Você está na página 1de 2

PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Disciplina: Direitos Humanos e Fundamentais

Professora: Érica Zanardi

Aluna: Giullia R. de Oliveira

Tarefa: Estudo Dirigido (“O Invasor Americano”)

Questão: O documentário retrata diversos temas, cada um deles abordando um país


diferente. Escolha um dos temas abordados pelo diretor e relacione-o com a Declaração
Universal de Direitos humanos, a realidade retratada pelo documentário e a realidade
brasileira.

As Distintas Relações Humanas Presentes no Brasil e na Europa

Os direitos humanos, circunscrito nas relações humanas, foram postos e exigidos


com mais rigor e importância a partir da Declaração Universal de Direitos Humanos em
1948, a qual passou por um vasto processo (também positivado) com o intuito de garantir
condições básicas para uma convivência social minimamente favorável, com políticas
públicas advindas de diversos países.

A dimensão dos direitos humanos abarca três outras mais específicas que a
constitui, a saber: direitos individuais; direitos sociais, econômicos e culturais; e os
direitos dos povos. No primeiro campo, é imposto limite ao Estado, garantindo a proteção
ao direito à liberdade, à vida, às expressões em geral etc.; no segundo, é exigido do Estado
sua intervenção direta, para que se garanta o direito ao trabalho, à saúde, à educação,
dentre outros; no derradeiro, os direitos são voltados à proteção da coletividade, tratando
de assuntos relativos ao meio ambiente, à conservação do patrimônio histórico e cultural
etc.

Com base no que foi exposto anteriormente e fazendo uma conexão entre o
documentário “O Invasor Americano”, é possível já de antemão observar que, nos países
visitados pelo apresentador, os direitos humanos são efetivados, em grande medida, com
precisão e seriedade de modo exemplar, o que surpreende tanto o público que assiste
quanto o próprio diretor. Assim, as relações humanas nos países visitados são tratadas
com um viés humanista pautado no bem-estar dos cidadãos nos mais amplos âmbitos de
suas vidas.

“Não há nenhum problema entre o lucro da empresa e o bem-estar do


funcionário”. A frase mencionada foi dita no decorrer do documentário e me chamou
especial atenção. Motivo disso se dá justamente a partir do fato de que na Itália, onde foi
proferida a frase, e em outros países da Europa, há uma genuína preocupação com o bem
comum dos trabalhadores, tendo em vista o conhecimento de que os indivíduos trabalham
e produzem melhor quando descansados, estimulados de maneira saudável e respeitados,
em um local adequado e com condições favoráveis ao exercício do trabalho.
Diferentemente da situação encontrada no Brasil, onde a produtividade e o capital são
postos com uma importância superior às relações humanas trabalhistas.

A realidade brasileira, bem como se sabe, é consideravelmente inferior em


diversos quesitos, quando principalmente comparada aos países europeus. Há uma
significativa diferença entre a educação, a saúde, a relação empregatícia e outras mais
áreas no nosso país e em outros mais desenvolvidos. Parte do motivo advém das relações
políticas que implicam propriamente na economia e, consequentemente, nos campos mais
importantes para o desenvolvimento humano, social e da nação. Entretanto, não são
investidas verbas necessárias para que haja uma melhora dos pontos citados, o que
dificulta a aplicação de muitos dos direitos humanos presentes na Declaração Universal
de Direitos Humanos. Portanto, há uma defasagem em diversos, distintos e significativos
campos da República Brasileira, o que fomenta um distanciamento e negligência na
garantia dos direitos básicos, afetando principalmente as classes proletárias menos
favorecidas, causando justamente o oposto previsto pela lei, bem diferente da situação
encontrada nos países europeus, no documentário referido.

Você também pode gostar