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Aula 3 - 1932-1935

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Matéria 🏤 Ciência Política IV


Para dia @May 3, 2022

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Cap. 4

“Assim, dadas as características sociais do movimento de trinta e dado o quadro


internacional de crescente polarização do entre-guerras, a almejada
implantação de um Estado forte e centralizado significou, de fato, não a
marginalização dos interesses econômicos dominantes do período anterior, mas
sim uma redefinição dos canais de acesso e influência para a articulação de
todos os interesses, velhos ou novos, com o poder central.” p. 85

“Como a Primeira República, o Estado Novo é também um sistema elitista, mas


seu modus operandi é inteiramente diverso: enquanto aquela se baseara no
princípio da autonomia estadual e no mecanismo da política dos governadores,
este procura a unificação, intervindo nos estados e implantando extensa rede de
órgãos burocráticos, ao mesmo tempo que suspende o funcionamento de todas
as organizações partidárias.”

O DASP - “sua função na montagem da estrutura de poder burocrático: a de um


cinto de transmissão entre o Executivo federal e a política dos estados.” p. 86

Sobre os “institutos, autarquias, e grupos técnicos” - “dedicam-se ao estudo de


matéria específica ou a ramos particulares da atividade econômica.” p. 86 e 87

A expansão das Forças Armadas e a influência em decisões sobre


infraestrutura, siderúrgica e petróleo

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“o sistema interventorias-departamentos administrativos que interligava as
oligarquias estaduais, os ministérios e a Presidência da República.”

O governo nomeava indivíduos desprovidos de ligações políticas


significativas. O que não deu certo em alguns casos, pois “não puderam ou
não quiseram estabelecer com ela um razoável modus vivendi.” p. 88

Os interventores deviam sua permanência no cargo não às elites, mas ao


Executivo Federal

“As interventorias situavam-se, assim, a meio caminho entre a identidade e


a independência face aos grupos dominantes estaduais. [...] caráter de
inovação institucional, é o fato de haver sido implantado como um sistema,
em todo o país, como um instrumento de controle e uma cunha de poder
central em cada estado.” p. 89

A aparição desse desejo de interferência na segunda metade da década de


20 após crises em certas regiões ligadas ao café, pecuária e açúcar. (crise
embrião do tenentismo) p. 89 e 90

O Clube Três de Outubro como inspiração pelos adeptos para a centralização


de aprovar uma “representação igual dos estados na referida assembléia”. O
que, no entanto, não foi aprovado, mas foi aprovada a representação classista
(Questão dos estados do Norte-Nordeste contra Sul-Sudeste) p. 94 e 95

“Criado em 1938, o DASP foi concebido como um departamento administrativo


geral, com o objetivo de realizar um estudo global do sistema administrativo do
país a fim de que fossem instituídas mudanças em relação à sua economia e
eficiência. A preparação anual do orçamento e o controle de sua execução
passam à responsabilidade do DASP” p. 96

“Daspinhos” - “funcionavam ao mesmo tempo como uma espécie de


legislativo estadual e como corpo supervisor para o interventor e o
Ministério da Justiça”

“”Embora o interventor fosse o responsável pelo estudo, aprovação e


declaração de todos os decretos e leis estaduais”” (Graham)

A sensação dos estados de “relegados a pouco mais que divisões


administrativas subordinadas aos interventores federais e a uma hierarquia
de agência burocráticas.” p. 97

34 a 37 - volta na superfície o sistema regionalista, a partir de 37 é


reestabelecida a centralização p. 97 e 98

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“os órgãos criados ou revitalizados na década de trinta com o objetivo de
controlar atividades econômicas”

“a) órgãos destinados a equilibrar consumo e produção em setores


agrícolas e extrativos, ou reger sua importação e exportação [Conselho
Nacional do Café]; b) órgãos destinados a aplicar medidas de incentivos à
indústria privada [Conselho nacional de Política Industrial e Comercial]; c)
órgãos destinados à implantação, ampliação ou remodelação de serviços
básicos de infra-estrutura para a industrialização [Comissão Vale do Rio
Doce, Conselho de Águas e Energia, etc.]; d) órgãos destinados a ingressar
diretamente em atividades produtivas [Petrobrás]. ” p. 99

Os conselhos técnicos - “órgão de assessoramento ao governo” p. 100 e


101

A expansão das Forças Armadas como “um mecanismo decisivo de


centralização”

não se alinhavam totalmente a Getúlio e tinham certa independência frente


o governo, mas houve “a quebra da autonomia das milícias estaduais e uma
expansão quantitativa e qualitativa que terminaria numa configuração de
força militar diametralmente oposta à existente na Primeira República.”

os dois papéis dos militares no governo - “o papel de avalista final de toda a


estrutura baseada no binômio interventores-burocracia, vale dizer, de todo o
arranjo político montado para o controle dos estados. Surgiu como árbitro
político do regime, levando muitos autores a verem nele o equivalente
funcional do “poder moderador” do império e dos grandes estados durante a
“política dos governadores”. Por outro lado, o exército, através de seus
quadros técnicos, surgiu como policy-maker, notadamente na formulação e
implementação das decisões e planos relativos ao desenvolvimento
industrial, como no caso da siderurgia e do petróleo.”

o papel do tenentismo em impedir que a Revolução de 1930 fosse passar o


poder de uma oligarquia a outra

“nacionalização da força armada” e o crescimento de sua burocracia p. 102

“a expansão e a centralização burocrática se deram continuamente sob o signo


da absorção ou cooptação dos agrupamentos de interesse, quer regionais, quer
funcionais.” p. 103

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