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Comunicado de Alerta: Síndrome Mão-Pé-Boca

Belo Horizonte, 19 de novembro de 2021.

Considerando a identificação de surtos de Síndrome Mão-Pé-Boca em creches e


escolas de Belo Horizonte, a SMSA/PBH alerta a rede assistencial e a população sobre
medidas de prevenção da doença.

A Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) é uma doença infectocontagiosa viral aguda causada, na


maior parte dos casos, por enterovírus, que acomete com maior frequência crianças menores
de 5 anos. Pessoas acometidas pela SMPB apresentam febre, dor de garganta, redução de
apetite, prostração, úlceras aftosas em cavidade oral e exantema máculo-papular que pode
evoluir para vesículas principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas também
em nádegas, joelhos e cotovelos.

O período de incubação é usualmente de 3 a 6 dias. A febre tem duração aproximada de 24-48


horas e, em geral, é o primeiro sintoma da doença. A síndrome tem curso autolimitado na
maioria dos casos, sendo esperada a recuperação dos pacientes acometidos após 7 a 10 dias
do início dos sintomas.

Vale ressaltar que a principal complicação da SMPB é a desidratação que pode ocorrer em
consequência às perdas aumentadas pela febre e a baixa ingesta oral devido às úlceras orais. As
complicações graves são raras, e podem ser meningite viral, encefalites, paralisias flácidas e
miocardite.

O diagnóstico da SMPB é clínico e o tratamento da doença é de suporte, consiste em uso de


analgésicos comuns como dipirona e paracetamol para controle de febre e dor. É importante a
hidratação adequada para prevenir os quadros de desidratação. As crianças que persistirem
com febre alta, prostração ou piora do estado geral deverão imediatamente ser encaminhadas
para avaliação médica.

A transmissão viral acontece por via fecal-oral e pelo contato direto com as secreções da
orofaringe, de tosse e espirros, bem como secreções das vesículas ou pelo contato indireto com
objetos contaminados com esses materiais. Medidas de precaução por contato devem ser
adotadas em lactentes e crianças sem continência fecal durante a duração da doença.

Eventualmente podem ocorrer surtos de SMPB, devendo ser considerado surto quando há 2 ou
mais casos associados em uma localidade ou instituição. A GAERE de referência deverá notificar
o surto no SINAN-NET utilizando o CID 10 B08.4. Encerra-se o surto após 28 dias sem novos
casos de SMPB.

A doença não possui vacina e as medidas de prevenção são de extrema importância para
interromper a cadeia de transmissão. São medidas preventivas:
● lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente ao lidar com
a criança doente, principalmente depois de trocar fraldas;
● evitar tocar os olhos, nariz e boca sem lavar as mãos;
● cobrir boca e nariz ao espirrar ou tossir;
● limpar e desinfetar superfícies e objetos tocados com frequência e itens sujos, incluindo
brinquedos e maçanetas.
● evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios com pessoas
que estão com SMPB;
● manter as crianças doentes afastadas da escola até que se recuperem;

Diante da suspeita de surto de Síndrome Mão-Pé-Boca, as escolas de Belo


Horizonte devem entrar em contato imediatamente com a regional de referência
(dias úteis, 8h-18h).

Lista de telefones e e-mail das GAERE:

Regional E-mail Telefone

Barreiro gaereb@pbh.gov.br 3277-5946/5921

Centro Sul gaerecs@pbh.gov.br 3277-4331/4845

Leste gaerel@pbh.gov.br 3277-4998/4477

Nordeste gaerene@pbh.gov.br 3277-6241/6242

Noroeste gaereno@pbh.gov.br 3277-7635/7647

Norte gaeren@pbh.gov.br 3277-7841/7853

Oeste gaereo@pbh.gov.br 3277-7082/7085

Pampulha gaerep@pbh.gov.br 3277-7938/7933

Venda Nova gaerevn@pbh.gov.br 3277-5413/5414

Referências Bibliográficas:
A Guide to Clinical Management and Public Health Response for Hand, Foot and Mouth
Disease (HFMD) – WHO, 2011

Enterovirus (Nonpoliovirus) – Red Book, 2021

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