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RECIFE, 2022
RESENHA DA SERIÉ “NADA ORTODOXA”
Esse texto tem por objetivo analisar e discutir a questão de gênero e cultura
presente na minissérie “nada ortodoxia” a trama foi inspirada no livro autobiográfico
da Deborah Feldman e retrata a história da jovem Esther, que vivi em uma
comunidade Judaica ultraortodoxa no bairro de Williamsburg, no Brooklyn, Nova
York. Depois de um casamento frustrado arranjado pelas respectivas famílias, ela
foge, aos 19 anos, em direção à Berlim, na Alemanha, por não se adequar aos
padrões estabelecido por sua comunidade e decide enfrentar os desafios de um
mundo totalmente diferente do que ela conhecia para tentar se encontrar.
Tendo em vista que no período colonial as mulheres brasileiras eram vistas como
propriedade de seus pais, maridos, irmãos ou qualquer que fossem os chefes da
família. Tomando como referência o texto da Adriana piscitelli, a qual ela cita o livro
“As origens da família, a propriedade privada e o estado” de Friedrich Engels, ela
explica que após o surgimento das classes sociais e a divisão do trabalho ser baseado
no sexo, essa decisão implicou diretamente na opressão de gênero, uma vez que as
formas de parentesco e a família, teriam uma base material na estrutura de classe. E
é nesse contexto social que o movimento feminista surge para quebra os estigmas
criados por uma sociedade patriarcal, e lutar para que as mulheres possam conquistar
direitos, igualdades de gênero, lutaram pelo direito ao voto e contra as opressões
dentro do ambiente familiar. Combater o sistema estrutural no qual oprimia e
dominava seus corpos com o intuito de manter como mulheres dentro de casa para
cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos, inviabilizando suas vidas políticas e o
trabalho fora de casa.
Outro ponto importante ao analisar “nada ortodoxa”, é que a minissérie estar mais
ligada com a liberdade de escolha da personagem do que propriamente relacionada
com sua religião, considerando que a Esther, em sua comunidade não tinha outra
opção além de servi ao seu esposo e procriar. Sua fugar para Berlim, faz ela entra em
contanto com outras culturas, quando a personagem vê alunos de um conservatório
ensaiando ela estar vendo a união de pessoas que independente de sexo, gênero,
cor, religião, ela consegue enxergar a união de pessoas mesmo com cultura diferente.
Já que em sua antiga comunidade apenas homens podia cantar, tocar instrumento
musical, e é nessa quebra da identidade cultural que a trama vai recriando a
personagem.
Referencias: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/feminismo
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/identidade-cultural.htm