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Setembro de 2019

Manual de Orientação
Documento conjunto
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

Treinamento esfincteriano

Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento


Presidente: Liubiana Arantes de Araújo

Departamento de Urologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Urologia


Coordenador: Atila Victal Rondon

Autores: Flavia Cristina de Carvalho Mrad, Mônica Maria de Almeida Vasconcellos,


José de Bessa Junior, Atila Victal Rondon, Liubiana Arantes de Araújo,
Ubirajara Barroso Junior, José Murillo de Basttos Netto

Introdução já pode ser considerada “treinada” para o con-


trole e, então, pode iniciar o ato sem um lembre-
te ou um preparo por parte dos pais6,7. O contro-
O treinamento esfincteriano (TE) é um marco le da evacuação, em geral, precede o controle da
importante do desenvolvimento físico e psicoló-
micção8.
gico em crianças, além de constituir um desafio
para as famílias, pois ocorre em fase na qual a Os métodos para aquisição do TE têm variado
criança necessita de autoafirmação e há expec- ao longo dos últimos 100 anos, e a Abordagem
tativa das famílias de que a continência ocorra o Orientada para a Criança indicada pela Academia
mais breve possível1-3. Pouca informação cientí- Americana de Pediatria (AAP), mais comumente
fica está disponível, apesar do TE representar um utilizada no mundo ocidental, recomenda que as
processo complexo que pode ser afetado pelas crianças não sejam forçadas a iniciar o processo
condições anatômicas, fisiológicas e comporta- de TE até que apresentem os sinais de prontidão
mentais4-5 e as normas aceitas para a aquisição e que os pais estejam orientados para reconhe-
do TE relacionam-se mais com as diferenças cul- cer esses sinais4,5,9.
turais do que com as evidências científicas5.
Nos últimos 50 anos, a média de idade na qual
Quando a criança se conscientiza sobre sua as crianças com desenvolvimento neuropsicomo-
própria necessidade de eliminar urina e fezes ela tor normal completam o TE aumentou de 24 me-

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Treinamento esfincteriano

ses para 36 a 39 meses. O uso de fraldas descar- seja, habilidades físicas e psicológicas específi-
táveis, pais que trabalham fora com menos tempo cas antes de iniciar o TE3-5,10,11,16.
para orientar o TE dos seus filhos e a disponibili-
As crianças com desenvolvimento neuropsi-
dade cada vez mais ampla de informações sobre
comotor normal começam mostrar as habilida-
técnicas da abordagem orientada para a criança
des de prontidão e a maturidade física necessá-
são possíveis as explicações sugeridas para tal fe-
ria para o TE geralmente entre 24 e 36 meses de
nômeno de aumento na idade do TE2,10-12.
idade2,9-12. É importante ressaltar que toda crian-
No Brasil, a média de idade de início do pro- ça tem um desenvolvimento individualizado e,
cesso do TE é em torno dos 22 meses e a média portanto, somente a idade não é um bom critério
de conclusão aos 27,4 meses, ocorrendo mais para decidir o momento de iniciar o TE.
precocemente nas meninas13. O prazo de dura-
Apesar dessa importância percebida, os tes-
ção do processo fisiológico de TE pode variar en-
tes de rastreamento do desenvolvimento neu-
tre 6 e 12 meses10,11.
ropsicomotor comumente usados em pediatria
Já foi relatado que a ausência dos sinais de não fazem referência a nenhuma habilidade es-
prontidão para o TE entre os 24 e 36 meses de pecífica para TE.
idade está associada ao aparecimento de disfun-
Os principais sinas de prontidão estão rela-
ção da bexiga e do intestino, de infecções do tra-
cionados à capacidade da criança de17-19:
to urinário e da recusa para ir ao banheiro3. Ob-
serva-se também maior prevalência de disfunção   1. Imitar o comportamento dos pais ou de cui-
vesical em crianças que apresentam constipação dadores.
intestinal funcional e que iniciam o TE precoce-   2. Desejar agradar.
mente, antes de 24 meses ou tardio, após 36 me-   3. Desejar ser autônomo: insistir em concluir
ses de idade14. No entanto, segundo a literatura, tarefas sem ajuda e orgulhar-se de novas ha-
não existe correlação entre o método utilizado, a bilidades.
idade de término do TE aos 24 meses e o apare-
  4. Andar e estar apta a sentar de modo estável
cimento de sintomas do trato urinário inferior2,15.
e sem ajuda.
O objetivo desse documento, com a partici-   5. Pegar pequenos objetos.
pação de profissionais com expertise no assunto,   6. Capaz de dizer NÃO como sinal de indepen-
é apresentar de forma essencialmente prática o dência.
método mais utilizado para TE no nosso meio, as
  7. Entender e responder a instruções e seguir
peculiaridades do processo e os problemas mais
comandos simples.
comuns associados. As orientações práticas,
aqui apresentadas, para os pediatras e pais têm   8. Saber puxar as roupas para cima e para
o intuito de tornar esse processo mais eficiente baixo.
e menos desgastante, envolvendo a criança e a   9. Possuir um vocabulário simples referente ao
família de forma ativa. treinamento esfincteriano.
10. Usar palavras, expressões faciais ou movi-
mentos que indicam a necessidade de urinar
Quando a criança está pronta ou evacuar.
para iniciar o processo de 11. Mostrar interesse em outras pessoas que es-
treinamento esfincteriano? tejam usando o banheiro
12. Ficar seco por duas horas ou mais durante o
• Avaliação dos Sinais de Prontidão
dia.
A literatura pediátrica enfatiza a importância 13. Dizer que está “fazendo xixi” no momento
da criança apresentar os sinais de prontidão, ou da micção, em geral nos banhos.

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14. Dizer aos pais que acabou de urinar ou eva- nárias e fecais inevitáveis, que ocorrerão até o
cuar em pequena quantidade na fralda e se final do processo de TE2,4,5,10,12,19-21.
incomodar com a fralda molhada. Tentar re-
O ideal é que, em caso da criança frequentar
tirar fralda molhada ou pedir para ser troca-
escola ou creche, que o TE seja iniciado de forma
do (consciência física).
concomitante em todos os ambientes4,5,19,21.
15. Não querer usar fraldas ou mostrar interesse
em cuecas ou calcinha.
16. Conseguir ficar parada no penico ou vaso sa-
nitário por 3 a 5 minutos. Instrumentos para o processo
de treinamento
17. Permanecer brincando com a mesma ativi-
dade por mais de 5 minutos.
Penico ou vaso sanitário?
18. Ser capaz de apontar o que deseja.
19. Ter iniciado a comunicação por palavras ou Antes de iniciar o processo do TE os pais pre-
frases simples cisarão decidir qual instrumento será utilizado:
20. Não apresentar atrasos nos marcos do de- penico ou vaso sanitário. O penico é geralmen-
senvolvimento neuropsicomotor segundo te preferido nos primeiros estágios do processo,
escalas validadas internacionalmente. pelo fato das crianças se sentirem mais seguras,
não necessitar de redutor para o vaso sanitário,
21. Compreender e seguir os comandos simples.
as pernas ficarem bem apoiadas, o dispositivo
pode ter motivos lúdicos, poder ser deslocado
para outros ambientes. O penico também fornece
Método: A Abordagem Orientada a melhor posição biomecânica para a criança. O
para a Criança fundamental é tornar o processo de TE fácil e o
mais divertido possível para a criança, sem qual-
A Abordagem Orientada para a Criança, quer forma de cobrança. Apesar de o penico ser
apoiada pela literatura e recomendada pela AAP, preferível, algumas crianças gostam de imitar os
enfatiza que o processo de TE somente poderá pais e preferem os vasos sanitários. Nesses casos
ser iniciado quando a criança apresentar os si- esses podem ser utilizados para o TE, desde que
nais de prontidão2,4,5,16,20,21. A AAP recomenda os pés fiquem apoiados e haja um redutor4,5,16,19-21.
somente o uso de elogios para reforço, desen-
corajando o uso de guloseimas ou recompensas 1. Penico
materiais, como brinquedos2,4,5,16,21.
O equipamento na Abordagem Orientada
Por volta dos 24 meses de idade, os sinais pela Criança é o penico, considerado uma ferra-
de prontidão para o TE da criança deverão ser menta que auxilia na avaliação dos sinais pron-
avaliados pelo pediatra, tendo em mente as di- tidão.
ferenças culturais2,4,5,10,11,21. Os pais e os cuida-
Os pais deverão apresentar o penico como
dores necessitarão estar disponíveis e motiva-
objeto pessoal da criança. Ele deverá ser esco-
dos para iniciar o TE, assegurando que o tempo
lhido junto com a criança e colocado em um lo-
seja reservado para o processo inclusive com as
cal conveniente para que ela se sinta atraída a
adequações necessárias à rotina familiar. O pro-
usá-lo. A criança deve ser ensinada a observar,
cesso de TE não deverá ser iniciado em um mo-
tocar e familiarizar-se com o penico bem antes
mento de estresse da vida da criança ou da fa-
de seu uso ser encorajado, em um momento pra-
mília (por exemplo, após uma mudança de casa
zeroso e lúdico4,5,19-21.
ou após o nascimento de um novo irmão) e os
pais deverão estar preparados emocionalmente Quando a criança começar mostrar interesse
para lidar com tranquilidade com as perdas uri- em usar o penico, os pais devem deixá-la sentar-

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Treinamento esfincteriano

-se sobre ele totalmente vestida, para evitar um sento de vaso sanitário e um apoio para os pés
desconforto inicial e gerar confiança, sem criar para que fiquem firmes e seguros. Um banco ele-
nenhuma expectativa. Nunca forçar a criança a vado será usado tanto para a criança alcançar o
sentar-se ou permanecer sentada no penico. Em assento, quanto para apoiar os pés enquanto es-
seguida, a criança é incentivada a sentar-se no tiver sentada, dando a sensação de que ela pode
penico após a remoção de uma fralda molhada sair quando for preciso e auxiliando-a na posição
ou com fezes. Para ajudar a criança na conceitu- mais fisiológica para a evacuação4,5,19.
ação e compreensão do processo, os pais podem
Algumas crianças têm medo de cair no vaso
ser ensinados a demonstrar o propósito do pe-
sanitário (mesmo com o redutor de assento) e
nico, por exemplo, depositando nele o conteú-
do barulho da descarga de água. É importante
do de fraldas sujas. Finalmente, a criança é en-
orientar que, nesses casos, usar um penico pode
corajada a desenvolver uma rotina de sentar-se
ser mais fácil4,5,19,21.
no penico em horários específicos do dia (por
exemplo, depois de acordar de manhã, após as Como a criança aprende muito pelo exem-
refeições ou lanches, antes de dormir). É impor- plo, os pais devem demonstrar como eles usam
tante elogiar a criança sempre que ela se sentar o vaso sanitário. Repetir as demonstrações faz a
no penico4,5,16,19-21. criança ganhar segurança4,19-21.

Uma vez que a criança usou o penico com su-


cesso por uma semana ou mais, pode-se desfraldar
a criança. Existem calças de treinamento (laváveis O papel do Pediatra
e reutilizáveis) que podem facilitar o processo para
os pais. O ideal é que o treinamento esfincteriano Muitas vezes, os pediatras são questionados
seja completo e que se evite usar a fralda durante sobre o melhor momento e método para o apren-
o dia, o que pode confundir a criança e dificultar dizado do TE. Alcançar esse marco de desenvol-
o processo. Perdas urinárias ou fecais são inevitá- vimento pode ser complexo, tanto para a crian-
veis, e os pais precisam ser compreensivos e mos- ça, quanto para os pais. Para ajudar a facilitar o
trar à criança que isso pode acontecer. Importante processo de TE, os pediatras devem informar aos
sempre demonstrar naturalidade e evitar criticar pais sobre o método, capacitando-os para perce-
ou repreender a criança nessas situações de per- ber o momento e a forma ideal1,4,16,19-21.
das. A transição para o vaso sanitário somente de-
Antes do início do TE, o pediatra deve avaliar
verá ser iniciada quando a criança estiver segura e
a criança quanto aos sinais de prontidão com o
treinada no uso do penico1,4,16,19-21.
intuito de ajudar os pais planejar este periodo
Na maioria das vezes, a criança senta-se com de transição, além de definir se a criança não
mais facilidade no penico e sente-se mais segura apresenta algum quadro clínico que pode inter-
por não ser tão alto e não ter água no fundo. Além ferir com o treinamento. Também é importante
disso, será mais fácil levá-lo quando a criança es- considerar o temperamento de cada criança e a
tiver fora de casa. O penico deve ser colocado em hora do dia em que a mesma é mais acessível e
algum lugar de rápido alcance da criança, porque cooperativa. Se a criança é geralmente tímida e
no início do processo, há pouca percepção sobre retraída, ela pode precisar de apoio e incentivo
a eliminação de pequena quantidade de urina ou adicionais. É fundamental entender o nível de
fezes. Uma boa estratégia é a criança escolher o frustação da criança e estar pronto a apoiá-la e
tipo de penico que irá usar1,4,5,16,19-21. tranquilizá-la a cada passo1,4,5,16,19-21.

É importante que na presença de constipa-


2. Vaso sanitário
ção intestinal funcional o tratamento dessa con-
Caso os pais e a criança optem pelo vaso sa- dição seja instituído antes do início do processo
nitário é necessário colocar um redutor de as- do TE4,19,22,23. É fundamental, verificar a consis-

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tência das fezes da criança pela Escala de Bristol 2. Solicitar que oriente aos demais cuidadores
Modificada para a Criança (24). A consistência que a criança encontra-se em processo de TE
endurecida (Bristol 1 e 2) pode tornar o proces- e que o sucesso depende muito da continui-
so de evacuação difícil e doloroso. Dieta rica em dade e da atitude dos adultos ao longo do
fibras, quantidade reduzida de produtos lácte- mesmo. Evitar que a escola defina o perío-
os associada à ingestão hídrica adequada pode do de TE em conjunto na sala, sem individu-
auxiliar para a obtenção da consistência fecal alizar cada criança em relação à sua idade,
normal (Bristol 3 e 4), manter os movimentos nível de desenvolvimento e presença dos
intestinais regulares e uma fácil eliminação das sinais de prontidão.
fezes19-21,23. 3. Auxiliar a criança a preparar-se para o pro-
Ressalta-se que se a criança sentir-se pressio- cesso do TE, mostrando a ela que urinar e
nada, se os pais se referem às eliminações como evacuar é um ato normal a todas as pessoas.
algo inadequado, sujo, e de odor ruim, ou se o Pode-se usar a expressão: “a partir de hoje
processo de TE for estressante, ela pode começar você vai fazer xixi e cocô (ou urinar e defe-
a reter a urina ou fezes. Nesses casos, o processo car) igual a gente grande, igual ao papai e à
deve ser interrompido e deve-se aguardar o mo- mamãe”.
mento no qual a criança ou a família esteja mais 4. Incentivar a criança a acompanhar os pais ao
receptiva para reiniciar o TE19. banheiro e conversar sobre a sua utilização.

Nas visitas seguintes ao pediatra, este deve 5. Ensinar à criança as palavras necessárias
continuar a avaliação do progresso, proporcio- para o processo do TE. Estabelecer uma
nando um momento para discutir as questões conversa padrão no banheiro. Alguns espe-
que possam surgir4,16,19-21. cialistas recomendam usar palavras formais
(defecar, urinar) em vez de jargões, para que
as crianças não fiquem constrangidas com
1. Orientação aos pais pelo pediatra
termos infantis quando forem mais velhas -
para o processo do treinamento
mas o mais importante é ser consistente no
esfincteriano1,4,5,19-21
seu uso e utilizar uma forma de comunicação
Como já mencionado, o TE inclui reconhecer que a criança entenda e que consiga se fazer
a vontade de urinar e evacuar, despir-se, andar entender em todos os contextos. E nunca se
até o penico ou vaso sanitário, limpar-se, vestir- referir ao conteúdo das fraldas com nomes
-se, sendo fundamental reforçar o sucesso da pejorativos ou com desprezo.
criança em cada passo. Quanto mais pronta a 6. Ressaltar sobre a importância de garantir
criança estiver ao iniciar, mais rapidamente con- que a área do banheiro seja totalmente sem
cluirá o processo de TE. O sucesso inicial depen- riscos, com os produtos de limpeza e de hi-
de da compreensão da criança sobre o uso do giene pessoal mantidos fora de alcance das
banheiro. crianças. Assentos, penicos e bancos devem
As orientações aos pais consistem em: ser firmes e seguros. Além de cuidar para
que esteja limpo e sem odor desagradável.
1. Incentivá-los a conversarem entre si sobre
Algumas crianças relutam ir ao banheiro por
como farão para ajudar a criança a iniciar e
causa dessas características.
completar o TE. Escolher um horário em que
os mesmos tenham tempo e paciência para 7. Vestir a criança com roupas que sejam mais
dar atenção necessária. Os finais de semana simples de colocar, de retirar e de lavar. O
deverão ser bem aproveitados, caso algum processo de TE será mais fácil nos dias mais
dos pais estiver de folga do trabalho. Os dias quentes, pois menos roupas serão removi-
de feriados em que todos estão disponíveis das além de não ter a sensação de descon-
pode favorecer. forto da baixa temperatura.

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Treinamento esfincteriano

8. Incentivar a criança a avisar quando da exemplo, alguns minutos depois de uma re-
eliminação de urina e/ou fezes, na fralda, feição. Também colocá-la para urinar depois
mesmo as pequenas quantidades. É funda- de uma soneca caso acorde seca é educativo.
mental que os pais entendam os sinais que Não é recomendável manter a criança senta-
expressam que a criança está prestes a uri- da no penico ou no vaso sanitário por mais
nar ou evacuar (por ex. cruzar as pernas ou de 3 a 5 minutos aguardando a eliminação.
agachar) com a finalidade de guiar a crian- Pode parecer uma punição e não a auxilia
ça para o banheiro ou penico. Muitas crian- para a aquisição do TE.
ças apertam os genitais para conter a urina. 10. Explicar que a criança não tem as habilida-
Sempre que a criança realizar algumas des- des para realizar a higiene íntima correta-
sas manobras os pais devem levá-la ao pe- mente após urinar ou evacuar, então será
nico ou ao toalete, mesmo que ela diga que necessário auxiliá-las até que consigam fa-
não está com vontade, de forma carinhosa zer adequadamente sozinhos. Vale a pena
e com paciência. Os pais precisam estar ressaltar a importância de ensiná-las lavar
prontamente disponíveis para atender as as mãos depois de usar o vaso sanitário ou o
demandas, pois o tempo, entre o momento penico.
que a criança tem a sensação que vai urinar
11. Solicitar e auxiliar os pais a terem paciência
ou evacuar e o ato de eliminar propriamente
durante todo o processo. Pode levar várias
dito, é muito curto.
semanas para que a criança consiga a aqui-
9. Para a criança ganhar autonomia para a defe- sição do TE. Expectativas irrealistas dos pais,
cação, convém colocá-la sentada no penico início do TE muito precoce ou de maneira
ou vaso sanitário sem fralda, nos horários agressiva poderão determinar redução da
em que a mesma geralmente evacua, por autoconfiança da criança.

Quadro 1. Orientação aos pais para facilitar o treinamento

  1. Decida o vocabulário a ser usado.

  2. Assegure-se de que penico ou o vaso sanitário sejam facilmente acessíveis.

  3. Se usar o vaso sanitário, use um redutor de assento e um apoio para pés.

  4. Permitir a criança assistí-lo a usar o banheiro.

  5. Incentive a criança a avisar quando ela sentir que urinou ou evacuou em pequena
quantidade ou quando sentir vontade.

  6. Elogiar o sucesso e a tentativa de avisar mesmo quando ocorreu perda.

  7. Aprenda os sinais comportamentais da criança quando ela estiver na iminência de urinar


ou evacuar.

  8. Não esperar resultados imediatos; as perdas fazem parte do processo.

  9. Garantir a cooperação de todos os cuidadores para fornecer uma abordagem consistente.

10. Após sucessos repetidos, usar calças de treino ou roupas íntimas.

11. Sempre encorajar a criança com elogios e sem guloseimas. Não é permitido qualquer
punição e/ou esforço negativo.

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1.1. Peculiaridades na orientação aos pais: (cada pai orienta de uma forma, ou um permite
abordagem em meninos e meninas o uso de fraldas na ausência do outro, ou um é
muito exigente e o outro permissivo) ou entre o
Meninos ambiente casa/escola4,5,16,19-21.

Os pais deverão certificar-se que o meni- Se uma criança expressar a recusa para o TE,
no esteja vestindo calças ou “shorts” com uma uma pausa de um a três meses é sugerida. Isso
cintura elástica que é fácil de puxar para baixo permite que a confiança e cooperação sejam res-
quando for urinar ou evacuar. No início do pro- tabelecidas entre pais e filhos. Depois desse in-
cesso adotar a posição sentada, tanto para uri- tervalo, a maioria das crianças está pronta para
nar como para evacuar, com o intuito de evitar reiniciar o treinamento4,19-21,23.
um fator de confusão. Gradualmente durante o
Em caso de tentativas repetidas mal suce-
processo de TE, poderá urinar em pé, como o pai.
didas; crianças com 36 meses ou mais que não
É necessário ensinar direcionar a pênis correta-
apresentam sinais de prontidão; ou 48 meses ou
mente. O penico é uma ótima ferramenta para
mais sem terem concluído o TE diurno, o pediatra
ajudar o menino a aprender a direcionar correta-
deverá explorar aspectos do relacionamento da
mente o pênis para urinar .
criança com os pais, ou mesmo descartar anor-
Meninas malidades físicas e/ou de desenvolvimento neu-
ropsicomotor. Dentre elas podem ser citados:
Orientar as meninas a limpar a região genital
– Deficiência intelectual
iniciando da parte de frente para trás, evitando
assim a contaminação da vagina com as fezes. – Transtornos do Espectro Autista
Ensinar também a levantar a saia ou vestido ou – Transtorno Comportamentais
baixar o “short” para uso do penico ou vaso sa- – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperativi-
nitário. Duchas vaginais não são aconselháveis. dade
– Espinha bífida oculta ou estigma sacral relacio-
nados com malformação da inervação do trato
Problemas durante o processo urinário
de treinamento esfincteriano
– Bexiga Neurogênica
– Intestino Neurogênico
Aproximadamente 2% a 3% das crianças
com desenvolvimento neuropsicomotor adequa- – Doenças que acometem a medula espinhal e
do e sem doenças crônicas ou neurológicas apre- seus ramos para o trato intestinal e urinário
sentam problemas durante o processo do TE23. – Hipotonia

O insucesso do TE é muito frequente quando – Estresse tóxico


iniciado na ausência de sinais de prontidão. Se a – Abuso sexual
criança não estiver pronta, as tentativas em con- – Prolapso retal
cluir o TE não serão eficazes. Os pais devem ser
– Diarreia Crônica
aconselhados a não se envolverem em uma “ba-
talha” com o processo do TE que prejudica o re- O diagnóstico precoce dessas condições
lacionamento entre pais e filhos, a autoimagem pode evitar consequências psicológicas, emo-
da criança e a aquisição natural do processo4,19,23. cionais e orgânicas nas crianças1,4,5,16-21,23.

Outra causa de insucesso ocorre quando o Muitas crianças se escondem enquanto eva-
TE é iniciado em apenas um ambiente em que a cuam em suas fraldas durante o processo do TE.
criança convive; ou quando há falta de homoge- Isso pode ocorrer porque preferem defecar sozi-
neidade na orientação por parte de um dos pais nhas, têm medo do vaso sanitário ou não gostam

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Treinamento esfincteriano

do banheiro. Nas crianças constipadas, o trata- se escondem durante a evacuação ao invés de


mento da constipação resolve a situação. Cerca usar o penico ou vaso sanitário. O início desse
de 20% das crianças recusam a ser treinadas comportamento é mais comum em torno dos
para a eliminação das fezes durante o processo 22 meses de idade. Geralmente associa-se à
do TE. Essa recusa poderá estar associada à re- retenção de fezes e a desenvolverem consti-
tenção fecal, atraso na conclusão do TE e incon- pação intestinal. Há melhora com o tratamen-
tinência fecal19,23. to agressivo da “constipação”4,19,23.

É importante que os pais sejam aconselhados 4. Necessidade do uso de fraldas após comple-
a não usar termos pejorativos para as fezes ou tar o TE
para o ato de evacuar, bem como sinais de que
Em geral é um sinal de disfunção vésico-
possam sugerir nojo relacionado ao ato (como,
-intestinal ou está associada a algum evento
por exemplo, fralda suja ou com cheiro ruim)23.
estressante na vida da criança. Necessitará de
Os problemas mais comuns durante o proces- uma investigação mais aprofundada. O pro-
so do TE são: longamento do TE ou a presença de infeção
urinária chama a atenção de que pode estar
1. Recusa para treinamento de eliminação das havendo uma disfunção vesical4,19,25.
fezes
Diagnosticada quando uma criança treina-
Quadro 2. Passos para o sucesso do treinamento
da para urinar no penico ou vaso sanitário se esfincteriano
recusa a evacuar nesses locais por, no mínimo,
um mês. Dois comportamentos associados à
1. Procurar por sinais de prontidão.
recusa do treinamento para eliminação de fe-
zes podem exigir a intervenção do pediatra23: 2. Falar sobre o banheiro com a criança.

• Retenção de fezes causando constipação 3. Escolher o penico ou o vaso sanitário


intestinal que pode resultar em impactação com redutor de assento e apoio dos pés
de fezes no reto e incontinência fecal. adequados a criança.

• Falha na aquisição de treinamento esfincte- 4. Escolher o momento certo.


riano para eliminação de fezes aos 42 me- 5. Demonstrar o método.
ses de idade.
6. Realizar o reforço positivo.
2. Retenção de fezes 7. Lidar com naturalidade e paciência.
Ocorre quando a criança usa manobras 8. Ensinar higiene adequada.
físicas na tentativa de evitar a evacuação. A
constrição voluntária do esfíncter durante
a contração vesical ou do reto pode levar à
constipação intestinal. Os principais sinais de Conclusão
a criança estar constipada são dor à defeca-
ção, esforço excessivo no ato ou defecar me- O processo de TE mudou significativamente
nos de 4 vezes por semana. As intervenções ao longo dos anos e em diferentes culturas. Na
mais comuns para retenção de fezes incluem cultura ocidental, recomenda-se uma aborda-
tratamento agressivo de constipação e reto- gem centrada na criança, na qual as etapas são
mada do uso de fraldas19,23. individualizadas o máximo possível.

3. Esconder-se para eliminar fezes: Em geral, os pediatras somente são procura-


Algumas crianças que concluíram o treina- dos para o aconselhamento sobre o TE quando
mento esfincteriano vesical pedem fraldas ou há problemas no processo. Uma atitude proati-

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va do pediatra com o aconselhamento anteci- nas crianças aos 24 meses. O papel do pedia-
patório, abordando as percepções e equívocos tra no processo de treinamento esfincteriano é
familiares e auxiliando os pais a desenvolver multifacetado. Os componentes necessários in-
expectativas razoáveis ajuda para que essa fase cluem avaliar os sinais de prontidão da criança,
do desenvolvimento da criança ocorra da manei- a dinâmica familiar, fornecer educação e apoio e
ra mais tranquila possível. O ideal é que ocorra desenvolver metas de curto e longo prazo para
uma avaliação sobre as habilidades de prontidão acompanhamento.

REFERÊNCIAS

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Treinamento esfincteriano

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10
Diretoria
Triênio 2019/2021

PRESIDENTE: MEMBROS: Dirceu Solé (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Henrique Mochida Takase (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Dirceu Solé (SP)
1º VICE-PRESIDENTE: João Carlos Batista Santana (RS) EDITORES ASSOCIADOS: Evelyn Eisenstein (RJ)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Luciana Cordeiro Souza (PE) Danilo Blank (RS) Daniel Becker (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Edson Ferreira Liberal (RJ) Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA:
Marilucia Rocha de Almeida Picanço (DF) COORDENAÇÃO:
SECRETÁRIO GERAL: Vera Hermina Kalika Koch (SP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
Sidnei Ferreira (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) Fábio Ejzenbaum (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Tulio Konstantyner (SP) MEMBROS:
1º SECRETÁRIO: Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudia Bezerra de Almeida (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Dirceu Solé (SP)
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Luciana Rodrigues Silva (BA) Galton Carvalho Vasconcelos (MG)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ricardo do Rego Barros (RJ) Julia Dutra Rossetto (RJ)
Fábio Ancona Lopez (SP)
3º SECRETÁRIO: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Luisa Moreira Hopker (PR)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
COORDENAÇÃO: Joel Alves Lamounier (MG) Rosa Maria Graziano (SP)
DIRETORIA FINANCEIRA: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Celia Regina Nakanami (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
MEMBROS: Cláudio Leone (SP) SAÚDE MENTAL
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Gilberto Pascolat (PR) COORDENAÇÃO:
Cláudio Hoineff (RJ) Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Roberto Santoro P. de Carvalho Almeida (RJ)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO:
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Rosana Fiorini Puccini (SP) MEMBROS:
Hans Walter Ferreira Greve (BA) João Cândido de Souza Borges (CE) Daniele Wanderley (BA)
Anenisia Coelho de Andrade (PI) MEMBROS: Vera Lucia Afonso Ferrari (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Rosana Alves (ES)
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Isabel Rey Madeira (RJ) Rossano Cabral Lima (RJ)
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA) Gabriela Judith Crenzel (RJ)
COORDENADORES REGIONAIS Jocileide Sales Campos (CE) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Cecy Dunshee de Abranches (RJ)
NORTE: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE) Adriana Rocha Brito (RJ)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Gloria Tereza Lima Barreto Lopes (SE) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS
Adelma Alves de Figueiredo (RR) MUSEU DA PEDIATRIA
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) EM PEDIATRIA COORDENAÇÃO:
NORDESTE: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) MEMBROS:
Dirceu Solé (SP) MEMBROS: Mario Santoro Junior (SP)
SUDESTE: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) CIENTÍFICOS Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) REDE DA PEDIATRIA
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) COORDENAÇÃO:
SUL: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) COORDENAÇÃO: Rubem Couto (MT)
Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) MEMBROS:
CENTRO-OESTE: MEMBROS:
Regina Maria Santos Marques (GO) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Jefferson Pedro Piva (RS) Teresa Cristina Maia dos Santos
Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Paulo César Guimarães (RJ) Sérgio Luís Amantéa (RS) SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Cléa Rodrigues Leone (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
TITULARES: João Lourival de Souza Junior
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO Aurimery Gomes Chermont (PA)
Gilberto Pascolat (PR) NEONATAL Luciano Amedée Péret Filho (MG) SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA:
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Rosenilda Rosete de Barros
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Ruth Guinsburg (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA:
Isabel Rey Madeira (RJ) Elena Marta Amaral dos Santos
Valmin Ramos da Silva (ES) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA:
SUPLENTES: Kátia Laureano dos Santos (PB) Dolores Fernandez Fernandez
Paulo Tadeu Falanghe (SP) Adelma Figueiredo (RR)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA André Luis Santos Carmo (PR) SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA:
Tânia Denise Resener (RS) Anamaria Cavalcante e Silva
João Coriolano Rego Barros (SP) Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Marynea Silva do Vale (MA)
Marisa Lopes Miranda (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO Fernanda Wagner Fredo dos Santos (PR) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Joaquim João Caetano Menezes (SP) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) GRUPOS DE TRABALHO Dennis Alexander Rabelo Burns
CONSELHO FISCAL Virgínia Weffort (MG) DROGAS E VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
TITULARES: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS COORDENAÇÃO: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto
Núbia Mendonça (SE) Nilza Maria Medeiros Perin (SC) João Paulo Becker Lotufo (SP) SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
Nelson Grisard (SC) Normeide Pedreira dos Santos (BA) MEMBROS: Marise Helena Cardoso Tófoli
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Marcia de Freitas (SP) Evelyn Eisenstein (RJ) SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
SUPLENTES: PORTAL SBP Alberto Araujo (RJ) DO MARANHÃO: Marynea Silva do Vale
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Luciana Rodrigues Silva (BA) Sidnei Ferreira (RJ) SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA:
João de Melo Régis Filho (PE) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA Adelma Alves de Figueiredo (RR) Mohamed Kassen Omais
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) À DISTÂNCIA Nivaldo Sereno de Noronha Júnior (RN) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS Luciana Rodrigues Silva (BA) Suzana Maria Ramos Costa (PE) DO SUL: Carmen Lucia de Almeida Santos
PÚBLICAS: Edson Ferreira Liberal (RJ) Iolanda Novadski (PR)
Beatriz Bagatin Bermudez (PR) SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO: Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) Marisa Lages Ribeiro
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Carlos Eduardo Reis da Silva (MG) SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
MEMBROS: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo César Pinho Ribeiro (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Milane Cristina De Araújo Miranda (MA) SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Ana Marcia Guimarães Alves (GO) Leonardo Cabral Cavalcante
Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Camila dos Santos Salomão (AP)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Joel Alves Lamounier (MG) SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES DOENÇAS RARAS Kerstin Taniguchi Abagge
Evelyn Eisenstein (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP) COORDENAÇÃO: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Salmo Raskin (PR) Katia Galeão Brandt
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
João Coriolano Rego Barros (SP) Joel Alves Lamounier (MG) MEMBROS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Alexandre Lopes Miralha (AM) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Alberto de Almeida Burlamaqui do Rego Monteiro
Virgínia Weffort (MG) Paulo Cesar Pinho Ribeiro (MG) Ana Maria Martins (SP)
Claudio Cordovil (RJ) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO
Themis Reverbel da Silveira (RS) Flávio Diniz Capanema (MG) RIO DE JANEIRO: Katia Telles Nogueira
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Lavinia Schuler Faccini (RS)
EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO COORDENAÇÃO: ATIVIDADE FÍSICA
COORDENAÇÃO: DO NORTE: Katia Correia Lima
PROFISSIONAL Renato Procianoy (RS) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
MEMBROS: Luciana Rodrigues Silva (BA) DO SUL: Cristina Helena Targa Ferreira
Edson Ferreira Liberal (RJ) Crésio de Araújo Dantas Alves (BA)
MEMBROS: SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) José Roberto Vasques de Miranda
José Hugo de Lins Pessoa (SP) João Guilherme Bezerra Alves (PE) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Patrícia Guedes de Souza (BA) SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Adelma Alves de Figueiredo
Mauro Batista de Morais (SP) Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) Alex Pinheiro Gordia (BA) SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Isabel Guimarães (BA)
Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) Dirceu Solé (SP) Rosamaria Medeiros e Silva
Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) Jorge Mota (Portugal)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
(COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE EDITORES REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Dirceu Solé (SP) Sulim Abramovici
ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) EDITORES CIENTÍFICOS: SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
Clémax Couto Sant’Anna (RJ) METODOLOGIA CIENTÍFICA
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO: Glória Tereza Lima Barreto Lopes
Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
MEMBROS: EDITORA ADJUNTA: Elaine Carneiro Lobo
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) MEMBROS:
Ricardo do Rego Barros (RJ) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Clovis Francisco Constantino (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Sidnei Ferreira (RJ) Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) PEDIATRIA E HUMANIDADE
COORDENAÇÃO: Cláudio Barsanti (SP)
Flavia Nardes dos Santos (RJ) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ) Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Rafaela Baroni Aurílio (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Leonardo Rodrigues Campos (RJ) PRESIDENTE:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dilza Teresinha Ambros Ribeiro (AC)
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Mario Santoro Júnior (SP)
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Marcia C. Bellotti de Oliveira (RJ) Crésio de Araújo Dantas Alves (BA) VICE-PRESIDENTE:
PEDIATRIA AVALIAÇÃO SERIADA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
COORDENAÇÃO: CONSULTORIA EDITORIAL: CRIANÇA, ADOLESCENTE E NATUREZA
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) COORDENAÇÃO: SECRETÁRIO GERAL:
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Laís Fleury (RJ) Jefferson Pedro Piva (RS)

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