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CENTRO PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TATUI


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO

ISADORA DE OLIVEIRA GOIVINHO


JULIANA CARIA BARBOZA DA SILVA

TECNOLOGIA ASSISTIVA: UM CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA


SOCIEDADE INCLUSIVA AOS DEFICIENTES VISUAIS E COM PARALISIA
CEREBRAL DA FATEC TATUÍ

Tatuí, SP
1º Semestre/2017
ISADORA DE OLIVEIRA GOIVINHO
JULIANA CARIA BARBOZA DA SILVA

TECNOLOGIA ASSISTIVA: UM CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA


SOCIEDADE INCLUSIVA AOS DEFICIENTES VISUAIS E COM PARALISIA
CEREBRAL DA FATEC TATUÍ

Trabalho de Graduação apresentado à


Faculdade de Tecnologia de Tatuí, como
exigência parcial para obtenção do grau de
tecnólogo em Gestão de Tecnologia da
Informação, sob orientação da Prof.ª. Me.
Patrícia Gláucia Moreno.

Tatuí, SP
1º Semestre/2017
ISADORA DE OLIVEIRA GOIVINHO
JULIANA CARIA BARBOZA DA SILVA

TECNOLOGIA ASSISTIVA: UM CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA


SOCIEDADE INCLUSIVA AOS DEFICIENTES VISUAIS E COM PARALISIA
CEREBRAL DA FATEC TATUÍ

Trabalho de Graduação apresentado à Banca


de Qualificação da Faculdade de Tecnologia
de Tatuí para obtenção do grau de Tecnólogo
em Gestão de Tecnologia da Informação

( ) APROVADO ( ) REPROVADO
Com média:..............
Tatuí, .............. de ..........................de 20........

___________________________
Prof. ..........................................
FATEC – Tatuí

___________________________
Prof. ..........................................
FATEC – Tatuí

___________________________
Prof. ..........................................
FATEC – Tatuí
Dedicamos este trabalho aos alunos
envolvidos, Alan da Silva, Luiz Henrique
Kichel e Marina Magnoni, que nos
forneceram dados para a realização
deste.
Dedicamos ainda a nossa Professora e
Mestre Patrícia Gláucia Moreno que
abraçou juntamente conosco está causa
tão nobre.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos nossos familiares que compreenderam este momento de


entrega e por muitas vezes até o isolamento para que as ideias pudessem fluir.
Agradecemos à Fatec Tatuí, instituição que nos permitiu fazer um estudo de
caso para que pudéssemos desenvolver este pequeno guia de acessibilidade,
facilitando para que outras instituições ofereçam autonomia e oportunidade para os
deficientes visuais e/ou com paralisia cerebral que queiram cursar ensino superior
em busca de colocação profissional.
Agradecemos ainda, a direção da Fatec Tatuí, na pessoa do Prof. Dr. Mauro
Tomazela, por ter nos cedido informações de suma importância para que
alcançássemos o objetivo deste trabalho.
Agradecemos também aos professores Karla Cremonez Gambarotto, Maria
Angelina Bueno Pereira Leite e Cidiemersom Arquimedes Borges de Oliveira.
1

1
[Patrícia Gláucia Moreno, "Inclusão Social" (lecture), Fatec Tatuí, Tatuí, São Paulo, Março 31, 2017].
Se há necessidade de Inclusão é porque ainda existe exclusão.
(Informação verbal) ¹.
RESUMO

As limitações e especificidades de cada indivíduo com deficiência tem se tornado


uma barreira para o aprendizado de qualidade; uma maneira sólida de amenizar
essas dificuldades é garantir que os recursos disponíveis sejam utilizados afim de
garantir a pessoa com deficiência um ambiente de aprendizagem completo. Na atual
conjuntura a Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento e de pesquisa com
novas possibilidades para a autonomia e inclusão social dos alunos com deficiência.
Assim o Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” participa desse
processo intensamente, como agente transformador e criador dessas tecnologias.
Na busca de entender e discutir como a “Fatec Tatuí” tem percebido e vivenciado
essas possibilidades em suas práticas e processos, o presente trabalho através de
uma abordagem de Estudo de Caso, analisou como se dá a promoção da inclusão
social por meio da TA. O estudo foi operacionalizado por meio de questionários
realizados com os atores que vivenciaram e gerenciaram a prática. Como resultados
da pesquisa, destacam-se, que o contato com as tecnologias atuais de comunicação
e informação, podem trazer uma melhor inserção social, mesmo que ainda tímida,
abrindo novas possibilidades para os alunos com deficiência.

PALAVRAS-CHAVE: Deficiência, Inclusão Social, Tecnologia Assistiva.


ABSTRACT

The limitations and specificities of each individual with a disability have become a
barrier to quality learning; A solid way to alleviate these difficulties is to ensure that
the available resources are used to ensure the disabled person a complete learning
environment. At the current juncture Assistive Technology is an area of knowledge
and research with new possibilities for the autonomy and social inclusion of students
with disabilities. Thus, the State Center of Technological Education "Paula Souza"
participates in this process intensely, as transforming agent and creator of these
technologies. In the search to understand and discuss how the "Fatec Tatuí" has
perceived and experienced these possibilities in their practices and processes, the
present work through a Case Study approach, analyzed how to promote social
inclusion through TA. The study was carried out through questionnaires carried out
with the actors who lived and managed the practice. As a result of the research, it is
highlighted that the contact with current communication and information technologies
can bring a better social insertion, even if still timid, opening new possibilities for
students with disabilities.

KEY WORDS: Disability, Social Inclusion, Assistive Technology


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Tela Inicial Sistema DOSVOX (Elaboração Própria, 2017).........................28


Figura 2: Tela Inicial Leitor de Tela Jaws (Elaboração Própria, 2017).......................28
Figura 3: Disposição dos pontos Braille (Elaboração Própria, 2017).........................30
Figura 4: Alfabeto Braille.............................................................................................31
Figura 5: Maquina de datilografia Braille....................................................................31
Figura 6: Funcionamento da Reglete Negativa e Punção..........................................32
Figura 7: Forma de leitura e escrita pela reglete negativa.........................................33
Figura 8: Funcionamento da Reglete Positiva............................................................33
Figura 9: Forma de leitura e escrita pela reglete positiva...........................................34
Figura 10: Pictograma de comunicação pessoal........................................................35
Quadro 11: Candidatos com deficiência (Adaptado de Galhardi et al (s/d))..............37
Figura 12: Piso Tátil (Elaboração Própria, 2016)........................................................42
Figura 13: Piso tátil de alerta ou “piso bolinha” (Elaboração Própria, 2016)..............42
Figura 14: Piso tátil direcional (Elaboração Própria, 2016)........................................42
Figura 15: Scanner de livros (Elaboração Própria, 2016)...........................................44
Figura 16: Sala de Acessibilidade (Elaboração Própria, 2016)..................................44
Figura 17: Logo do Projeto Marina (2016)..................................................................45
Quadro 18: Importância da Inclusão Social (Elaboração Própria, 2017)...................47
Quadro 19: Como a Fatec recebe o aluno (Elaboração Própria, 2017).....................48
Quadro 20: Estrutura da Fatec para alunos deficientes (Elaboração Própria, 2017).49
Quadro 21: Onde a Fatec foi buscar recursos (Elaboração Própria, 2017)...............51
Quadro 22: Importância da Inclusão para alunos (Elaboração Própria, 2017)..........51
Quadro 23: Acolhimento dos deficientes à Fatec Tatuí (Elaboração Própria, 2017). 52
Quadro 24: Estrutura da Fatec para alunos deficientes (Elaboração Própria, 2017).53
LISTA DE SIGLAS

ADA - American with Disabilities Act


AEE - Atendimento Educacional Especializado
ANE - Alunos com Necessidades Especiais
CAT - Comitê de Ajudas Técnicas
CEVEC - Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz
CPS – Centro Paula Souza
GTI - Gestão de Tecnologia da Informação
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC - Ministério da Educação
ONGs - Organizações Não Governamentais
PC - Paralisia Cerebral
PC - Personal Computer (Computador Pessoal)
PCD - Pessoa com Deficiência
SEDH/PR - Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
SEE MG - Secretaria de Educação de Minas Gerais
SPC - Símbolo de Comunicação Pictórica
TA - Tecnologia Assistiva
TI - Tecnologia da Informação
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação
UPE - Universidade de Pernambuco
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................13
1.1 JUSTIFICATIVA.............................................................................................14
1.2 OBJETIVOS...................................................................................................15
1.2.1 Objetivo Geral...............................................................................................15
1.2.2 Objetivos Específicos..................................................................................15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................16
2.1 DEFICIÊNCIAS E LIMITAÇÕES...................................................................16
2.2 CONCEITO DE DEFICIÊNCIA VISUAL........................................................18
2.3 CONCEITO DE PARALISIA CEREBRAL......................................................18
2.4 CONCEITO DE INCLUSÃO SOCIAL............................................................19
2.5 CONCEITO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA..................................................19
2.6 AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE INCLUSÃO..........................................20
2.6.1 Gestão Administrativa.................................................................................21
2.6.2 Gestão da Aprendizagem............................................................................21
2.6.3 Gestão de Equipe.........................................................................................22
2.6.4 Gestão da Comunidade...............................................................................23
2.6.5 Gestão do Espaço........................................................................................24
2.6.6 Gestão de Material e Suprimentos.............................................................25
2.7 ESTUDO ATRAVÉS DA TECNOLOGIA ASSISTIVA....................................25
2.8 SOFTWARES PARA DEFICIENTES VISUAIS.............................................27
2.9 SOFTWARES PARA PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL.................28
2.10 DEMAIS EQUIPAMENTOS QUE AUXILIAM OS DEFICIENTES.................29
2.10.1 Máquina Braille.............................................................................................29
2.10.2 Reglete..........................................................................................................31
2.10.3 Pictogramas..................................................................................................34
2.11 CENTRO PAULA SOUZA..............................................................................35
3 METODOLOGIA............................................................................................39
3.1 ESTUDO DE CASO.......................................................................................40
3.1.1 Análise In Loco da Fatec Tatuí...................................................................40
3.1.2 Da instalação de pisos táteis......................................................................41
3.1.3 Dos professores de apoio...........................................................................42
3.1.4 Do scanner de livros....................................................................................43
3.1.5 Do Projeto Marina........................................................................................44
4 ANALISE DOS RESULTADOS.....................................................................46
4.1 PERGUNTAS AOS PROFESSORES E DIRETOR.......................................46
4.2 PERGUNTAS AOS ALUNOS........................................................................51
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................54
REFERÊNCIAS...........................................................................................................56
APENDICE A - QUESTIONÁRIO PROF. DR. MAURO TOMAZELA........................61
APENDICE B - QUESTIONÁRIO PROFA. KARLA C. GAMBAROTTO.................64
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PROF. CIDIEMERSOM A. B. DE OLIVEIRA......66
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO PROFA MARIA ANGELINA B. P. LEITE............68
APENDICE E - QUESTIONÁRIO MARINA MAGNONI.............................................72
APENDICE F - QUESTIONÁRIO ALAN DA SILVA..................................................74
APENDICE G - QUESTIONÁRIO LUIZ HENRIQUE KICHEL...................................76
ANEXO A - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROF. DR. MAURO TOMAZELA78
ANEXO B - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROFA. KARLA C.
GAMBAROTTO..........................................................................................................79
ANEXO C - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROF. CIDIEMERSOM A. B. DE
OLIVEIRA....................................................................................................................80
ANEXO D - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROFA MARIA ANGELINA B. P.
LEITE..........................................................................................................................81
ANEXO E - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO MARINA MAGNONI.....................82
ANEXO F - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO ALAN DA SILVA..........................83
ANEXO G - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO LUIZ HENRIQUE KICHEL...........84
APENDICE H - GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INCLUSÃO DE PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR...........................................................85
13

1 INTRODUÇÃO

Com a repentina mudança que o mundo vem sofrendo, as pessoas sentem a


necessidade de buscar informações cada vez mais rápido e com maior eficiência. A
Tecnologia da Informação tem papel fundamental nessa busca desenfreada, uma
vez que com seu avanço as pessoas conseguem obter um contingente gigantesco
de informações com uma velocidade nunca vista antes.
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) mudaram definitivamente
as formas da humanidade se relacionar com o saber, com o ensinar e o aprender
(GALVÃO FILHO, 2012). Para que essas mudanças de fato aconteçam, a escola
tradicional precisa passar por transformações. Através de um novo olhar da escola
inclusiva, a Tecnologia Assistiva vem ganhando espaço no mundo, visto que por
meio dela, pessoas que tenham algum tipo de deficiência têm conseguido maior
autonomia e oportunidades na sociedade atual.
O conceito sobre tecnologia assistiva definido pelo Comitê de Ajudas
Técnicas (CAT), órgão que estuda a área do conhecimento da Secretaria Especial
dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) é:

Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica


interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas
com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
(GALVÃO FILHO et al, 2009, p. 26)

Segundo Alves e Duarte (2005), o processo de inclusão social objetiva


construir uma sociedade capaz de promover a participação concreta das pessoas
com necessidades especiais defendendo o oferecimento das condições necessárias
para que todos possuam a oportunidade de serem agentes dentro do contexto em
que estão inseridos.
Existem incontáveis recursos que uma escola e/ou faculdade, podem dispor
para se criar de fato a inclusão, a Fatec Tatuí tem trilhado este caminho por meio da
Economia Criativa e da Tecnologia Assistiva (TA).
14

Os avanços da informática têm permitido um sem-número de realizações


nesta área. Através de leitores de tela com sintetizador de voz e os recursos que a
internet apresenta, muitas pessoas com deficiência visual hoje têm acesso a novas
maneiras de dar prosseguimento a seus estudos. (FONTANA; VERGARA, 2006)

Para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais


fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas
possíveis. (RADABAUGH, 1993 apud BERSCH, 2013)

1.1 JUSTIFICATIVA

Os caminhos que conduzem ao sucesso do processo são muitos, as


necessidades dos deficientes mudam a cada dia, desta forma os recursos
tecnológicos devem estar em constante desenvolvimento. Conforme ressalta Galvão
(2009), esses recursos devem ser customizados e personalizados, levando em
consideração essas alterações e também as diferenças de ambiente, mudanças nas
atividades a serem realizadas, a evolução de fatores psicológicos, estéticos, sociais,
econômicos, e uma infinidade de outras variáveis. Encontrar um suporte eficiente,
que dê conta de todas essas necessidades, com frequência é uma dificuldade
concreta enfrentada pelas escolas na implementação de soluções de TA.

Um atendimento completo de TA só ocorre quando é oferecido ao


usuário um seguimento adequado. Este seguimento envolve ajustes,
treinamentos, adequações, personalizações, adaptação ao
crescimento e à mudança da condição física, e busca por novas
oportunidades de atividade pessoal, que por sua vez geram novas
necessidades, as quais podem ou não requerer novos recursos
tecnológicos. (BERSCH, 2008, p. 16 apud GALVÃO FILHO, 2009)

Diante disso, o presente trabalho entende que sua relevância para a área de
Gestão de Tecnologia da Informação (GTI) vem ao encontro do que o mercado
discute em relação a importância da Economia Criativa que tem a inclusão social
como um de seus pilares.
15

É necessário na atual conjuntura que um tecnólogo em Gestão de Tecnologia


da Informação possa realizar um estudo tendo como lócus a Fatec Tatuí, que servirá
de estudo de caso para nortear possíveis caminhos.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar, por meio de um estudo
de caso, como se deu a adequação da instituição Fatec Tatuí no que tange a
inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência visual e paralisia cerebral.
Para isso, serão entrevistados os atores que tiveram envolvimento com o processo
inclusivo.

1.2.2 Objetivos Específicos

Conceituar deficiência visual, paralisia cerebral, inclusão social e Tecnologia


Assistiva;
Apresentar as principais dúvidas sobre inclusão social;
Refletir acerca da inclusão no âmbito da aprendizagem das pessoas com
deficiência visual e com paralisia cerebral;
Mostrar um Estudo feito com deficientes visuais através da Tecnologia
Assistiva;
Apresentar equipamentos e softwares que auxiliam os deficientes visuais e
com paralisia cerebral;
Análise in loco do que a Fatec Tatuí possuí para auxilio dos deficientes;
16

Criar um Guia de Acessibilidade de adequações básicas necessárias das


instituições no geral e socializar com o Centro Paula Souza a fim de auxiliar o
processo de outras unidades.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O presente capítulo discutirá o contexto das deficiências e suas limitações no


cenário brasileiro como também uma apresentação da Tecnologia Assistiva como
suporte.

2.1 DEFICIÊNCIAS E LIMITAÇÕES

As limitações do indivíduo com deficiência tendem a se tornarem uma barreira


para o aprendizado, recursos de acessibilidade, a chamada Tecnologia Assistiva, é
uma maneira de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e possibilitar a
inserção desse indivíduo no ambiente acadêmico. (GALVÃO FILHO; DAMASCENO,
2009)

[...] adaptações especiais, como tela sensível ao toque, ou ao sopro,


detector de ruídos, mouse alavancado a parte do corpo que possui
movimento voluntário e varredura automática de itens em velocidade
ajustável, permitem seu uso por virtualmente todo portador de
paralisia cerebral qualquer que seja o grau de seu comprometimento
motor. (CAPOVILLA, 1994 apud MAGALHÃES et al, 1998, p. 4)

Segundo Galvão Filho e Damasceno (2009) os recursos de Tecnologia


Assistiva que utilizamos para o acesso ao computador são classificados em três
grupos:

1- Adaptações físicas ou órteses: Aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no


corpo do aluno e que facilitam a interação com o computador. (IBIDEM)
17

2- Adaptações de hardware: Aparelhos ou adaptações presentes nos componentes


físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo, quando os próprios periféricos,
em suas concepções e construção, são especiais e adaptados. (IBIDEM)
3- Softwares especiais de acessibilidade: São os componentes lógicos das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) quando construídos como
Tecnologia Assistiva. Ou seja, são os programas especiais de computador que
possibilitam ou facilitam a interação do aluno com deficiência com a máquina.
(GALVÃO FILHO; DAMASCENO, 2009)
A Fatec Tatuí possui um equipamento essencial para os deficientes visuais, o
scanner de livros, com ele é possível escanear livros e artigos, não é necessário
colocá-lo de forma correta, pois ele é capaz de virar o texto e organizá-lo, e ainda de
convertê-los para os mais diversos formatos, dentre eles o .pdf, .doc, .txt e .mp3,
facilitando a leitura dos deficientes visuais por meio de sintetizador de voz ou uma
faixa de mp3.
Existe também alguns softwares disponíveis no mercado para auxiliar os
deficientes visuais a usar o computador, como o DosVox, o sistema operacional
permite que pessoas cegas utilizem um microcomputador comum (PC) para
desempenhar uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência
no estudo e no trabalho; o Virtual Vision, software de leitura de telas desenvolvido
nacionalmente capaz de funcionar sobre os aplicativos mais comuns utilizados na
maior parte dos computadores (utiliza sistema operacional do Windows e reconhece
Word, Excel, Internet Explorer, Outlook, MSN, Skype, entre outros); o JAWS, ele lê
em voz alta o que está na tela do PC; o Magic, um software de ampliação de tela de
computador para pessoas com baixa visão, ampliar a tela em até 16 vezes, permite
escolher entre diversas configurações visuais e formas de exibição, uma versão com
voz permite ainda vocalizar textos da tela ao mesmo tempo em que esta é ampliada;
entre outros.
Muitas são as dificuldades que distanciam as pessoas com deficiência do
acesso à educação e de uma vida de inclusão. É nesta questão que atua a
tecnologia assistiva. O conceito abrange todas as ferramentas e orientações
desenvolvidas para ampliar as habilidades funcionais, promovendo maior autonomia
e participação no processo educacional. (SEE MG, 2016)
18

A inclusão de alunos com deficiência no ambiente acadêmico é um dos


maiores desafios da sociedade. As instituições estarem preparadas para receber
pessoas com deficiência é importante para garantir a inclusão social. Todas as
pessoas devem ter o direito e a possibilidade de aprender e estar presente no
ambiente acadêmico.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, nº
7.853, de 24 de outubro de 1989, art. 2º, ao Poder Público e seus órgãos cabe
assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos
básicos, inclusive dos direitos à educação, [...].

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida,


aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que
vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. “Louco” é
quem não procura ser feliz com o que possui. “Cego” é aquele que
não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem
olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. “Surdo” é
aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o
apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e
quer garantir seus tostões no fim do mês. “Mudo” é aquele que não
consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da
hipocrisia. “Paralítico” é quem não consegue andar na direção
daqueles que precisam de sua ajuda. “Diabético” é quem não
consegue ser doce. “Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.
(VILELLA, 2008, apud Instituto de Tecnologia Social (ITS BRASIL),
2008)

2.2 CONCEITO DE DEFICIÊNCIA VISUAL

A deficiência visual, seja de nascença ou adquirida é a perda total da


acuidade visual gerando a cegueira total ou perda de parte da visão o que se
domina como baixa visão. A Secretaria Especial de Direitos Humanos Ministério da
Justiça e Cidadania define Deficiência visual como: “pessoa que não possui a
capacidade física de enxergar por total falta de acuidade visual”.

2.3 CONCEITO DE PARALISIA CEREBRAL


19

A Paralisia Cerebral (PC) é caracterizada principalmente pela disfunção


motora, contudo, ela é frequentemente acompanhada de outras desordens, como o
retardo mental, defeitos sensoriais e epilepsia. (MILLER e CLARK, 1998 apud
ASSIS-MADEIRA & CARVALHO, 2009)
Não existe um conceito suficientemente amplo ou específico sobre PC, isto
pode ocorrer devido à etiologia e manifestações clínicas variadas. Desta forma, o
termo PC se refere ao grupo de condições crônicas que têm como denominador
comum a anormalidade na coordenação de movimentos, isto é, transtorno do tônus
postural e do movimento. (CÂNDIDO, 2004 apud ASSIS-MADEIRA & CARVALHO,
2009)

2.4 CONCEITO DE INCLUSÃO SOCIAL

Inclusão social é um conceito que começou a se gestar desde 1950 em


órgãos e instituições como a ONU, e que engloba uma série de projetos, políticas,
leis, serviços, etc., voltados, inicialmente, a atender pessoas com necessidades
especiais, visando a sua integração na sociedade, por meio da educação e do
trabalho digno. (FONTANA; VERGARA, 2006)
Um marco importante foi a convenção das Nações Unidas sobre os direitos
das pessoas com deficiência, ocorrida em 13/012/2006. Em 2009 o Brasil ratificou a
convenção através do decreto 6.948, reafirmando o compromisso do estado
brasileiro na inclusão e a participação igualitária das pessoas com deficiência. Além
disso, a Declaração universal dos direitos humanos diz que “todas as pessoas são
livres e iguais em dignidade e direitos”, e a Constituição Federal no art. 5º ratifica a
igualdade como direito fundamental.
Desde 1989 existe a Lei nº 7.853 que dispõe do direito de integração social
das pessoas com deficiência em ambientes educacionais, setores privados e
públicos. (SILVA, 2016)
O avanço da tecnologia tem mudado esse conceito, pois ferramentas como
leitores de tela, braile, impressoras baile, ampliadores, conversores de texto em
20

áudio, entre tantas outras tecnologias, tem se tornado poderosas ferramentas de


inclusão social. (SILVA, 2016)

2.5 CONCEITO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

Tecnologia Assistiva (TA) é um termo ainda novo, utilizado para identificar


todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover
vida independente e inclusão. (BERSCH & TONOLLI, 2006 apud BERSCH, 2013)
Percebe-se que a evolução da tecnologia caminha em direção da tomada de
uma vida com bem-estar. São utilizados com frequência ferramentas que foram
desenvolvidas para beneficiar e facilitar as atividades do dia a dia, tais como os
computadores, controle remoto, automóveis, celulares, relógio, enfim, existe uma
lista de recursos que estão presentes em nossa rotina, instrumentos que simplificam
a execução de nossas atividades.
Cook e Hussey (1995) definem a TA citando o conceito do ADA - American
with Disabilities Act (Americano com deficiência) como “uma ampla gama de
equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar
os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências”. (COOK &
HUSSEY, 1995 apud BERSCH, 2013, p. 22)
A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de
uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada
e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento.
(BERSCH, 2013)
Em suma, o objetivo maior da TA é proporcionar às pessoas com deficiência
maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de
sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado e trabalho. (BERSCH, 2013)
21

2.6 AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE INCLUSÃO

Graças a Lei nº 7.853 que obriga as escolas a aceitarem matrículas de alunos


com deficiência, o número de crianças e jovens nas salas de aula regulares não
para de crescer. (LOPES, 2010)
Porém, apesar de recebe-las ainda não se sabe como atender corretamente
essas crianças e jovens, pois há dúvidas em relação à eficácia da inclusão. (LOPES,
2010)

2.6.1 Gestão Administrativa

A lei 9.394, art. 2 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LBD) diz que a
educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho (BRASÍLIA, 2005), sendo assim, todos têm direito a frequentar a escola. É
dever o estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos
os equipamentos específicos necessários. (IBIDEM). Está prevista no art. 205 da
Constituição Federal: “A educação, direito de todos e dever do estado e da família”.
Não há uma regra que diz quantos alunos com deficiência podem ser
colocados na mesma sala, mas é adequado que sejam dois ou, em alguns casos,
até três por sala. (IBIDEM)
As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores pois grupos
pequenos favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores
encontram mais dificuldade para perceber as necessidades de cada um. (IBIDEM)
Segundo Lopes (2010) para tornar a escola inclusiva os gestores estaduais e
municipais devem organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e
fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que
vêm do governo federal.
22

2.6.2 Gestão da Aprendizagem

Ao promover a inclusão, é preciso rever o projeto político pedagógico pois


deve contemplar o atendimento à diversidade e o aparato que a equipe terá para
atender e ensinar a todos. E o currículo da escola deve prever a flexibilização das
atividades (com mais recursos visuais, sonoros e táteis) para contemplar as diversas
necessidades. (LOPES, 2010)
O aluno com deficiência deve ser matriculado junto com as crianças da
mesma idade. Mas os que têm deficiência intelectual ou múltipla exigem que o
gestor consulte profissionais especializados ao tomar essa decisão. (LOPES, 2010)
Não há dúvida de que quem tem deficiência aprende mesmo, sempre há
avanços, seja qual for a deficiência. (LOPES, 2010). Os alunos com deficiência não
atrapalham a qualidade de ensino em uma turma, ao contrário, sabe-se que todos
aprendem de forma diferente e que uma atenção individual do professor a
determinado estudante não prejudica o grupo. (LOPES, 2010)
Os alunos de inclusão devem ser avaliados de acordo com os próprios
avanços e nunca mediante critérios comparativos. Quando o estudante acompanha
o ritmo da turma, basta fazer as adaptações, como uma prova em braile para os
cegos. (LOPES, 2010)
Segundo Lopes (2010) a nota da escola nas avaliações externas não cai
quando ela tem estudantes com deficiência, porém há certa polêmica em relação
aos casos de deficiência intelectual. O MEC afirma que não há impacto significativo
na nota. Já os especialistas dizem o contrário.

2.6.3 Gestão de Equipe

O aluno tem direito à Educação regular em seu turno e ao atendimento


especializado no contraturno, responsabilidade que não compete ao professor de
sala. (IBIDEM)
23

O gestor pode buscar informações na Secretaria de Educação Especial do


MEC, na Secretaria de Educação local e em organizações não governamentais,
associações e universidades. Além do atendimento especializado, alunos com
deficiência têm direito a um cuidador, que deve participar das reuniões sobre o
acompanhamento da aprendizagem. (IBIDEM)
Para integrar o trabalho do professor ao do especialista é necessário
disponibilizar tempo e espaço para que eles se encontrem e compartilhem
informações. Essa integração é fundamental para o processo de inclusão e cabe ao
diretor e ao coordenador pedagógico garantir que ela ocorra nos horários de
trabalho pedagógico coletivo. (IBIDEM)
Promover encontros de formação e discussões em que sejam apresentadas
as novas concepções sobre a inclusão é uma forma de lidar com as inseguranças
dos professores. (IBIDEM), "o contato com teorias e práticas pedagógicas
transforma o posicionamento do professor em relação à Educação inclusiva" diz
Rossana Ramos professora da Universidade de Pernambuco (UPE).
Formação na própria escola é a solução para preparar os funcionários a lidar
com a inclusão, em encontros que permitam que eles exponham dificuldades e tirem
dúvidas. (IBIDEM)
É importante mostrar que essa demanda exige a dedicação de todos os
profissionais da escola", diz Liliane Garcez, da comissão executiva do Fórum
Permanente de Educação Inclusiva e coordenadora de pós-graduação de Inclusão
no Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz (CEVEC).
É possível também oferecer uma orientação individual e ficar atento às ofertas
de formação das Secretarias de Educação. (IBIDEM)

2.6.4 Gestão da Comunidade

Em casos de deficiências mais complexas, é recomendável orientar


professores e funcionários a conversar com as turmas sobre as mudanças que estão
por vir devido a chegada de colegas de inclusão, como a colocação de uma carteira
adaptada na classe ou a presença de um intérprete durante as aulas. (IBIDEM)
24

Quando o aluno com deficiência é agressivo a equipe gestora deve investigar


a origem do problema junto aos professores e aos profissionais que acompanham
esse estudante. Se a questão envolve reclamações de pais de alunos que tenham
sido vítimas de agressão, o ideal é convidar as famílias para uma conversa.
(IBIDEM).
Quando a criança com deficiência é alvo de bullying, é preciso elaborar um
projeto institucional para envolver os alunos e a comunidade e reforçar o trabalho de
formação de valores. (IBIDEM)
Os pais não precisam necessariamente ser avisados que há um aluno com
deficiência na mesma turma de seu filho, mas é importante contar às famílias no ato
da matrícula. Porém, alunos com quadro mais severo a inclusão dá mais resultado
se as famílias são informadas em encontros com professores e gestores. (IBIDEM).
Para lidar com a resistência dos pais de alunos sem deficiência, o argumento mais
forte é o da lei, que prevê a matrícula de alunos com deficiência em escolas
regulares. (IBIDEM). Outro caminho é apresentar a nova concepção educacional
que fundamenta e explica a inclusão como um processo de mão dupla, em que
todos, com deficiência ou não, aprendem pela interação e diversidade. (IBIDEM)
É importante alertar a família de que a matrícula é obrigatória. Quebrar
resistências exige mostrar os benefícios que a criança terá e que ela será bem
cuidada. Se houver recusa em fazer a matrícula, é preciso avisar o Conselho Tutelar
e, em último caso, o Ministério Público. (IBIDEM)

2.6.5 Gestão do Espaço

Ao buscar informações nas Secretarias de Educação e instituições que


apoiam a inclusão, cabe ao gestor perguntar sobre tudo o que está disponível.
(IBIDEM)
O MEC libera recursos financeiros para ações de acessibilidade física, como
rampas e elevadores, sinalização tátil em paredes e no chão, corrimões, portas e
corredores largos, banheiros com vasos sanitários, pias e toalheiros adaptados e
carteiras, mesas e cadeiras adaptadas. (IBIDEM)
25

Acerca da Gestão do espaço, há um decreto de número 5.296/2004 que


estabelece normas gerais e critérios de acessibilidade.
Porém, há um grande descompasso entre a demanda e a disponibilização
dos recursos. O processo nem sempre é rápido e exige do gestor criatividade para
substituir a falta momentânea do material. (IBIDEM)
Há diferença entre a sala de apoio pedagógico e a de recursos, a primeira é
destinada a qualquer aluno que precise de reforço no ensino, e a sala de recursos
oferece o chamado Atendimento Educacional Especializado (AEE) exclusivamente
para quem tem deficiência, algum transtorno global de desenvolvimento ou altas
habilidades. (IBIDEM)

2.6.6 Gestão de Material e Suprimentos

É preciso ter uma sala de recursos dentro da própria escola. A lei (QUAL
LEI?) diz que, no turno regular, o aluno com deficiência deve assistir às aulas na
classe comum e, no contraturno, receber o AEE preferencialmente na escola.
(IBIDEM).
Há duas opções para montar uma sala de recursos: a multifuncional (que o
MEC disponibiliza) tem equipamentos para todas as deficiências e a específica
(modelo usado por algumas Secretarias) atende a determinado tipo de deficiência.
(IBIDEM)
Enquanto a sala não for implantada, o gestor deve procurar trabalhar em
parceria com o atendimento especializado presente na cidade e fazer acordos com
centros de referência - como associações, universidades, ONGs e instituições
conveniadas ao governo. (IBIDEM)
Áudio-livros, jogos, computadores, livros em braile e mobiliário podem ser
requisitados à Secretaria de Educação local e ao MEC. (IBIDEM). "Para isso, é
preciso que a Secretaria de Educação apresente ao MEC um Plano de Ações
Articuladas", explica Claudia Dutra secretária de Educação Especial do Ministério da
Educação (MEC).
26

2.7 ESTUDO ATRAVÉS DA TECNOLOGIA ASSISTIVA

O desenvolvimento de produtos utilizando Tecnologia Assistiva para pessoas


com deficiência são muitas vezes fracassados. Boas ideias agregadas a tecnologia
resultam em dispositivos que, geralmente, não são utilizados pelo público alvo, pois
se percebe uma reprovação por parte das pessoas com deficiência. (KASTRUP et
al, 2009, p. 1)
Estudos que analisam esse problema sugerem que para corrigi-lo, a
implicação das pessoas com deficiência em todas as fases decisivas da produção e
a escolha de uso de tais dispositivos, sendo que o objetivo do trabalho estudado “[...]
consiste em investigar, principalmente do ponto de vista da experiência das pessoas
cegas voluntárias, a etapa inicial do processo de aprendizagem do dispositivo de
substituição sensorial visuo-tátil BrainPort.” (RIEMER-REISS & WACKER, 2000
apud KASTRUP et al, 2009, p. 2)
Através desse procedimento, é possível dar voz aos próprios deficientes
visuais, criando a possibilidade de que, através de suas falas, sua experiência seja
socialmente compartilhada. (IBIDEM)
Em relação ao estudo de Kastrup et al (2009), foi desenvolvido um estudo
com quatro pessoas voluntárias totalmente cegas, porém com vivências de
cegueiras diferentes, com idade entre 20 e 66 anos de ambos os sexos. O material
utilizado foi o dispositivo de sistema de substituição tátil-visual BrainPort®.

Pode-se esquematizar a composição do TVSS em quatro elementos:


(1) uma microcâmera que tem a função de converter a energia
luminosa em sinais elétricos; (2) um sistema informático constituído
por um computador, podendo ou não se substituir pela câmera; (3)
uma caixa de conversão que transforma o sinal visual captado pela
câmera em sinal tátil; e (4) uma matriz de estimulação elétrica ou
mecânica. No caso do BrainPort®, o computador é miniaturizado
(palmtop), e a matriz de estimulação é constituída de 100
microeletrodos distribuídos numa superfície de 2,54 por 2,54 cm. A
imagem tátil é, assim, explorada com a língua. (KASTRUP et al,
2009, p. 3)
27

De acordo com Kastrup et al (2009, p. 4), ao longo do treinamento surgiram


dificuldades que tornou necessário criar estratégias para contorná-las. As práticas e
estratégias que os experimentadores desenvolveram, tornou-se um método de
ensino chamado clínico-pedagógico.
Segundo Kastrup et al (2009, p. 4), o objetivo dos treinos era, sobretudo,
acompanhar o processo de aprendizado, identificando recorrências e criando
soluções para as dificuldades. A fim de deixar o aplicativo mais eficiente e
confortável, os participantes tiveram liberdade para se expressarem, tanto para dar
opinião quanto a dúvidas.
Para a aprendizagem bem-sucedida é necessária à prática acompanhada por
uma segunda pessoa, cujo papel é guiar no processo de acesso à experiência.
Realizada desta maneira, tal prática pode criar melhores condições para o
desenvolvimento de estratégias de superação de dificuldades próprias ao
aprendizado de uma nova tecnologia de percepção para pessoas com deficiência
visual, o que pode vir a contribuir, no futuro, para a ampliação do território existencial
de uma pessoa com deficiência visual e para sua participação mais efetiva na vida
social. (IBIDEM)

2.8 SOFTWARES PARA DEFICIENTES VISUAIS

As limitações do indivíduo com deficiência tendem a tornar-se uma barreira ao


aprendizado, desenvolver recursos de acessibilidade é uma maneira concreta de
neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos
ambientes de aprendizagem. (GALVÃO FILHO; DAMASCENO, 2002)
Existem alguns softwares disponíveis no mercado para auxiliar os deficientes
visuais, como o DosVox, o sistema operacional DOSVOX permite que pessoas
cegas utilizem um microcomputador comum (PC) para desempenhar uma série de
tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência no estudo e no trabalho,
também gratuito.
28

Figura 1: Tela Inicial Sistema DOSVOX (Elaboração Própria, 2017) 2


O Virtual Vision, software de leitura de telas desenvolvido nacionalmente
capaz de funcionar sobre os aplicativos mais comuns utilizados na maior parte dos
computadores (utiliza sistema operacional do Windows e reconhece Word, Excel,
Internet Explorer, Outlook, MSN, Skype, entre outros), é necessária a aquisição da
licença de uso definitiva do programa.
O JAWS, ele lê em voz alta o que está na tela do PC, gratuito somente para
teste; o Magic, um software de ampliação de tela de computador para pessoas com
baixa visão, ampliar a tela em até 16 vezes, permite escolher entre diversas
configurações visuais e formas de exibição, uma versão com voz permite ainda
vocalizar textos da tela ao mesmo tempo em que esta é ampliada; entre outros.

2
O sistema DOSVOX, foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ).
29

Figura 2: Tela Inicial Leitor de Tela Jaws (Elaboração Própria, 2017)3

2.9 SOFTWARES PARA PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL

Existem alguns softwares para pessoas com paralisia cerebral (PC), como o
Kit Saci II, um Teclado Virtual com sistema de varredura, é acionado pela barra de
espaços, pelo clique do mouse ou por outros acionadores, funciona com editor de
textos próprio, inclui também a calculadora amiga que tem um funcionamento
semelhante ao teclado.
O Eugénio, o Gênio das Palavras, programa feito para facilitar a digitação de
pessoas com limitações motoras, funciona com editor de textos próprio, o programa
sugere palavras para completar o texto que está sendo digitado.
O Comunique, software de comunicação com o objetivo de desenvolver a
Comunicação Alternativa oral e escrita de pessoas com problemas motores, o
software permite diferentes formas de acesso como teclado, mouse, joystick, tela
sensível ao toque, acionadores, sopro, voz entre outros.
Existe ainda um software desenvolvido na Fatec Tatuí, denominado Projeto
Marina, que se trata, inicialmente de um aplicativo para tablet com sistema android,
onde a pessoa com paralisia cerebral consegue manter um diálogo através de frases
prontas e pictogramas de seu próprio conhecimento, tudo isto por meio de síntese

3
O JAWS é o leitor de tela mais popular do mundo, porém seu alto custo faz com que os deficientes visuais
passem a buscar leitores gratuitos, como por exemplo o NVDA.
30

de voz que é gerada ao ser tocado na tela. Este aplicativo pode ser adaptado para
cada idade mediante ajustes e melhorias adequadas a necessidade de cada
usuário, conforme explica Vieira, et al (2016).

2.10 DEMAIS EQUIPAMENTOS QUE AUXILIAM OS DEFICIENTES

Nesta sessão serão apresentados alguns equipamentos de suma importância


para a vida cotidiana tanto dos deficientes visuais, como para as pessoas com
paralisia cerebral.

2.10.1 Máquina Braille

Para se falar em Máquina Braille, primeiro é necessário entender como Braille


foi criado. Lemos e Cerqueira (2014), afirma que O Sistema Braille, utilizado
universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas, foi inventado na França
por Louis Braille, um jovem cego, reconhecendo-se o ano 1825 como o marco dessa
importante conquista para a educação e a integração dos deficientes visuais na
sociedade.
O sistema Braille utiliza-se de seis pontos em relevo dispostos em duas
colunas, conforme mostra figura abaixo.

Figura 3: Disposição dos pontos Braille (Elaboração Própria, 2017)


31

A combinação desses pontos, permite a formação de sessenta e três


símbolos diferentes, que são empregados em textos literários nos diversos idiomas,
como também nas simbologias matemática e científica, em geral, na música e,
recentemente, na informática (LEMOS; CERQUEIRA, 2014). Abaixo alguns desses
símbolos, que formam o alfabeto Braille.

Figura 4: Alfabeto Braille4

A máquina de escrever em Braille nacional é constituída de 9 teclas, sendo


uma tecla de espaço, uma tecla de retrocesso, uma tecla de avanço de linha e 6
teclas correspondentes aos pontos. Esta máquina tem a capacidade de escrever 23
linhas e 42 colunas, utilizando o papel padrão sulfite A4. (Site: loja.laratec.org.br)

4
Disponível em: http://sobreadeficienciavisual.blogspot.com.br/. Acesso em: 03 de mar. 2017.
32

Figura 5: Maquina de datilografia Braille5

2.10.2 Reglete

A reglete foi desenvolvida pelo criador do método braile, Louis Braille. É um


instrumento que compreende celas para que as letras sejam escritas. A reglete
negativa pode ser encontrada em diversos tamanhos: a reglete de mesa que vem
com uma prancha de apoio, a reglete de bolso, que contém menor quantidade de
linhas e sem prancha e a reglete de página inteira, que contém uma prancha do
tamanho de uma folha A4.
Com a reglete a escrita deve ser feita da direita para a esquerda, já que as
palavras são lidas através do relevo, que é formado pelo punção (instrumento feito
em aço ou plástico, porém sem ponta nociva, que é utilizado para marcar o papel),
quando se afunda sua ponta no papel, ou seja, primeiro se escreve de trás para
frente e depois vira o papel para que a pessoa cega possa sentir o relevo na folha.

5
Disponível em: http://gustavofernando6anob.weebly.com/. Acesso em: 03 de mar. 2017.
33

Figura 6: Funcionamento da Reglete Negativa e Punção6

Figura 7: Forma de leitura e escrita pela reglete negativa7


Devido à dificuldade de se escrever de trás para frente, e a demora da
alfabetização, uma vez que é necessário aprender primeiro a ler e depois a
6
Disponível em http://www.tece.com.br. Acesso em: 03 de mar. 2017
7
Disponível em http://www.tece.com.br. Acesso em: 03 de mar. 2017
34

escrever, foi desenvolvida então a Reglete Positiva, nela os seis pontos braile, já
veem impressos na prancha. Para usá-la basta colocar uma folha de papel sulfite
entre as partes superior e inferior da régua. Com a ajuda do punção, que é como
uma caneta, você pressiona o papel, marcando-o e formando os pontos em relevo
que caracterizam as letras em Braille, escrevendo assim da esquerda para a direita.

Figura 8: Funcionamento da Reglete Positiva8

Figura 9: Forma de leitura e escrita pela reglete positiva9


2.10.3 Pictogramas

8
Disponível em: http://www.tece.com.br. Acesso em: 03 de mar. 2017
9
Disponível em http://www.tece.com.br. Acesso em: 03 de mar. 2017
35

O sistema de pictograma, conhecido como Sistema SPC (Símbolo de


Comunicação Pictórica), foi criado pela fonoaudióloga americana Roxanna Mayer
Johnson, é composto por um conjunto de símbolos divididos em seis categorias de
palavras: social, pessoas, verbos, descritivo, substantivos e miscelânea, podem ser
facilmente combinados com outros sistemas de símbolos, figuras ou fotos para a
criação da comunicação individualizada que auxiliam e muito as pessoas com
dificuldade na fala e nos movimentos como é o caso de uma pessoa com paralisia
cerebral. Abaixo alguns pictogramas para exemplificar de maneira clara a
usabilidade:

Figura 10: Pictograma de comunicação pessoal10

2.11 CENTRO PAULA SOUZA

Mediante a necessidade de Inclusão de Pessoa com Deficiência, o Centro


Paula Souza vem desenvolvendo um trabalho importantíssimo no que tange a
Inclusão Social no Estado de São Paulo, uma vez que consegue captar as
demandas de todas as regiões do Estado e a partir daí qualifica profissionais para
10
Disponível em http://www.assistiva.com.br/ca.html. Acesso em: 27 de maio. 2017
36

atendê-las.

Segundo Galhardi et al(s/d):


É impossível pensar a contemporaneidade sem vir à mente a
presença cada vez mais intensa de artefatos tecnológicos, seja na
aceleração do trabalho, em termos da produção de bens materiais,
na esfera cotidiana, como também na produção estética. Assim o
Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” participa
desse processo intensamente, como agente transformador,
manipulador e criador dessas tecnologias. Nesse sentido, os
egressos, como especialistas que são, transformam-se em um pivô
importante nas relações homem-máquina-sociedade, pois atuam
como aqueles que concretizam um pensamento em um objeto
tecnológico.

Um dos agentes de grande motivação para a Inclusão Social, é o


desenvolvimento de projetos, levando em conta a metodologia e o contato do aluno
com a realidade da comunidade e, utilizando desta motivação diminuir as diferenças
entre as pessoas com necessidades especiais através de uma estratégia sócio-
política, procurando assim diminuir a desigualdade social por meio de projetos não
apenas isolados, mas projetos que abranjam de forma incisiva os deficientes.
O aluno do Centro Paula Souza não deve passar à margem dessa discussão,
pois exerce um papel importante nesse processo, já que é um produtor de
tecnologia por excelência. Sua responsabilidade social não poderia ser
negligenciada e relegada ao segundo plano em sua formação. Torna-se importante
um exercício constante que envolva o conhecimento técnico-teórico adquirido nos
cursos, aliado à prática nessas iniciativas.
Parte-se do princípio que o contato com as tecnologias atuais de
comunicação e informação, trará de uma melhor inserção social, mesmo que ainda
tímida, abrindo novas possibilidades para os alunos com deficiência. No entanto,
prevê-se dificuldades e a necessidade de um tratamento diferenciado, pelo próprio
choque de gerações, e a velocidade com que se dá o processo de inclusão na
sociedade. Mas, justamente essas dificuldades, podem proporcionar um
aprendizado diferenciado, exigindo outras qualificações que não só as técnicas,
permitindo o desenvolvimento de outras habilidades e sensibilidades, aliadas ao
conhecimento técnico, que vêm enriquecendo a sua formação acadêmica.
(GALHARDI et al, s/d)
37

O Centro Paula Souza tem um trabalho voltado especialmente para alunos


com deficiência, conforme Galhardi et al (s/d):
O Regimento Comum das Escolas Técnicas Estaduais do Centro
Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza” sobre o Projeto de
Lei nº 0302/2009 dispõe no Título IV, Do Regime Escolar, Capítulo I,
Do Ingresso, Artigo 47 – Por razões de ordem didática e/ou
administrativa que os justifiquem, poderão ser utilizados
procedimentos diversificados para ingresso, sendo os candidatos
deles notificados na ocasião de sua inscrição. No manual do
candidato, no qual são apresentados as normas e os procedimentos
sobre o Processo Seletivo consta o seguinte item com orientações
para os portadores de necessidades especiais: o candidato portador
de necessidades especiais deverá informar sua condição na ficha de
inscrição eletrônica e, também, encaminhar o laudo médico, emitido
por especialista, descrevendo o tipo e o grau da necessidade, bem
como as condições necessárias para realizar a prova.

O Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”, a partir das


informações dos candidatos portadores de necessidades especiais, prepara provas
diferenciadas de acordo com as necessidades apresentadas. Alguns exemplos de
provas diferenciadas a serem adotadas no Processo Seletivo, encontram-se no
Quadro I.

Quadro I – Necessidades especiais para candidatos com deficiência

Necessidade Tipo de Prova

Motora Prova normal em sala de fácil acesso

Motora Prova ledor (fiscal para ler e transcrever a prova) e sala de fácil
acesso

Visual Prova ampliada (fonte 25)

Visual Prova braille

Visual Prova ledor (fiscal para ler e transcrever)

Dislexia Prova ledor (fiscal para ler e transcrever)

Mental Prova ledor (fiscal para ler e transcrever)

Auditiva Prova libra


Quadro 11: Candidatos com deficiência (Adaptado de Galhardi et al (s/d))
38

Assim feito, o Centro Estadual de Tecnologia Paula Souza compreende que é


necessário desfazer as barreiras físicas e humanas e promover às escolas
condições de acessibilidade e preparo para os educadores concernente as formas
apropriadas de relacionar-se e atender as necessidades específicas dos alunos com
deficiência. Por conseguinte, o Centro de Educação Tecnológica Paula Souza,
instituiu o objetivo: qualificação Técnica e Pedagógica para Inclusão de Pessoa com
Deficiência, com a finalidade de:
Estimular e orientar as escolas para acompanhamento de inclusão de alunos
com deficiência, nas unidades de ensino;
Projetar um perfil das unidades de ensino com relação à inclusão de alunos
com deficiência;
Reunir e consolidar experiências realizadas nas unidades de ensino para
Inclusão de Pessoa com Deficiência.
De acordo com Galhardi et al (s.d), o Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza possui parcerias com a Secretaria de Estado da Pessoa
com Deficiência, principalmente na elaboração de cursos específicos para atender a
demanda de Pessoa com Deficiência.
39

3 METODOLOGIA

Este trabalho tem como intuito apresentar alguns equipamentos e softwares


disponíveis para pessoas com deficiência visual e paralisia cerebral, e a forma como
a Fatec Tatuí promoveu a admissão em seu quadro de alunos de dois deficientes
visuais e um com paralisia cerebral.
Será abordado quais foram os recursos, tanto humanos quanto tecnológicos,
que garantiram atendimento em igualdade de condições com os demais
componentes da comunidade escolar, e mostrar como promover de fato a inclusão
social por meio da Tecnologia Assistiva (TA) de forma a possibilitar que os
deficientes possam vencer os desafios e sobreviver no ambiente competitivo do
mundo atual.
Este case será elaborado de forma qualitativa, revisão bibliográfica, pesquisas
em plataforma scielo, trabalhos de graduação, entrevistas com alunos deficientes
visuais do curso de Produção Fonográfica Alan da Silva e Luiz Henrique Kichel, a
aluna de Gestão Empresarial com paralisia cerebral Marina Magnoni Oliveira, bem
como entrevista com o Diretor da Fatec Tatuí, Prof. Dr. Mauro Tomazela e Vice-
diretor Prof. Dr. Anderson Luiz de Souza e os professores de apoio Prof. Karla
Cremonez Gambarotto, Prof. Cidiemerson Arquimedes Borges de Oliveira e Prof.
Maria Angelina Bueno Pereira Leite, essas entrevistas serão estruturadas, onde os
atores responderam um questionário previamente estabelecido.
No que tange ao conceito de estudo qualitativo, Godoy (1995) afirma que a
pesquisa qualitativa ocupa um reconhecido lugar entre as várias possibilidades de
se estudar os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas intrincadas
relações sociais estabelecidas em diversos ambientes.
De acordo com Gil (2002), pesquisa é como o procedimento racional e
sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são
propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente
para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra
em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao
problema.
40

A Pesquisa bibliográfica deve ser elaborada a partir de algumas etapas,


conforme afirma Gil (2002), seu número, assim como seu encadeamento, depende
de muitos fatores, tais como a natureza do problema, o nível de conhecimentos que
o pesquisador dispõe sobre o assunto, o grau de precisão que se pretende conferir à
pesquisa entre outros. Assim, qualquer tentativa de apresentar um modelo para
desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica deverá ser entendida como
arbitrária.
Este trabalho visa além da revisão bibliográfica de conceitos como deficiência
visual, paralisia cerebral, inclusão social e tecnologia assistiva, a elaboração de um
manual contendo informações relevantes de como as Fatec’s e demais instituições
acadêmicas devem promover de fato a inclusão social.

3.1 ESTUDO DE CASO

3.1.1 Análise In Loco da Fatec Tatuí

A Fatec Tatuí é uma instituição preocupada com a questão da Inclusão


Social, assim sendo, diante da integração em seu quadro de alunos, de dois
deficientes visuais e uma aluna com paralisia cerebral, a instituição buscou de forma
ágil e muito competente se adequar as necessidades básicas desses alunos, dando
a eles todo suporte necessário para chegarem ao seu objetivo final: a graduação.
Mediante a necessidade de adequação, buscou-se fazer a instalação de
pisos táteis no prédio, que é um piso diferenciado com textura e cor sempre em
destaque com o piso que estiver ao redor. Deve ser perceptível por pessoas com
deficiência visual e baixa visão em conformidade com a ABNT 9050/2004 e
13994/2000. (FROTA, 2009)
Ademais, buscou-se junto ao Centro Paula Souza que incluiu no seu
organograma a “Assessoria de inclusão da pessoa com deficiência”, sob os
cuidados da Prof.a Alessandra Aparecida Ribeiro Costa a acessibilidade
biopsicossocial dos alunos, professores e funcionários quando: dos impedimentos
41

nas funções físicas e motoras; dos fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;


da limitação no desempenho de atividades e da restrição de participação nas
atividades específicas quando dentro da unidade escolar.
Além da disponibilidade de equipamentos que adequam a visão como o
scanner de livros disponibilizado à Fatec Tatuí, e também na contratação de
auxiliares de inclusão, esses destinados à atenção da especificidade da deficiência
do aluno, que são os professores de apoio especializado e que acompanham cada
um dos alunos deficientes que estudam na instituição que é o objeto deste estudo.
Sendo assim, disponibiliza recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que
garantam atendimento em igualdade de condições com os demais componentes da
comunidade escolar. Esta instituição contou ainda com o apoio de alunos do curso
de Gestão de Tecnologia da Informação na elaboração de um software para auxilio
da aluna com paralisia cerebral, software esse denominado como Projeto Marina,
que teve relevância sendo ganhador do prêmio Feteps 2016 no eixo de Tecnologia.

3.1.2 Da instalação de pisos táteis

Para pessoas que enxergam, podem não fazer o menor sentido esses pisos
mas para as pessoas com cegueira ou baixa visão, fazem total diferença, pois, são
estes que orientam por onde os deficientes devem andar. Os pisos táteis são
divididos em duas categorias: piso tátil de alerta e piso tátil direcional.
Piso tátil de alerta é conhecido também como “piso de bolinha”, como o nome
já diz sua função é alertar, por isso é sempre instalado no início e fim das escadas e
rampas, em frente à porta de elevadores e até para alertar o deficiente visual de
obstruções que o mesmo não consiga identificar com a bengala. Já o piso tátil
direcional, tem a função de orientar o trajeto, principalmente em locais amplos sem
nenhum ponto de referência que possa ser detectado pela bengala, como por
exemplo guias de calçadas que são utilizadas pelos deficientes como ponto de apoio
e direção.
42

Figura 12: Piso Tátil (Elaboração Própria, 2016)

Figura 13: Piso tátil de alerta ou “piso bolinha” (Elaboração Própria, 2016)

Figura 14: Piso tátil direcional (Elaboração Própria, 2016)

3.1.3 Dos professores de apoio


43

Os professores de apoio, são profissionais especializados em cada uma das


deficiências acima conceituadas. No caso dos alunos deficientes visuais, os
professores de apoio transcreverem todo o material didático, bem como provas e
avaliações para o formato digital, permitindo que os alunos façam a leitura dos
arquivos através de um leitor de tela previamente instalado no notbook, já no caso
da aluna com paralisia cerebral, uma vez que seu cognitivo é preservado, a aluna
consegue acompanhar as explicações dos professores assim como os demais
alunos, a professora de apoio utiliza-se de uma pasta de pictogramas para facilitar a
comunicação com a aluna, e quando disponível, pode utilizar também um tablet com
sistema desenvolvido para atender a necessidade de comunicação da aluna,
permitindo assim maior autonomia. Este aplicativo atende pelo nome de Projeto
Marina.
(...) tendo por base o discurso dos professores de apoio educativo
(1º ciclo de Ensino Básico) da região educativa de Lisboa sobre as
suas práticas reais (reais e desejadas), conclui que no dizer desses
professores, a ação se faz pela acção no contexto e com a
intervenção dos próprios alunos, que as práticas educativas, como
tendência maioritária, apostam no apoio direto e individual ao aluno
considerado com necessidades educativas especiais e que os
modelos de actuação, relativamente desejável configuram o que são
as práticas realizadas. (SANCHES & TEODORO, 2003, P.3 apud
FLORES, 2013).

3.1.4 Do scanner de livros

O scanner de livros é um equipamento essencial para os deficientes visuais


no ambiente acadêmico, dando total autonomia aos mesmos uma vez que com ele é
possível escanear livros, artigos, entre outros, não necessitando colocá-lo de forma
correta no scanner, sozinho ele é capaz de virar o texto e organizá-lo e ainda de
convertê-los para os mais diversos formatos, dentre eles o .pdf, .doc, .txt e .mp3,
facilitando assim a leitura dos deficientes visuais por meio de sintetizador de voz ou
uma simples faixa de mp3. Este scanner foi colocado em uma sala criada na Fatec
Tatuí denominada como Sala de Acessibilidade.
44

Figura 15: Scanner de livros (Elaboração Própria, 2016)

Figura 16: Sala de Acessibilidade (Elaboração Própria, 2016)

3.1.5 Do Projeto Marina

O Projeto Marina aconteceu diante da necessidade de facilitar comunicação


da aluna com paralisia cerebral, não só com a professora de apoio como com as
demais pessoas de seu convívio. Segundo Vieira et al (2016):

[...] a questão norteadora do projeto foi a promoção da funcionalidade


relacionada à atividade e participação de pessoas com paralisia
cerebral que possuem mobilidade reduzida, visando sua autonomia,
independência, qualidade de vida e inclusão social por meio do
relacionamento interpessoal. A interatividade do usuário com o tablet
é facilitada pela comparação de frases ou pictogramas de seu próprio
45

conhecimento que, por meio da digitação de uma tecla no próprio


monitor, gera uma voz possibilitando ao usuário a liberdade na
elaboração do discurso durante o diálogo. Os resultados obtidos
mostraram um aumento na capacidade de comunicação da aluna.

Figura 17: Logo do Projeto Marina (2016)


46

4 ANALISE DOS RESULTADOS

No presente capítulo serão abordados os resultados obtidos por meio dos


questionários aplicados aos professores, alunos e diretores da instituição objeto
deste estudo.
O questionário supracitado mostrará temas como a importância da inclusão
social, qual a forma que a Fatec Tatuí recebe os alunos com deficiência, a estrutura
que a instituição possui para esses alunos e onde a faculdade foi buscar os recursos
necessários.

4.1 PERGUNTAS AOS PROFESSORES E DIRETOR

QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?

A inclusão social e de suma importância para um pais que


constitucionalmente estabelece que todos são iguais. Antes disso,
Prof. Dr. Mauro
diante do criador, somos todos seus filhos. Temos resistência a essa
Tomazela
igualdade de direitos, mas com dispositivos legais, e luta pelos
direitos, este quadro tende a ser revertido. Vamos minimizar as
diferenças.

Professora
Especialista: “Proporcionar a todas as pessoas da sociedade as mesmas
Karla Cremonez oportunidades, independente de cor, etnia, credo e/ou classe social”.
Gambarotto

Professor: “Permitir o acesso à informação e aos recursos existentes, além de


Cidiemerson melhorar a integração pessoal e estima de alunos com qualquer tipo
Borges de necessidades especiais”.

Professora: “Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à


Angelina Bueno inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de
direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos
padrões de normalidade estabelecido por um grupo que é maioria.
Nesse sentido, para estabelecermos uma ação de inclusão social,
primeiramente é necessário observar e identificar quais seriam
aqueles que estariam sistematicamente excluídos da sociedade, ou
seja, que não gozam dos seus benefícios e direitos básicos, como
saúde, educação, emprego, renda, lazer, cultura e outros.
Quando pensamos em inclusão, pensamos o quão importante é
47

democratizar os diferentes espaços para aqueles que não possuem


acesso direto a eles, oferecendo-lhes a autonomia que todos
almejam.
Apesar das diferenças, estas se fazem iguais quando essas
pessoas são colocadas em um grupo que as aceite, pois nos
acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos os
mesmos direitos e, recebendo as mesmas oportunidades diante da
vida”.
Quadro 18: Importância da Inclusão Social (Elaboração Própria, 2017)

De acordo com as respostas acima, pode-se constatar que os professores


entrevistados têm a mesma visão com relação a importância da Inclusão Social.
Para Aranha (2000), a inclusão tem como base a filosofia que reconhece e
aceita a diversidade na vida em sociedade, isto é, ter certeza do acesso de todos a
todas as oportunidades independente das especificidades de cada indivíduo.

O principal valor que permeia a ideia da inclusão é o configurado no


princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade
democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de
tratamentos, para que não se transforme em desigualdade social
(ARANHA, 2000).

NA SUA VISÃO, COMO A FATEC RECEBE O ALUNO COM DEFICIÊNCIA?


Recebe muito bem. A Fatec Tatuí procura entender a necessidade
especifica de cada caso sabendo que deficiência não é impeditivo
Prof. Dr. Mauro para que o aluno faça seu curso dentro das normas regimentais
Tomazela estabelecidas. A Fatec Tatuí está sempre atenta para se adequar as
diversas necessidades de inclusão.

“Busca por meios legais e pedagógicos promover a inclusão desse


Professora
público”.
Especialista:
Karla Cremonez
Gambarotto
“Todas as instituições de ensino recebem demanda de alunos ANE
(alunos com necessidades especiais), e são obrigadas a se
Professor:
adaptarem, quer seja em relação ao conteúdo, quer seja quanto às
Cidiemerson
suas instalações e profissionais. No meu ver, a FATEC vem se
Borges
esforçando para se adaptar, dentro das demandas de alunos
apresentadas”.
48

“Como os demais. Para a Fatec Tatuí, deficiência é apenas uma


característica física de alguns alunos, o que não impede que façam
Professora: o curso dentro do mesmo rigor e exigência estabelecido em Lei.
Angelina Bueno Porém, a Fatec Tatuí, vem buscando se adequar para receber
novos alunos que possuem características diferenciadas”.
Quadro 19: Como a Fatec recebe o aluno (Elaboração Própria, 2017)

Como citado pelos professores, a Fatec Tatuí juntamente com o Centro Paula
Souza, entende que os alunos com deficiência devem ser tratados de maneira
igualitária dentro das limitações de cada um.
Conforme descrito por Galhardi et al (s/d), o Centro Estadual de Educação
Tecnológica “Paula Souza” desenvolve ações de integração a alunos com
deficiência, dentre elas a capacitação Técnica e Pedagógica para a Inclusão de
Pessoa com deficiência, cujos objetivos descritos pelo autor são:

Fomentar e orientar as escolas para acompanhamento de inclusão


de alunos com deficiência, nas unidades de ensino;
Traçar um perfil das unidades de ensino com relação à inclusão de
alunos com deficiência;
Reunir e consolidar experiências realizadas nas unidades de ensino
para Inclusão de Pessoa com Deficiência. (Galhardi et al (s/d)).

QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?
Possui estrutura física adequada com sanitários específicos, rampas
de acesso, piso tátil e um setor específico no CPS que disponibiliza
equipamentos tecnológicos de apoio conforme a necessidade. Em
termos de acolhimento, os departamentos são orientados a dar
Prof. Dr. Mauro atendimento especial, tomando o cuidado para que este tratamento
Tomazela não seja diferenciado dos demais alunos, quanto as questões
didático/pedagógicas. Conforme o caso o Centro Paula Souza
autoriza a contratação de assistentes com a função de dar suporte
ao aluno nas atividades propostas em sala de aula bem como na
sua convivência com a comunidade.

Professora Sabendo que cada deficiência possui necessidades específicas para


Especialista: promover a inclusão, na área da deficiência visual, no período que
Karla Cremonez lecionei, a faculdade oferecia: um professor especialista em
Gambarotto deficiência visual e música, professor que acompanhava o aluno em
sala e atividades, um scanner para livros à tinta e um piso tátil na
entrada da unidade.
O material em braille era transcrito em máquina braille, mas, essa
não pertencia a faculdade.
49

Cada aluno utilizava um notebook próprio com as tecnologias


assistivas voltadas à deficiência visual.
Professor: Piso tátil, totens de orientação, scanner de livros, leitor/ reprodutor
Cidiemerson de áudio.
Borges
Quando falamos em estrutura, dividimos a em física, em
comportamental e em estrutura de ensino-aprendizagem e ou
didático-pedagógicas.
Física: a Fatec Tatuí possui dois blocos de ensino (Prédio I e Prédio
II), onde possui sanitários equipados e adequados para o
atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais;
possui rampas de acesso; cadeira de rodas, equipamentos de
áudio-descrição, bem como piso tátil (alerta e direcional) nos dois
blocos.
Comportamental: assim que começamos a receber alunos
especiais, todos os departamentos foram orientados quanto ao zelo
no atendimento com os mesmos, a atenção passou a ser redobrada
no tocante a entrada e saída dos alunos na Faculdade, bem como
fora da Faculdade – já no espaço da Rodovia.
Professora:
Ensino-aprendizagem e ou didático-pedagógicas: para o
Angelina Bueno
atendimento dos casos mais acentuados, como os pcd visuais e
deficiência motora, o Centro Paula Souza autoriza a contratação de
professores assistentes, das quais tem a função de acompanhar o
aluno em todo o período letivo, colaborando nas atividades
propostas em sala de aula e extraclasse, auxiliando no preparo de
provas, trabalhos e exercícios, bem como colaborando na promoção
e convívio desse aluno junto à comunidade fatecana.
A especificidade de cada caso é muito trabalhada na Fatec Tatuí. O
objetivo é fazermos com que o aluno sinta que a Faculdade é uma
extensão da casa dele e, que este ambiente seja o mais saudável e
prazeroso para, que assim, contemple a ele mais do que o título de
graduado no Ensino Superior, mas sim o título de cidadão autônomo
e independente, certo de que é capaz de buscar, de lutar e de
conquistar.
Quadro 20: Estrutura da Fatec para alunos deficientes (Elaboração Própria, 2017)

Consoante ao citado, a Fatec Tatuí enquanto instituição pública, juntamente


com o seu órgão regulador, Centro Paula Souza, busca adaptar-se de acordo com a
demanda de alunos com deficiência que recebe, tais medidas estão em consonância
com o art. 205 da Constituição Federal que diz que a educação é um direito de todos
e um dever do estado. No caso da deficiência visual, buscou adaptar os prédios com
pisos-táteis, a aquisição por meio do CPS de scanner de livros, adaptar os softwares
utilizados para matérias específicas, como exemplo, Mixagem e Masterização. No
caso da deficiência motora, existem sanitários adaptados, elevadores e cadeira de
rodas.
50

Existem diversas maneiras que as faculdade e universidades podem se


adaptar para buscar os recursos necessários, para que estes alunos tenham maior
autonomia. Díaz, diz que:

“[..] é preciso que a legislação sobre acessibilidade da pessoa com


deficiência no ambiente universitário seja mais respeitada, e o
atendimento das especificidades de cada tipo de deficiência sejam
implementadas tanto por instituições públicas como por instituições
privadas. (DÍAZ, F., et al., 2009)

ONDE A FATEC FOI BUSCAR RECURSO PARA ADAPTAÇÃO DESSES


ALUNOS?
Em casos específicos, o Centro Paula Souza disponibiliza
equipamentos tecnológicos para facilitar no processo de ensino
aprendizagem e para outras necessidades específicas. Também
Prof. Dr. Mauro disponibiliza como recurso a contratação de assistentes para
Tomazela acompanhamento do aluno. Também trabalhamos em programas
específicos para atendimento a essas necessidades (site para pcd
visuais, aplicativo em tablet ou celular para deficiência motora, uso
de plataformas acessíveis para mixagem e masterização musical
entre outras tantas ações de inclusão).
Professora
Especialista: Do que sei, em parceria com o centro Paula Souza e o Governo do
Karla Cremonez Estado de São Paulo.
Gambarotto
Professor:
Cidiemerson Não soube informar.
Borges
Professora: Foi um processo de ensino-aprendizagem conquistado dia após dia.
Angelina Bueno O Centro Paula Souza disponibilizou dois equipamentos para áudio-
descrição de livros, muito úteis durante todo o processo. Além disso,
sempre que solicitado e embasado em laudos médicos, autoriza a
contratação de professores assistentes.
Mas o processo ensino-aprendizagem é mais valioso. No decorrer
dos anos, da socialização dos alunos à comunidade fatecana, fomos
nos adaptando a fim de melhor atendê-los. Em muitos exemplos, os
próprios alunos pcd visuais norteavam o trabalho de implantação ou
de diretrizes a serem tomadas pela diretoria da Fatec Tatuí. Um
exemplo disso foi à implantação do primeiro site da rede Centro
Paula Souza a receber adaptações para que os alunos e demais
pcd visuais navegassem pelo mesmo com autonomia e igualdade de
direitos.
Outros exemplos que podemos citar são: a autorização do uso de
plataformas acessíveis para mixagem e masterização musical e até,
o desenvolvimento de software específico que foi customizado por
colegas da própria faculdade para atender à necessidade pessoal
da aluna Marina Mattos, software esse que recebeu o título de
51

primeiro colocado na Feteps – feira tecnológica do Centro Paula


Souza.
Quadro 21: Onde a Fatec foi buscar recursos (Elaboração Própria, 2017)

A busca por recursos, se deu através do Centro Paula Souza, uma vez que a
instituição preza pela Inclusão Social e pela igualdade de direitos. Galhardi (s/d), diz
que:

Diminuir essas diferenças pode ser uma estratégia sócio-política


importante ou, principalmente do ponto de vista dos que são
excluídos de fato, uma estratégia de sobrevivência. Daí a importância
das iniciativas de Inclusão Social, criando-se projetos os mais
diversos que vão desde a iniciativa voluntária isolada até projetos
mais ambiciosos, procurando diminuir o fosso dessas desigualdades
sociais. (GALHARDI, COSTA, s/d)

4.2 PERGUNTAS AOS ALUNOS

QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?

É imprescindível para que nós alunos com algum tipo de deficiência


possamos acompanhar os estudos com qualidade equivalente aos
Alan da Silva demais estudantes. Isso só é possível quando a inclusão é feita de
uma forma séria e responsável.

A importância se dá na possibilidade de uma vivência plena, onde


as oportunidades igualitárias e o contato estreito com a sociedade,
permite, não só a pessoa com
Luiz Henrique
deficiência se desenvolver em quanto ser humano, bem como
Kichel
combater o pensamento capacitista que está enraizado na
sociedade.

É importante para que o deficiente seja reconhecido na sociedade.


Pois, todos tem o direito de estudar, trabalhar, levar uma vida
Marina Magnoni
normal. As pessoas não sabem que os deficientes são iguais a
qualquer outra pessoa.
Quadro 22: Importância da Inclusão para alunos (Elaboração Própria, 2017)
52

Para os alunos da Fatec Tatuí com deficiência, a inclusão social tem papel
fundamental nas oportunidades postas no dia a dia. Os alunos da instituição objeto
deste estudo, mostraram que é possível educar e formar pessoas com deficiência
em escolas regulares.

Um entendimento sobre a inclusão é que ela tem como objetivo


incentivar as escolas e reconsiderar sua estrutura, as metodologias
de ensino, a formação de grupo de alunos e o uso do apoio a fim de
responder as necessidades percebidas de todos os seus alunos.
(FARREL, 2008).

COMO FOI SEU ACOLHIMENTO NA FATEC TATUÍ?

Para mim foi bem tranquilo tanto por parte da direção como dos
Alan da Silva
professores.

O processo se deu, inicialmente, de forma muito tranquila, tendo em


vista que antes do meu ingresso como aluno, tive algum contato
com a coordenação do curso de produção fonográfica para sanar
Luiz Henrique
algumas dúvidas sobre a grade curricular, bem como obter uma
Kichel
primeira impressão de quão aberta e/ou receptiva seria a instituição
mediante a possível entrada de uma pessoa cega no corpo discente.

Inicialmente tiveram alguns professores e colegas que não me


conheciam e acharam que eu era deficiente intelectual, porém,
Marina Magnoni
mudaram seu pensamento quando viram que sou capaz de fazer
muita coisa. Mas de modo geral fui bem acolhida.
Quadro 23: Acolhimento dos deficientes à Fatec Tatuí (Elaboração Própria, 2017)

O corpo docente da Fatec Tatuí, bem como a direção e demais funcionários,


buscaram no primeiro momento compreender as especificidades de cada aluno com
deficiência, e juntamente com os professores de apoio, obter instruções de como
compor seu material didático-pedagógico de forma acessível.
Como exemplo podemos citar o curso de Produção Fonográfica onde nas
matérias de Introdução à Acústica para Produção Fonográfica e Eletricidade e
Eletrônica I, os professores elaboraram ondas sonoras em arame e circuitos
elétricos desenhados em relevo com cola quente, para que os alunos com
53

deficiência visual pudessem de forma tátil entender o conteúdo que aos demais
visualizavam em tinta.

QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

Com minha chegada na instituição o diretor conseguiu trazer para a


Fatec Tatuí um scaner de livros, e também um aparelho leitor de
mp3 para utilizarmos com áudio livros. Sendo que este último não foi
utilizado por mim já que tenho notebook próprio com leitor de tela
Alan da Silva possibilitando assim a minha independência no quesito da leitura de
áudio books. Já o scaner foi muito útil pois com ele foi possível fazer
a leitura com total autonomia dos livros, que não tem ainda sua
publicação digitalizada disponível para download.

Luiz Henrique
Não informou.
Kichel

A Fatec de Tatuí tem uma boa estrutura para receber os alunos com
deficiência, e na maioria dos casos são contratados professores
Marina Magnoni
especializados para nos acompanhar e ajudar nas atividades da
faculdade.
Quadro 24: Estrutura da Fatec para alunos deficientes (Elaboração Própria, 2017)

O CPS com o desenvolvimento de ações voltadas especialmente para alunos


com deficiência, busca promover a inclusão não apenas no âmbito social, mas
disponibilizando hardwares, como citado pelos alunos, o scanner de livros que foi de
suma importância e o leitor de MP3, que só não foi utilizado, pois, os alunos com
deficiência visual fazem uso de notebooks próprios com leitores de tela. Desta
forma, Galhardi (s/d) diz que:

“O Centro Estadual de Tecnologia Paula Souza entende que é


necessário romper barreiras físicas e humanas e dar às escolas
condições de acessibilidade e preparo para gestores e educadores
em relação às formas mais adequadas de conviver e atender as
necessidades específicas dos alunos com deficiência” (GALHARDI,
s/d)
54

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi analisar por meio de um Estudo de Caso, como
foi a adequação da Fatec Tatuí para a inserção de alunos com deficiência visual e
com paralisia cerebral em seu corpo discente, assim sendo, destacamos pontos
positivos nesta adequação, onde a participação ativa do Centro Estadual de
Educação Tecnológica “Paula Souza”, foi e tem sido um diferencial na vida de
pessoas com deficiência, dando possibilidades para que as pessoas possam
alcançar seus objetivos de forma autônoma.
A instalação dos pisos-táteis nos prédios da intuição, deram aos deficientes
autonomia para encontrar a entrada dos prédios sem necessitar a todo tempo de um
acompanhante vidente, destacamos também a obtenção de equipamentos, já
citados como o Scanner de livros, que foi de extrema importância para que os
alunos tivessem acesso a artigos, a trabalhos de graduação, e todos tipo de livros
disponível na biblioteca da instituição, que muitas vezes, não existem em formato de
mídia.
Tangente a aluna com paralisia cerebral, a instituição possuí desde
elevadores a sanitários adaptados, professor de apoio e um software desenvolvido
na própria instituição que leva o nome da estudante, denominado inicialmente como
Projeto Marina, que foi de suma importância para a vida acadêmica e pessoal da
aluna. Vale ressaltar que dada a importância do software, o mesmo recebeu prêmio
em 2016, na 10ª Feira Tecnológica Feteps 2016.
Para chegar a esta conclusão, pesquisamos artigos científicos que destacam
a importância da Inclusão Social, a importância do conhecimento das Tecnologias
Assistivas e como fazer com que a Inclusão saia do papel e ocorra na prática.
A Fatec Tatuí mostrou excelência na adaptação da instituição e o corpo
docente tem incentivado cada vez mais seus alunos à terem olhar altruísta quando o
assunto é Inclusão Social e Tecnologia Assistiva, sendo assim diversos outros
55

trabalhos têm sido desenvolvidos, com o intuito de facilitar e integrar totalmente as


pessoas com deficiência no ambiente acadêmico.
Como parte da análise deste trabalho, realizamos entrevistas com pessoas
fundamentais tanto no processo da adaptação da instituição como as pessoas que
fizeram uso na prática dessas adequações. E os resultados obtidos por meio destas
entrevistas, concordam com os autores estudados na revisão bibliográfica.
Ainda há muito que se aprender e ensinar a respeito tanto de Inclusão Social
como de Tecnologia Assistiva, uma vez que ainda existem pessoas que os tomam
por incapazes, enquanto na verdade, a única coisa que precisam é de oportunidades
e recursos para que possam mostrar seus conhecimentos e aptidões.
Sendo assim, mediante as contribuições obtidas com este estudo, fica
proposto como sugestão de continuidade deste trabalho: Melhoria e Aplicação do
Guia de Acessibilidade elaborado por alunas da Fatec Tatuí, em outras Fatecs e
demais instituições de ensino.
56

REFERÊNCIAS

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ASSUNTOS JURÍDICOS. Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política
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57

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GERAIS. Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Minas
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<https://www.educacao.mg.gov.br/component/gmg/page/16998-educacao-especial-
na-perspectiva-da-educacao-inclusiva>. Acesso em: 15 nov. 2016

MORENO, Patrícia Gláucia. Lecture. Fatec Tatuí, Tatuí, São Paulo. Março 31, 2017.

SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita. ASSISTIVA: Tecnologia e Educação.


2017. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/index.html>. Acesso em: 24 maio
2017.

SILVA, Monique Cristina Pereira. Desenvolvimento de um software acessível


para deficientes visuais na faculdade de tecnologia de Tatuí. 2016. 106 f. TCC
(Graduação) - Curso de Gestão da Tecnologia da Informação, Faculdade de
Tecnologia de Tatuí, Tatuí.

TECE, Tecnologia e Ciência Educacional. Do sonho a estratégia: um caminho


coletivo. Manual de uso de regletes. s/d. Disponível em:
<http://www.tece.com.br/painel/uploads/Manual de uso de produtos_regletes
communicare alpha e alfabeto.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2016.
60

TÉCNICAS, Abnt - Associação Brasileira de Normas. Elevadores de passageiros -


Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência. 2000.
Disponível em:
<http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/pessoa-
deficiencia/ABNT-NBR-13994>. Acesso em: 25 jun. 2017.

TÉCNICAS, Abnt - Associação Brasileira de Normas. Acessibilidade a edificações,


mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2004. Disponível em:
<http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/
[field_generico_imagens-filefield-description]_24.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2017.
61

APENDICE A - QUESTIONÁRIO PROF. DR. MAURO TOMAZELA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação
do curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento
sobre as informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma
alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

1 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
2 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
3 O projeto está na fase de conclusão
4 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de
retirar o consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a
pesquisa termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade
de retirar o consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto.
Todas as informações serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do
participante,

Tatuí, 28/03/2017

_________________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

_________________________________________
62

Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável

QUESTIONÁRIO

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?

A inclusão social e de suma importância para um pais que


constitucionalmente estabelece que todos são iguais. Antes disso, diante do
criador, somos todos seus filhos. Temos resistência a essa igualdade de
direitos, mas com dispositivos legais, e luta pelos direitos, este quadro tende
a ser revertido. Vamos minimizar as diferenças.

2) NA SUA VISÃO, COMO A FATEC RECEBE O ALUNO COM DEFICIENCIA?

Recebe muito bem. A Fatec Tatuí procura entender a necessidade especifica


de cada caso sabendo que deficiência não é impeditivo para que o aluno faça
seu curso dentro das normas regimentais estabelecidas. A Fatec Tatuí está
sempre atenta para se adequar as diversas necessidades de inclusão.

3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

Possui estrutura física adequada com sanitários específicos, rampas de


acesso, piso tátil e um setor específico no CPS que disponibiliza
equipamentos tecnológicos de apoio conforme a necessidade. Em termos de
acolhimento, os departamentos são orientados a dar atendimento especial,
tomando o cuidado para que este tratamento não seja diferenciado dos
demais alunos, quanto as questões didático/pedagógicas. Conforme o caso o
Centro Paula Souza autoriza a contratação de assistentes com a função de
dar suporte ao aluno nas atividades propostas em sala de aula bem como na
sua convivência com a comunidade.

4) ONDE A FATEC FOI BUSCAR RECURSO PARA ADAPTAÇÃO DESTES


ALUNOS?
63

Em casos específicos, o Centro Paula Souza disponibiliza equipamentos


tecnológicos para facilitar no processo de ensino aprendizagem e para outras
necessidades específicas. Também disponibiliza como recurso a contratação
de assistentes para acompanhamento do aluno. Também trabalhamos em
programas específicos para atendimento a essas necessidades (site para pcd
visuais, aplicativo em tablet ou celular para deficiência motora, uso de
plataformas acessíveis para mixagem e masterização musical entre outras
tantas ações de inclusão).
64

APENDICE B - QUESTIONÁRIO PROFA. KARLA C. GAMBAROTTO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação do
curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento sobre as
informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

5 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
6 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
7 O projeto está na fase de conclusão
8 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o
consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a pesquisa
termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade de retirar o
consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto. Todas as informações
serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do participante,

Tatuí, 28/03/2017

_________________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

_________________________________________
Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável

QUESTIONÁRIO
65

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?

Proporcionar a todas as pessoas da sociedade as mesmas oportunidades,


independente de cor, etnia, credo e/ou classe social.

2) NA SUA VISÃO, COMO A FATEC RECEBE O ALUNO COM DEFICIENCIA?

Busca por meios legais e pedagógicos promover a inclusão desse público.

3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

Sabendo que cada deficiência possui necessidades específicas para


promover a inclusão, na área da deficiência visual, no período que lecionei, a
Faculdade oferecia: um professor especialista em deficiência visual e musica,
professor que acompanhava o aluno em sala e atividades, um scanner para
livros à tinta e um piso tátil na entrada da unidade.
O material em braille era transcrito em máquina braille, mas, essa não
pertencia a faculdade.
Cada aluno utilizava um notbook próprio com as tecnolognologias assistivas
voltadas à deficiência visual
5) ONDE A FATEC FOI BUSCAR RECURSO PARA ADAPTAÇÃO DESSES
ALUNOS?

Do que sei, em parceria com o centro Paula Souza e o Governo do Estado de


São Paulo.

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PROF. CIDIEMERSOM A. B. DE OLIVEIRA


66

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação do
curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento sobre as
informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

9 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
10 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
11 O projeto está na fase de conclusão
12 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o
consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a pesquisa
termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade de retirar o
consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto. Todas as informações
serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do participante,

Tatuí, 28/03/2017

______________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

Cidiemerson Arquimedes Borges de Oliveira


Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável

QUESTIONÁRIO
67

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?

Permitir o acesso à informação e aos recursos existentes, além de melhorar a


integração pssoal e estima de alunos com quaisquer tipo de necessidades
especiais.

2) NA SUA VISÃO, COMO A FATEC RECEBE O ALUNO COM DEFICIENCIA?

Todas as instituições de ensino recebem demanda de alunos Ane (alunos


com necessidades especiais), e são obrigadas a se adaptarem, quer seja em
relação ao conteúdo, quer seja quanto às suas instalações e profissionais. No
meu ver, a fatec vem se esforçando para se adaptar, dentro das demandas
de alunos apresentadas.

3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

piso tátil, tótens de orientação, SCANNER DE LIVROS, LEITOR/


REPRODUTOR DE ÁUDIO.

4) ONDE A FATEC FOI BUSCAR RECURSO PARA ADAPTAÇÃO DESSES


ALUNOS?

APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO PROFA MARIA ANGELINA B. P. LEITE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)


68

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação do
curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento sobre as
informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

13 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
14 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
15 O projeto está na fase de conclusão
16 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o
consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a pesquisa
termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade de retirar o
consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto. Todas as informações
serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do participante,

Tatuí, 28/03/2017

_________________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

_________________________________________
Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável
QUESTIONÁRIO

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?

Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à inclusão


social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem
69

cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecido


por um grupo que é maioria.
Nesse sentido, para estabelecermos uma ação de inclusão social,
primeiramente é necessário observar e identificar quais seriam aqueles que
estariam sistematicamente excluídos da sociedade, ou seja, que não gozam
dos seus benefícios e direitos básicos, como saúde, educação, emprego,
renda, lazer, cultura e outros.
Quando pensamos em inclusão, pensamos o quão importante é democratizar
os diferentes espaços para aqueles que não possuem acesso direto a eles,
oferecendo-lhes a autonomia que todos almejam.
Apesar das diferenças, estas se fazem iguais quando essas pessoas são
colocadas em um grupo que as aceite, pois nos acrescentam valores morais e
de respeito ao próximo, com todos os mesmos direitos e, recebendo as
mesmas oportunidades diante da vida.

2) NA SUA VISÃO, COMO A FATEC RECEBE O ALUNO COM DEFICIENCIA?


Como os demais. Para a Fatec Tatuí, deficiência é apenas uma característica
física de alguns alunos, o que não impede que façam o curso dentro do
mesmo rigor e exigência estabelecido em Lei.
Porém, a Fatec Tatuí, vem buscando se adequar para receber novos alunos
que possuem características diferenciadas.
3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER
ESSES ALUNOS?
Quando falamos em estrutura, dividimos-a em física, em comportamental e
em estrutura de ensino-aprendizagem e ou didático-pedagógicas.
Física: a Fatec Tatuí possui dois blocos de ensino (Prédio I e Prédio II), onde
possui sanitários equipados e adequados para o atendimento dos alunos
portadores de necessidades especiais; possui rampas de acesso; cadeira de
rodas, equipamentos de áudio-descrição, bem como piso tátil (alerta e
direcional) nos dois blocos.
Comportamental: assim que começamos a receber alunos especiais, todos os
departamentos foram orientados quanto ao zelo no atendimento com os
mesmos, a atenção passou a ser redobrada no tocante a entrada e saída dos
70

alunos na Faculdade, bem como fora da Faculdade – já no espaço da


Rodovia.
Ensino-aprendizagem e ou didático-pedagógicas: para o atendimento dos
casos mais acentuados, como os pcd visuais e deficiência motora, o Centro
Paula Souza autoriza a contratação de professores assistentes, das quais tem
a função de acompanhar o aluno em todo o período letivo, colaborando nas
atividades propostas em sala de aula e extraclasse, auxiliando no preparo de
provas, trabalhos e exercícios, bem como colaborando na promoção e
convívio desse aluno junto à comunidade fatecana.
A especificidade de cada caso é muito trabalhada na Fatec Tatuí. O objetivo é
fazermos com que o aluno sinta que a Faculdade é uma extensão da casa
dele e, que este ambiente seja o mais saudável e prazeroso para, que assim,
contemple a ele mais do que o título de graduado no Ensino Superior, mas
sim o título de cidadão autônomo e independente, certo de que é capaz de
buscar, de lutar e de conquistar.

4) ONDE A FATEC FOI BUSCAR RECURSO PARA ADAPTAÇÃO DESSES


ALUNOS?
Foi um processo de ensino-aprendizagem conquistado dia após dia. O Centro
Paula Souza disponibilizou dois equipamentos para áudio-descrição de livros,
muito úteis durante todo o processo. Além disso, sempre que solicitado e
embasado em laudos médicos, autoriza a contratação de professores
assistentes.
Mas o processo ensino-aprendizagem é mais valioso. No decorrer dos anos,
da socialização dos alunos à comunidade fatecana, fomos nos adaptando a
fim de melhor atendê-los. Em muitos exemplos, os próprios alunos pcd visuais
norteavam o trabalho de implantação ou de diretrizes a serem tomadas pela
diretoria da Fatec Tatuí. Um exemplo disso foi à implantação do primeiro site
da rede Centro Paula Souza a receber adaptações para que os alunos e
demais pcd visuais navegassem pelo mesmo com autonomia e igualdade de
direitos.
Outros exemplos que podemos citar são: a autorização do uso de plataformas
acessíveis para mixagem e masterização musical e até, o desenvolvimento de
71

software específico que foi customizado por colegas da própria faculdade


para atender à necessidade pessoal da aluna Marina Mattos, software esse
que recebeu o título de primeiro colocado na Feteps – feira tecnológica do
Centro Paula Souza.

APENDICE E - QUESTIONÁRIO MARINA MAGNONI

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)


72

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação do
curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento sobre as
informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

17 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
18 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
19 O projeto está na fase de conclusão
20 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o
consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a pesquisa
termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade de retirar o
consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto. Todas as informações
serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do participante,

Tatuí, 28/03/2017

_________________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

_________________________________________
Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável

QUESTIONÁRIO

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?


73

É importante para que o deficiente seja reconhecido na sociedade. Pois,


todos tem o direito de estudar, trabalhar, levar uma vida normal. As pessoas
não sabem que os deficientes são iguais a qualquer outra pessoa.

2) COMO FOI SEU ACOLHIMENTO NA FATEC TATUÍ?

Inicialmente tiveram alguns professores e colegas que não me conheciam e


acharam que eu era deficiente intelectual, porém, mudaram seu pensamento
quando viram que sou capaz de fazer muita coisa. Mas de modo geral fui bem
acolhida.

3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

A Fatec de Tatuí tem uma boa estrutura para receber os alunos com
deficiência, e na maioria dos casos são contratados professores
especializados para nos acompanhar e ajudar nas atividades da faculdade.

APENDICE F - QUESTIONÁRIO ALAN DA SILVA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)


74

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação do
curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento sobre as
informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

21 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
22 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
23 O projeto está na fase de conclusão
24 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o
consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a pesquisa
termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade de retirar o
consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto. Todas as informações
serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do participante,

Tatuí, 28/03/2017

_________________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

_________________________________________
Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável

QUESTIONÁRIO

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?


75

É imprescindível para que nós alunos com algum tipo de deficiência


possamos acompanhar os estudos com qualidade equivalente aos demais
estudantes. Isso só é possível quando a inclusão é feita de uma forma séria e
responsável.

2) COMO FOI SEU ACOLHIMENTO NA FATEC TATUÍ?


Para mim foi bem tranquilo tanto por parte da direção como dos professores.

3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

Com minha chegada na instituição o diretor conseguiu trazer para a fatéc tatuí
um scaner de livros, e tambêm um aparelho leitor de mp3 para utilisarmos
com audio livros. sendo que este ultimo não foi utilisado por mim já que tenho
notbook proprio com leitor de tela pocibilitando assim a minha independência
no quezito da leitura de audio books. já o scaner foi muito util pois com ele foi
possivel fazer a leitura com total altonomia dos livros, que não tem ainda sua
publicação digitalizada disponivel para download.

APENDICE G - QUESTIONÁRIO LUIZ HENRIQUE KICHEL

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)


76

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário, de um projeto de graduação do
curso de Gestão da Tecnologia da Informação da Fatec Tatuí. Após o esclarecimento sobre as
informações a seguir. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Professor Responsável: Profa. Ms. Patrícia Glaucia Moreno


Telefone para contato: (15) 997061373

25 Descrição da pesquisa, objetivos, detalhamento dos procedimentos, forma de


acompanhamento.
26 O presente estudo tem como objetivo analisar como se deu a inclusão na Fatec Tatuí
27 O projeto está na fase de conclusão
28 Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o
consentimento a qualquer tempo. Para melhores resultados é previsto que a pesquisa
termine em 24 de abril de 2017. É previsto a garantia expressa de liberdade de retirar o
consentimento, sem qualquer prejuízo em qualquer etapa do projeto. Todas as informações
serão mantidas em absoluto sigilo, mantendo a privacidade do participante,

Tatuí, 28/03/2017

_________________________________________
Nome e Assinatura do Professor Responsável

_________________________________________
Nome e Assinatura do Sujeito ou Responsável

QUESTIONÁRIO

1) QUAL A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO SOCIAL?


77

A importância se dá na possibilidade de uma vivência plena, onde as


oportunidades igualitárias e o contato estreito com a sociedade, permite, não
só a pessoa com deficiência se desenvolver em quanto ser humano, bem
como combater o pensamento capacitista que está enraizado na sociedade.

2) COMO FOI SEU ACOLHIMENTO NA FATEC TATUÍ?

O processo se deu, inicialmente, de forma muito tranquila, tendo em vista que


antes do meu ingresso como aluno, tive algum contato com a coordenação do
curso de produção fonográfica para sanar algumas dúvidas sobre a grade
curricular, bem como obter uma primeira impressão de quão aberta e/ou
receptiva seria a instituição mediante a possível entrada de uma pessoa cega
no corpo discente.

3) QUAL É A ESTRUTURA QUE A FATEC TATUÍ POSSUI PARA RECEBER


ESSES ALUNOS?

ANEXO A - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROF. DR. MAURO TOMAZELA


78
79

ANEXO B - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROFA. KARLA C.


GAMBAROTTO
80

ANEXO C - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROF. CIDIEMERSOM A. B. DE


OLIVEIRA
81

ANEXO D - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO PROFA MARIA ANGELINA B. P.


LEITE

ANEXO E - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO MARINA MAGNONI


82

ANEXO F - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO ALAN DA SILVA


83

ANEXO G - AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO LUIZ HENRIQUE KICHEL


84
85

APENDICE H - GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INCLUSÃO DE PESSOAS


COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

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