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Apresentamos o modelo “em espiral” que descreve como um conhecimento ligado a um indivíduo
se transforma em conhecimento para toda a organização. Vimos, na aula passada, que, para isso,
são utilizados quatro processos de transformação de conhecimento tácito-conhecimento explícito:
Socialização, Externalização, Combinação e Internalização. Daremos aqui uma atenção especial
ao processo de Externalização, porque é nele que o conceito novo é criado. A modelagem do
conceito na fase de Externalização é difícil de ser representada, Nonaka e Takeuchi (2009) sugerem
o pensamento por analogia e por metáfora que abordamos aqui ao lado de um princípio de
pensamento visual que cabe tanto na fase de Externalização como na fase de Combinação.
Espiral na forma
Espiral no
da galáxia em que Espiral de um ciclone Espiral na forma de
crescimento de certas
estamos, a Via na atmosfera caracóis
plantas
Láctea
Podemos utilizar a forma de espiral para representar outros fenômenos não físicos, por exemplo, a
forma como aprendemos um assunto novo. Não por acaso, às vezes, o processo de aprendizado é
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representado em conversas e textos em forma de uma espiral. Jerome Bruner , filósofo da educação,
afirmava que qualquer ciência pode ser ensinada, pelo menos nas suas formas mais simples a
alunos de todas as idades, uma vez que os mesmos tópicos poderão ser, mais tarde, retomados e
aprofundados, ciclicamente.
Bom estudo!
TEXTO E CONTEXTO
Espiral da criação do conhecimento organizacional
Vimos na aula anterior que as transformações do conhecimento ocorrem por meio de quatro
processos: Socialização, Externalização, Combinação e Internalização. Na figura a seguir,
representamos essas transformações no nível individual. Observe as duas elipses pontilhadas: uma
do conhecimento tácito e outra elipse do conhecimento explícito.
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Neste ponto, passamos para a elipse de cima, onde prevalece o conhecimento explícito.
Nesta passagem, estamos de volta à elipse inferior, de onde partimos e para onde retornamos. É
nela que o conhecimento tácito vai se acumulando nos indivíduos.
É justamente o conhecimento tácito criado e acumulado no nível individual que constitui a base da
criação do conhecimento organizacional, pois a organização tem de “mobilizar” esse conhecimento
tácito traduzindo-o, por exemplo, em inovações.
PONTO IMPORTANTE
A mobilização do conhecimento tácito pode se dar na forma de novos produtos, serviços e métodos.
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Insistimos que, para os autores Nonaka e Takeuchi (2009), a criação do conhecimento organizacional
é uma interação contínua e dinâmica entre conhecimento tácito e explícito, e a expansão desse
ciclo ocorre na medida em que seu alcance é cada vez maior: do indivíduo para o grupo, para a
organização, para outras organizações, para um setor inteiro de atividades etc. O conhecimento
pessoal se torna conhecimento organizacional por meio de crescimento que lembra uma espiral
porque evolui de forma autoinclusiva e auto-organizada. Note, na figura anterior, como e onde
operam os níveis individual, grupal e organizacional: na Socialização, as interações ocorrem de
indivíduo para indivíduo, mas os conhecimentos tácitos são conjuntos separados com alguma
intersecção entre eles; na Externalização, a interação ocorre do indivíduo para o grupo, mas o grupo
ainda não assimilou o conhecimento novo; na Combinação, um ou mais grupos interagem para
promover o conhecimento novo na organização; na Internalização, o conhecimento do indivíduo
está disseminado e embutido no conhecimento do grupo e da organização.
A próxima figura lembra que quanto mais voltas na espiral de criação do conhecimento organizacional,
maior o potencial de alcance da inovação. Também nos recorda quais são os campos de interação
em cada uma das quatro fases de transformação:
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Por meio de metáforas, as pessoas juntam o que sabem em novas formas e começam a expressar
o que sabem, mas que ainda não são capazes de explicar bem. O slogan criado pela Honda para
expressar o desafio de desenvolver o modelo Honda City é um bom exemplo de metáfora: “Teoria
da Evolução do Automóvel”. Como qualquer boa metáfora, este slogan combina duas ideias que
normalmente não pensaríamos juntas: o automóvel que é uma máquina, e a teoria da evolução que
se refere aos organismos vivos. Essa discrepância é uma plataforma para se especular sobre as
características do que seria o carro ideal. O slogan metafórico impulsiona o trabalho da equipe que
irá desenvolver um carro que depois será sucesso mundial.
Assim, a analogia nos ajuda a entender o desconhecido por meio do conhecido e elimina a lacuna
entre a imagem e o modelo lógico .
Por exemplo, afirmar que o “cérebro é como um computador” é um exemplo de analogia que
podemos concordar ou discordar, mas sugere diversos significados que não precisaram ser sido
ditos: cérebros e computadores lembram lógica, solução de problemas, tomada de decisões etc.
Um exemplo de pensamento por analogia tem a ver com a forma encontrada pela Coca-Cola para
uma famosa garrafa de refrigerantes.
O líquido do refrigerante era escuro como tantos outros refrigerantes com nomes parecidos no
mercado naquela época, o que acabava confundindo os clientes. Se o cliente pudesse distinguir um
refrigerante dos outros, inclusive pelo tato, seria uma vantagem. Na época, durante a década de
1940, estava na moda a saia funil, daí o formato da garrafa.
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Entendeu a analogia?
Essa é uma das teorias sobre como surgiu a forma campeã das garrafas de Coca-Cola, talvez o
maior ícone do design de todos os tempos (DOMINGOS, 2009).
Lembre-se de valorizar mais o conhecimento tácito das pessoas e o seu próprio daqui por diante.
Com o excesso de telas de equipamentos eletrônicos ao nosso redor, é cada vez mais comum
ouvirmos falar da importância do “pensamento visual”.
Para externalizar grandes ideias na forma de desenhos, não é preciso saber desenhar, muito menos
usar o mouse, precisamos antes saber “pensar por imagens”. O escritor Dan Roam (2012) acredita
que grandes ideias podem nascer em desenhos feitos a qualquer hora em qualquer lugar, à mão
livre, em recibos de mercearia, verso de envelopes ou guardanapos.
Vamos apresentar a parte inicial do livro mais famoso de Dan Roam que se chama The back
of Napkim (tradução: Por trás do guardanapo), cuja edição em português chama-se Desenhando
negócios: como desenvolver ideias com o pensamento visual e vencer nos negócios.
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Etapa 1: Olhar significa coletar informações e fazer uma primeira avaliação rudimentar do que
vemos para saber como reagir. Olhar envolve examinar o ambiente, a fim de criar um quadro
abrangente que nos forneça uma ideia da situação como um todo e, ao mesmo tempo, disparar
as rápidas perguntas que nos ajudarão a fazer uma primeira avaliação do que está diante de nós.
Algumas perguntas que ajudam a Olhar:
O que está ali? Há muitas coisas ali? O que não está ali?
Até onde consigo enxergar? Quais são os limites da minha visão neste caso?
Etapa 2: Ver é o lado da moeda das informações visuais, é nesse lado que nossos olhos se
tornam conscientemente mais ativos. Enquanto olhávamos, analisávamos o cenário como um
todo e coletávamos as informações iniciais. Agora que estamos percorrendo a etapa enxergar,
passamos a selecionar as informações que merecem uma inspeção mais detalhada, com base no
reconhecimento de padrões, às vezes, é realizada conscientemente, mas muitas vezes, não.
Algumas perguntas que ajudam a Ver:
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Etapa 3: Imaginar é o que acontece após as etapas relativas à coleta e seleção de informações, e
essa é a hora de começar a manipular as informações. Imaginar é o ato de enxergar com os olhos
fechados ou o ato de enxergar o que não está visível.
Algumas perguntas que ajudam a Imaginar:
Posso manipular os padrões para que algo que está invisível apareça?
Manipule os padrões: coloque os desenhos de cabeça para baixo, vire-os da direita para
a esquerda, altere as coordenadas. Veja se algo novo aparece.
Etapa 4: Mostrar. Uma vez encontrados os padrões, atribuir-lhes um sentido e encontra-se uma
forma de manipulá-los, é hora de mostrá-lo aos outros. Precisamos resumir tudo o que vimos,
encontrar a melhor estrutura para representar visualmente nossas ideias, realçar o que imaginamos.
E, a seguir, prepare-se para responder às perguntas da plateia.
Algumas perguntas que ajudam a Mostrar:
Para arrematar, escolha a estrutura visual mais apropriada e coloque suas ideias no
papel ou na lousa.
Cubra todos os porquês: assegure que quem/ o que, quanto, onde e quando fiquem
sempre visíveis; deixe que o como e o porquê representem o clímax final.
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Roam (2012) esclarece que as quatro etapas não acontecem de forma linear e subsequente: ao
mesmo tempo em que olhamos, também vemos; se vemos melhor, imaginamos mais. Além disso,
à medida que começamos a mostrar nosso trabalho para as pessoas elas darão início ao seu
próprio processo de pensar visualmente, analisando nossos desenhos, observando o que há de
interessante neles e imaginando como poderiam manipular e alterar o que estamos mostrando: o
debate criativo ganha espaço! Assim, o “loop” do pensamento visual prossegue indefinidamente
(ROAM, 2012). Para o processo funcionar é necessário praticar. Lembre-se: para ter boas ideias
não é preciso computador, nem saber desenhar, rabiscos ajudam a pensar.
Saiba Mais
* Um vídeo explicativo com animações sobre As Quatro Fases do Pensamento Visual,
de Dan Roam. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=zGDuxPu-xco>.
Acesso em: 16 jan. 2014.
* Pensando e Comunicando com Imagens – Entrevista com Dan Roam. Disponível em:
<http://joybaena.blogspot.com.br/2009/06/pensando-e-comunicando-com-imagens.
html>. Acesso em: 16 jan. 2014.
Design
Entre o olhar, o ver, o imaginar e o mostrar, podemos colocar também o pensamento
visual presente em objetos que utilizamos em nosso dia a dia. Cada um deles contém um
“insight” inovador. Em uma fronteira entre produtos, indústria, inovação e arte, estamos
falando do fascinante mundo do “design”.
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FILME
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Esse belo filme apresenta a importância do contexto adequado para a comunicação e para
a criatividade, assim como as dificuldades que os ativistas da mudança têm que enfrentar.
Assista o trailer. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=1qfSsFYecrM>.
Acesso em: 16 jan. 2014.
Questão 01
A foto da esquerda mostra uma simulação com modelo humano de um conceito inovador de
construção de pontes. É a ideia que o engenheiro Benjamin Baker desenvolveria mais tarde em uma
ponte ferroviária na Escócia, por volta de 1890. Note a distribuição de peso nas pontas enquanto a
pessoa ao centro, provavelmente o próprio Baker, está “no ar”.
A foto da direita é a ponte ferroviária que Baker conseguiu concluir e que é utilizada na Escócia até
hoje.
Podemos afirmar:
a) A foto da esquerda está mais associada à Socialização.
b) A foto da esquerda está mais associada à Externalização do conceito.
c) A foto da esquerda está mais associada ao processo de Combinação.
d) A foto da esquerda está mais associada à etapa de Internalização.
e) A foto da esquerda está associada mais diretamente à espiral do conhecimento.
Resposta: B
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Questão 02
Leia com atenção as duas frases seguintes, ditas por executivos importantes em diferentes
momentos históricos:
“Por que toda vez que contrato um par de braços, um cérebro tem de vir junto?” (Henry Ford, Ford)
“Posso obrigar um operário a chegar à fábrica às 7h para trabalhar, mas não posso forçá-lo a ter
uma boa ideia.” (Akio Morita, Sony)
Resposta: C
Questão 03
O nome vem das primeiras seis letras “QWERTY” da primeira linha do teclado.
A disposição das teclas data de 1868 e foi usado pela primeira vez em máquinas de escrever
mecânicas da marca Remington.
Neste layout, os pares de letras utilizados com maior frequência na língua inglesa foram separados
em metades opostas do teclado, numa tentativa de atrasar as hastes ligadas às teclas e evitar o
travamento do mecanismo das máquinas de escrever.
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Em outras palavras, o layout QWERTY foi criado para tornar o processo de escrita mais lento!
No teclado de computador, cada dígito é meramente um impulso elétrico provocado por um toque,
nada tem a ver com hastes mecânicas.
Por que ainda estamos usando este velho modelo QWERTY em nossos teclados?
Resposta: A
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Questão 04
Os aparelhos portáteis para ouvir música evoluíram muito nas últimas décadas, dos walkman com
fitas K-7 com inevitáveis chiados de fundo até o som limpo de minúsculos IPod. Podemos interpretar
dois saltos evolutivos principais nesse processo: o primeiro salto das fitas K-7 para os compact
disks em que houve um tremendo ganho em termos de qualidade sonora.
O segundo grande salto foi em termos de quantidade. Com a tecnologia MP3 foi possível armazenar
cerca de dez vezes mais música em um mesmo espaço. Assim, em um CD onde antes cabiam
cerca de 60 minutos de música, passou a caber 600 minutos. Ao mesmo tempo, os arquivos digitais
de música puderam ser armazenados como arquivos digitais comuns, não necessitando mais do
próprio suporte em CD.
Questão 05
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Acesse o link e veja que talvez nunca tenhamos passado tanto calor. Diponível em: <http://noticias.
uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2014/01/08/intensidade-dos-raios-ultravioleta-
chega-a-nivel-extremo-no-brasil.htm>. Acesso em: 16 jan. 2014.
Na década de 1940, americanos e alemães buscavam uma solução para produzir um novo fluido
para refrigeradores. Até então as substâncias usadas eram à base de enxofre, mas tinham forte
cheiro, podiam ser venenosas, inflamáveis, queimar os olhos e atrair insetos.
Os cientistas criaram então uma nova molécula, inexistente na natureza, a molécula CFC
(clorofluorocarboneto):
Foram encontradas inúmeras aplicações para os CFCs: fluido de ar-condicionado, latas de spray,
solventes, produtos de limpeza. Depois de um tempo as moléculas de CFCs chegam na estratosfera
(parte mais alta da atmosfera) até que os raios UV (ultra violetas) os obrigue a abrir mão do átomo
de cloro. E o cloro vai direto reagir com o ozônio. O cloro destrói as moléculas de ozônio, mas ele
próprio não é destruído. Um átomo de cloro pode destruir 100 mil moléculas de ozônio. Note na
reação abaixo como o ozônio é destruído:
Duas moléculas de ozônio foram destruídas, três moléculas de oxigênio foram geradas e os átomos
de cloro estão prontos para causar mais danos.
O ozônio tem a importante função de proteger o planeta contra os raios UV (ultravioleta) do Sol.
Raios UV causam câncer e catarata, por exemplo.
Mas, além disso, a luz UV ataca as moléculas orgânicas que constituem toda a vida na Terra:
as plantas unicelulares que flutuam nos oceanos morrem ou são danificadas com ação dos UV,
causando uma reação em cadeia.
Fitoplânctons são alimento de animais unicelulares que são comidos pelos crustáceos, que são
comidos por pequenos peixes, que são comidos por peixes grandes, que são comidos por golfinhos,
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baleias e, finalmente, as pessoas. A destruição das plantinhas na base da cadeia alimentar causa
o colapso de toda a cadeia.
Ao permitir que a camada de ozônio seja destruída e que aumente a intensidade da UV na superfície
da Terra, estamos criando desafios desconhecidos e preocupantes para o tecido da vida em nosso
planeta (SAGAN, 2008 – adaptado).
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Analogia: Relação de equivalência entre duas relações e que destaca o caráter comum de duas
coisas diferentes.
Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido figurado, em que a significação natural de uma
palavra é substituída por outra, só aplicável por comparação subentendida. No contexto de geração
de conhecimento novo, é uma forma um tanto intuitiva que ajuda a disparar a criação de um novo
conceito. É uma forma de perceber ou entender uma coisa, imaginando outra simbolicamente, e
que serve de inspiração para os desenvolvedores da organização pensarem o novo conceito.
Slogan: Divisa, lema; frase curta e convincente, geralmente utilizada em publicidade e propaganda.
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FINALIZANDO
Nesta aula, vimos porque o modelo de criação do conhecimento organizacional é representado
em espiral. Vimos algumas técnicas de externalização de conceitos como metáfora, analogia e
expressão de ideias por meio de desenhos.
Agora precisamos entrar em detalhes internos das condições que permitem a criação do
conhecimento organizacional, que é base das inovações.
REFERÊNCIAS
GOLEMAN, D. Textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
ROAN, D. Desenhando negócios: como desenvolver ideias com o pensamento visual e vencer nos
negocios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
SAGAN, C. Bilhões e bilhões: reflexões sobre a vida e morte na virada do milênio. São Paulo:
Companhia das Letras, 2008.
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