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LINGUÍSTICO: ALGUNS
CAMINHOS – RODOLFO ILARI
O paradigma estrutural modificou fortemente os estudos da linguagem. Sua
chegada ao Brasil ocorreu na década de 60 e coincidiu com o reconhecimento
da linguística como ciência autonoma. Dez anos após a sua chegada ao Brasil
o estruturalismo já era a orientação mais importante nos estudos da linguagem.
Por aqui dois centros se constituíam. No Rio de Janeiro, Mattoso Câmara foi um
profundo conhecedor da linguística produzina na Europa e na América do Norte,
além de divulgar as ideias de Edward Sapir e Roman Jakobson. O livro Principios
de Linguistica Geral, produzido por Mattoso Câmara, foi o primeiro manual da
linguística publicado na América do Sul e teve importância decisiva para a
afirmação da linguística como disciplina autônoma. Já em São Paulo, a
linguística estrutural se instaurou nos cursos de graduação e pos-graduação da
Universidade de São Paulo, USP, com a atuação de professores como Eni
Orlandi, Izidoro Blikstein e Cidmar Teodoro Paes.
Ainda em seu texto, Rodolfo Ilari elenca uma série de ideias da teoria
saussuriana nas quais a mais importante seria a do valor linguístico que ressalta
a natureza opositiva do signo. Essa ideia fundamenta a especificidade de cada
signo linguístico não é o fato de que ele se aplica a certos objetos do mundo, e
não a outros; é a maneira como a língua coloca esse signo em contraste com os
demais signos de um sistema linguístico. O estoque de lições saussurianas não
seria completo se não elencar mais um conceito importante. Trata-se da
oposição entre sincronia e diacronia. Nessa dicotomia a linguística diacrônica
estudaria a língua e suas variações histórico-temporais e a linguística sincrônica
estudaria a língua em um certo momento, sem importar sua evolução temporal.
Por último e não menos importante Ilari nos apresenta os estudos pós Saussure
como os da Escola de Praga, da Glossemática, do Funcionalismo, de Romam
Jakobson e a Linguística de Chomsky que contribuíram e contribuem no
desenvolvimento do segmento estruturalista.