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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA


CURSO DE MEDICINA
ATIVIDADE AVALIATIVA – EPIDEMIOLOGIA – 2022.1 – VALOR 5,0 (5% DA NOTA)
DISCENTE: LÍVIA THÁBATA DE OLIVEIRA

LEIA O BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ACERCA DA EPIDEMIA POR SARS-COV-2 NA BAHIA E


APLIQUE OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NAS ATIVIDADES DO COMPONENTE
CURRICULAR PARA RESPONDER AS PERGUNTAS A SEGUIR:

QUESTÕES RELACIONADAS A FIGURA DA PÁGINA 2, CENÁRIO BAHIA

1) Na página 2, no fluxograma intitulado “Cenário Bahia”, há referência a letalidade de 2,11%. Como


esse dado foi calculado? Mostre como os epidemiologistas chegaram a estes valores.

A taxa de letalidade é calculada através da formula:

● L: taxa de letalidade dos casos.

● F: Número de mortes por uma doença em um determinado período e área.

● E: Número de casos diagnosticados pela mesma doença no mesmo período e área.

L%= F/E *100


L%=22.194/1.053.031*100
L%= 2,107630259 ≈ 2.11%

2) Baseado no valor de óbitos informados, qual é a taxa de mortalidade por infecção pelo SARS-COV-2
no estado da Bahia? Mostre como você chegou a este resultado, de onde os dados utilizados vieram e
qual a diferença desse valor (taxa de mortalidade) para o obtido na questão 1.
R: A taxa de mortalidade é calculada da seguinte maneira:
Tx: Número de mortos * 10000
População

TM= 22.194 * 10000/ 15.000.000 = 147,96

A taxa de letalidade relativa à proporção de mortes em relação aos casos diagnosticados. Já taxa de
mortalidade é relativa à proporção de mortes em relação a todos os casos de pessoas infectadas
(diagnosticadas ou não).
Nesse sentido, a diferença entre a questão 1 e a taxa de mortalidade é que a Mortalidade é uma
medida muito utilizada como indicador de saúde; é calculada dividindo-se o número de
óbitos pela população em risco. Enquanto que a Letalidade é uma medida da gravidade da doença,
calculada dividindo-se o número de óbitos por determinada doença pelo número de casos da
mesma doença.

3) Qual a incidência cumulativa de infecção pelo SARS-COV-2 no estado da Bahia, com base nos
dados apresentados? Mostre como você chegou a este resultado, de onde os dados utilizados vieram
e por que você usou a incidência e não a prevalência.

R: A Incidência cumulativa fornece uma estimativa da probabilidade de um indivíduo desenvolver a


doença durante um período específico de tempo e, por isso, é também chamada simplesmente de
risco. Esta medida assume que todos os indivíduos identificados no início do seguimento foram
acompanhados por todo o período em questão. O tempo de observação ou seguimento é variável,
mas deve sempre ser claramente indicado. A fórmula proposta para incidência cumulativa (Ic) é o
número de casos novos detectados durante um determinado período de tempo total de indivíduos em
risco no início do período. Para calcular divide o número de casos novos detectados durante um
determinado período de tempo pelo total de indivíduos em risco no início do período.

Assim, Ic = 1.053.031 * 1000/15.000.000= 70,202


Incidência é uma medida da ocorrência de novos casos durante um período especificado em uma
população em risco de ter a doença. Enquanto a prevalência se refere a casos novos e casos
existentes da doença, assim, observa-se que a incidência enfoca apenas os casos novos.

QUESTÕES RELACIONADAS AS FIGURAS DA PÁGINA 3

4) No gráfico que descreve a taxa de letalidade por COVID-19, a Bahia apresentou uma letalidade de
2,1%, estando entre os melhores valores no Brasil e abaixo da média nacional. Fazendo uma
avaliação crítica desses dados, CITE e JUSTIFIQUE DOIS fatores que podem ter influenciado
nestes resultados e como eles poderiam reduzir ou elevar a taxa de letalidade.

R: Como a taxa de letalidade sofre direta influência da relação do número de óbitos e casos confirmados de
determinada causa, logo, amenizar esses dois fatores, provavelmente reduziria a taxa de letalidade. Assim, entre
os fatores que podem ter contribuído para as taxas de letalidade abaixo da média na Bahia foram: medidas
relativamente eficazes de isolamento interpessoal, haja vista que isso diminuiria o número de indivíduos
infectados, e, tendo um menor número de casos confirmados, é esperado que haja uma menor ocupação de leitos
de UTI, fato que interfere diretamente nos valores de óbitos por COVID-19.
5) No gráfico que descreve a taxa de mortalidade por COVID-19, a Bahia apresentou uma mortalidade
de 148,3, estando entre os melhores valores no Brasil e abaixo da média nacional. Como essa taxa
pode ser interpretada?
R: Ocasionalmente, a mortalidade em uma população é descrita utilizando-se a mortalidade proporcional, que é,
na realidade, uma razão visto que se refere ao total de óbitos por uma determinada causa dividido pelo total de
óbitos por todas as causas no mesmo período, expressos em porcentagens. Nesse sentido, a taxa é eficaz para um
comparativo entre as capitais brasileiras, mostrando o controle de casos de COVID-19, na Bahia, tendo uma taxa
menor comparada às outras capitais. Nesse caso, pode-se deduzir que as medidas de isolamento social e medidas
profiláticas de uso pessoal, como máscaras e álcool gel, foram melhor estabelecidas do que em outras regiões do
país. Afinal, a partir da devida aplicação destas ações haveria uma menor contaminação da população e isso
implicaria em uma menor quantidade de óbitos.

6) Conceitualmente, CITE e JUSTIFIQUE DOIS fatores que podem explicar esses números do estado
em relação a média nacional.
R: Os números relevantes ao cenário causado pela atual epidemia global do vírus da covid-19 no que diz
respeito ao âmbito da Bahia nos remete que tanto a taxa de letalidade da doença que seria a razão do número de
óbitos causados por tal doença no estado sobre o número de casos da doença confirmados no mesmo, como
também a taxa de mortalidade que seria a quantidade de óbitos causados pela doença para cada 100000
habitantes estão ambos abaixo da média geral no Brasil, dados que são respectivamente 2,1%, 148,3 para cada
100000 na Bahia e na média do país sendo 2,8% e 228,2 para cada 100000 respectivamente. Alguns fatores que
podem ser resposta para esse cenário de letalidade abaixo da média nacional são testagem e diagnostico em
maior quantidade, tendo em vista que esse número é o denominador para cálculo da letalidade, e quanto maior
esse, menor a taxa. Quanto ao valor de mortalidade, números menos expressivos de óbitos, números esses que
podem ter inúmeras causalidades como hospitalização precoce e efetiva, são fatores que podem explicar esse
valor de mortalidade.

7) Como a Bahia pode ter mais número absoluto de casos mais de 5 vezes acima do que o de Roraima
(RO) e ter uma taxa de mortalidade menor, menos da metade de Roraima?

R: A taxa de mortalidade relaciona o número absoluto de óbitos com o número absoluto populacional.
Dessa forma, para se fazer um comparativo, a população da Bahia é de, aproximadamente, 15,13
milhões de habitantes e de Roraima é de, aproximadamente, 496936 de habitantes.
QUESTÕES RELACIONADAS AO GRÁFICO DA PÁGINA 4

8) O gráfico de incidência mostra os casos novos entre 16/05 e 10/06 de 2021. O que representa a linha
vermelha que atravessa todo o gráfico. Como essa medida é calculada?
R: A linha vermelha traçada no gráfico representa a média móvel dos últimos 7 (sete) dias de casos
confirmados de COVID-19, ela é importante para avaliar se os números de casos notificados estão em
progressão, regressão ou em estabilidade. No caso do gráfico, a média móvel mostra uma tendência de
estabilidade no período representado. Essa medida é calculada somando-se o número de casos diários de
um dia com o número de casos diários dos seis dias que o antecedem e dividindo-se o resultado desse
somatório por sete.

9) Em 31/05/2021, somente 199 casos foram registrados. CITE e JUSTIFIQUE DOIS fatores que
podem explicar esses números que diferem dos outros dias.

R: Dois fatores que podem explicar o baixo número de casos registrados no dia 31/05/2021,
contrastando com os demais dias representados no gráfico e fugindo do padrão esperado, são a
subnotificação de casos e o atraso no processamento de dados. Pode ter ocorrido, por exemplo, uma
falta de insumos para realização de testes, o que levou a um não diagnóstico preciso e uma consequente
subnotificação nos registros de caso, bem como pode ter ocorrido um atraso na alimentação do sistema
com os dados repassados pelas Secretarias Municipais de Saúde do Estado da Bahia, nesse caso, esses
dados podem ter sido processados nos dias subsequentes.
QUESTÕES RELACIONADAS AOS GRÁFICOS DA PÁGINA 5

10) No gráfico que expressa o número de casos por faixa etária, observamos que a faixa de 30 a 39 anos
obteve o maior percentual de casos. Isso significa que nessa faixa etária temos a maior incidência?
EXPLIQUE SUA RESPOSTA.

R: Na faixa de 30 a 39 há uma maior incidência de casos, pois entendemos por incidência a intensidade
com que acontece uma doença numa população, mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de
casos novos de doença na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. Nesse caso,
há uma maior frequência desses casos nessa faixa etária. Entretanto, poderíamos conceitualmente usar o
termo prevalência, visto que o gráfico considera os casos totais confirmados e não só os novos casos.

11) Conceitualmente, CITE e JUSTIFIQUE DOIS fatores que podem explicar o motivo pelo qual essa
faixa etária tem maior número absoluto de casos. Mostre argumentos que corroborem o seu
raciocínio.

R: Pessoas nessa faixa etária tendem a se expor mais ao vírus, tanto por questões comportamentais (como
a baixa adesão às máscaras e as constantes aglomerações), quanto por formarem a maioria da classe
trabalhadora. Temos também que considerar o grande contingente populacional dessa faixa etária no
Brasil, favorecendo assim que os números absolutos de casos sejam grandes nessa idade.

12) No gráfico que mostra o número de casos acumulados por semana epidemiológica, temos um
acumulado de casos de mais de 1 milhão e cinquenta mil casos na semana 23 de 2021. Como
conceituar SEMANA EPIDEMIOLOGICA?

R: A semana epidemiológica é uma forma de padronizar a variável de tempo para fins de vigilância
epidemiológica. Este período é geralmente a semana, por isso é conhecido como a semana
epidemiológica. A cada ano, os epidemiologistas dividem os 365 dias do ano em 52 ou 53 semanas
epidemiológicas, criando o calendário epidemiológico.

13) O que ocorre entre as semanas 14 e 23 de 2020, poderia ser enquadrado em que fase da curva
epidemiológica? POR QUÊ?

R: Entre as semanas 14 e 23 de 2020 há uma fase de crescimento exponencial, visto que ocorre um
crescimento acelerado do número de novos casos da infecção. Como o gráfico traz o acumulado de caso
confirmados por semana epidemiológica, para se dizer o real valor dos casos novos na semana, basta
subtrair o valor da semana pelo acumulado anterior.
QUESTÕES RELACIONADAS AOS GRÁFICOS DA PÁGINA 6

14) O mapa mostra o município de Salvador como o que teve maior número de casos de COVID-19 na
Bahia, 2020-2021. Podemos afirmar que Salvador tem a maior incidência entre os municípios
baianos? Ou esse título deve ir para Lauro de Freitas? Ou para nenhum dos dois? Mostre como você
chegou a esta conclusão, e caso tenha usado dados para provar sua resposta, de onde os dados
utilizados vieram?

nº de casos de uma doença ocorrentes em determinada


R: Taxa de Incidência= comunidade emum certo período de tempo x
nº de pessoasexpostas ao risco de adquirir a doença no referido período
1000

215 455
Taxa de Incidência de Salvador= x 1000 ~ 74 casos por 1000 habitantes
2900 319

20 663
Taxa de Incidência de Lauro de Freitas= x 1000 ~ 101 casos por 1000 habitantes
204 669

De acordo com as informações obtidas pelos cálculos da fórmula da taxa de incidência, Lauro de
Freitas para cada 1000 habitantes possui mais casos de COVID-19 do que a cidade do Salvador.

15) Caso você fosse deputado estadual e tivesse uma emenda parlamentar para endereçar a um dos seus
municípios de sua base eleitoral, e o seu assessor te sugere que envie para aquele município com
maior incidência, você encaminharia esses recursos para Itabuna, Ilhéus ou Teixeira de Freitas?

nº de casos de uma doença ocorrentes em determinada


R: Taxa de Incidência= comunidade emum certo período de tempo x 1000
nº de pessoasexpostas ao risco de adquirir a doença no referido período

31328
Taxa de Incidência de Itabuna= x 1000 ~ 146 casos por 1000 habitantes
214 123

19 994
Taxa de Incidência de Ilhéus= x 1000 ~ 127 casos por 1000 habitantes
157 639

20 663
Taxa de Incidência de Lauro de Freitas= x 1000 ~ 101 casos por 1000 habitantes
204 669

De acordo com as informações obtidas pelos cálculos da fórmula da taxa de incidência, Itabuna para
cada 1000 habitantes possui mais casos de COVID-19 do que Ilhéus e Lauro de Freitas. Desse modo,
essa cidade necessitaria de mais verbas para combater o COVID-19, visto que há uma maior incidência
dessa doença nessa localidade ao comparar as demais citadas.

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