrida de amanhã, eu preciso conversar com Jack e
Jim19 um pouco.
19
Jack Daniel’s e Jim Beam. Marcas de uísque.
ficar bêbado pra caralho, para que eu não possa sentir o vazio dentro de mim
agora.
Nós terminamos.
Ela acabou de deixar claro como o dia e eu não quero que terminemos.
Mas isso realmente não importa uma merda o que eu quero ou não,
porque ela não acredita em mim, porra. E por que diabos ela deveria, Donavan,
quando você sai beijando vadias para irritá-la?
Eu gemo, passo a mão pelo meu cabelo quando Sammy me empurra para
fora do elevador e para o corredor.
— Ela é irracional e foda-se, ela ia dormir com aquele idiota e... filho da
puta! — eu grito para o corredor, não importando quem diabos está dormindo
ou escutando. Estou sentindo tudo de uma vez, quando eu estou tão acostumado
a sentir nada, que eu não consigo me concentrar.
Maldita Rylee.
Sammy aponta para a porta à sua direita e quando eu paro, ele coloca as
duas mãos sobre os meus ombros. — Tire suas mãos de mim, Sammy!
Fúria me cega e uma vez que todos os quartos do caralho neste resort
parecem o mesmo, eu nem sequer percebo em qual quarto Sammy me empurra
para dentro. No momento em que eu olho para cima, é tarde pra caralho.
Eu a odeio.
Eu a quero.
E ela fica à vista, mas sem a luz fraca do bar, eu realmente a vejo. Dor
manchando seu rosto e desafio em seus olhos, e eu faço a única coisa que eu sei
fazer... afastar o bem e se preparar para a dor. — Fodidamente maravilhoso,
Becks! Que porra é essa? — eu grito, furioso por ter sido coagido a um confronto
que eu não quero. Que eu quero. Não sei o que diabos eu quero, porque ela não
me quer mais.
Percebo a sua mala e a porra do meu coração contrai no meu peito. Ela
está me deixando? A parte de mim que esperava que tudo isso fosse apenas um
show tem uma morte rápida pra caralho. E eu pensava que ela por sempre dizer
que ficaria significava que ela faria. Que ela entendia que eu a afastaria e
machucaria para provar o contrário. Eu acho que ela não me entende tanto
quanto eu pensei.
— Idiota? — isso rola da minha língua como se fosse uma pergunta, mas
ela está certa. Fodidamente certa, em todos os sentidos da palavra, mas eu estou
tão irritado agora. Primeiro ela e agora Becks se voltando contra mim? O gatilho
hairpin20 foi puxado firme e eu estou preparado, pronto para lutar.
20 Uma modificação feita para que a arma possa responder a uma pressão mínima sobre o gatilho.
E eu estou tão grato quando ela fala, porque me puxa dos meus
pensamentos - pensamentos que estão espalhados pra cacete e eu não consigo
descobrir em qual deles me concentrar. A mulher que me faz ter mais
personalidades do que as imagens estilhaçadas do meu reflexo na porra de um
espelho quebrado. Por alguma razão, porém, eu acho que nem todos os cavalos
e homens do rei serão capaz de juntar este Humpty Dumpty21 novamente.
— Sim! Idiota! — ela zomba de mim com tal desprezo que eu posso senti-
lo pulsar em ondas fora dela.
O que significa que ela não vai me ouvir. Ela vai acreditar em qualquer
merda que ela quiser. E por sua vez, ela vai me deixar.
Quebrado.
Despedaçado.
Irreparável.
21 Humpty Dumpty é um personagem de uma rima enigmática infantil, melhor conhecido no mundo
anglófono pela versão de Mamãe Gansa na Inglaterra. Ele é retratado como um ovo antropomórfico,
com rosto, braços e pernas. A citação refere-se à rima: Humpty Dumpty sat on a wall, Humpty Dumpty
had a great fall. All the king's horses and all the king's men Couldn't put Humpty together again /
Humpty Dumpty sentou-se em um muro, Humpty Dumpty caiu no chão duro. E todos os homens e
cavalos do Rei Não conseguiram junta-lo outra vez.
— Você quer falar sobre idiotas? Fale sobre a proeza com o rapaz do bar
lá atrás. Acredito que você conquistou o título logo em seguida, querida.
— Rapaz do Bar? Uau, porque tomar uma bebida inofensiva é muito pior
do que você com o seu bando de prostitutas mais cedo, certo?
Ela enfia o dedo no meu peito, como ela fez lá embaixo, e eu aceito a sua
raiva. Congratulo-me com a fisicalidade que vem com a força do empurrão.
Congratulo-me com a dor no meu coração daquele seu maldito olhar que diz
que me odeia, me ama, está machucada por minha causa.
— Você sabe tudo sobre a parte do fodida, vendo que foder Tawny é o que
começou essa coisa toda, em primeiro lugar. — ela grita para mim.
Oh merda.
— Eu disse ao idiota que eu o amava. Ele fugiu o mais rápido que pôde.
Quando apareci na casa em Palisades alguns dias depois, Tawny abriu a porta.
Com sua camiseta. Apenas sua camiseta. — ela respira fundo, completamente
focada em Beckett e me ignorando. — Colton não usava muito mais do que isso
também. Disse-me que nada aconteceu. Mas isso é um pouco difícil de
acreditar, com sua notória reputação. Ah, e tinha uma embalagem de camisinha
no bolso.
— Que porra é essa, cara? — aí vem o bulldog. Maravilha. Ele não vai
deixar por isso mesmo, não é?
Ele me dá aquele olhar - aquele que me diz que ele está tão decepcionado
comigo, misturado com o que diabos você está tentando fazer. Eu dou-lhe a
única resposta que posso, porque neste momento, nem sequer sei o que eu estou
fazendo, porra. — Beckett, é como falar com uma maldita parede de tijolos. Que
bem isso vai fazer?
— Ela está certa. Você é um idiota! — ele diz e eu posso ver o desafio em
seus olhos antes mesmo de ele cuspir suas próximas palavras. — Você não vai
dizer a ela? Ótimo! Então eu vou!
Que diabos estou fazendo? Prestes a ir às vias de fato com o meu melhor
amigo por causa de uma maldita garota? Ela deve ser o negócio real. Boceta
vodu do caralho, uma ova. Mais como uma boceta esquizofrênica. Ela me tem
por todo o maldito lugar.
Eu posso ver a diversão nos olhos Becks. O olhar que diz, ela te tem pelas
bolas Wood, e eu acho que você gosta, quer, mas está se borrando de medo.
De jeito nenhum.
Minhas emoções estão governadas pela raiva e estou tão confuso fora do
meu elemento e ninguém sabe disso melhor do que ele. Ele poderia ter nossas
posições invertidas em um milésimo de segundo. Então, por que ele não me
empurrou de volta? Mordeu a isca? Feriu-me para que eu receba o que eu
mereço?
Em vez disso, ele apenas levanta uma sobrancelha para mim me dizendo
para mostrar a ele de forma diferente, então - mostrar-lhe que Rylee não é o
meu ponto final - antes de me afastar.
— Então corrija essa porra, Colton! Arrume! Isso! — ele grita o desafio
para mim antes de escancarar a porta do quarto e batê-la.
Sem saber o que dizer. Sem saber como escapar desses limites - de sentir
e não querer sentir e tudo mais - eu xingo demais enquanto eu ando pelo quarto
novamente tentando ignorar o fato de que Ry está observando cada movimento
meu - dissecando-me e tentando tirar conclusões que eu não quero que ela tire.
Se ela não acreditou em mim quando eu lhe disse que nada aconteceu, então ela
nunca vai confiar em mim de qualquer maneira.
Como ela poderia realmente acreditar que eu iria querer algo mais
quando eu a tinha? Perfeição. Necessidade. O Santo Graal da porra.
Será que ela sabe o quanto me mata que ela ache que eu faria isso com
ela? Rasga a porra do meu intestino em pedaços. Eu dei mais de mim para ela
do que a qualquer outra pessoa que eu já conheci e ela não confia em mim? Meu
veneno a manchou agora e eu não posso deixá-lo ir mais longe. Eu quero socar
alguma coisa - preciso desesperadamente - para me livrar dessa sobrecarga de
merda percorrendo meu corpo.
— O que foi aquilo? — sua voz corta através da névoa, mas eu estou com
tanta raiva que eu a afasto, continuo andando, tentando acalmar essa porra,
antes que eu diga alguma coisa que vou me arrepender. — Droga, Colton! O que
você não quer que eu saiba?
Me estilhaçar.
Me quebrar.
Deixe-a ir.
Afaste-a.
Salve-a.
— Você realmente quer saber? — eu grito com ela, esperando que ela fuja
e corra da questão, mas sabendo em um milhão de anos que ela não vai. — Você
realmente quer saber?
Ela fica na ponta dos pés, com os reflexos de violeta direto nos meus, me
desafiando a confirmar o que ela já pensa que é verdadeiro em seu coração. —
Diga-me. — sua voz é baixinha, calma, quando ela diz isso. — Você é o maldito
covarde de merda que não pode confessar e apenas admitir? Eu preciso ouvir da
sua boca para que eu possa superar você e continuar com a porra da minha vida!
Eu não sei como eu engulo. Eu não sei como eu falo, mas as palavras
saem de minha boca antes que eu perceba. Paredes reerguidas e confinamento
solitário com o som de uma sirene me chamando. — Eu fodi Tawny.
Propagação do veneno.
— Covarde? — eu grito para ela. Será que ela tem alguma porra de ideia
que eu estou tentando salvá-la? Tentando afastá-la antes que eu possa foder
com isso ainda mais? Fodê-la ainda mais? Tentando conter a súbita sensação de
necessidade? — Covarde? — eu pergunto-lhe, tentando encobrir toda emoção
que quer derramar da minha boca e tornar isso ainda pior. Eu fico com a dor,
mas foda-me se eu não quero que ela saiba que eu tentei dizer a ela. Que eu
tentei e ela ignorou.
— E você? Você é tão teimosa que você teve a verdade olhando na sua
cara por três malditas semanas. Você está lá tão alta e poderosa em seu maldito
cavalo que acha que sabe tudo! Bem, você sabe, Rylee! Você não sabe de merda
nenhuma!
Autopreservação ganha.
Aceitar.
Retribuir.
Amar.
Mas eu vejo isso em seus olhos. A dor que eu causei. E ainda assim eu
ainda sinto o amor dela. Ainda sinto que ela quer isso. Me quer. E mesmo
apesar de tudo isso... toda a dor, confusão e palavras rancorosas que cuspimos
um ao outro, eu a quero desesperadamente. Tenho que tê-la desesperadamente.
De volta à Rylee.
Meus lábios se conectam com os dela e eu faço a única coisa que posso:
eu tomo o que quero e quero tão desesperadamente. O que é meu.
Para me salvar.
Este capítulo originalmente foi escrito completamente no ponto de vista
do Colton (a cena abaixo), mas depois de algumas discussões com os meus
leitores beta, eu decidi que, usando a voz de Colton aqui tirou o impacto do
capítulo seguinte. Eu reescrevi a cena através dos olhos de Rylee e publiquei
assim, em vez disso.
Você pode ter lido isso antes nos posts Crash D.A.S.H.
O sacolejo da
Deus, o quanto eu quero levar isso para um passeio. Estou duro como
uma rocha, como eu estive nos últimos três dias quando acordo, mas um, porra
de ordens médicas. Dois, nós estamos constantemente cercados por outras
pessoas, e três, depois de ter ouvido sua conversa com Haddie na outra noite,
quando ela pensou que eu estava dormindo, como eu posso tocá-la quando tudo
o que eu vou fazer é acabar machucando-a.
Eu não quero fazer isso com ela. Não quero que ela viva a vida sempre
esperando o pior acontecer. Não me importa o carro, não me importa o que um
acidente poderia fazer comigo, porque a merda que eu vivi foi muito mais
dolorosa do que bater em uma barreira de concreto.
E eu sei que ela está exausta. Ela sente falta dos meninos
desesperadamente apesar de estar ao telefone com eles todas as vezes que ela
consegue. Acrescente a isso os pesadelos que ela está tendo todas as noites que
me acordam, permitindo-me ser a testemunha silenciosa para a maldita agonia
que estou infligindo sobre ela. Ela grita o nome de Max. O meu nome. Implora
para nós vivermos. Implora para tomar o nosso lugar, para que ela possa morrer
em vez disso. Implora para eu não correr novamente. Grita para um carro parar
e me deixar sair. E eu sei disso porque eu fico acordado a segurando enquanto
ela treme em seu sono. Segurando-a - segurando enquanto eu inspiro tudo o que
eu posso - para que eu possa viver com o fantasma dela quando eu finalmente
me obrigar a fazer o que preciso fazer.
E chegou a hora.
Muito cedo - para sempre seria muito cedo pra caralho - mas chegou.
Que diabos está acontecendo comigo? Como é que eu lutei toda a minha
vida para não precisar, para não sentir... e agora que eu faço, eu vou com prazer
levar a dor para que ela não precise?
E depois há a outra dica que eu estou recebendo dela - que eu posso ver
em seus olhos quando ela os afasta de mim - que me diz que ela sabe algo que eu
não. Ela tem uma das minhas memórias... e está segurando-a como refém. Mas
que porra seria?
Por que é que eu ainda me lembro da merda que mancha a minha alma,
mas eu não consigo me lembrar a água sanitária, que encontrei, que a lava? E
tenho a sensação de que tudo o que Rylee está guardando é tão importante. Tão
monumental. Ela não iria esconder de mim, a menos que ela estivesse tentando
me proteger. Ou a ela.
Mas do quê?
Em meus sonhos eu a ouço dizendo que ela não pode mais fazer isso. É
isso? Será que ela vai acabar com isso? Será que ela vai embora e nunca olhar
para trás? Quebrar-me em um milhão de pedaços de merda?
22
O pace car, também conhecido como Safety car, carro-madrinha ou, ainda, carro de segurança, é
utilizado em competições automobilísticas em momentos críticos e tem um lugar importante também
nas largadas em movimento.
Que porra é essa, Donavan? Você vai fazer isso com ela. Para salvá-la de
si mesmo. E você acha que vai ser mais fácil, só por que é você que está fazendo
isso? Pensa que aquela faca banhada de ácido que vai atravessar seu coração vai
doer menos, porque é por sua própria mão?
Acidente do caralho.
Irremovível.
Insubstituível.
Sim, meu pau se agita a vida - é Rylee, não é? Mas muito mais se agita,
incha e espera, que eu nem sequer luto contra as lágrimas que brotam nos meus
olhos. Pela segunda vez em mais anos do que eu posso contar, eu deixo as
lágrimas caírem. Trilhas silenciosas de iminente devastação manchando meu
rosto.
Quem diria que fazer o que era certo para outra pessoa poderia sentir tão
incrivelmente errado? Poderia quebrar o homem mais forte ou enfraquecer o
seu coração?
Eu sei que ela pode me dar o que eu preciso - calar os demônios na minha
cabeça que atormentam minha alma e parasitário coração - como a adrenalina
de me perder no borrão da pista, mas não posso fazer isso com ela. Eu não
posso, em sã consciência segurá-la com tanta força, a fim de perder meus
demônios quando isso está invadindo seu sono. Eu não posso ter o prazer
quando está lhe causando toda a dor.
Antes, eu podia. Eu teria. Mas essa é Rylee aqui. A alma altruísta que
significa muito para mim. Então, não, eu não posso.
Não agora.
Eu posso ouvir a preocupação em sua voz, mas todo o seu rosto mostra
compaixão, compreensão, aceitação. E isso faz o que eu tenho a dizer muito
mais difícil. As palavras estão lá na ponta da minha língua e eu me engano em
acreditar que eu estou prestes a dizer-lhes.
Guarda baixa.
Coração aberto.
Alma necessitada.
Aceitando.
Querendo.
E agora eu entendo. Entendo por que ela não pode me ver entrar no carro
novamente. Entendo por que ela seria tão altruísta - incentivando, incitando,
ajudando - mesmo quando isso está a matando. Quebrando por dentro
enquanto do lado de fora ela finge que está inteira.
Ela deve estar se perguntando por que estou chorando. Por que eu estou
sendo mulherzinha, mas ela não pergunta. Em vez disso, ela se senta lentamente
e olha ao redor do jato particular antes de se levantar e fechar a distância entre
nós. Ela me dá um olhar como se estivesse perguntando se está tudo bem e
antes que eu possa sequer responder, ela está se estabelecendo em meu colo,
aninhando a cabeça debaixo do meu queixo, envolvendo os braços em volta de
mim o melhor que pode.
Ela não diz uma palavra, mas apenas segura, aliviando tudo o que ela
acha que está errado comigo por sua mera presença. E é claro que agora as
lágrimas fluem novamente como uma maldita torneira quebrada e eu odeio
isso. Me odeio agora.
Eu pensei que poderia viver com a dor - gerenciar - mas puta merda, eu
sinto como se meu corpo estivesse quebrado - quebrado na porra de em um
milhão de pedaços, e eu nem sequer disse a ela ainda. Nem sequer um passo de
distância, mas santa mãe de Deus, já estou de joelhos.
Ele teve este grande acidente, forçou Rylee a ir embora mais cedo naquela
noite e mesmo assim, ele acorda e ela ainda está lá. Ela está com medo e ele está
marcado e ela ainda continua lutando.
Eu fecho meus olhos por um segundo, aceitando que ela ainda está aqui
depois de tudo o que a fiz passar.
— Meu pai costumava cantar isso para mim quando eu tinha pesadelos.
O corpo dela sacode ao som da minha voz enquanto eu coloco meu braço
em torno dela e a puxo para mais perto, pele com pele. Meu próprio bálsamo
pessoal para cobrir as borradas lembranças no meu tronco que refletem as
manchas na minha alma.
23
Referência à canção Puff, the Magic Dragon.
Pressiono um beijo no topo de sua cabeça e deixo minha boca ali, a
respirando. Tentando lavar o sonho da minha mente. Necessitando.
Seus olhos brilham com lágrimas e agora eu odeio tê-la feito chorar,
levanto-a, mas quando ela se inclina para frente e escova os lábios contra os
meus, todos os pensamentos se perdem, exceto um.
Tome.
Eu trago a minha mão livre para o seu rosto e deslizo minha outra em sua
bunda até suas costas e as coloco em meu lugar favorito, emaranhado em seus
cachos, para que ela não tenha outra opção a não ser se abrir para mim. E
quando eu puxo sua cabeça para trás, eu vejo exatamente isso em seus olhos:
vulnerabilidade, necessidade e desejo, tudo enrolado em um olhar de endurecer
um pau.
Inferno, eu estava duro antes disso, mas merda, não há como voltar atrás
agora.
— Não há nenhum outro lugar que eu prefiro estar. — ela diz me tirando
dos meus pensamentos conflitantes. Eu olho em seus olhos, um homem em uma
missão agora. Querendo tomar e necessitando provar.
Minha mão direita move-se com a outra para o quadril porque eu preciso
da minha mulher nua agora. Preciso ver seus seios, esfregar os polegares sobre
os mamilos para meu próprio prazer do caralho e o dela. Estou tão perdido no
gosto do seu beijo que quando eu vou para pegar a parte inferior de seu top, eu
esqueço a minha mão - que ela não pode puxar o tecido para cima e sobre a
cabeça dela.
Sem perder o ritmo, Rylee vem para o resgate - como sempre - e tira o
top. E porra, eu vi os seios dela antes, mas não acho que eu já a quis mais do que
agora.
Seus mamilos pressionam em meu peito e eu sei que ela tem capacidade
para combater a sua própria vontade de tomar e foda-se se isso não faz dela
ainda mais sexy. Mas o melhor mesmo é que ela posiciona-se perfeitamente
para que meu pau pressione contra o local úmido em sua calcinha. Seus lábios e
olhos se fecham momentaneamente enquanto eu propositadamente ajusto meus
quadris, empurrando meu pau contra a nossa barreira de pano duplo na entrada
de sua boceta. Recebo um gemido baixo, mas eu quero mais dela. Quero ouvi-la
dizer-me para tomá-la.
— Colton. — ela geme e caralho, dizendo meu nome assim é como meu
próprio Viagra verbal pessoal. Não há nenhuma maneira que eu estou voltando
agora, porque então ambas as cabeças vão latejar de dor.
— Você sabe que não quer que eu pare. — eu digo, esperando que ela
esteja disposta a quebrar algumas regras, mas ela estende a mão e coloca o dedo
nos lábios para me silenciar.
— Esta mulher está apenas tentando mantê-lo seguro. — sua voz tem
aquele tom rouco que me diz que ela está lutando contra isto tão duro quanto
eu. E maldição, sua contenção é um desafio que eu não posso esperar para
testar.
— Ah, mas você se esquece de que o paciente está sempre certo e este
paciente acha que esta mulher... — eu digo enquanto abro minha boca e chupo
seu dedo, envolvendo minha língua em torno dele, os olhos fixos nos dela. —
Precisa ser completamente fodida por este homem.
Ela aperta meus quadris com os joelhos, e eu posso sentir seu controle
escorregando, meu pau pulsando contra ela. Quase lá, baby.
— Ryles, quando você já me viu jogar pelo seguro? Por favor, deixe-me
fazer isso sozinho. — eu imploro, mostrando a ela o meu faiscante sorriso vale
tudo. O que ela me disse que a faz molhada, porque isso significa que eu estou a
ponto de levá-la. Mas foda-se se minha voz não é tensa desde a dor dolorosa em
minhas bolas. Eu rolo meus quadris novamente, e desta vez ela mói para baixo,
então ela está testando mais do que apenas meu controle, ela está testando a
minha sanidade mental também. Eu lambo meus lábios e olho para ela, os olhos
provocando, provocando o pau. — Estou morrendo de vontade de tomar o
assento do motorista e definir o ritmo.
Seu riso enche o quarto e eu só olho para ela, confuso por que o olhar
vago em seus olhos foi substituído com humor. Que porra é essa Ry? Esta não é
uma maldita questão para rir.
— Quando nos conhecemos, Haddie queria saber se você fodia como você
dirige.
— E como é isso?
Mas eu me seguro, sei que ela está jogando algum tipo de jogo aqui. Eu
posso ver isso em seus olhos, e eu estou dividido entre deixá-la jogar e ceder a
fodê-la sem sentido.
Eu angulo minha cabeça para o lado e olho para ela. Eu amo quando a
briguenta Rylee sai para jogar, então, droga, claro que eu vou aceitar a dolorosa
dor desenhada que isso vai me causar.
Eu vou jogar o jogo certo, seguir seu exemplo, mas é melhor ela estar
pronta e me deixar ganhar esta rodada quando tudo estiver dito e feito. Um
homem só tem tanta contenção depois de tudo.
— Bem, ela estava certa ou eu preciso levá-la até outra volta ao redor da
pista para refrescar sua memória?
Você vai dizer que não, querida? Eu amo o olhar em seu rosto, amo que a
peguei desprevenida. Diga-me, mostre-me, o que está piscando através de seus
olhos.
Nossos olhos se encontram por um momento enquanto eu tento ler o que
ela está pensando, mas foda-se se eu posso segurá-los lá quando seus dedos
deslizam sobre minha trilha feliz e, em seguida, estão acima da escassa desculpa
que ela está usando para calcinha.
— Não tenho certeza se me lembro, Ace. Tem sido um tempo desde que
eu vi você em ação.
Este é o jogo que ela está jogando? Deixar-me louco? Foda-se tudo!
Meça-me para a camisa de força, porque eu tenho certeza que podemos colocá-
la em algum tipo de uso pervertido.
Eu não acho que ela tenha alguma ideia do quanto ela me possui agora.
Ela quer brincar, não é? Oh, eu estou nessa porra de jogo agora. Pronto
para batê-lo fora do maldito parque.
— Baby, se você está tentando me fazer parar, então você não deve atirar
comentários como esse. — eu me mexo na cama e rolo acidentalmente meus
quadris novamente, alimentando a dor prazerosa quando meu pau dolorido
esfrega contra sua boceta tentadora mais uma vez. E dessa vez eu sei que atingi
o seu direito onde ele conta, porque ela joga a cabeça para trás e o suspiro suave
que cai de sua boca é uma denuncia, não importa o quão afetada ela está
tentando jogá-lo.
Eu não posso tirar meus olhos dela. A visão de seus seios, globos
ponderados de perfeição, bem na frente do meu rosto. Eu forço meus olhos para
se mover para cima e enfrentar o desafio nos dela. — Se você acha que eu fodo
como eu dirijo, você tem que me ver soltar o martelo24 e fazê-la correr até a
linha de chegada.
— Ah, é mesmo? — pergunta ela, com os olhos presos nos meus, o gemido
de prazer que cai de seus lábios tem minha respiração trabalhando quando eu
olho para baixo para observar o movimento de seus dedos sob o tecido na minha
frente.
24
Drop the hammer. O ponto próximo ao final de uma corrida onde o piloto pisa com força no
acelerador, surgindo com tudo para a linha de chegada.
Ah caralho! As pontas brancas da francesinha nas unhas são um
contraste na mente vertiginosa com a carne cor-de-rosa escurecida elas dançam
em frente. Perfeição. Vício. Absolvição. Eu olho para cima sabendo que ela vai
ter um ridículo sorriso nos lábios e pela segunda vez em poucos segundos estou
golpeado sem fôlego.
Criptonita do caralho.
A cabeça de Rylee é jogada para trás, cachos caindo em todo lugar, lábios
entreabertos, seios empurrados para fora e o gemido mais sexy vindo de seus
lábios enquanto ela não apenas desfruta do momento, mas torna-se a porra do
momento. Foda-me. A mulher que usou o lençol para apertar em torno dela
meses atrás em modéstia agora se senta montada em mim em toda a sua glória,
possuindo seu corpo e sexualidade com uma confiança tal que eu nunca pensei
nela para ser mais sexy, mais sensual, mais tudo do que agora.
Ela levanta a cabeça para frente, sua mão deslizando por entre as pernas,
umidade brilhando fora de seus dedos para eu ver. — Bem, Ace, o perigo pode
ser superestimado. Parece que sei como lidar com uma pista
escorregadia perfeitamente bem. — ela sorri aquele sorriso presunçoso e eu
quero foder seu rosto agora, pouco antes dela deslizar seus dedos revestidos de
excitação em sua boca e chupá-los, os olhos me provocando o tempo todo.
Ela está tentando me matar agora? Boceta vodu do caralho está de volta
com uma vingança e droga se eu não estou pronto para ser a primeira e única
vítima. A mulher me amarrou mais apertado do que um gatilho de sequencia de
caracteres - volátil e pronto para explodir. Minhas bolas apertam, meu corpo
fica tenso querendo ela tão desesperadamente, mas minha teimosia me diz que
eu tenho que aguentar e tomar as rédeas quando for à hora certa. Meu corpo
grita que o tempo foi dez malditos minutos atrás, enquanto minha cabeça adora
quando Ry fica briguenta e desafiante. Quando ela me faz trabalhar para isso
como ninguém mais.
Porra isso é brutal para assistir e não participar quando tudo que eu
quero fazer é instar seus quadris mais perto do meu rosto e ter seu gosto doce
em minha língua novamente. Só por isso, é hora de eu mexer com ela um pouco
mais e batê-la fora o prazer e induzir o coma que está escurecendo o violeta em
seus olhos.
— Desculpe, mas este motor parece estar indo muito bem na corrida solo.
— ela sorri para mim, tão arrogante que ela acha que desviou a bala
proverbial. Pena que eu estou segurando a única arma permitida para atirar
granada. E porra, ela está deslizando as mãos de volta para o meu lugar entre
suas coxas, seu gemido de prazer quando ela encontra a aquisição - meu próprio
paraíso pessoal e inferno.
E então ela para e olha para mim, a luxúria em seus olhos e a evidência
de sua excitação em suas mãos. — Eu sei exatamente o que vai me levar até a
linha de chegada.
— Ah, então você gosta de corrida suja, hein? Quebrar todas as regras?
— eu pergunto, arrastando os dedos até suas coxas, deixando arrepios visíveis
em seu rastro, seu corpo inclinando para mim quanto mais alto eu vou. Porra,
na mosca. Ela pode jogar a carta esnobe tudo o que ela quiser, mas ela não pode
negar que seu corpo submete-se facilmente quando eu quero. E foda-se, como
eu quero ele agora.
— Oh, eu definitivamente posso lidar com sujo. — ela provoca enquanto
ela arrasta um dedo no meu peito e esfrega um pouco de sua umidade em meus
lábios. Minha língua se lança incapaz de resistir à tentação de provar o que eu
estou desejando e foda-se se não me faz querer virá-la, algemar suas mãos sobre
sua cabeça, e foder o desafio dela até que ela esteja gritando meu nome e possua
o meu coração mais do que já faz.
Ela mói seus quadris para baixo, esse sorriso bajulador ainda brincando
com os cantos de sua boca enquanto ela se balança para frente e para trás em
cima de mim. Ela se inclina para frente, sua respiração provocando um sussurro
em meu ouvido. — Sendo um profissional experiente como você é, talvez tenha
que mostrar a esta novata exatamente porque dizem corridas de atrito.
Ela está jogando a carta tentadora e droga, passando com louvor. Eu nem
sequer tenho tempo para me recuperar da noção de que a umidade da sua
boceta está começando a mergulhar através das minhas cuecas boxer quando
ela balança os quadris novamente. Tento permanecer inalterado, jogar o seu
jogo, mas eu tenho que cerrar os dentes para evitar que os meus olhos fechem o
foguete de sensações que só atirou através de mim.
Quando eu olho de sua mão de volta para seus olhos, ela levanta as
sobrancelhas no último golpe de misericórdia. — Um grande e malvado piloto
de corridas, profissional como você, tem medo de mostrar a uma novata como
dirigir seu pau, hein?
Ela não leva muito tempo para subir, porque ela está confusa com a
reprimida necessidade - e o fato de que é só para mim, não é perdido no
momento frenético. Suas unhas marcam minha pele, corpo tenso e boceta
convulsionando quando o grito quebrado do meu nome enche o ambiente ao
nosso redor.
Meu nome gemendo de seus lábios. Puta que pariu, se esse não é o som
mais sexy que eu já ouvi.
— Ei, novata?
— Eu sou o único que tem permissão para conduzi-la até a filha da puta
da bandeira quadriculada.
Ela só joga a cabeça para trás e ri, bochechas coradas, seios balançando.
E ele tem que fazer isso sem Rylee, a única pessoa que ele queria
desesperadamente que estivesse lá.
Ou ele quer?
O medo é uma
Ele comprime seus pulmões para que você não possa respirar, bloqueia
seu maxilar para suportar o peso do seu stress e tenciona o seu coração para que
o seu sangue corra através de seu corpo.
Rylee.
Ela disse que estaria aqui, quando eu entrasse no carro pela primeira
vez. Eu preciso dela aqui, preciso saber que ela está aqui para voltar ao final da
corrida. A salvação para a minha alma manchada. Mas como diabos eu poderia
ligar e pedir a ela quando eu a afastei tanto?
Então, aqui estou, cercado por minha equipe, mas lutando contra a
merda na minha cabeça, sozinho. E, claro, minha mente se desvia para os
abutres nos portões que empurraram câmeras na minha cara e vomitaram
besteira de Tawny, mentiras sobre Rylee, quando saí de casa mais cedo. Em
seguida, volta para Rylee e o quanto a quero aqui agora.
Uma bicicleta minha bunda. Mas eu aceno para ele, porque eu tenho a
impressão que poderia discutir a questão apenas para causar uma distração de
realmente ter que fazer isso. Eu me concentro no volante à minha frente,
enquanto ele me estuda, avaliando se eu realmente estou bem para estar aqui.
Eu agarro aquele pensamento - à ideia dela estar aqui quando não está -
conforme acelero o motor algumas vezes. Parece o mesmo e ainda assim muito
diferente da memória ainda perdida e atropelada na minha mente desde a
batida.
Ele bate no capô duas vezes, como é seu hábito e vai embora. Eu não o
sigo, porque se eu fizer isso, eu sei que vou ver o vacilo em seus passos. E sua
hesitação vai reafirmar meu medo de que não estou pronto.
— É isso aí, Wood. Devagar e com calma. — diz Becks, e leva tudo o que
tenho para expulsá-lo, para ouvir o carro, como sempre faço e tentar ouvir o que
ele está me dizendo. Mas eu não consigo abafar a besteira na minha cabeça
assim fecho meus olhos por um instante e digo a mim mesmo para apenas
acelerar e ir embora.
E eu acelero. Eu forço, aperto os pedais enquanto mudo de marcha e
entro na linha alta na curva dois, porque eu não estou indo rápido o suficiente
para ter que me preocupar em ser levado para a parede.
Mas quanto mais eu acelero, menos eu ouço. Ele não está falando
comigo. Os ruídos não são os mesmos. — Maldição, Becks! Este carro está uma
merda! Pensei que você tinha verificado tudo. É...
— Besteira! Ele está tremendo como uma puta e vai desmoronar uma vez
que eu abrir a volta. — eu xingo, chateado com esse tom conciliador em sua
voz. Eu sou o único na porra do carro - o que pode, eventualmente, bater de
cabeça na parede - não ele.
— Você não sabe o que diabos está falando, Beckett! Porra! — eu bato o
meu punho contra o volante, desacelerando completamente.
Eu sei que ele diz algo sobre levá-lo devagar e com calma, mas eu
realmente não o ouço, porque o flashback me bate com tanta força que eu
sufoco ao ar livre.
A dor irradia ao meu redor, como um trem de carga filho da puta. Minha
cabeça se estilhaça em milhões de pedaços malditos, mãos agarrando,
apalpando, empurrando e cutucando. Aquela aflição familiar torce meu
intestino, porque eu não quero as mãos de ninguém em cima mim, não consigo
lidar com o sentimento. Eu não quero ser lembrado do menino que eu
costumava ser e o medo que costumava correr através de mim quando era
tocado por outros. Por ele.
Jargão médico voa em um ritmo rápido e é tão técnico que não consigo
pegar a essência. Apenas me diga se eu vou ficar bem. Apenas me diga se estou
vivo ou morto, porque eu juro por Deus que a minha vida realmente acabou de
passar em um flash diante dos meus olhos, e o que eu pensava que ia ser... o que
eu pensava que eu queria da vida... acabou de ficar mais confuso e transformado
do que o alumínio do meu carro.
Como eu pude estar tão errado? Como eu poderia ter pensado que a
mudança seria o catalisador, quando acabou sendo a porra da minha
epifania? Mostre-me para tentar e mudar o destino da estrada que já estava
definida para mim.
Eu me contorço para fugir das mãos que tocam, torcendo e virando para
encontrá-la. Para voltar e dizer a ela que eu estava tão errado. Tudo o que a fiz
passar. Cada rejeição e repulsa foi culpa minha. Foi um erro enorme.
Dor agarra mais uma vez e se mistura com o medo que ondula sob a
superfície. Minha cabeça parece que vai explodir. Nuvens preguiçosas de
neblina entram e saem e corroem as memórias distantes. Leva-as com elas
enquanto saem e desaparecem. A escuridão supera os limites até que eu não
aguento mais. Vozes gritam e mãos avaliam meus ferimentos, mas eu
desapareço.
Meus pensamentos.
O meu passado.
Minha vida.
Pouco a pouco.
— Fale comigo. Diga-me o que está passando pela sua cabeça. Ninguém
está no rádio, apenas você e eu.
Ela está aqui. É ela. Eu nem sei o que fazer, porque tenho a sensação de
que sou atingido com uma onda de emoções. Alívio, medo, ansiedade,
necessidade.
Aquelas palavras. Eu sei que elas não cabem aqui neste momento, mas
merda, se não arrancam uma lasca de um riso da minha boca, mas isso é tudo
que posso controlar, porque elas também me fazem pensar em tudo o que a fiz
passar. Como nada além de lençóis entre nós a levaram a ter que lidar com as
consequências de Tawny e toda aquela besteira.
E, no entanto ela está aqui. Ela veio por mim. Será que ela tem alguma
porra de ideia do que isso significa para mim, especialmente quando eu sou o
último na terra que a merece agora?
— Você pode fazer isso, Colton. Nós podemos fazer isso juntos, ok? Eu
estou bem aqui. Eu não vou a lugar nenhum.
— Tudo bem, limpe sua cabeça. É só você e a pista, Ace. Você pode fazer
isso. Você precisa disso. É a sua liberdade, lembra?
Cercando-me.
— Tudo bem... está vendo? Você está conseguindo. Você não tem que ir
rápido. É um carro novo, ele vai ser diferente. Becks vai ficar puto se você
queimar o motor de qualquer maneira, então leve-o devagar.
— Minhas mãos não vão parar de tremer. — eu digo a ela enquanto olho
para os indicadores e percebo que eu estou indo mais rápido. E com a
velocidade, preciso concentrar-me na sensação da pista embaixo de mim, a
tração do volante de uma forma ou de outra, o câmbio quando eu atingir as
curvas. Itens de rotina que posso diagnosticar sem pensar. Porque eu não quero
pensar. Então as dúvidas vêm, o medo arrepia.
— Nós somos, de fato. — ela diz, e a risadinha que ela solta me diz
muito. Eu pressiono o acelerador um pouco mais. Eu nunca precisei de
aprovação de ninguém, mas agora eu preciso da aprovação dela. Preciso que ela
veja que eu estou tentando, dentro e fora da pista.
Sinto muito.
Corro você.
Obrigado.
— Eu sei, Colton. Eu também. — sua voz quebra quando ela diz isso, e eu
sinto que eu posso respirar de novo, como se o meu mundo estivesse de alguma
forma se estabelecido, quando ele esteve fora durante o tempo sem ela.
Os demônios de Colton roubaram tanto em sua vida. Mas ele finalmente
os encarou, finalmente disse a Rylee que a ama. Nós sabemos como a história
termina, então, ele teve o momento da epifania, quando ele soube que ela era a
pessoa que ele queria fazer a única coisa que ele jurou que nunca faria - casar?
Porra, ela é linda. Sua cabeça está inclinada para trás, sorriso no rosto,
mas seus olhos estão em mim. E esse olhar neles - aquele momento congelado
de tempo - reflete, claro como o dia, seus sentimentos por mim. Nem uma única
dúvida.
Bem, merda. Quando eu olho para a minha imagem, não há como negar
que sinto o mesmo por ela. O olhar na minha cara feia conta para quem vê a
foto, que ela me agarrou no anzol, linha e chumbada dupla.
Eu sei que o jogo apanhou este jogador, porque tanto quanto esse
pensamento é excitante, eu gosto mais ainda da ideia de quando eu acordo,
poder estender a mão e encontrá-la na minha cama, ao meu lado, aquele sorriso
sonolento em seus lábios e a rouquidão da sua voz de manhã.
A mulher me tem de cima a baixo, quando eu nunca pensei que isso fosse
uma possibilidade. Mas foda-me, ficar de baixo dela significa que tenho uma
maldita boa vista dos seus seios, enquanto eu estou olhando para cima.
Sim. Eu sou um maldito homem enfeitiçado. Quem diria que sentiria tão
bom estar sob o feitiço de uma mulher.
Eu abaixei a foto, olhando mais uma vez para ela com um aceno de
cabeça. Bom, Ry. A remoção furtiva de Tawny e a sutil reivindicação da minha
pessoa.
Ele me olha nos olhos, como se sempre tivesse que julgar como eu estou
indo com o que ele vê lá, uma vez que falar não é realmente o meu forte. E, pela
primeira desde sempre, ele capta esse fantasma de um sorriso e apenas acena
com a cabeça, como se soubesse de algo que eu não sei. Ele olha para mim por
mais um momento e depois me entrega a garrafa de cerveja na mão antes de se
sentar em uma das duas cadeiras de couro de frente para a nossa bela vista.
— Sente-se, filho.
25
Theodor Seuss Geisel (Springfield, 2 de março de 1904 — San Diego, 24 de setembro de1991) foi
um escritor e cartunista norte-americano, mais conhecido por seu pseudónimo, Dr. Seuss. Publicou mais
de 60 livros infantis, dentre eles "Horton Choca um Ovo", The Lorax, "Como Grinch Roubou o Natal" e O
Gato da Cartola.
Eu olho para ele, como se ele estivesse perturbado, porque com certeza
absoluta está me confundindo. — Existe algo que você sabe que eu não
sei? Como, em que exatamente eu deveria estar pensando?
— Você sabe que a vida é uma grande caça ao tesouro. — ele diz, antes de
ficar em silêncio. Eu o encaro enquanto ele observa a janela e tento seguir as
migalhas de pão que ele parece estar jogando aqui. — O destino lhe oferece uma
lista de coisas para experimentar. Aquelas que você nunca esperou, outras que
te quebram, aquelas que curam. Assim, muitas delas você jura que nunca mais
vai tentar, até mesmo risca da sua lista. Você é pego no dia-a-dia, momento a
momento, e então um dia você olha para a sua lista e percebe que você
inesperadamente concluiu algumas das tarefas. É só então você nota que as
verdades brutais que a caçada fez você enfrentar, não só fez de você uma pessoa
melhor, mas também lhe deu um prêmio inesperado quando tudo está
finalmente dito e feito.
Será que ele está bêbado, e eu não sabia? Ele partiu da pista para uma
caça ao tesouro. Entendo que ele está falando sobre a minha vida em algum
contexto, mas eu preciso de ajuda para ligar os pontos aqui.
— Eu não vou mentir, sua lista tinha alguma merda muito ferrada, meu
filho.
A maneira como ele diz, como se ele se culpasse pela merda que não
podia evitar, apunhala partes profundas dentro de mim. Partes que eu sempre
pensei que estivessem mortas, até recentemente. O garoto em mim começa a
pedir desculpas e então eu me paro. Não posso pedir desculpas se eu não sei o
que diabos eu fiz de errado, então só tomo um gole da minha cerveja e solto um
som sem compromisso, não querendo que ele se sinta culpado pelos demônios
que vieram antes que ele pudesse me proteger.
— Eu só acho que é hora de você olhar para a sua lista. Faça um balanço
de todas essas coisas - o esperado e inesperado - e olhe para os extras que você
ganhou por riscar aqueles itens.
O silêncio cai entre nós, assim como as suas palavras e o que eu acho que
elas significam começam a afundar. O peso que foi tirado dos meus ombros. O
veneno atormentado da minha alma. A nova chance na vida, sem os demônios
podando meus calcanhares.
— Hmm? — ele não olha para mim, apenas mantém os olhos para frente
quando eu o olho de relance.
— O que é que você acha que eu estou pensando? — minha voz não soa
como a minha quando pergunto. É cautelosa, tranquila e eu não me importo,
porque tudo o que eu quero saber é a sua resposta.
Um conserto.
Uma necessidade.
Rylee.
A questão é, eu quero?
Merda, eu tenho Becks mastigando isso no meu ouvido e agora meu velho
começando. Porra, sim, o pensamento passou pela minha cabeça. Mas merda,
acabei de perceber que sou capaz de amar alguém, não vamos atirar a arma sem
carregá-la primeiro.
Arruinar uma coisa boa, fodendo com algo que é tão ruim para muitos.
E as coisas estão bem entre nós. Como a porra estelar. Nós nunca
conversamos sobre casamento. Nunca sequer mencionamos a palavra. Eu disse
a ela que eu queria ver onde a vida nos levaria e ela ficou bem com isso. Não
disse que primeiro vem o casamento e toda essa merda.
Então, por que tão de repente essa ideia está ruminando na minha
cabeça, quando é uma linha de chegada que jurei que nunca cruzaria
oficialmente.
Foda-me correndo. Vamos lá, Donavan. Fale agora. Afirme-se. Diga não,
porra, em vez de se perguntar qual seria a sensação se o nome dela fosse Rylee
Donavan.
— Bem, eu não o ouvi dizer não, agora, ouvi? — ele olha na minha
direção, levanta as sobrancelhas, e depois se inclina para trás para colocar os
pés em cima da mesa de café.
Não podemos voltar a falar de coisas sem sentido aqui? Eu prefiro o jogo
de adivinhação. Sou capaz de preencher outra resposta em que podemos ficar
presos. Qualquer coisa, exceto isso, porque está me fazendo pensar em coisas
que não deveria.
Ele está brincando comigo? Deve ser bom ficar sentado lá tão tranquilo e
sereno, quando ele está distribuindo conversas inesperadas para chegar a um
maldito objetivo.
Casamento.
Ainda está lá, bem naquele lugar entre as suas bolas e a sua coxa, e você
está meio que bem com isso.
E ainda assim, quando tudo foi dito e feito, quando o veneno em minha
alma estava sobre a mesa para que ela pudesse ver o quão escuro aquela porra
era, ela me olhou nos olhos e me disse que eu era corajoso, que amava as
rachaduras em mim. Dei-lhe a minha parte mais escura e a sua resposta foi me
dar a sua luz. Seu amor.
Eu fico olhando para ele, esperando que olhe para mim, querendo a briga
para provar que ele está errado. Para provar que nada mudou. Eu posso estar
com Rylee, mas isso é suficiente para mim. Sem anéis, sem amarras.
Mas aquele sorriso meia-boca é a única reação que ele vai me dar pelos
meus botões que ele empurra com perícia. Um por um, porra.
Então, por que, de repente, não vem esse sentimento de embrulho no
meu estômago quando penso em tudo isso? Tenho tantas malditas desculpas
porque eu nunca vou me casar, e ainda assim, com a última provocação, não
vem nenhuma à mente.
A única coisa que passa pela minha cabeça é a mulher sentada a metros
de distância, perfeitamente ao alcance.
Que há um item que foi deixado na minha caça ao tesouro que vai me dar
uma recompensa ainda maior do que eu jamais pensei que merecia ou era
imaginável.
Foda-se, eu não posso explicar de outro jeito, que não a calmaria antes
das bandeiras verdes ondularem. Quando seu corpo está empolgado com
adrenalina, a mente bloqueia os sons, tudo está acontecendo em uma velocidade
ultrarrápida, mas você se senta lá como se o tempo estivesse em câmera
lenta. Calmo. Resoluto.
Em paz.
Eu engulo em seco, além do meu coração alojado ali, porque puta que
pariu... este homem quebrado, que antes já foi remendado com fita adesiva,
agora é rocha sólida, e tudo por causa de Rylee.
Ela pode ser a minha criptonita, mas porra, eu sou o super-herói digno
dela.
— Como você soube que a mamãe era a pessoa certa? — eu não dou a ele
um sim ou não como resposta, os meus pensamentos podem estar acabando de
virar na direção das suas perguntas. Eu mantenho minha cabeça baixa, a
necessidade de me acostumar com essa ideia.
Eu posso sentir seus olhos em mim, sei que ele quer que eu olhe para ele,
mas eu não posso. A areia de merda ainda não está tão confortável ainda.
Ele não tem ideia que eu chamo Rylee de minha bandeira quadriculada -
nenhuma porra de ideia - então eu sou nocauteado em um segundo pit stop,
pulso acelerado, mente cheia de possibilidades que nunca foram minhas para
pensar.
Eu solto a respiração que eu estava segurando, grato por ele não ter feito
um grande negócio e me envergonhasse, quando ouviu as palavras que levei
uma vida inteira para dizer. Grato por sermos tão próximos, que ele sabe o que
eu preciso.
Eu balanço minha cabeça. Merda, isso foi intenso. Tudo isso. Revelações
e confissões que eu nunca esperei fazer, tudo em uma queda repentina, como
chuva ao meu redor.
Fodidamente maravilhoso.
E eu sei.
Bem assim.
Algo que eu passei lutando uma vida inteira, foi de repente nocauteado
por essa mulher tão desafiadora quanto foda, dona do coração que ela me
mostrou que poderia bater novamente.
O meu futuro.
Minha salvação.
Acho que o lado positivo é que se o casamento é areia, pelo menos eu sei
que o meu pau vai estar coberto com ela.
Número um das cenas mais solicitadas de todos os livros. Como é o
casamento aos olhos de Colton.
E u me olho no
espelho, meus pensamentos são um amontoado de merda, mas meu pulso está
firme, corpo calmo. Eu balanço a minha cabeça.
É como se cada dia com ela me fizesse uma pessoa melhor. Um homem
melhor. Apagando alguns dos demônios pouco a pouco, a cada momento.
Maldita Rylee.
Mesmo agora.
26
Posição do jogador no futebol americano, o volante, defende lances e corridas.
— Cara, você vai acabar de ficar pronto ou o que?
— Não belisque o seu pau. Você pode precisar dele esta noite, uma vez
que ela está resistindo a você. — ele ri enquanto enche um copo para ele.
Ele joga a cabeça para trás e ri de mim. — Para você é como uma vida
inteira.
— Pobre bebê. Você não vai ganhar nenhuma simpatia de mim. Bem-
vindo à forma como vive a outra metade dos seres, onde estalar os dedos não
resulta em qualquer mulher que você quer caindo de joelhos.
Eu ri. — Não mais, irmão. Não mais. — eu estou no programa, por favor
permaneça em pé agora. Eu olho para cima de onde eu estou tentando passar
minhas abotoaduras de bandeira quadriculada pelos buracos para encontrar
seus olhos.
27
Marca de whisky.
— Você está realmente pronto para fazer isso? — ele ergue as
sobrancelhas para mim, seu rosto como se estivesse esperando que eu
enlouquecesse pra caralho, porque eu estou prestes a me casar.
Ele está muito louco, se acha que vou me afastar de Rylee. Nem
agora. Nem nunca. Essa bandeira quadriculada vai sempre ondular para mim.
Mas foda-se, se eu tenho sido capaz de dar sentido às verdades que ela
me permitiu enfrentar, o homem que ela me deu espaço para me tornar.
O que? — Você a viu? — não é justo, porra. Tantas coisas que eu quero
perguntar a ele sobre ela, mas eu mantenho minhas bolas e minha
dignidade. Eu vou ver por mim mesmo, em breve, se ela está nervosa ou
sorrindo ou chorando.
Bonita é um fato.
— Tinha que falar com ela, fazê-la compreender o erro enorme que ela
está prestes a cometer... dar-lhe uma chance de fugir para o pôr do sol com o
mais bonito de nós dois.
Eu bufo enquanto ando em sua direção. — Sim. Nós vamos fazer isso em
cerca de seis horas. Obrigado por mostrar-lhe o menos para que ela saiba que
está recebendo o mais.
Bem, ele e a mulher desafiadora que me agarrou pelas bolas e disse não-
negociável.
— Ei, Becks?
— Obrigado, cara. Por tudo. — é tudo que consigo, mas acho que ele sabe
do que estou falando, porque ele encontra meu olhar por um momento, um leve
sorriso no rosto e acena com a cabeça em reconhecimento.
— Sempre. — ele bebe sua bebida e depois se inclina para frente e bate
seu copo no meu. — E lembre-se de sempre terminar uma briga com estas duas
palavras: sim querida. Morder a língua no final de uma briga vai aumentar a
aposta de usá-la em sexo de reconciliação mais tarde.
Eu ri com ele e sua lógica fodida, que faz todo o sentido, antes de engolir
o resto da minha bebida.
— Você está pronto, filho? — a voz do meu pai vinda da porta nos
interrompe.
Eu suspiro e foda-se, eu não posso parar o sorriso que está no meu
rosto. — Sim, apenas colocando a minha gravata. — eu digo, levantando-a para
fazer isso. Eu encontro os olhos do meu pai e nós tivemos nosso momento de
pai e filho mais cedo, mas eu ainda não consigo superar esse olhar que ele me
dá.
— Controle-se. Você esperou tanto tempo, eu não acho que mais alguns
minutos vão te matar.
A voz dela me assusta, mas eu mantenho meus olhos focados em todos os
convidados. — É fácil para você dizer. — eu falo para a minha irmã, sabendo que
não adianta mentir pra ela, o nervosismo está começando a aparecer.
— Bem, já era hora. — ela diz com sarcasmo, sua mão abanando algo do
ombro do meu paletó.
— Não foi isso que eu quis dizer. — ela bufa em diversão. — Eu quis dizer,
já era hora de você finalmente agir normalmente sobre isso. Que seu nervosismo
está aparecendo. Você estava me assustando com o perfil do Sr. Calmo-
Tranquilo-e-Contido. Eu queria perguntar quem roubou meu irmão.
Reviro os olhos para ela, minha paciência se esgotando, mas por todas as
razões certas. Quando eu encontro o seu olhar, vejo as lágrimas, aceito o amor
refletido neles. Eu apenas suspiro e abano a cabeça, um sorriso instável em meu
rosto. — Eu vou me casar, Q.
Uma lágrima vaza e ela passa as mãos para cima e para baixo na minha
lapela. — Eu sei. É surpreendente pra caralho, mas você merece. Toda a
felicidade e amor que ela traz para você. — ela fica na ponta dos pés e beija
minha bochecha. — Basta tratá-la como você me tratou, menos os nuggies e
wedgies28. — diz com uma piscadela, emoção quebrando sua voz. — E você vai
ficar bem.
Eu a puxo para mim e beijo o lado do seu rosto. Ela me afasta para que eu
não estrague a maquiagem ou cabelo. — Obrigado.
Ela apenas balança a cabeça para mim antes de sacudi-la. — Eu não vou
acreditar até eu ver um anel no seu dedo. — ela ri. — Eu acho que agora seria um
bom momento para contar aos pais dela que a nossa família tem uma política de
não devolução com você.
28
Nuggies: bater na cabeça do outros com as articulações dos dedos; wedgies: puxar a calça de alguém
para cima.
— Quinlan. — eu a adverti, mas o sorriso no meu rosto entrega que eu
não me importo se ela disser ou não, porque eles não vão precisar me
devolver. Eu estou nessa por um longo tempo.
Minha mãe a chama lá de cima e ela beija minha bochecha uma última
vez antes de subir as escadas.
A música começa. Alguma merda clássica que eu tenho certeza que nunca
vou lembrar, mas ao mesmo tempo vou saber o que significa toda vez que
escutar. Onde eu estava. Como ela parecia.
Eu quero gritar as palavras para ela. Deixar que ela saiba que eu estou
aqui, esperando. Mas então percebo que ela pode levar todo o tempo do mundo
de merda, porque eu não vou a lugar nenhum.
E depois eu vejo.
— Bela bandeira quadriculada. — digo a ela, com uma risada quando tudo
que eu quero fazer é beijá-la. Eu me sinto como se fizessem semanas desde que
nos beijamos, mas foram menos de 24 horas. Patético, mas é a verdade do
caralho.
— Eu estava com medo que você não soubesse quem eu era. — ela diz,
referindo-se à sua mensagem, quando eu pego suas mãos nas minhas.
Eu sorrio para ela, vejo tantas coisas naqueles olhos que eu nem sequer
percebo que a juíza começou. E foda-se, se o nervosismo não está começando a
zumbir agora.
— Você me deu uma vida que eu nem sabia que queria, Ry. E por
isso? Comprometo-me a entregar-me a você - o quebrado, o curvado e cada
pedaço no meio - de todo o coração, sem engano, sem influências externas. Eu
prometo enviar mensagens para você com canções para fazer você me ouvir,
quando você simplesmente não for ouvir. Comprometo-me a incentivar a sua
compaixão, porque isso é o que faz de você, você. Comprometo-me a pressioná-
la para ser espontânea, porque quebrar regras é o que faço melhor. — eu digo,
tentando sorrir para ela, quando tudo me alcança - o momento, o significado, a
mulher disposta a aceitar-me – e não consigo evitar a lágrima que cai quando
tento afastá-la. Eu preciso de algo engraçado aqui, algo para fazê-la rir de modo
que o som deixe-me mais relaxado. — Prometo jogar muito e muito baseball,
certificando-me de tocarmos cada base. Home run!
Minhas últimas palavras saem. Espero que eu tenha dito tudo o que eu
preciso em um conjunto de votos, mas realmente não me importo se eu não
disse, porque Rylee me ouviu. Ela me entende.
Ela engasga um sim e eu acho que digo eu te amo. Risque isso. Eu sei que
disse, mas está tudo um borrão, porque eu percebo que é a minha vez de
ouvir. Ser colocado sobre o ponto quente, porque diabos, se não é mais fácil
dizer as palavras do que ouvi-las, aceitá-las, acreditar nelas.
Merecê-las.
E então ela toca minha bochecha e puta que pariu... a mão no meu rosto
faz com que cada grama de testosterona no meu corpo implore para fodê-
la. Olho para a pessoa que está nos casando, dando-lhe o olhar: ajude um
irmão, para ver se eu posso beijá-la, mas encontro uma expressão impassível.
E por mais que eu queira seus lábios nos meus, eu posso esperar. Este
momento significa muito para mim e eu vou ter o resto da minha vida para
beijar Rylee.
Entre outras coisas. E o inferno se esse não é um grande pensamento
motivador da porra para manter minhas mãos para mim agora.
— Você me mostrou que as cicatrizes - por dentro e por fora - são lindas
de possuir, sem medo. Você me mostrou o verdadeiro você - você me deixou
entrar - quando você sempre excluiu os outros. Você me mostrou tanta firmeza
e bravura que eu não tive escolha, a não ser te amar. E mesmo que você nunca
soubesse, você me mostrou o seu coração uma e outra vez. Cada pedaço curvado
dele.
Ela me abriu para que todos pudessem ver e agora sei por que ela só
queria nossos amigos íntimos aqui, em vez da festa enorme que eu sugeri. Ela
queria que eu ficasse confortável, disposto a aceitar o fato de que ela acabou de
me expor totalmente com as suas palavras e ficar bem com isso, com as lágrimas
correndo pelo meu rosto.
— Você diz que eu trouxe luz para a sua escuridão, mas eu discordo. Sua
luz esteve sempre lá, eu só mostrei como deixá-la brilhar. Você está me dando a
vida que eu sempre quis. E por isso? Comprometo-me a me entregar a você - o
desafio, o altruísmo, todo o maldito alfabeto - de todo coração, sem engano, sem
influências externas.
O que? Ela lança para mim, mas quando ouço Haddie rir e olhar para ela,
eu só posso começar a adivinhar o que ela disse para Ry. Mas eu vou aceitar,
porque um zíper nas costas significa que ela precisa das minhas mãos sobre ela
para ajudar.
E mãos sobre suas curvas nuas nunca são uma coisa ruim.
Que o jogo comece. Sim, ela tem dono, senhoras e senhores. Esta mulher
é cem por cento minha.
29
Referência ao beisebol, quando um jogador tenta um home run.
— Eu prometo que nada será mais valioso na minha vida do que você -
porque todo o resto é irrelevante - e você, Colton, definitivamente, não
é. Lembro-me de estar sentada na Starbucks observando-o e imaginando como
seria ter a chance de te amar, e agora tenho uma vida inteira para descobrir. E
eu ainda acho que não haverá tempo suficiente.
Deixando-a me amar.
Eu olho para a juíza e eu não dou a mínima se ela disser que não; eu vou
beijá-la neste momento, porque eu sei que a merda importante acabou.
Rylee é minha.
Eu a beijo. Eu derramo todas as palavras que eu não pude dizer para lhe
contar como eu me sinto por dentro. Foda-se o selinho de merda nos lábios,
porque este homem vai para matar. Assegurar-me que ela saiba, no primeiro
beijo da nossa vida de casados, exatamente como me sinto.
Minha esposa.
Minha vida.
Fim
Trecho exclusivo de Slow Burn
— M uito
— Hm. Você pode ter dito sem amarras, mas você definitivamente não
disse nada sobre corda.
Droga. — Você quer me amarrar, então? Nunca pensei que você fosse
desse tipo, Becks. — eu tento desviá-lo com o meu comentário, mas caramba se
o comentário não me faz querer ainda mais.
Ele ri baixo e sugestivo. — Eu posso ser; posso não ser. Não importa que
tipo eu sou, porque o que realmente importa é o fato de que, com ou sem
cordas, planejo te deixar fraca, rouca, sem fôlego. Baby, eu posso dominar com o
melhor deles. A questão aqui é, quanto você quer isso?
Desesperadamente.
Eu acho que ele vai ficar com raiva da minha recusa. Eu posso sentir seus
dedos tensos quando eu seguro firme. Aquela risada forçada me surpreende,
mais uma vez, quando ele se inclina para trás, seus olhos dançando com a
vitória. — Eu aceito seu blefe, Haddie Montgomery. Você não gozou e eu vou ter
muita diversão provando isso.
~ *** ~