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Divisão de Economia e Gestão

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria


Curso – Diurno Turma: A6
3o Ano
Cadeira: Sistema Financeiro e Bancário

Tema: Sistema Financeiro Moçambicano

Tete, Junho de 2022


Discentes:

 Lazaro Ismael Tivane


 Augusto César Jovo
 Graça Ernesto Andre
 Joãozinho Erder Cristóvão
 Verónica Zeca Domingos

Tema: Sistema Financeiro Moçambicano

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado no


Instituto Superior Politécnico de Tete, para a cadeira
de Sistema Financeiro e Bancário, leccionada pelo
Docente: Manuel Rato e Agness Cobiramala, no
âmbito do curso de Contabilidade e Auditoria, do 3o
ano, do período laboral.

Tete, Junho de 2022


Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1. Introdução
O Sistema financeiro desempenha um papel crescente na economia, condicionando os níveis de
crescimento económico e de bem-estar. Sistema Financeiro é um conjunto composto pela
legislação financeira, produtos financeiros, instituições financeiras e mercados financeiros que
asseguram essencialmente, a intermediação financeira (canalização da poupança para o
investimento). Moçambique como a maioria dos países em vias de desenvolvimento tem o
sistema financeiro pouco desenvolvido, poucos operadores e instrumentos financeiros para
suportar a actividade económica. Os operadores financeiros principais, no sistema moçambicano,
são os bancos comerciais e portanto a estabilidade deste sistema depende crucialmente do
funcionamento eficiente e eficaz dos bancos comerciais. As crises do passado demonstraram que
a eficiência de um banco comercial pode ameaçar a estabilidade do sistema financeiro.
Moçambique, assim como grande parte do continente africano esteve, ate o ano de 1975, sob o
regime colonialista.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma
visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos
e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese
proposta pelo projecto.
Portanto o trabalho tem como objectivo geral
 Abordar sobre o Sistema Financeiro Moçambicano
1.2.2. Específicos
 Identificar funções das instituições financeiras;
 Especificar elementos e conceitos básicos do Sistema Financeiro;
 Analisar o seu Funcionamento do Sistema Financeiro Moçambicano;
 Composição do Sector Financeiro.

1.3. Metodologia
Para prossecução do trabalho foi feita a obtenção dos documentos em formato electrónico em
forma de PDF e a leis vigente em Moçambique.
Também foi usado o método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é,
partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.

Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.

2. CONCEITUALIZAÇÃO
O sistema financeiro
Assim, podemos começar por afirmar que qualquer Sistema Financeiro gira em torno de dois
conceitos - chave: aforro ou poupança e investimento.
Poupança: diferença entre o rendimento disponível e o consumo.
Investimento: aplicação de fundos destinados à obtenção de um determinado rendimento.
Sistema Financeiro é um conjunto composto pela legislação financeira, produtos financeiros,
instituições financeiras e mercados financeiros que asseguram essencialmente, a intermediação
financeira (canalização da poupança para o investimento).
Legislação financeira: Conjunto de normas que regulam, a actividade financeira. No caso de
Moçambique podemos citar os exemplos da Lei n.º 20/2020 de 31 de Dezembro que regula o
estabelecimento e o exercício da actividade das instituições de crédito e das sociedades
financeiras. Assim estas instituições (denominadas, geralmente, instituições financeiras)
desempenham um papel intermediário entre os agentes económicos - pessoas, famílias, empresas
outras instituições, Estado - que, num dado momento, se podem assumir como aforradores e,
noutros momentos, como investidores.

Funções das instituições financeiras


As instituições financeiras têm como função principal: Criar condições para que todos os
aforradores encontrem no Mercado formas de investimento que os satisfaçam, sejam quais forem
os volumes que pretendam aplicar, os prazos por que querem investir ou os riscos que estão
dispostos a correr.
Além desta função de intermediação, as instituições financeiras exercem actividades específicas
distintas, que as caracterizam.
Produtos financeiros: depósitos bancários, certificados de depósitos, papéis comerciais, bilhetes
do tesouro, acções obrigações, fundos de investimento. São pois estas actividades expressamente
previstas na legislação financeira que regem o Sistema Financeiro Moçambicano que estão na
base de classificação das instituições ou empresas financeiras. E, portanto, com base na Lei n.º
20/2020 de 31 de Dezembro que regula o estabelecimento e o exercício da actividade das
instituições de crédito e das sociedades financeiras. Nas instituições financeiras podemos
encontrar distinção entre eles: Instituições Financeiras Monetárias (IFM) e as Instituições
Financeiras Não Monetárias (IFNM). A especificidade das Instituições Financeiras Monetárias,
resulta da sua capacidade de criação da moeda, na medida em que cria através do crédito que
concede, um depósito bancário em benefício daquele que contrai um empréstimo.
De facto, a concessão de créditos por parte de um banco não está limitada ao montante de
recursos preexistentes. Por oposição, as Instituições Financeiras Não Monetárias, embora em
certos campos desenvolvam uma actividade semelhante a desenvolvidas pelas IFM, não tem essa
capacidade.

Elementos do sistema financeiro


O sistema financeiro Moçambicano é composto por 5 elementos principais:
Os instrumentos financeiros: servem para canalizar recursos dos agentes que tem recursos
disponíveis (com poupança) para aqueles que necessitam de recursos para investir. Servem ainda
para transferir o risco para os agentes com melhores capacidades para o agir. Obrigações acções
e apólices de seguros são exemplos de instrumentos financeiros;
Os mercados financeiros: permitem a compra e venda dos instrumentos financeiros de forma
rápida e com baixo custo, o que os torna interessantes para os agentes económicos;
A moeda: é o meio pelo qual são efectuadas as transacções monetárias, meio de pagamento e de
reserva de valor; denominador comum de valor.
As instituições financeiras: fornecem um leque variado de serviços, incluindo o acesso aos
mercados e disponibilização de informação sobre a qualidade dos devedores. Os bancos,
seguradoras e sociedades financeiras são exemplos das instituições financeiras; e
As autoridades de supervisão: são os bancos centrais, tem um papel determinante na
monitorização e estabilização do sistema.

Importância do Sistema Financeiro


O Sistema financeiro desempenha um papel crescente na economia, condicionando os níveis de
crescimento económico e de bem-estar. Ajuda a interacção dos agentes económicos na
actividade económica. Também apoia na redução dos custos de informação ou de transacção
resultados das imperfeições dos mercados, os quais devem ser minimizados.
Para o efeito, é importante a existência de intermediários financeiros. A presença de
intermediários financeiros contribui para mitigar os problemas decorrentes dos custos de
transacção e de informação, um facto que concorre para influenciar as decisões de poupança e de
investimentos, e, por via disso, o crescimento económico. Os intermediários financeiros podem
influenciar o crescimento através dos seguintes canais:
 Diversificação do risco, um facto que pode induzir os aforradores a direccionar a sua
carteira de investimentos para projectos com retornos esperados elevados;
 Mobilização de poupanças individuais com vista a aprofundar o processo de crescimento
económico, um facto que permite fazer melhor uso das economias de escala;
 Redução dos custos de aquisição e processamento de informação, e portanto,
melhoramento da alocação de recursos para as famílias;
 Fortalecimento do acompanhamento das operações das empresas, o que pode, por um
lado, reduzir os níveis de racionamento de crédito, e, por outro, facilitar o fluxo de
recursos dos aforradores para os investidores;
 Uso da moeda como um meio mais eficaz no processo das trocas, permitindo que os
custos de transacção sejam reduzidos, promovendo dessa forma uma maior
especialização, inovação e crescimento económico (Mishkin, 2000, Bencivenga e Smith,
1993; Lá Fuente e Marin, 1996, Devereux e Smith, 1994; e Obstfeld, 1994). 3.1.2.

Análise do Sistema Financeiro Moçambicano


Moçambique como a maioria dos países em vias de desenvolvimento tem o sistema financeiro
pouco desenvolvido, poucos operadores e instrumentos financeiros para suportar a actividade
económica. Os operadores financeiros principais, no sistema moçambicano, são os bancos
comerciais e portanto a estabilidade deste sistema depende crucialmente do funcionamento
eficiente e eficaz dos bancos comerciais. As crises do passado demonstraram que a eficiência de
um banco comercial pode ameaçar a estabilidade do sistema financeiro. Moçambique, assim
como grande parte do continente africano esteve, ate o ano de 1975, sob o regime colonialista. A
25 de Junho de 1975 conquista a independência, transformando-se numa república popular,
como um regime de partido único, ate Novembro de 1990, data da entrada em vigor da
constituição que instaurou o regime democrático multipartidário e um sistema de economia de
Mercado.

Características do Sistema Financeiro Moçambicano


 Uma das características mais importantes do Sistema Financeiro é o surgimento constante
de novos produtos, serviços e de instituições porventura. É esta característica que torna o
Sistema Financeiro mais dinâmico e que condiciona a necessidade da sua revisão e
actualização permanente.
 Sistema financeiro moçambicano bancário é representado pelos bancos controlados pelo
Estado.
 É baseado do crédito bancário privado. Sendo que, o mercado de capitais moçambicano é
ainda muito pouco desenvolvido.

Funcionamento do Sistema Financeiro Moçambicano


A criação de um estado baseado nos princípios do socialismo, levaram a criação de uma
economia planificada ou centralizada. Neste sentido, no sector financeiro foram tomadas
medidas que centralizaram o controlo, sendo que foram intervencionadas as seguintes
instituições:
 Instituto de Credito de Moçambique;
 Banco de Moçambique (BM) e;
 O Instituto de Credito de Moçambique em Banco Popular de Desenvolvimento (BPD),

Composição do Sistema Financeiro Moçambicano


Assim como bastante concentrado, a maior instituição possui 40% dos activos totais da banca e
os 90% dos activos e passivos da banca é possuído por apenas seis instituições nomeadamente:
ABC, BA, BCI Fomento, Millenium BIM, BIM e Standard Bank. Os bancos em Moçambique,
são considerados rentáveis e bem capitalizados, no entanto estão muito vulneráveis face ao risco
de crédito no país. Os indicadores de rentabilidade escolhidos para avaliar a performance do
sector são os lucros líquidos, ROAA e OAE. O lucro líquido demonstra o retorno positivo de um
investimento feito pela empresa, após a dedução da despesas operacionais e não operacionais. O
ROAA (RAA) é um indicador financeiro que mostra, em percentagem, como os activos
lucrativos da empresa estão a gerar receitas e mostra como a empresa é rentável antes da
alavancagem financeira. É muito usado para comprar o desempenho das instituições financeiras
(como os bancos), porque a maioria dos activos bancários terá um valor contabilístico que esta
perto dos seus valores de mercado.
O ROAE (ROE) é um indicador, também financeiro, percentual que se refere a capacidade de
uma empresa agregar valor a ela mesma utilizando os seus próprios recursos, ou seja, o quanto
esta consegue crescer usando os seus recursos próprios. Por esta razão este é visto como um dos
mais dos importantes rácios financeiros.
O ROAA (RAA) é um indicador financeiro que mostra, em percentagem, como os activos
lucrativos da empresa estão a gerar receitas e mostra como a empresa é rentável antes da
alavancagem financeira. É muito usado para comprar o desempenho das instituições financeiras
(como os bancos), porque a maioria dos activos bancários terá um valor contabilístico que esta
perto dos seus valores de mercado.

Composição do Sector Financeiro


Para além das instituições reguladoras, BM e ISSM, o sector financeiro nacional é constituído
por: (i) instituições de crédito e sociedades financeiras, com destaque para as que a Lei lhes
permite que aceitem depósitos do público (bancos, microbancos e cooperativas de crédito) e as
de moeda electrónica; (ii) seguradoras; (iii) instituições da segurança social e entidades gestoras
de fundos de pensões; e (iv) instituições do mercado de capitais.

Instituições de Crédito: empresas cuja actividade consiste em receber do público


depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria
mediante a concessão de crédito;
Sociedades Financeiras: empresas que não sejam instituições de crédito e cuja
actividade principal consiste em exercer uma ou mais das actividades referidas nas
alíneas b) a g) do nº1 do artigo 5 da Lei n.º 20/2020 de 31 de Dezembro das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras.
Composição do sector financeiro Moçambicano em 2015.

Instituições de crédito

 Bancos

 Microbancos

 Cooperativas de crédito

 Instituições de moeda electrónica


 Sociedades de investimento

Sociedades financeiras

 Sociedades de capital de risco

 Sociedades administradoras de compras em


grupo
 Sociedades emitentes ou gestoras de cartões de
crédito
 Casas de câmbio

 Organizações de poupança e empréstimo

 Operadores de microcrédito

Mercado segurador
 Seguradoras
 Microseguradoras
 Resseguradoras
 Corretoras
 Agentes sociedade comercial
Segurança social e fundos de pensões
 Segurança social básica
 Segurança social obrigatória
 Fundos de pensões
 Sociedades gestoras de fundos
de pensões
Mercado de capitais
 Bolsa de valores
 Operadores de bolsa

Actividade das Instituições de Crédito


Os bancos podem exercer as seguintes actividades
 Recepção de depósitos do público ou outros fundos reembolsáveis;
 Operações de crédito, incluindo a concessão de garantias e outros compromissos;
 Operações de pagamentos;
 Emissão e gestão de instrumentos de pagamento, tais como cartões bancários,
cheques de viagem e cartas de crédito;
 Transacções, por conta própria ou alheia, sobre instrumentos do mercado
monetário, financeiro e cambial;
 Participação em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de
serviços correlativos;
 Emissão de moeda electrónica;
 Consultoria, guarda, administração e gestão de carteira de valores mobiliários;
 Operações sobre metais preciosos, nos termos estabelecidos pela legislação
cambial;
 Tomada de participações no capital de sociedades, etc.

Actividades das sociedades financeiras


As sociedades financeiras só podem efectuar as operações que lhes sejam permitidas pelos
diplomas legais específicos que regem a respectiva actividade. As Sociedades Financeiras (SF)
são empresas que não sejam instituições de crédito e cuja actividade principal consista em
exercer uma ou mais das seguintes actividades:
 Operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros compromissos;
 Emissão e gestão de outros meios de pagamento;
 Transacções, por conta própria ou da clientela, sobre instrumentos do mercado monetário
e cambial, instrumentos financeiros a prazo, opções e operações sobre divisas, taxas de
juro, mercadorias e valores mobiliários;
 Participações em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços
correlativos;
 Actuação nos mercados interbancários;
 Consultoria, guarda, administração e gestão de carteiras de valores mobiliários; e
 Gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios

Princípio da exclusividade
1. Só as instituições de crédito podem exercer a actividade de recepção do público, de depósitos
ou outros fundos reembolsáveis.
2. Só as instituições de crédito e as sociedades financeiras podem exercer, a título profissional.
3. O disposto no numero1 não obsta a que as seguintes entidades recebam, do público, fundos
reembolsáveis, nos termos das disposições legais, regulamentares ou estatuárias aplicáveis:
a) Estado e autarquias locais;
b) Fundos e institutos públicos dotados de personalidade jurídica e autonomia administrativa
e financeira;
c) Seguradoras, no respeitante a operações de capitalização.
4. O disposto no número 2 não obsta a que as seguintes entidades realizem a actividade de
concessão de crédito:
a) As pessoas referidas na alínea b) do número anterior;
b) Pessoas singulares e outras pessoas colectivas não previstas nos números anteriores, nos
termos aprovados pelo Conselho de Ministros.
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras com Sede em Moçambique
Segundo Artigo 12 da Lei n.º 20/2020 de 31 que Dezembro das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras.
1. As instituições de crédito com sede em Moçambique devem satisfazer os seguintes
requisitos:
a) Corresponder a uma das espécies previstas na presente Lei;
b) Adoptar a forma de sociedade anónima, com excepção das cooperativas de crédito que
adoptam a forma prevista em legislação própria;
c) ter por objecto exclusivo o exercício da actividade legalmente permitida, nos termos do
artigo 5 da presente Lei n.º 20/2020 de 31 de Dezembro das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras
d) Ter capital social não inferior ao mínimo legal;
e) Ter o capital social representado obrigatoriamente por acções nominativas ou, tratando-se
de cooperativas de crédito, títulos nominativos.
2. Para além dos requisitos previstos nas alíneas a) e d), do número 1, as sociedades financeiras
com sede em Moçambique devem ter por objecto principal o exercício de uma ou mais
actividades referidas nas alíneas b) a h), do número 1, do artigo 5 da Lei n.º 20/2020 de 31 de
Dezembro das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, ou outra prevista na legislação
aplicável.
3. Sempre que a situação o justifique, nomeadamente, tendo em atenção a respectiva dimensão
e âmbito de implantação, mediante requerimento prévio dos proponentes, devidamente
fundamentado, o Banco de Moçambique pode autorizar a constituição de microbancos com
dispensa do requisito previsto na alínea b), do número 1.
4. O Regulamento da presente Lei pode fixar limites de detenção de participações sociais em
instituições de crédito e sociedades financeiras.

Actividade em Moçambique de Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras com Sede


No Estrangeiro
A actividade em território nacional de instituições de crédito e sociedades financeiras com sede
no estrangeiro deve observar a lei moçambicana.
Requisitos de adequação dos gerentes
Os gerentes das sucursais ou dos escritórios de representação das instituições de crédito e
sociedades financeiras com sede no estrangeiro estão sujeitos a todos os requisitos de idoneidade,
qualificação profissional, independência e disponibilidade que a presente Lei estabelece para os
membros dos órgãos de administração das instituições de crédito e sociedades financeiras com
sede em Moçambique. "Segundo artigo 44 da presente Lei n.º 20/2020 de 31 de Dezembro das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras "
Uso da firma ou denominação
1. As instituições de crédito e sociedades financeiras com sede no estrangeiro, estabelecidas
em Moçambique, podem usar a firma ou denominação que utilizam no país de origem.
‘Segundo artiga 45 da presente Lei n.º 20/2020 de 31 de Dezembro das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras.’
2. Se o uso referido no número 1 do presente artigo for susceptível de induzir o público em
erro quanto às operações que as instituições podem praticar, ou de confundir as firmas ou
denominações com outras que gozem de protecção em Moçambique, o Banco de
Moçambique determina que à firma ou denominação seja aditada uma menção
explicativa apta a prevenir equívocos. Segundo artiga 45 da presente Lei n.º 20/2020 de
31 de Dezembro das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.’
Regulação e supervisão do sistema financeiro
Regulação (ou regulamentação) é o conjunto de normas legislativas e regulamentares
específicas, pelas quais se rege a actividade das empresas financeiras.
Entregar a actividade das empresas financeiras nas mãos, exclusivamente, do livre jogo das
forças da concorr6encia seria pôr em causa a sobrevivência não só destas empresas mas do
próprio sistema.
Impõe-se, assim, uma regulação, justificada por diversas razões, de entre as quais destacamos:
 A protecção do utente do sistema, quer ele seja o aforrador que aí aplica as suas
poupanças, quer o investidor que aí se financia - objectivo microeconómico.
 Orientação da actividade financeira para a realização eficaz dos objectivos da política
económica (monetária, cambial e financeira) - objectivo macro - económico.
Pense, no importante papel que as IC desempenham nas economias. A perda de confiança no
sistema bancário poderia provocar levantamentos generalizados de depósitos e,
consequentemente, graves crises económicas.

Supervisão
É um processo associado e complementar de acompanhar e controlam o cumprimento da
regularização.
Esta tarefa é desempenhada pelas autoridades competentes, através do acompanhamento das
instituições, vigiando a observância das normas, sanando irregularidades e, por vezes,
sancionando os infractores.
Objectivos
Podemos afirmar que os objectivos principais consistem em assegurar que:
 As regras estão a ser cumpridas;
 São dadas as mesmas oportunidades de êxito às instituições da mesma natureza.
Em última, instância, o objectivo da supervisão bancária coincide com o da regulação: ajudar a
preservar a confiança no sistema bancário e proteger os depositantes.

Conta Bancária e Serviços de Instituições de Moeda Electrónica


O processo de inclusão financeira da população e empresas começa, em geral, com o acesso a
uma conta bancária ou a uma subscrição dos serviços de IME. O acesso a uma conta bancária
tem a vantagem de ser um requisito essencial para se aceder aos outros produtos e serviços
financeiros, como poupança, crédito, serviços de pagamentos electrónicos, incluindo serviços de
moeda electrónica, e seguros. Estatísticas do BM indicam que existiam, em finais de 2015, cerca
de 4,2 milhões de contas bancárias de particulares, tendo o inquérito FinScope 2014 constatado
que no global cerca de 20% da população adulta tem acesso aos produtos e serviços financeiros
bancários em Moçambique, sendo 40% na área urbana e 10% na área rural.
Adicionalmente, com a expansão da rede de telefonia móvel, criou-se oportunidade para a
entrada em funcionamento de instituições de moeda electrónica3. Com efeito, o sistema
financeiro moçambicano conta, desde 2011, com o contributo destas instituições, que possuíam
até finais de 2015 cerca de 4,1 milhões de subscrições para a utilização de seus serviços. A
existência de subscritores dos serviços de instituições de moeda electrónica aumenta o potencial
para acelerar a inclusão financeira, por poder-se processar mais próximo do consumidor e a
preços mais acessíveis.
Conclusão
Feito o trabalho chegamos a conclusão certeira de que o Sistema Financeiro Moçambicano é o
conjunto de instituições que operam no mercado financeiro e que asseguram, essencialmente, a
canalização de poupanças para o investimento. E a característica mais fundamental do Sistema
Financeiro é o surgimento constante de novos produtos, serviços e de instituições porventura. É
esta característica que torna o Sistema Financeiro mais dinâmico e que condiciona a necessidade
da sua revisão e actualização permanente. Sistema financeiro moçambicano bancário é
representado pelos bancos controlados pelo Estado. É baseado do crédito bancário privado.
Sendo que, o mercado de capitais moçambicano é ainda muito pouco desenvolvido.
É importante neste âmbito realçar que Sistema Financeiro Moçambicano torna real por meios
das instituições financeiras que têm como função principal: Criar condições para que todos os
aforradores encontrem no Mercado formas de investimento que os satisfaçam, sejam quais forem
os volumes que pretendam aplicar, os prazos por que querem investir ou os riscos que estão
dispostos a correr.
Além desta função de intermediação, as instituições financeiras exercem actividades específicas
distintas, que as caracterizam.
Nas instituições financeiras podemos encontrar distinção entre eles: Instituições Financeiras
Monetárias (IFM) e as Instituições Financeiras Não Monetárias (IFNM).
Bibliografia
Lei n.º 20/2020 de 31 de Dezembro das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
Abreu, M. et all. (2012), Economia monetária e financeira Andrezo, A.F e Lima, IS. (2002),
Mercado.
Banco de Moçambique. 2013. “Desafios da Inclusão Financeira em Moçambique: Uma
Abordagem do Lado da Oferta”. Maputo: Banco de Moçambique.
Financeiro.http://www.iese.ac.mz/lib/publication/livros/des2011/IESE_Des2011_8.ExpSer.
Acesso em 30 de Setembro de 2015, pelas 21h:33min.
http://pt.scribd.com/doc/56709340/Sistema-Financeiro-em-Mocambique. Acesso em 02 de
Outubro de 2015, pelas 13h:20min.

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