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INSTRUÇÃO DE TRABALHO

Hemotransfusão

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1. BJETIVO
Restabelecer as condições clínicas de um paciente com perda sanguínea aguda (consequente à cirurgia ou
acidente) ou crônica (decorrente de anemias crônicas, quimioterapia ou transplante de medula óssea).

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
DI.AT.001 - Manual Técnico de Hemotransfusão
IT.AT.003 - Reação Transfusional
TC.AT.001 - Termo de Consentimento Hemoterápico
DE.AT.001 - Solicitação de Procedimentos e Produtos Hemoterápicos

3. DEFINIÇÕES E SIGLAS
HMDG - Hospital Municipal Daniel Gonçalves
AT - Agência Transfusional
MA - Manual
ENF - Enfermagem
DE - Documento Externo
NA - Não se Aplica
FO - Formulário
IT - Instruções de Trabalho
UI - Unidade de Internação
LA - Leito de Apoio
CC - Centro Cirúrgico

4. SETORES RELACIONADOS
Agência Transfusional.
Centro Cirúrgico.
Internação.
Pronto Socorro.

5. DESCRIÇÃO DE INSTRUÇÃO DE TRABALHO


5.1 - Recursos Necessários
 EPI’s
 Centrífuga
 Pipetas
 Tubos

5.2- Descritivo passo a passo

5.2.1. Solicitação de Hemocomponentes/Hemoderivados


1- Comunicar o paciente sobre a necessidade da transfusão de hemocomponentes e aplicar TC.AT.001 -
Termo de Consentimento Hemoterápico, e somente proceder a solicitação de
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hemocomponentes/hemoderivados se o mesmo estiver assinado.


Observação: caso o cliente se recuse a receber a Hemotransfusão aplicar o (TC.AT.002 - Termo de Recusa
Livre e Esclarecida à Transfusão de Sangue).
2- Realizar solicitação prescrita e registrada em prontuário, requisição em formulário específico (DE.AT.001 -
Formulário de Solicitação de Hemocomponentes / Hemoderivados e Procedimentos) preenchido em duas
vias pelo médico com dados completos, legíveis e sem rasuras.
Observação: requisição incompleta ilegível ou rasurada não é aceita pelo serviço de Hemoterapia.

5.2.2. Comunicar a Agência Transfusional


Comunicar a Agência Transfusional quanto à solicitação de hemocomponentes / hemoderivados via telefone.

5.2.3- Checagem de Hemocomponentes / Hemoderivados


Para realizar a checagem, seguir as orientações:
1- Conferir dados de prescrição medica de transfusão com paciente ou acompanhante (nome completo, leito
e tipo sanguíneo);
2- Orientar paciente / acompanhante quanto o procedimento e possíveis reações adversas, conferir e
comparar dados da etiqueta da bolsa de hemocomponentes / hemoderivados e prontuário do paciente
(quando aplicável): nome, data de nascimento, leito, registro do paciente, numeração da bolsa, volume,
triagens sanguíneas, data da prova cruzada, data da validade e aderência do rótulo;
3- Conferir bolsa de hemocomponentes em relação ao aspecto e integridade, inspeção da bolsa na detecção
de coágulos, sinais indicativos de hemólise, sinais de violação, deterioração, coloração anormal (preta ou
púrpura) turvação e bolhas de ar (crescimento bacteriano) neste caso NUNCA transfundir e devolver
imediatamente a bolsa de hemocomponentes / hemoderivados para Agência Transfusional.
Observação: Após checagem dupla, dos dados anotados em prontuário com os dados da bolsa de
hemocomponentes / hemoderivados, assinar e carimbar.

5.2.4- Verificação De Sinais Vitais


Verificar sinais vitais (pressão arterial, pulso, frequência respiratória e temperatura) do paciente antes de
iniciar a transfusão (antes de perfurar a bolsa e conectar o equipo para hemotransfusão), 10 (dez) minutos
após o início da transfusão e ao término do procedimento. Registrar em FO.AT.002 – Check list.
Observação: Se houver alguma alteração no procedimento de transfusão suspender o
hemocomponente/hemoderivado, manter acesso venoso com SF 0,9%, chamar o médico, verificar
SSVV, prestar cuidados, anotar sinais e sintomas e observações.

5.3.5- Punção Venosa


Lavar as mãos antes e após contato com bolsa de hemocomponentes e usar EPI ( óculos de proteção e luvas
de procedimento) para punção de novo acesso. Escolher uma boa via de acesso, proceder à anti-sepsia (não
palpar após este procedimento), puncionar o paciente antes de montar a bolsa de hemocomponente,
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lembrado que a via de acesso deve ser exclusiva para transfusão.

5.3.6- Montagem da Bolsa


Usar EPI (óculos de proteção e luvas de procedimento) durante montagem, abertura do lacre, colocar a bolsa
no suporte de soro (evitando perfurações e contaminações acidentais), conectar o equipo de transfusão
fechado, pressionar levemente o filtro para retirada de ar e preenchimento de 1/3 da câmara de gotejamento
e abrir equipo, preenchendo com sangue.

5.2.7- Cuidados no Ato Transfusional


Devem ser observados, os seguintes cuidados:
1- Conferir na prescrição médica quantidade a ser administrada, a velocidade e o tempo que não deve
ultrapassar 04 horas;
2- Antes da transfusão os hemocomponentes só podem permanecer à temperatura ambiente por no máximo
30 minutos;
3- Anotar horário de início da transfusão, observar o paciente nos 10 (dez) minutos iniciais após instalação da
transfusão e anotar dados na FO.AT.002, durante e periodicamente para detecção de eventuais reações
transfusionais;
4- Nenhum medicamento pode ser adicionando à bolsa de hemocomponentes / hemoderivados e nem ser
infundido em paralelo (na mesma linha venosa) à exceção da solução de cloreto de sódio a 0,9%.
5- Caso de absoluta necessidade interromper a transfusão e lavar a linha de infusão com soro fisiológico, não
administre pela mesma linha de infusão: soluções glicosadas, pois pode causar hemólise, ringer lactado
contém cálcio e podem induzir a formação de coágulos, medicamentos (antibióticos quimioterápicos e
outros).
Observação: caso o paciente apresente alguma reação, o médico deve ser chamado imediatamente.

5.2.8- Cuidados Pós-Transfusão


Devem ser observados, os seguintes cuidados pós-transfusão:
1- Verificar sinais vitais do paciente e anotar no prontuário do paciente;
2- Desconectar a bolsa do acesso venoso e comunicar a Agência Transfusional;
3- Observar atentamente nos 15 a 30 minutos após o termino da transfusão;
4- Orientar e observar o paciente nas primeiras 24 horas após termino da transfusão devido eventuais
reações transfusionais.

5.3 - Fluxograma
NA

5.4 - Referências Bibliográficas


RDC N° 34, de 11 de julho de 2014, Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue.
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PORTARIA MS 2712, 12 de Novembro de 2013 – Redefine o Regulamento Técnico de Procedimentos


Hemoterápicos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº1, de 17 de março de 2015 – Dispõe sobre os Procedimentos, Normas e


Diretrizes do Sistema Nacional de Hemovigilância citados na RDC N° 34, de 11 de julho de 2014, Dispõe
sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue.

6. HISTÓRICO DE REVISÕES
Revisão Data Conteúdo revisado

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