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Caderno Cultural Ano I Nº 4 Julho de 2009

DAVI SOARES
PÁGINA 2

EDITORIAL
Alagoinhas! Falta de
cultura ou falta de
incentivo cultural?
Capitólio abre
as portas da
percepção
O homem de Barro.

PÁGINA 6

Cinema de Qualidade
no Interior

Cinéfilos.

PÁGINA 8

Cineasta Alagoinhense
é selecionado para
fazer documentário do
projeto 26 Docs

Maquinário
de película do
Marcelo Villa Nova. Cine Laguna.
2 Caderno Cultural - Ano I - Nº 4 - Julho de 2009

EDITORIAL
Igreja Inacabada de Alagoinhas:
ALAGOINHAS! FALTA DE CULTURA um filme antropofágico
OU FALTA DE INCENTIVO CULTURAL? Gente, o pensamento cinematográfico do alagoíndio voltou!
Esta pergunta todo o tempo alguns poucos empresários e alguns deles são a falta de

DÓREA
A Igreja Velha, em vez de templo: a Igreja Velha +
me é pertinente por um donos antigos de quase tudo lazer, entretenimento, falta cenário de filme de terror, praça e ruas entorno + o
motivo muito óbvio: ao em Alagoinhas, são donos de de incentivo à cultura e ao é aqui e agora o ponto de Parque Municipal da cidade
distribuir o jornal ouço com postos de combustível que esporte. O que seria de uma
partida para se desenterrar (uma área de milhares de
muitíssima freqüência“... e fazem cartel, são empresá- tarde de domingo não fosse
e esconjurar a cabeça de metros quadrados) como a
Alagoinhas tem cultura?”. rios que são donos de rádio, o Atlético de Alagoinhas no
Esse questionamento é per- donos do terminal coletivo, Carneirão? jegue que habita a cidade. possibilidade de construção
tinente quando se passa um isso lembra até a ditadura Quantas cidades no Brasil Cena 1: Não adianta vigí- do Museu Homem Livre.
fim de semana em Alagoi- militar, e estes não investem tem uma cervejaria? Quanto lias e orações macabras, pois Eis algunas questões funda-
nhas, no entanto, devo dizer um centavo em cultura, lucra uma cervejaria do por- a igreja de Santo Antonio mentais para começarmos a
que a cultura de Alagoinhas educação, esporte, porque te da Schincariol? A popula- não vai cair; Cena 2: Quem pensar sua estrutura: 1) o que
não está somente nos fins certamente nos fins de sema- ção deve ficar atenta a tudo apostou no desenvolvi- simboliza, nos cinco continen-
de semana, a cultura de Ala- na vão para outras cidades que a cidade tem e que não mento da cidade a partir tes, as principais formas de
goinhas está também em seu ou estão em bares. Outro dia é explorado. Quantas leis de da Estação São Francisco já resistência à ocidentalização
povo, patrimônio imaterial em uma conversa informal incentivo à cultura são apli- começou a perder a aposta; do mundo? 2) O que, nos Máscara, obra do
da cidade, no patrimônio com um funcionário de cadas em Alagoinhas? E a lei Cena 3: Olhar para a cinco continentes, poderia ser artista Litho Silva.
material arquitetônico, na cargo alto de uma grande Rouanet, algum empresário Igreja Velha e a Estação Sao selecionado como experi-
ferrovia, na ligação que Ala- empresa de Alagoinhas, ele sabe o que é? Francisco como um asno ências radicais da liberdade Experimentação do pala-
goinhas tem com o cinema e me falou: “Não é interes- Alguém teve a infeliz olhando para um palácio é humana? 3) O que, da cidade dar. Experimentação da
com a arte, além da ebulição sante pra gente investir em idéia de fazer o poder públi- comer merda enlatada sem de Alagoinhas, levar para esse audição. Experimentação
cultural de todos os grupos cultura, porque cultura não co juntar com instituições
nem mesmo sentir o cheiro; museu? 4) Como distribuir do toque e do tato. Experi-
que se reúnem para discutir, dá dinheiro”, eu não sabia privadas para restaurar
Cena 4: Onde estão os os elementos constitutivos da mentação do cheiro. Entre
fomentar e mobilizar a se agradecia por ele pensar praças públicas em troca de
cultura na região, como já assim, pois dessa forma “Ala- isenções de impostos, isso documentos e promessas do criação antropofágica – diag- essas miríades de imagens,
foi citado nesse jornal pelo goinhas não seria tomada tornou Alagoinhas um lugar IPAC sobre esses monumen- nóstico, terapêutica, antídotos, instalações, performances,
professor Osmar Moreira, por uma indústria cultural cheio de praças públicas e tos de Alagoinhas? Como na ambiência do museu? ambientes interativos, etc.,
a exemplo do Coletivo que explorasse da pior forma sem mais nada pra fazer. a atual política do IPHAN Imagem, instalação, am- a refazerem a percepção,
Odradec de Cinema, Varal os talentos locais”, ou se Quantas vezes é preciso ir deixaria de ser um simulacro biente interativo, simbolizan- deve haver, em vários
Cultural, Waka, Alagoinhas achava aquele discurso tão a bares e a praças públicas amarrado à Lei Rouanet do uma sociedade contra o pontos do museu e sob di-
sem Fronteiras, Núcleo de vazio e burro, e por isso, para que se enjoe destes? e apoiaria o Movimento estado (Tupinambás na Amé- ferentes perspectivas, uma
Estudos da Subalternida- perigoso e inconseqüente. Contudo, a passividade com Alagoinhas Livre e sem Fron- rica Latina) + software livre/ cabeça de jegue como se
de, Núcleo de Estudos da A cidade de Alagoinhas que vive grande parte do teiras? Cena 5: Professores tecnologia criativa e socialista fosse um antídoto contra
Oralidade, Teafro, Diadorim, está crescendo, mérito povo de Alagoinhas perante de escolas municipais e norte-americana + a música orações macabras, ganân-
Nutopia, Chão da Escola, nenhum para prefeitura ou empresários e o poder públi- estaduais que não envolve- atonal africana + comuna de cia comercial, conformismo
Figam, Grupo de Estudos competências do governo, co só faz corroborar com a rem centenas de estudantes Paris/Europa + estetização da esquizofrênico, alienação
em arte, Nata, Cultura e simplesmente segue uma falta de incentivos cultu- numa reflexão séria sobre natureza/Austrália + o amor pedagógica, destruição
Anarquismo em Lênin e onda de crescimento do rais. “A grande maioria dos essas ruínas não apenas como estilo de vida/Palestina permanente da própria
Trotski. Contudo, é notável a Brasil, que aliás segundo homens serve ao Estado não
estão alienados quanto às (entre outras imagens sugeri- identidade, política pública
falta de incentivos culturais o governo, está saindo da como homens propriamen-
questões locais, mas condu- das por dezenas de coletivos) faz de conta, história como
na cidade pelo poder público crise, mas está crescendo te, mas como máquinas,
e privado. também a violência, o uso com seus corpos”, disse o zindo gerações sucessivas a distribuidas estéticamente no esteira rolante, e vida espi-
A falta de incentivos cul- de drogas por jovens, prin- escritor estadunidense Hen- autofagia, isto é, a auto- museu do homem livre, não ritual fundada no niilismo e
turais na cidade é tamanha cipalmente o “crack”, uma ry Thoreau, em seu livro “A destruição identitária; Cena só serão factíveis nos próxi- na vontade de nada.
que se tornou uma coisa das drogas mais perigosas, desobediência Civil”. 6: A vida espiritual não faz mos 05 anos, mas suficientes De onde sairia a bufunfa,
natural para seus habitan- sem falar no número de O descaso com o dinheiro o menor sentido se não para mudar definitivamente a cara pálida, para se jogar
tes, fazendo-os sem muita alcoólatras. O significativo público e a falta de incentivo estiver fundada num radical imagem cultural e econômica fora num empreendimento
revolta questionar a cultura crescimento da violência, cultural do poder público materialismo cultural, cuja da cidade de Alagoinhas e tão maluco e delirante,
em Alagoinhas. A cidade é da droga, entre outros, se dá e privado não só são uma beleza e completude implica microrregião. pode se perguntar os
claramente dominada por por vários fatores, é claro, afronta aos cidadãos de Ala- uma afirmação da vida onde O ser livre, perambulando latifundiários e criadores de
goinhas como sem dúvida quer que ela rebente: isto é, pelo museu, não é só um esta- asnos. Para uma resposta à
são tirânicos, já que há uma a construção de uma estéti- do de espírito, mas um estado altura, apresentamos como
opressão para que se viva ca da existência no planeta de choque: para se desmontar instituição jurídico-política
uma vida medíocre, a tirania terra; Cena 7: orações ma- a mente condicionada e se o Movimento Alagoinhas
para a mediocridade, e essa cabras, ganância comercial, remontar os caminhos que Livre e Sem Fronteiras, e
tirania se estende à saúde, à
conformismo esquizofrêni- tirarão/colocarão os visitantes seus inúmeros coletivos
educação e principalmente
co, alienação pedagógica, do grande labirinto antropofá- associados e associáveis.
ao trabalhador, que com o
salário no bolso depois de destruição permanente da gico e cênico. Só a antropofagia nos
um mês de trabalho não tem própria identidade, política O artista plástico alagoindio une criativamente, políti-
em que gastar em entreteni- pública faz de conta, vida Lithosilva desenhou o espaço camente, esteticamente
mento na cidade, restando- espiritual fundada no niilis- do museu como sendo uma e continentalmente.
lhe apenas “cerveja, cerveja, mo e na vontade de nada, mão aberta em que a palma
cerveja... cerveja!”. constituem uma ilusão de indica o labirinto e os dedos Lima/Peru,
realidade que atravessa as vias de entrada e de saída, 27 de julho de 2009.
Écristio Raislan Davi Soares uma novela cotidiana que envolvendo o que há de mais
Editor precisamos combater per- libertário nos cinco continen- Prof. Dr. Osmar Moreira
manentemente. tes e nos cinco sentidos. osmar.moreira@uol.com.br
ERRATA: Na última edição do Expresso 18 tivemos uma pequena falha na diagramação na coluna Contos&Causos, na página 8. O Para combater essa Portanto, provocação (Coordenador do Programa
conto “Sorria, você está sendo atordoado” foi dividido em dois textos, quando na verdade é um texto só. Faltou também colocar a
ilusão de realidade, completa para uma outra de Pós-Graduação em Crítica
autoria do conto, que é do escritor e poeta alagoinhense, Fagner Oliveira. Pedimos desculpas ao autor e ao nosso leitor. Em breve
propomos essa imagen- experimentação do olhar. Cultural)
publicaremos contos inéditos de Fagner. Aguardem!
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EXPRESSO 18 PRODUÇÕES - CNPJ: 10.850.114/0001-84


Av. Antonio Paolilo, 191, Jardim Pedro Braga, Alagoinhas-BA REDAÇÃO
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Isolda Libório (textos), Rildo Ferreira e Carlos Dórea (Fotos).
Editor: Davi Soares SETOR COMERCIAL
Jornalista responsável: Paulo Dias DRT/BA-1903
Textos: Bárbara Cecília Neves, Davi Soares, Isis Favilla e Moisés Morais.
Isis Favilla (Alagoinhas e região) Joctã Moura (Salvador e região metropolitana)
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Capitólio abre as portas da percepção


Luis Motobu de ler as legendas de trás
para frente. Mas antes do
Do outro lado cido pela sétima arte excita da sociedade.
luismotobu@hotmail.com a imaginação dos homens O Capitólio trouxe as
cinema, Alagoinhas foi um da tela e das mulheres em torno mudanças provocadas pelo
Pela pequena porta late- dos grandes centros de te- do poder, do prazer, da be- Rock and Roll, sob a face
ral, com apenas 12 anos, atro do Estado, com várias leza, do amor, da busca de bem comportada de Elvis e
adentrava furtivamente, peças sendo encenadas no identidade e da vontade de da Jovem Guarda, mas tam-
clandestinamente, a sala salão Cid Bastos, comanda- eternizar-se”. bém revelou seu furor com
escura do Cine Capitólio, das pelo avô do vice-prefei- O bang-bang – Wester- os filmes como Juventude
início dos anos 70, uma re- to Marco Antunes, Marcel nes – predominava: Os Transviada (Nicolas Ray,
pentina e curta sensação de Boiron, grande produtor e brutos também amam (Ge- 1955), O Selvagem (László
susto, esmagada por uma diretor com respeitabilida- orge Stevens,1953), Ras- Benedek, 1954), Caçada Hu-
outra maior de deslumbra- de em todo o Estado, tra- tros de ódio (John Ford, mana (Arthur Penn, 1966),
mento. Era o final do pri- zendo para a Alagoinhas a (1956), O homem que ma- Sem Destino (DenisHooper,
meiro filme. Justamente o tradição cultural paulista tou o facínora (John Ford, 1969), Perdidos na Noite
fragmento desse considera- e francesa, de certa forma, 1962), Meu ódio será tua (Schlesinger, 1969), A noi-
do filme de menor impor- como descendente direto herança (Sam Peckinpah, te dos desesperados (Sidney
tância que marcou minha que era. 1969),Por um punhado de Pollack, 1969), entre ou-
relação com o cinema. Na Zequinha Azi, ao cons- dólares,(1964), O dólar fura- tros. Nessa esteira, ouvem-
Écristio Raislan
tela imensa, um homem truir o cinema e batizá-lo do (Kelvin Podget),Django se boatos na cidade de uma
imenso diz para uma mu- com seu sobrenome “Azi”(o (Sergio Corbucci, 1966), suposta festa, envolvendo
lher belíssima: “Perdou, mesmo que passaria a ser cos, do setor político, onde mundial e nacional. Sob o Ringo(Dulcio Tessari, 1966). a juventude local e estu-
mas não reconcilio”. Fiquei chamado Capitólio) traz também se destacavam os ponto de vista da informa- Mas também exibiam-se dantes de Salvador. Um es-
tão impactado que nada o fogo que projeta na tela grandes jogadores de fute- ção, o cinema pouco acres- filmes de grande densidade cândalo e um marco da li-
lembro do filme principal. os mágicos 24 quadros por bol. Nas matinês os namo- centou, pois a cidade vivia dramática como Casablan- beração sexual feminina. A
Jamais tinha visto nada segundo, coloca tudo isso ricos, depois um passeio na uma realidade mais com- ca (Michael Kurtz, 1942), cena social também passa a
igual. Muitos anos depois em um gigantesco prédio, estação. Iniciava a noite, a plexa do que a protagoni- Gilda (Charles Vidor,1946), ser alterada com a presença
é que fiquei sabendo que que abriga um das máqui- Siciliana e a Euterpe toca- zada pelos grandes atores Cantando na Chuva (Gene da mulher de forma efetiva
aquela aparição era Vicente nas mais sofisticadas do vam, antes ou depois da americanos. Kelly,1952), Sabrina (Billy e crescente, consolidada a
Celestino e que aquela era país, marca Simplexa. O sessão de cinema. Fim da Um típico romance Wilde, 1954), A um passo partir da segunda metade
a última cena do “Ébrio”. jornalista Belmiro Deusde- exibição noturna, as ga- Hollywoodiano envolveu a da eternidade (Fred Zin- dos anos 70.
Meu pai me contava que te, garoto ainda, assistiu o rotas seguiam com os pais filha de um bancário e um nemann,1954), Suspiro de Muita coisa mudou de lá
os jovens trabalhadores movimento de mulheres para casa, os homens pe- artista plástico com gran- uma saudade (Henry King, pra cá. Reduziu-se o núme-
dos trapiches e curtumes de longo e homens engra- netravam no mundo dos de talento e sem dinheiro. 1955), Melodia Imortal (Ge- ro de operários da ferrovia,
saiam de Alagoinhas Velha vatados, cabelos repletos jogos. Apostavam no sinu- Algo intenso e emblemá- orge Sidney,1956), Tarde de- privatizada; a televisão se
para o cinema. Levavam os de laquê e brilhantina, na ca em um grande clube, tico, que lembra a clássi- mais para esquecer(Leo Mac- tornou hegemônica, o ci-
sapatos nas costas, porque noite de estréia, no início localizado onde funcionou ca cena onde James Dean Carey, 1957), Amor sublime nema foi ocupado por uma
o bairro era interligado ao dos anos 60, lotando seus o Hotel Denver, e atual- adentra a mansão do pai Amor(Robert Wise, 1961), igreja protestante, a cultura
centro da cidade por uma 1300 lugares. O ator do fil- mente, existe uma revenda de sua amada todo cober- Doutor Jivago (Davis Lean, foi relegada ao esquecimen-
estrada de terra. Próximo me dessa noite de puro es- de celular. Passavam nos to de petróleo em “Assim 1962). Crisanto Borges, to, ícones do patrimônio
ao Hospital Dantas Bião, plendor foi Mario Lanza. O prostíbulos, na rua onde Caminha a Humanidade”. jornalista, poeta hakaísta, histórico estão desaban-
aportavam em uma casa Capitólio foi também pal- encontra-se o escritório do O advogado Alfredo Ferrei- que tinha uma bombonie- do, o pornô-axé-music e o
para lavar os pés e calçá- co de grandes Shows des- Supermercado Central, e ra, ex-diretor do Centro de re para sobreviver, observa pornô-pagode ecoam no
los. Contava que iam, an- de Roberto Carlos a Cauby pela madrugada se entre- Cultura e ex-secretário de que os sons e imagens do fundo de automóveis, o
tes do Capitólio existir, Peixoto. gavam às serenatas. Exis- Ação Social, compreende cinema permitem aos in- Alagoinhas Jornal fechou
para o Cine Teatro Popular Em resumo, todas as tia um nível relevante de que a ficção tem poder de se divíduos sonharem acor- as portas; provavelmente se
de “Seu” Benigno. Nessa grandes estrelas do anos segregação racial e social, associar a realidade de for- dados, despertarem para tenha começado uma onda
época, existia também o 60 passaram por aqui até mas Alagoinhas também, ma sutil e avassaladora. “As a alteridade do mundo, de demolição dos casarões
cinema do Clube dos Fer- mesmo Dalva de Oliveira. como a América, retratada imagens extraordinárias do expandirem a consciência históricos, atentem. Que
roviários. Se agrupavam Ali ocorriam também os nos filmes, era a terra de cinema se comunicam com e ampliarem as portas da o cinema volte a nos ilu-
na geral que ficava atrás da programas de calouros. A promessas, terra de opor- a dimensão subterrânea do percepção. Ele entende que minar em 24 quadros por
tela, onde o filme passava vida social de Alagoinhas tunidades. Os operários da inconsciente coletivo, e as- o cinema tem o poder de segundo. “Renascerão as
invertido e todos tinham era marcada com persona- leste estavam antenados sim revela os desejos mais revelar a estranheza, a par- cidades submersas? Os ho-
que adquirir a habilidade lidades dos campos artísti- com o movimento político profundos. O fascínio exer- te reprimida das pessoas e mens submersos voltarão?”

TV & VÍDEO Jornal Expresso 18 ganha versão para Tv, on-line


O jornal Expresso 18 ga- uma programação recheada proporcionará aos seus teles- por programa. Uma vez por
ECRISTIO RAISLAN

nha sua versão para TV, para todas as idades. A nova pectadores a oportunidade mês terá um entrevistado,
on-line, que será exibi- TV online, ainda em pro- de, literalmente, poder ver e seja da psicologia, da política,
do no próximo mês pela cesso de definição, contará acompanhar o crescimento da educação, que seja sempre
internet e em DVDs. Na com programas de cultura, econômico, cultural e educa- de grande importância para
mesma linha do jornal educação, esporte, lazer, cional da região. as comunidades regionais.
impresso, o jornal televi- culinária e debates para o O jornal on-line trás não Da importância do jornal
sionado tem como prin- público jovem. só um resgate cultural da on-line como fonte histórica
cipal objetivo explorar o Entendendo o forte cresci- memória da região – carac- se pode dizer que: não menos
potencial local e regional, mento da região de Alagoi- terística principal do jornal importante que o resgate cul-
um potencial latente, que nhas e a necessidade de uma Expresso 18 impresso -, como tural da memória da região,
já vem sendo mostrado comunicação mais dinâmica também, e principalmente, o noticiamento dos acon-
no jornal impresso e que, para acompanhar esse cres- informações imediatistas, tecimentos, seja de política,
através do jornal, está se cimento - que se reflete na como é próprio do caráter cultura, economia, esporte
descobrindo como parte região, como no mundo, de um jornal televisionado. ou lazer servirão como uma
de um processo cultural em um crescimento da uti- Nesse sentido, o jornal terá valorosa fonte histórica para
que vem sendo resgatado lização do audiovisual e de um formato jovem, com a atualidade e para o futuro.
desde suas raízes históri- novas mídias atualmente, matérias curtas noticiando Além de estabelecer uma im- Parte da equipe do Expresso 18: (da esq. para
cas. Essa é uma iniciati- em que se pode assistir a um esporte, política, economia, portantíssima comunicação dir.) Indira Vasconcelos (assistente de produção),
va da Vapor Filmes, que programa de tv ou entrar em meio ambiente, lazer, arte e audiovisual entre empresas, Davi Soares (editor), Isis Favilla (produtora) e
pretende lançar na rede o um site através de um celu- cultura; com gravação uma comunicadores, mobilizado- Ivone Maia (colaboradora).
mais novo e interativo ca- lar - o Jornal Expresso 18, em vez a cada 15 dias, editado res culturais, representantes
nal de TV da cidade com sua versão para tv, on-line, para duração de 15 minutos de governo e a sociedade.
4 Caderno Cultural - Ano I - Nº 4 - Julho de 2009

ARTIGO&PROSA

Circo: Das Ruas para os Palcos

FOTOS: M MORENO
Pamela Pitágoras ras na Idade Média. Mas números de equilíbrio perdas e falências de cres-
pampitagoras@hotmail.com só foi na Inglaterra, no sobre cavalos. No Brasil, “lonas” tradicionais, cente
século XVIII, que o cha- as primeiras manifes- conseguiu manter viva núme-
O momento da che- mado “circo de picadei- tações da arte circense a sua manifestação ro de
gada do circo causava ro” teve seu nascimento, também ocorreram no ganhando os palcos, grupos e
agitação em qualquer com apresentações de século XVIII, com o lugar antes renegado aos “tru-
cidade. Qual criança não surgimento das famílias
fam artistas circenses. pes” que
experimentou a sensação circenses, originárias
originá de Atualmente, vem ga- espalham
de curiosidade e medo ambulantes e ciganos.
cig nhando força as escolas alegria pelas
na chegada de um circo. Mas toda essa
e e cursos que ensinam e praças afora.
Porque essa arte tradi- história de tradição
trad e propagam a arte circense, O circo
cional, considerada uma arte sofreu gran-
gra além de inúmeros espetá- é a arte do
verdadeira manifestação des abalos com
co o culos teatrais e encontros acaso, onde
da cultura popular, ainda surgimento dosd voltados para a pesquisa cada espetáculo
é tão apreciada, mesmo meios de entre-
en e troca entre os pratican- se molda pela
com a concorrência tenimentos
tenimento mo- tes dessa arte. Na Bahia, aproximação com
dos modernos meios dernos, como
co existe a Escola Picolino o público. No circo,
de comunicação. O que a televisão
televisã e o de Arte de Circo, locali- a inversão da ordem
esse lugar que misturar cinema. Mui- zada em Salvador, além natural das coisas
diversos elementos sob tos chegaram
cheg da recentemente funda- é essencial, pois os
uma mesma lona tem de a decretar
decre da “Escola de Palhaço”, espetáculos utilizam a
fascinante? a morte
mor que é um curso técnico estrapolação dos limites,
Ainda é discutida qual do circo,
ci de formação profissional, em que o desafio da vida Circos
seria a origem do circo. e que
qu com duração de dois e da morte se transforma
Pesquisadores acreditam mesmo
me anos. Outras manifes- em arte. É no circo que rando o real com irreal.
que o circo recebeu influ- passan-
pa tações da arte também os desejos e fantasias O circo sempre manterá
ências dos gregos, dos ro- do
d por vêm sendo contempla- podem ser explorados, a sua magia, seja coberto
manos e dos artistas que algu-
a das, com cursos e encon- transformando loucura por uma lona, em praças
se apresentavam em fei- mas tros de malabarismo e o em algo natural, mistu- ou sob um palco.

BREVE HISTÓRICO

No interior do cinema Diretora dos curtas


“¿Nome?” (MiniDV) , “Na
Esperança” (MiniDV),
É uma tarefa muito difícil entender o que é a lingua- uma tarefa muito difícil uma variedade enorme de fato isso é uma ferramen-
“Operator”, (16mm),
escrever para um público gem de cinema e que po- em termos de ferramentas formatos (celular, MiniDV, ta que, sabendo aproveitar,
tão especial e que mes- dem existir pretensões dis- conseguir realizar um curta película, câmera de segu- pode render muitos retor-
“Recuperando a Inocência”
mo estando tão longe é tintas na hora de se realizar metragem. Conseguir uma rança, de computador, foto- nos. Hoje não precisamos (MiniDV) entre outros.
minha gente, minha raiz. um filme. Fazer parte de um câmera e uma ilha de edição grafias, etc.) e tem também esperar que a informação Assistente de direção do
Faz mais de dez anos que circuito industrial, ou ter o não era simples. Hoje em uma grande variedade de chegue até nós, podemos ir Longa Metragem “Estranhos”
saí de Alagoinhas para es- aval de um público específi- dia, com o avanço da tec- linguagens. Sempre tem coi- atrás dela mesmo sem sair de de Paulo Alcântara (2007)
tudar e desses faz quase co, ou concretizar uma idéia nologia, está cada vez mais sas que acho muito boas e casa. Compramos livros pela e de diversos curtas como
oito que não vou pesso- artística, tudo isso são op- fácil conseguir as ferramen- sempre tem coisas que acho internet, nacionais e impor- “Doido Lelé” de Ceci Alves
almente, a não ser pelo ções válidas, mas distintas, tas para realizá-lo. Temos muito ruins, mas tudo isso tados, temos acesso a quase (2008), “Nego Fugido” de
contato em internet com e muitas dessas colocações câmeras cada vez menores e faz parte de tentar entender qualquer autor, sem contar Marília e Cláudio Marques
os amigos daí. são altamente discutíveis, acessíveis, como a do celu- esse universo, as motivações os inúmeros livros, artigos e
(2008), entre outros.
Mas bem, falar de curta? talvez intermináveis. Mas lar. E qualquer computador de cada realizador e os pro- textos que estão disponíveis
Falar de cinema? É tam- como se trata de uma “con- pode fazer edições simples. pósitos de realizar uma obra. na rede. Mas claro, temos
Produtora executiva do longa
bém outra tarefa muito versa informal” me atrevo a O que sempre é difícil é Acho que o 5 Minutos é uma que saber fazer escolhas e “Tudo isso me Parece um
complexa para ser realiza- tais colocações. a concepção de uma boa grande escola, e esse ano fi- saber usar o tempo e as ferra- Sonho” de Geraldo Sarno
da em tão pouco tempo. Em conseqüência da mos- idéia, e mais difícil ainda quei muito contente que ele mentas. Se não aprendemos (2008), ganhador do Prêmio
Estudei cinema na Fa- tra de curta que acontecerá a realização dessa idéia em vai se ampliar pelo interior como utilizar este instru- de melhor roteiro e melhor
culdade de Tecnologia e aí, vou falar um pouquinho linguagem fílmica. Mas da Bahia, inclusive aí em mento, pode ser uma grande diretor no festival de Brasília.
Ciência e fiz um intercâm- da minha experiência com com essas ferramentas na Alagoinhas. Vai acontecer perda de tempo. Montadora de institucionais e
bio na Universidade de esse formato. Por muito mão e o “poder experimen- uma mostra dos vídeos pre- Como realizadora apenas vídeo clipes além da maioria
Buenos Aires. Lugar para tempo acreditei que o curta tar” há um caminho facili- miados em algumas edições fiz curtas metragem, e muitos dos seus curtas.
o qual eu voltei para fazer era uma espécie de ensaio tado no que diz respeito a e em novembro o Festival deles são quase que totalmen-
outros estudos na área de para longas metragens. De- estudar possibilidades e fa- vai acontecer simultanea- te com material de arquivo e
Atua há mais de 8 anos
cinema e audiovisual e pois de muito tempo fui zer ensaios. mente em Alagoinhas, em documentos da internet.
onde estou nesse momen- desmistificando essa idéia. Depois de aprender um outras cidades do interior e Conto que ler, participar como produtora cultural e
to até setembro. Hoje acredito que o curta é pouco sobre como se rea- em Salvador. Uma oportuni- dos festivais, ou mostras consultora em Organizações
Antes já tinha experi- um formato específico com lizam os longas e os filmes dade incrível para quem se especiais, criar um círculo como Núcleo de Cinema
mentado uns cursos em características específicas e mais convencionais tive a interessa pelo assunto. de pessoas com interesse e Audiovisual, Fundação
Salvador que já me abri- fazer um curta requer uma oportunidade de conhecer Outra coisa muito boa em comum no audiovi- Cultural do Estado da
ram um pouco as portas linguagem para histórias as experiências do curta que torna cada vez mais fácil sual, participar discussões Bahia, Fundação Gregório
para um mundo que eu que “podem” ser contadas metragem, e uma das vivên- adquirir conhecimentos de no assunto são caminhos de Mattos e atualmente
desconhecia. Porque em em até 20 minutos. Claro cias muito interessantes foi formas, ferramentas e lin- interessantes. Depois de al- na própria empresa, a
Alagoinhas eu tive pou- que uma experiência ajuda a através do Festival de 5 Mi- guagens para o curta é a in- guns anos trabalhando com Ideograma.
cas oportunidades de ir outra porque são linguagens nutos, onde comecei como ternet, que permite o acesso audiovisual descubro dia a
Você pode visualizar alguns
ao cinema, e quando isso afins, mas cada história pede espectadora, depois tive a a banco de imagens gratui- dia que tenho sempre mui-
acontecia eram filmes que o seu tempo e isso reflete honra de trabalhar em duas tos, banco de sons, permite to mais a aprender do que trabalhos no: www.youtube.
não servem como interes- não somente no tempo cor- edições do Festival e por postar seu filme e divulgar aprendi e que é um círculo com/isoldaliborio
se de estudo ou exemplo rido mas também na síntese último pude participar da entre amigos e entre outros que vai avançando, mas que
de trabalho. Na verdade da idéia que se tem a contar. mostra competitiva. realizadores. Falando com nunca se encerra. É inesgo- Isolda Libório, cineasta.
esses cursos me fizeram Há dez anos atrás era É um festival que tem certeza é mais fácil, mas de tável e sem fórmulas. Buenos Aires/Argentina
Caderno Cultural - Ano I - Nº 4 - Julho de 2009 5
6 Caderno Cultural - Ano I - Nº 4 - Julho de 2009
INFORME PUBLICITÁRIO

CINEMA DE QUALIDADE NO INTERIOR


A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) realiza, de julho a agosto, em nove municípios baianos, a Pré-Jornada Internacional de Cinema da Bahia, com exibição de filmes
de longa e curta metragens e vídeos sobre a temática sertaneja. A iniciativa é gratuita e aberta ao público externo.

Durante os meses de julho nidades locais, bem como nal de Cinema, o cineasta
e agosto, a pré-jornada será ampliar o acesso às políti- baiano Guido Araújo vai
levada aos campi II (Ala-
goinhas), III (Juazeiro), IV
cas de incentivo à produ-
ção audiovisual”, afirma
prestigiar a pré-jornada em
alguns campi.
Formação de Jovens Carentes
(Jacobina), V (Santo An- Marcos, lembrando que a “A UNEB, por sua forte UNEB, Secretaria Estadual do Trabalho (Setre) e Fundo de Combate à
tônio de Jesus), VIII (Paulo UNEB já possui em alguns presença no interior do es- Pobreza (Funcep) lançam Projeto Integrado de Ação Afirmativa: Formação
Afonso), XIV (Conceição campi ações nesse sentido, tado, é um espaço propício para Concursos Públicos e Qualificação Socioprofissional - Iniciativa vai
do Coité), XV (Valença) e através de cineclubes. para a divulgação e incen- capacitar 200 jovens negros e negras e de baixa renda.
XXIII (Seabra), em datas a O evento na universida- tivo da produção cinema-
“A execução deste projeto é o reco-

ASCOM/UNEB
serem divulgadas. de integra a 36ª Jornada tográfica”, ressalta Guido.
O evento é uma reali- Internacional de Cinema nhecimento da nossa universidade
zação do Sistema de Bi- da Bahia, que acontece Mundo mais humano como promotora de ações afirmati-
bliotecas (Sisb) da UNEB, entre os dias 10 e 17 de se- vas. Com essa iniciativa damos um
novo passo para criar uma socie-
com parceria da Vice- tembro, em Salvador, tem Com mais de três décadas
dade mais inclusiva, que através do
Reitoria e da Pró-Reitoria como tema central a obra de existência, a Jornada
diálogo possa construir uma demo-
de Extensão (Proex). Os Sertões, em celebração Internacional de Cinema cracia social verdadeira.”
Cada campus participan- ao centenário de morte do da Bahia é o segundo mais Com estas palavras, a vice-
te divulgará sua progra- autor Euclides da Cunha. antigo festival cinemato- reitora da Universidade do Estado
mação posteriormente. Idealizador e coordena- gráfico do Brasil e o mais da Bahia (UNEB), Amélia Maraux,
De acordo com o assessor dor da Jornada Internacio- tradicional evento de cine- definiu a importância social e
da Vice-Reitoria, Marcos ma da Bahia. educacional do lançamento do Secretário da Setre, Nilton Vasconcelos, oficializa
DIVULGAÇÃO

Gonçalves, um dos coor- A trigésima sexta edição Projeto Integrado de Ação Afirma- parceria com a UNEB, ladeado pela vice-reitora Amélia
denadores da ação, essa é a promete mostrar o que há de tiva: Formação para Concursos Maraux (à esq.) e pela diretora do Funcep, Mara Moraes.
segunda edição da Pré-Jor- melhor na produção nacio- Públicos e Qualificação Socio-
nada Internacional de Ci- nal sobre os acontecimentos profissional, nesta segunda-feira,
nema da Bahia na UNEB. históricos do sertão baiano. dia 27 de julho, no auditório do sociais no estado possam ser redu- lizando a qualificação social e
A primeira edição acon- Levantando a bandeira Espaço Crescer, da Secretaria zidas gradativamente”, afirmou o profissional de jovens de baixa
teceu no ano passado e Por um mundo mais huma- Estadual do Trabalho, Renda, Em- secretário Vasconcelos. renda”, afirmou a pró-reitora
envolveu três campi da ins- no, a jornada procura sin- prego e Esporte (Setre), no Centro Além da vice-reitora Amélia Adriana Marmori.
Administrativo da Bahia (CAB), na Maraux, que representou o reitor As inscrições para o cur-
tituição, sediados em Con- tetizar a sua preocupação
capital baiana. Lourisvaldo Valentim - ausente por so acontecem de 17 a 20 de
ceição do Coité, Itaberaba e de estar sempre em sinto-
Na cerimônia foi celebrada a motivo de compromisso inadiável agosto, através do endereço
Santo Antonio de Jesus. nia com os direitos funda- assinatura do contrato que define -, estiveram presente à solenidade eletrônico www.selecao.uneb.
“Nosso objetivo é esti- mentais do homem e sua os termos de realização do pro- a pró-reitora de Extensão (Proex), br/afirmativo.
mular a criação de novos necessidade de lutar por jeto, uma parceria entre a UNEB, Adriana Marmori, a diretora da Edi- Para participar, os candida-
espaços alternativos de uma sociedade mais iguali- a Setre e o Fundo de Combate e tora UNEB (Eduneb), Nadja Nunes, e tos devem se declarar negros,
cinema e vídeo dentro da tária, no âmbito do imagi- Erradicação da Pobreza (Funcep) a diretora do Funcep, Maria Moraes. ter cursado todo o ensino mé-
universidade e nas comu- Filme em cartaz. nário audiovisual. - vinculado à Casa Civil do gover- Acompanharam também o lan- dio na rede pública do estado,
no estadual. çamento as coordenadoras técnicas ter sido aprovado com média
O Projeto Integrado de Ação do projeto pela UNEB, Márcia Purifi- igual ou superior a sete nas
FORTALECIMENTO DA PESQUISA Afirmativa vai qualificar 200 jo-
vens negros, de ambos os sexos,
cação e Carla Honorato.
A diretora do Funcep lembrou à
disciplinas Matemática e Por-
tuguês, e ter renda familiar
moradores de Salvador, com ida- platéia a importância do resgate his- inferior a três salários mínimos.
UNEB lança edital para Seleção de Grupos de Pesquisa da Universidade de mínima de 18 anos e de baixa tórico desta iniciativa. “Com esta ini- As informações deverão ser
- Selecionados vão atuar no novo Centro de Pesquisa em Educação e renda, que sejam egressos do ciativa, criamos novas possibilidades comprovadas na primeira eta-
Desenvolvimento Regional (CPEDR), obra que demandou investimento de ensino médio (ou equivalente) da para que, entre os gestores do país, pa do processo de seletivo, que
R$700 mil - Inscrições: até 10/agosto, em Salvador e via Sedex. rede pública do estado da Bahia, estejam pessoas comprometidas conta ainda, em sua segunda
preparando-os para disputar con- com parcela mais pobre da popula- etapa, com prova objetiva e de
O novo Centro de Pes- Estudos e Projetos (Finep), pelos Correios, via Sedex, cursos públicos. ção”, observou a Maria Moraes. redação, que será realizada dia
quisa em Educação e De- vinculada ao Ministério da nesse caso, respeitando a Nilton Vasconcelos, titular da 20 de setembro, das 8h às 12h.
senvolvimento Regional Educação (MEC). data-limite para a posta- Setre, elogiou a parceria com a Inscrições em agosto Segundo a coordenadora téc-
(CPEDR), coordenado pela “A expansão e o fortaleci- gem prevista no edital, dia UNEB e agradeceu ao Funcep por nica da iniciativa, a professora
Pró-Reitoria de Pós-Gra- mento da pesquisa na UNEB 7 de agosto. acreditar nas ações de combate Através da Proex, a universidade Márcia Purificação, o objetivo do
duação (PPG) da Univer- sempre foi uma das priorida- Entre outros requisi- à pobreza que serão desenvolvi- vai participar de todo o processo de curso é dar novas perspectivas
sidade do Estado da Bahia des da nossa gestão. A im- tos, os grupos interessa- das pelo projeto de qualificação formação, desde a seleção dos can- para esses jovens. “Queremos
(UNEB), está selecionan- plantação do CPEDR vai aju- dos devem ser liderados socioprofissional. didatos, até a realização das aulas alterar o curso de vida dos sujei-
do, até o dia 10 de agosto, dar a consolidar os núcleos por pesquisadores com “A nossa expectativa é de que do curso de qualificação sociopro- tos envolvidos, possibilitando sua
três grupos interessados e linhas de pesquisa, ligados titulação de doutor e estar através do curso de formação, fissional, e de posterior avaliação. qualificação profissional para que
em desenvolver projetos aos programas strictu sensu, desenvolvendo pesquisas novas oportunidades surjam para “Pretendemos fortalecer a política possam passar em um concurso
de investigação científica através dessa infraestrutura relacionadas às temáticas esses jovens, e que as diferenças de extensão da universidade, rea- público”, concluiu a professora.
relacionados às temáticas que vai amparar os grupos da educação e desenvolvi-
Educação e Desenvolvi- de pesquisa selecionados”, mento regional aprovadas
mento Regional.
De acordo com o edital
afirma o reitor da universi-
dade, Lourisvaldo Valentim.
em agência de fomento.
Devem ainda ser cadas-
Pós-graduação: seleção para aluno regular
de seleção, a configuração Segundo Edísio Brandão, trados no Diretório de Gru- De 10 a 26 de agosto, o Programa
do centro busca consoli- gerente de Pesquisa da PPG, pos de Pesquisas do CNPq de Pós-Graduação em Educação e do Educador; e Educação, Gestão e ficha de inscrição preenchida (a
dar a pesquisa na UNEB “a nova unidade procura fo- e certificados pela UNEB há Contemporaneidade (PPGEduC), da Desenvolvimento Local Sustentável. qual estará disponibilizada em breve
relacionada a esses temas, mentar o desenvolvimento mais de um ano. Nenhum Universidade do Estado da Bahia De acordo com o edital de sele- na página eletrônica do programa),
através da execução de da pesquisa dentro da uni- grupo pode estar alocado (UNEB), abre inscrições para Seleção ção, das vagas oferecidas, 50% são e os documentos exigidos pelo edi-
projetos científicos e dis- versidade, de modo que os em espaço de departamen- de Aluno Regular 2010.1 do mestrado, reservadas para docentes da univer- tal devem ser levados à secretaria
ponibilização, análise e in- grupos de investigação cien- tos ou outras unidades da e de 27 de agosto a 10 de setembro, sidade e 10% para estrangeiros não do PPGEduC, sediada no Campus I
terconexão de dados vin- tífica possam desenvolver universidade. para novas turmas de doutorado. residentes no Brasil. Entretanto, caso da UNEB, no Cabula, em Salvador,
culados à evolução desse seus trabalhos em espaços A divulgação dos resulta- não haja preenchimento dessas ofer- das 8h às 12h e das 14h às 17h.
tipo de pesquisa. adequados”. dos está prevista para 31 de Estão sendo oferecidas, gratuita- tas, elas serão distribuídas propor- Os resultados finais serão
A construção do pré- As inscrições devem ser agosto, a partir das 19h, na mente, 42 vagas para candidatos cionalmente aos demais candidatos. divulgados a partir de 18 de no-
dio que sedia o CPEDR feitas na sede da PPG, no página eletrônica da PPG, ao mestrado e 12 para o doutorado, A taxa da inscrição para parti- vembro, no site do programa e no
demandou investimentos Campus I da UNEB, no www.ppg.uneb.br. todas nas áreas de Educação e Con- cipar do processo seletivo para o mural da secretaria do PPGEduC,
superiores a R$700 mil, bairro do Cabula, em Salva- temporaneidade, em três linhas de mestrado é de R$100 e para o dou- juntamente com o calendário de
recursos originados da ad- dor, até as 17h30 do dia 10 INFORMAÇÕES: pesquisa: Processos Civilizatórios: torado, R$150. Esses valores devem matrícula e relação da documen-
ministração da universi- de agosto. Os interessados PPG/Campus I Educação, Memória e Pluralidade ser pagos na conta corrente especi- tação correspondente.
dade e da Financiadora de também podem se inscrever Tels.: 71.3117.2350 / 2368. Cultural; Educação, Tecnologias ficada no edital. Informações: PPGEduC/
Intelectuais, Currículo e Formação O comprovante de pagamento, uma Campus I - Tel.: (71) 3117-2442.
Caderno Cultural - Ano I - Nº 4 - Julho de 2009 7

“Caminho de Feira” curta-metragem


produzido no interior baiano
INFORME PUBLICITÁRIO
Moisés Morais

DIVULGAÇÃO
moiseslmorais@yahoo.com.br
CULTURA, ECONOMIA & POLÍTICA
SÁTIRO DIAS - A produ-
ção cinematográfica no
Brasil, ao longo do tempo, INÉDITO: CPI INVESTIGA
tem se concentrado nas
grandes cidades, princi-
palmente nas localizadas
EX-PREFEITO DE PEDRÃO
no eixo Rio-São Paulo. O
curta-metragem “Cami- Professor Genivaldo (PT) pertencer ao município de aulas e se quer pensar em
professorgenivaldo@gmail.com Irará, pois é lá onde ficam o prestar vestibular.
nho de feira” produzido
Cartório, o Fórum, Ministé- Lazer e entretenimento
por Abimael Borges de- PEDRÃO - Numa iniciativa rio Público, bancos, hospital, a cidade não oferece. Não
monstra um exemplo in- inédita, a Câmara de Ve- possivelmente a biblioteca, possui qualquer opção de
verso a esta lógica, exem- readores de Pedrão criou e o ginásio de esportes, o Cen- cultura: biblioteca públi-
plo este que seria muito Gravação do filme Caminho de Feira em Sátiro Dias. constituiu uma Comissão tro de Cultura. São muitos ca, salas de espetáculos e
bom que se propagasse. Especial de Inquérito (CEI) os problemas apresentados eventos, cinema, teatro
Abimael Borges nasceu curtas que será realizada Lei de Incentivo a Cultura, para apurar e investigar as pelo município de Pedrão, ou até mesmo ginásio po-
em João Pessoa na Paraí- supostas irregularidades principalmente nas áreas de liesportivo. Uma lastimá-
em Goiânia. Para assistir a e sendo aprovado iniciará
administrativas cometidas saúde, geração de emprego vel realidade, uma cidade
ba, mas reside em Sátiro este curta-metragem basta a pré-produção em outu- contra o município de Pe- e renda, educação e cultura. com tantas manifestações
Dias há 8 anos, cidade do acessar ao blog http://abi- bro de 2009 e com previ- drão, o Estado e a União, O sistema de saúde sobrevi- culturais e religiosas como
agreste baiano que fica a maelborges.blogspot.com são para o seu lançamento na gestão do ex-prefeito ve apenas com três Postos os Encourados de Pedrão,
cerca de 200 quilômetros onde é possível encontrar em março de 2010. Sobre José Luís Araújo dos San- de Saúde da Família (PSF), Casas de Farinha, Quadri-
de Salvador, e produziu o os canais que encaminha- este média-metragem, ele tos (PSDB), mais conheci- um na sede e dois na zona lhas Juninas, Fazendas da
seu primeiro curta-metra- rão para os sites onde ele trará uma narrativa que do como professor Luís. A rural, funcionando precaria- era colonial com acervos
gem em 2008 intitulado está disponibilizado. resulta da sua experiência CEI é formada pelo presi- mente. Professores e alunos riquíssimos, preservadas a
por “Caminho de Feira”. dente da câmara, Antônio da rede estadual e munici- maneira de seus proprie-
Abimael Borges já está como docente na zona
Baltazar Ferreira de Araújo pal sofrem com o transporte tários, que poderiam ser
“Esta produção foi fruto trabalhando em um novo rural de Sátiro Dias e, am- (PMDB), os vereadores Jair escolar, que entra ano e sai transformadas em museus,
de uma premiação de um roteiro para produção de bientada no cotidiano do Rodrigues Menezes (PTB), ano a situação é a mesma: proporcionando o turismo
concurso nacional de es- um média-metragem. O nordeste brasileiro, a partir como membro auxiliar e péssimas condições das es- cultural, gerando emprego
tórias” explica Abimael projeto está em fase de da relação de uma criança Genivaldo Cruz Santos (PT), tradas, veículos velhos, sem e renda para a população.
Borges. Quando indaga- análise do Ministério da do interior como o univer- como relator. Alguns órgãos uma manutenção adequada. Mas, para isso a população
do pela idéia central que Cultura, visando apoio da so da grande cidade competentes já foram infor- Para quem mora na zona deve cobrar de seus repre-
move essa estória que foi mados da criação da Comis- rural essa situação é ainda sentantes e principalmente
transportada para a lin- são, como por exemplo o mais agravante, especial- acompanhar de perto os re-
Ministério Público de Irará mente nos dias de chuva, às sultados da Comissão Espe-
guagem cinematográfica
e a Secretaria da Justiça do vezes não tem como chegar cial de Inquérito para que
Abimael Borges revela que Estado da Bahia na Escola, deixando os estu- essa situação não perdure
“ela traz o interesse em re- A cidade com 47 anos de dantes, após um dia pesado por mais tempo e não se re-
gistrar a feira-livre de Sáti- emancipação política e ad- de trabalho, sem estímulo pita na nova administração
ro Dias como um espaço ministrativa parece ainda algum para acompanhar as e nem nas próximas.
privilegiado de manifesta-
ções da cultura local”.
“Caminho da feira“ já
foi exibido pelo Canal
ESPORTE
Futura e participou de
festivais de cinema pelo
A campanha do Atlético de Alagoinhas na Série D
pais realizados em cida- Moisés Morais tem uma especificidade: ele pode du- como o Atlético de Alagoinhas que
des como Rio de Janei- moiseslmorais@yahoo.com.br rar um semestre, caso o time consiga não conseguiu manter o grupo que
ro, Vitória e Recife e está Abimael e Nediane Dhaian, atriz, no lançamento do avançar até a final da competição, ou disputou o campeonato estadual, re-
inscrito para a mostra de filme em Sátiro Dias. Após a quarta rodada da fase de clas- um mês, se tropeça ainda na primeira formulando o elenco para dentro de
sificação do campeonato brasileiro da fase. Leva vantagem nesse tipo de apenas um mês já está participando
série D, o Atlético de Alagoinhas ocupa torneio o time que está formado há de um campeonato de “tiro curto”,
a quarta colocação do seu grupo, por mais tempo e que já alcançou uma tende a passar por apuros.
ter somado apenas 3 pontos. maior consistência no que diz respeito Na série D é assim: em seis jo-
Sala do Artista Popular Faltando duas rodadas para o en-
cerramento desta fase apenas a vitória
ao entrosamento e ao condiciona-
mento físico dos atletas, o que por
gos se decide a sua permanência ou
desclassificação, e agora o Atlético de

traz cerâmicas de Rio Real nos confrontos contra o Fluminense e


o Rio Branco pode classificá-lo como
segundo colocado do grupo.
sinal requer tempo para que se possa
disputar 90 minutos em um bom nível
sem exibir aquela “gravata” durante
Alagoinhas tem que vencer as partidas
que lhe resta para avançar para a pró-
xima fase, o que é esperado por sua
O campeonato brasileiro da série D o segundo tempo. Por isso, equipes torcida, pois, caso o time não se classi-
RIO REAL - O Centro inauguram no próximo artesanais da Bahia. A fique, só poderá em janeiro de 2010 ir
Nacional de Folclore dia 30, quinta-feira, às mostra ficará em car- Resultados do Atlético de Alagoinhas até a quarta rodada ao Carneirão para assistir a uma partida
e Cultura Popular / 17 horas, no Instituto taz até 28 de agosto e desta edição do campeonato brasileiro da série D. de futebol.
Iphan / Ministério da de Artesanato Visconde poderá ser visitada de
Cultura e a Associação de Mauá, em Salvador, segunda a sexta-feira, Data Hora Confronto Local
Cultural de Amigos a exposição “Bordados das 9h às 17h, no 05/7 16h Atlético BA 4x2 Rio Branco ES (Antonio Carneiro-Alagoinhas).
do Museu de Folclore em tauá: cerâmica de Instituto Mauá, Rua 12/7 16h Fluminense BA 3x0 Atlético BA (Jóia da Princesa -Feira de Santana).
Edison Carneiro, em Rio Real” com venda de Gregório de Matos, 27, 19/7 16h Atlético BA 1x2 Macaé RJ (Antonio Carneiro-Alagoinhas).
parceria com o Pro- cerâmicas produzidas Pelourinho.
26/7 15h Macaé RJ 2x 0 Atlético BA (Arena Guanabara-Araruama).
grama de Promoção no município situado
do Artesanato Tra- Próximo jogo
no norte do estado e Realização: Centro
dicional (Promoart) considerado um dos Nacional de Folclore e Data Hora Confronto Local
e instituições locais, mais importantes polos Cultura Popular 02/8 16h Atlético BA x Fluminense BA (Antônio Carneiro-Alagoinhas).
09/8 16h Rio Branco ES x Atlético BA (Salvador V. Costa- Vitória)
8 Caderno Cultural - Ano I - Nº 4 - Julho de 2009

CONTOS&CAUSOS
CINEMA
& TEATRO
O LADRÃO PERFUMADO DO PEDRO BRAGA
CINEASTA ALAGOINHENSE Parece piada, mas um ladrão vem
fazendo seu trabalho no Pedro
tem, aproveitou para roubar um
perfume, que dentre outros per-
gosta de estar perfumado num
happy hour? Como já tiveram
Braga. Essa ironia seria uma no- fumes deve ter experimentado outros roubos na área e ninguém
É SELECIONADO PARA tícia comum de jornal, não fosse
o que o ladrão vem roubando. No
antes de roubar. O roubo de per-
fume na área já aconteceu outras
foi pego, acredito que desta vez
o ladrão queira facilitar o traba-
último dia 8, quarta-feira, um la- vezes. Segundo o morador Pinho lho da polícia, que não vai mais
FAZER DOCUMENTÁRIO drão, motivo de piada por alguns,
invadiu uma casa e roubou duas
Torres, filho da vítima do ladrão
de perfumes, o roubo aconteceu
precisar ter um faro apurado para
pegar o ladrão.

DO PROJETO 26 DOCS bocas de caixa de som e, acredi- por volta das 18 horas. Quem não Davi Soares

C O I S A S PA R A FA Z E R E M A L A G O I N H A S
Davi Soares
davisoaress@hotmail.com MÚSICA Entrada: aberto ao público Mostra de filmes,
debates, mesa-redonda
O cineasta Marcelo Villa Emille Pinheiro Oju Inan Omim – Oficina Onde: UNEB e Biblioteca
Nova, filho de Alagoi- “Minha voz, minha vida” de Teatro de Ativação Municipal Maria Feijó
nhas, teve projeto selecio- tra- Onde: Alternativo bar do Movimento Ancestral Entrada: aberto ao público
balhar e restaurante – Laguna Onde: Centro de Cultura de Maiores informações:
nado pelo governo do
Shopping Alagoinhas (75)3422-1536
estado para fazer filmes como
Quando: 15 de agosto Quando: 15 e 16/08/2009.
de três territórios da assistente
RI (sábado, às 20h) Sáb e Dom 14h.
Bahia. Marcelo é coorde- de direção LD
O Entrada: aberto ao público Entrada: aberto ao público CINE LAGUNA
nador da equipe que fará no programa FE
RR Duração 6h
os filmes, mas vai dirigir Novos Nomes em EI
RA Projeto Três Sons: Vagas: 20 De 31/07 à 06/08/09
somente um documentá- Cena, do Canal Hip-Hop, Rap e Reggae Publico Alvo: atores,
rio, o da Bacia do Jacuipe, Brasil, dirigido por “Tributo a Raul Seixas” estudantes de teatro, classe A ERA DO GELO 3
que terá como coordena- Paulo Betti. Com ex- Onde: área externa do artística. Dublado
dora geral de produção periência o cineasta fez Centro de Cultura Inscrições: Sessões: 16e 18h20
Mariana Villa Nova. dois curtas metragens Quando: 23 de agosto companhianata@gmail.com Indicação: Livre
Serão feitos documen- “O cheiro da Guerra” (domingo)
tários em todos os 26 e “No compasso da Entrada: R$ 2,00 (preço FÓRUM, SEMINÁRIO&DEBATE TRANSFORMERS
territórios de identida- escuridão”, os quais lhe único) - A vingança dos
de que agora dividem renderam a participação Maiores informações: 1º IPADÊ – Fórum Nata derrotados
a Bahia. Segundo Pola no Festival de Gramado. (75) 9907-8037 de Africanidade Dublado
Ribeiro, diretor do IRDEB Em 2007 produziu o fil- Mc. Osmar Onde: Centro de Cultura de Sessão: 20h
– Instituto de Radiodifu- me “O Buquê”, com par- Alagoinhas Indicação: 10 anos
são Educativa da Bahia TEATRO Quando: 15 e 16/08/2009.
– “a idéia da secretaria é (Sáb e Dom, às 09h) Dia 07/08/09
interiorizar a cultura, fa- Shirê Obá – A Festa do Entrada: aberto ao público ESTRÉIA: A MULHER
zer com que a Bahia toda Rei Duração: 6h INVISIVEL
seja representada tanto Onde: Centro de Cultura de Vagas: 100
nas suas linguagens, nas Alagoinhas Público Alvo: classe artística, Maiores informações:
suas expressões, e prin- Quando: 01 e 08 de agosto estudantes e profissionais de (75) 3423-4846
cipalmente na Tv. Essa (sábado, às 20h00min) história, filosofia, sociologia,
Tv pública que a gente ta Entrada: R$ 10 e 5,00 antropologia, membros
querendo criar é uma Tv Maiores informações: das religiões de matrizes Animaí- Mostra
que não só você se veja, (75) 3421-5608 africanas, público em geral. Infantil de Animação
Inscrições: Quando: de 4 a 8/08
mas também participe
Onde: Ilê Axé Oyá L’adê companhianata@gmail.com Horários: manhãs 10h e
fazendo uma Tv. A idéia
Inan. Yalorixá Rosa Barbosa. tardes:16h
desse edital de trabalhar
Rua São Isidoro 155, Santa CINEMA Onde: Centro de Cultura
os 26 territórios é uma ticipação da atriz Arlete Terezinha. Alagoinhas BA. de Alagoinhas (CCA)
idéia de mostrar p’ra Hering, quando, no meio Quando: 09/08/2009 Pré-Jornada Entrada: aberto ao público
Bahia a riqueza que ela da filmagem, roubaram a (domingo, 20h) Internacional de Cinema Tel. (75)3421 5608
tem. A Bahia só se com- câmera e 75% de todo o
pleta na hora que tem o material do filme, que foi
nordeste, o oeste, o sul e recuperado somente três
a capital também”*. “A idéia do Projeto é
Aos vinte e seis anos
dias depois, para alívio da
equipe. No ano passado genial, principalmente XIII Festival Nacional 5 Minutos
Marcelo Villa Nova foi o jovem cineasta foi pre- por fomentar o trabalho
para Salvador fazer fa- miado com o curta “Antes das produtoras de vídeo Estão abertas as inscri- vídeos de até 05 (cinco) do circuito tradicional
culdade de cinema, e no do café”, dirigido por ele e espalhadas pelo interior ções para o XIII Festi- minutos, com o objetivo de Salvador. Para maio-
segundo ano de sua gra- baiano”, afirma Villa Nova. val Nacional 5 Minutos, de incentivar a produção res informações acesse o
pelo cineasta Heitor Reis.
duação resolve trancar e O Curta ganhou como pela Fundação Cultural e difusão audiovisual, edital do concurso atra-
explorar outros rumos, melhor direção e ganhou do Estado da Bahia – em vídeo, no Brasil. Esse vés do site www.dimas.
seguindo em direção também o Troféu APCNN Rio veio para fazer filmes FUNCEB, entidade vin- ano o Festival traz uma ba.gov.br. Já estão aber-
ao Rio de Janeiro, onde de Melhor Curta Nor- em Alagoinhas, “a minha culada à Secretaria de grande novidade, os ví- tas as inscrições, o prazo
fez um curso de edição destino no Festival Nóia vontade é produzir filmes Cultura, através da DI- deos selecionados serão é até o dia 31 de agosto
e montagem de som, de Cinema, no Ceará, em Alagoinhas, porque MAS. O concurso visa a exibidos também no in- de 2009. Fique ligado e
e conseguiu uma vaga ganhou também o prêmio minha infância foi aqui, seleção e a premiação de terior do Estado, além participe!
no filme “Mulheres do de melhor montagem no e é onde eu dou aulas de
Brasil”, dirigido por Malu Festival de Cinema de cinema e de roteiro hoje”,
Dimartino, editou e fez o Maringá. O curta conta diz, programando fazer
Making off do filme, que com a participação dos seu primeiro longa metra-
lhe rendeu um prêmio atores Fabio Lago, de gem em Alagoinhas.
internacional de melhor Tropa de Elite, e Paula
Making off, em Portugal. Moreno. Segundo o cine- *Entrevista disponível no
Nesse mesmo período foi asta, quando voltou do site do IRDEB

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