O documento descreve uma visita técnica ao programa Melhor em Casa em Guarapuava, que incluiu uma apresentação sobre o programa, uma visita domiciliar a uma paciente de 62 anos com câncer de língua, e observações sobre os cuidados centrados na pessoa fornecidos pela equipe multidisciplinar.
O documento descreve uma visita técnica ao programa Melhor em Casa em Guarapuava, que incluiu uma apresentação sobre o programa, uma visita domiciliar a uma paciente de 62 anos com câncer de língua, e observações sobre os cuidados centrados na pessoa fornecidos pela equipe multidisciplinar.
O documento descreve uma visita técnica ao programa Melhor em Casa em Guarapuava, que incluiu uma apresentação sobre o programa, uma visita domiciliar a uma paciente de 62 anos com câncer de língua, e observações sobre os cuidados centrados na pessoa fornecidos pela equipe multidisciplinar.
VISITA TÉCNICA AO PROGRAMA MELHOR EM CASA DE GUARAPUAVA
Acadêmica: Nathalia Wessler
A visita técnica ao programa Melhor em Casa de Guarapuava permitiu que
conhecêssemos o ambiente onde os profissionais se preparam para as visitas e recebem membros da comunidade. A apresentação foi feita por um psicólogo, membro da equipe multidisciplinar. Já na recepção é possível notar a zelo e organização com que esses profissionais desempenham seu trabalho, pois havia um painel com fotos de pacientes com a equipe, além de cartas de agradecimentos dos pacientes, algo realmente emocionante que mostra a magnitude das ações realizadas ali. Percorrendo outras salas também é notável a organização e receptividade de toda a equipe, bem como o cuidado com os recursos materiais necessários para as visitas e trato de feridas, uma vez que nas mesmas instalações desse programa também funciona um centro de curativos. A caminho da visita domiciliar em si, a equipe que nos acompanhou (psicólogo e fisioterapeuta do time multidisciplinar) realizou explanações a respeito dos critérios de admissão de pacientes nessa modalidade de tratamento, assim como já foi discutido em aula. Eles também destacaram o trabalho conjunto com unidades básicas de saúde e hospitais no trato dos pacientes. Ademais, antes da chegada à casa da paciente, fomos introduzidos à sua história de vida e sua família: uma mulher de 62 anos que realizou uma glossectomia total e traqueostomia em decorrência de um câncer de língua diagnosticado há cerca de 2 meses. Além disso, a senhora também apresentava redução da mobilidade das mãos devido à lesão antiga. Nesse sentido, achei muito pertinente a visita ser realizada por uma fisioterapêuta, que pode avaliar a mobilidade da senhora, naquele momento ainda muito restrita à cama, e dar outras orientações, e um psicólogo, que pôde avaliar o estado de saúde mental da senhora, submetida a consideráveis mudanças negativas em sua vida há tão pouco tempo. A família, segundo o que nos foi relatado pela equipe e o que pude observar na casa, parece bastante empenhada em cuidar da senhora. No momento da visita a filha estava prestando cuidados, enquanto um homem adulto cuidava de uma criança na casa. Os familiares foram muito receptivos com todos nós e demonstraram apego à religião cristã, fato notado pela equipe e que, segundo eles, é um elemento bastante respeitado por todos os profissionais, por representar um dos aspectos que contribuem para o processo de melhora dos enfermos ou para cuidados paliativos. No caminho de volta, foi pontuado pela equipe multiprofissional os avanços no caso dessa senhora, com destaque para a vontade que ela manifesta, mesmo em situação de dor ou desconforto, de continuar o tratamento com a fonoaudióloga. Isso é bastante positivo, visto que demonstra uma perspectiva de melhora por parte da paciente que recentemente passou por um evento potencialmente traumático. Também é relevante destacar a atenção da equipe do programa com os cuidadores, seja orientando de maneira técnica para o melhor manejo com o paciente, seja oferecendo apoio psicológico, em reuniões mensais. Isso mostra uma preocupação integral dos profissionais com a família, além do fato de que eles sempre buscam adaptar seus cuidados à realidade de cada família, nunca impondo atitudes, mas sim buscando consensos através do diálogo com o paciente e familiares. Desse modo, considerei a experiência na visita técnica ao programa Melhor em Casa bastante proveitosa, pois pude conhecer uma faceta do Sistema Único de Saúde que, mesmo com algumas deficiências (falta de veículos para visitas e insumos, falta de profissionais médicos), consegue fornecer um cuidado verdadeiramente centrado na pessoa e multidisciplinar, devido ao empenho e humanidade dos profissionais da equipe.