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Universidade federal de Pernambuco

UFPE / CCSA / BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL


PERÍODO / TURNO: 1° / 2021.2
DISCIPLINA: Antropologia das Sociedades Contemporâneas
PROFESSOR(A): FRANCISCO SA BARRETO DOS SANTOS
DISCENTE: Juliana Maria dos Santos

RECIFE, 2022
RESENHA DA SERIÉ “NADA ORTODOXA”

Esse texto tem por objetivo analisar e discutir a questão de gênero e cultura
presente na minissérie “nada ortodoxia” a trama foi inspirada no livro autobiográfico
da Deborah Feldman e retrata a história da jovem Esther, que vivi em uma
comunidade Judaica ultraortodoxa no bairro de Williamsburg, no Brooklyn, Nova
York. Depois de um casamento frustrado arranjado pelas respectivas famílias, ela
foge, aos 19 anos, em direção à Berlim, na Alemanha, por não se adequar aos
padrões estabelecido por sua comunidade e decide enfrentar os desafios de um
mundo totalmente diferente do que ela conhecia para tentar se encontrar.

Através de flashbacks, a minissérie vai mostrando os costumes e a cultura da


comunidade judaica ortodoxa, mostrando a submissão da mulher diante uma
comunidade patriarcal, e a pressão imposta pela família de Esther e a do seu esposo
Yanky, para ela engravidar. Essas pressões podem ser observadas quando a mãe de
seu esposo, começar a se intrometer e a até influencia o yanky a pedir o divórcio por
já ter se passado um ano de casados e a Esther não ter conseguido gerar um filho.
Visto que, engravidar é o principal papel das mulheres ortodoxas para repor as 6
milhões de vidas perdidas no holocausto durante a segunda guerra mundial.observa-
se que mesmo na contemporaneidade várias mulheres no Brasil passam por essa
pressão que era impostas Esther, já que existe uma constante cobrança às mulheres
para que elas sejam mães, e construíam uma família, já que nossa sociedade é fruto
de uma construção social que nasce das relações patriarcais, que relacionam o papel
da mulher como, “cuidadoras do lar.”

Tendo em vista que no período colonial as mulheres brasileiras eram vistas como
propriedade de seus pais, maridos, irmãos ou qualquer que fossem os chefes da
família. Tomando como referência o texto da Adriana piscitelli, a qual ela cita o livro
“As origens da família, a propriedade privada e o estado” de Friedrich Engels, ela
explica que após o surgimento das classes sociais e a divisão do trabalho ser baseado
no sexo, essa decisão implicou diretamente na opressão de gênero, uma vez que as
formas de parentesco e a família, teriam uma base material na estrutura de classe. E
é nesse contexto social que o movimento feminista surge para quebra os estigmas
criados por uma sociedade patriarcal, e lutar para que as mulheres possam conquistar
direitos, igualdades de gênero, lutaram pelo direito ao voto e contra as opressões
dentro do ambiente familiar. Combater o sistema estrutural no qual oprimia e
dominava seus corpos com o intuito de manter como mulheres dentro de casa para
cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos, inviabilizando suas vidas políticas e o
trabalho fora de casa.

Outro ponto importante ao analisar “nada ortodoxa”, é que a minissérie estar mais
ligada com a liberdade de escolha da personagem do que propriamente relacionada
com sua religião, considerando que a Esther, em sua comunidade não tinha outra
opção além de servi ao seu esposo e procriar. Sua fugar para Berlim, faz ela entra em
contanto com outras culturas, quando a personagem vê alunos de um conservatório
ensaiando ela estar vendo a união de pessoas que independente de sexo, gênero,
cor, religião, ela consegue enxergar a união de pessoas mesmo com cultura diferente.
Já que em sua antiga comunidade apenas homens podia cantar, tocar instrumento
musical, e é nessa quebra da identidade cultural que a trama vai recriando a
personagem.

Referencias: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/feminismo

https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/identidade-cultural.htm

PISCITELLI, Adriana. RE-CRIANDO A (CATEGORIA) MULHER?

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