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PEI FRANCISCO VICENTE LOPES GONÇALVES

HENRIQUE ÁVILA FERREIRA

DIREITOS HUMANOS, DIREITOS SOCIAIS E AGENDA 2030

TABOÃO DA SERRA-SÃO PAULO


2022
HENRIQUE ÁVILA FERREIRA

DIREITOS HUMANOS, DIREITOS SOCIAIS E AGENDA 2030

Trabalho apresentado à disciplina de filosofia da


instituição PEI Francisco Vicente como requisito parcial
para obtenção de nota bimestral.

Professor(a): Walter Vadala

TABOÃO DA SERRA-SÃO PAULO

2022
RESUMO

O tratamento desumano vivido pela classe operária durante a Revolução


Industrial, a qual é caracterizada pela sua ocorrência na Europa, entre os séculos XVIII e XIX,
e que tinha como objetivo substituir a mão de obra humana pela produção em alta escala com
o uso de maquinas, é sem sombra de dúvidas o principal fator para o surgimento dos Direitos
Sociais, visto que essa parcela social se via descontentada diante a falta de direitos básicos
como alimentação, moradia, vestimenta, saúde e entre outros,

Sendo assim, foi fortalecida a necessidade desses “Direitos Sociais” que, através
do Estado, presariam e visariam a proteção dessas minorias.

Juntamente dos Direitos Sociais, pode-se ser citado outra garantia governamental
de cunho semelhante, a qual é nomeada como “Direitos Humanos” e, que tendo seu
surgimento ocorrido com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, tem como
objetivo garantir direitos naturais a todo indivíduo, independentemente de sua etnia, classe
social, nacionalidade e etc.

Tal grupo por sua vez, possui como exemplo o direito à vida, à integridade física,
a dignidade, entre outros.

Visando tais direitos de forma abrangente e global, temos a “Agenda 2030”, plano
criado em 2015 pela Organização das Nações Unidas – ONU, o qual possui como objetivo
transformar o mundo buscando o Desenvolvimento Sustentável.

Palavras-Chaves: Direitos humanos; direitos sociais; ONU; paz; agenda 2030; Brasil.
SUMÁRIO

1. DIREITOS SOCIAIS E SUAS ENCETADURAS..........................................................5


1.1. Direitos individuais e sociais........................................................................................5
1.2. O problema de garantia dos direitos sociais.................................................................6
2. DIREITOS HUMANOS....................................................................................................6
2.1. Direitos Humanos antes da Revolução Francesa e da DUDH.....................................7
3. AGENDA 2030, O QUE É, E SUA RELAÇÃO AOS DIREITOS................................7
3.1. A Ecam e a Agenda 2030.............................................................................................8
3.2. A relação da agenda 2030 com os direitos humanos sociais........................................8
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................9
5. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................10
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1. DIREITOS SOCIAIS E SUAS ENCETADURAS


Segundo Congresso Nacional do Brasil (1988), são atualmente presentes na
Constituição doze direitos que, em tese, são assegurados a todo brasileiro, os quais são:
Direitos sociais a educação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social e a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

Em três décadas, a Constituição de 1988 sofreu 105 emendas, o que em termos


judiciários não é nada agradável, uma vez que isso tem como consequência uma “nova
constituição” a cada 3 ou 4 meses, e esse fato dá origem a uma insegurança judicial e social
relativamente aguda.

Contudo, a atual Constituição se alinha com a de 1946 por seu sentido de


democratizar e pregar elevados fundamentos para o Brasil, os quais são constados no art. 1°,
tal esse que privilegia a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e de livre
iniciativa.

Essa mesma consciência sobre uma nação garantir direitos a grupos sociais
considerados como minorias foi ganhando força e, em questão de anos, diversos outros países
adotaram estas medidas, sendo um deles o México, pela “Constituição Política dos Estados
Unidos Mexicanos” de 1917, a qual proibia a reeleição do Presidente da República, garantia
as liberdades individuais e políticas, além de quebrar com o poder da igreja católica e
expandir sistemas governamentais, tais como a educação pública, a reforma agrária e a
proteção do trabalho assalariado.

1.1. Direitos individuais e sociais


Embora ambos busquem a qualidade de vida dos indivíduos presentes em
determinado território ou determinada cidadania, a diferenciação dentre os dois é
indispensável para uma melhor compreensão do assunto.

Direitos individuais: Reconhecem a todos os brasileiros, de acordo com a lei, o


respeito, sua intimidade, sua privacidade, sua liberdade, seu domicilio, sua correspondência e,
acima de tudo, o direito à vida e à qualidade igual de se viver.

Direitos sociais: Buscam a melhor condição de vida e de trabalho a todos, sendo


eles cedidos pelo Estado e com o auxílio de outras leis, alcançam diversas áreas de amparo
aos indivíduos, como direitos trabalhistas, seguridade social, proteção à maternidade, infância
e desamparados.
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1.2. O problema de garantia dos direitos sociais


Contudo, tal asseguração não é devidamente posta em prática no sistema
brasileiro, sendo bem evidente que nem todos podem usufruir de seus direitos de maneira
igualitária e plena.

Um dos direitos previstos pela Constituição, o Direito de Trabalho, pode ser


citado dentre os problemas de execução do Estado, não só brasileiro quanto mundo afora, uma
vez que no Brasil, população economicamente ativa gira em torno de 72 milhões de pessoas,
sendo somente 22 milhões de pessoas trabalhadores com carteira assinada.

Seguindo a mesma ideologia do Direito de Trabalho, a Educação também é


altamente afetada, e mesmo com sua situação “amenizada” devido aos diversos contratos e
compromissos realizados entre governantes como a Carta da ONU e declarações dos Direitos
Humanos, diversas crianças, jovens e adultos se encontram privados de ensino básico, e
muitos deles devido a condições de penúria, impossibilitando na maioria dos casos o acesso a
oportunidades educacionais como escolas e faculdades.

A saúde é sem sombra de dúvidas um dos setores mais importantes da


Constituição e, sendo publicamente evidente o caos dos serviços de saúde. A administração
por parte do Estado de serviços como o SUS, UPA ou UBS é demasiadamente questionada
pelos cidadãos brasileiros.

2. DIREITOS HUMANOS
Em 10 de Dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas estabelecia
publicamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma resposta imediata
perante aos diversos atos desumanos ocorridos entre 1914 e 1945, período no qual a
humanidade presenciou a primeira e a segunda Guerra Mundial.

Todavia, esse ideário sobre a visagem de garantir a qualquer ser humano, em


qualquer circunstância ou local, uma condição mínima de sobrevivência, via sendo construído
há pelo menos dois mil e quinhentos, desde sempre buscando a questão da convivência em
um ambiente de respeito, paz, igualdade e liberdade.

Antes mesmo da DUDH, houveram documentos notórios que comtemplavam


direitos a condição humana, sendo um deles a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, firmada em outubro de 1789 pela França revolucionária.
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Ao todo, são presentes atualmente trinta artigos na DUDH, que garantem ao


indivíduo o direito de eleger fatos tais como religião, ideologia, local de residência, sem a
interferência de um poder maior e/ou da sociedade. E mesmo sendo estabelecidos em 1948
devido à Guerra Mundial, essa ideologia já era ferida há décadas na história, pois, em
sociedades escravistas, as pessoas eram vistas mundo afora como objetos, mercadorias, ou até
mesmo inferiores, quando comparadas a pessoas livres.

2.1. Direitos Humanos antes da Revolução Francesa e da DUDH


Ciro II, também conhecido como Ciro, o Grande, criou em 539 a.C., após sua
conquista persa do território da Babilônia, um artefato nomeado como “Cilindro de Ciro”, o
qual é considerado o primeiro documento que garantiu os direitos de um povo. Neste
documento, Ciro restabelece do culto aos deuses, e libertou e deixou partir as pessoas que
haviam sido escravizadas.

Os romanos, por sua vez, incorporaram esses mesmos direitos a noção de direitos
universais, pois os mesmos deveriam ser respeitados em todo o território do império, e não só
em Roma. Em seguida, o cristianismo traria a visão de que todos os seres humanos são iguais
e, assim, deveria ser abominada ações como a escravatura.

Na idade média, os nobres se revoltaram perante ao abuso de poder do rei, e, em


1215, relataram uma série de leis a favor do poder aos nobres, em frente ao rei, chamada hoje
como Carta Magna. Porém, somente durante o período de ideais iluministas, que a ideia de
direitos para todos os seres humanos, independente da origem, ganhou força, sendo a primeira
Declaração de Independência da história decretada em 4 de julho de 1776, a favor dos Estados
Unidos.

3. AGENDA 2030, O QUE É, E SUA RELAÇÃO AOS DIREITOS


Em 2015, a Organização das Nações Unidas estabelecia um plano firmado entre
193 Estado-membros com a mesma, com o compromisso de seguir as medidas recomendadas
no documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável” para os próximos 15 anos, 2016-2030. Esse plano reúne 17 objetivos de
desenvolvimento sustentável e 169 metas, criados para propostas como a erradicação da
pobreza e da fome, melhora na qualidade de ensino, paz e justiça universal, consumo e
produção de produtos de forma responsável, e diversos outros.
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Tais objetivos são integrados entre si e abrangem as três dimensões do


desenvolvimento sustentável – social, ambiental e econômico – e podem ser postos em ação
por governos, pela sociedade civil, pelos setores privados ou por cada cidadão comprometido
com o futuro das gerações.

3.1. A Ecam e a Agenda 2030


A Ecam, que é uma organização que atua lado a lado com a ONU na luta pelo
desenvolvimento socioeconômico e o equilíbrio ambiental, busca desde 2002 promover ações
inovadoras motivadas pelo interesse da sociedade, a fim de alinhar a conversa do meio
ambiente.

E, ao longo de 20 anos de projeto, diversas conquistas foram alcançadas, tais


como: fortalecimento de áreas protegidas do estado do Amapá (2005), parceria com a tribo
Paiter Suruí, que juntos apoiaram o Diagnóstico Etnoambiental e o Etnozoneamento na Terra
Indígena Sete de Setembro (2007), além de trabalhos como o Ecam Negócios Sociais (2018) e
Ecam Projetos Sociais (2018).

3.2. A relação da agenda 2030 com os direitos humanos sociais


Como visado anteriormente, o principal objetivo dos direitos humanos sociais é a
garantia de dignidade a qualquer pessoa, independente da etnia, gênero, país de origem. Com
isso, tendo em vista que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável são alcançar objetivos nos aspectos econômicos, sociais e
ambientais, é nítida a relação entre ambos, ao princípio de conservar à garantia efetiva dos
mesmos.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo como objetivo geral a exemplificação das diretrizes de execução de um dos
direitos sociais, humanos e, de cada propósito da Agenda 2030, pode-se ser bem explicado
cada aspecto de cada um dos assuntos, desde a sua fundação – antes mesmo de possuírem
relação com o outro assunto – e sua trajetória, tal como visto dentre os Direitos Humanos que,
de forma unânime, possuiu relação com a atual Declaração Universal dos Direitos Humanos
em tempos distantes, como durante a conquista persa da Babilônia, em 539 a.C., e em relação
aos Direitos Sociais, fundados durante a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX.

E, com tal declaração a respeito desses dois aspectos, foi evidente a interpretação
sobre a correlação dos direitos com a Agenda 2030, de certo modo que o objetivo de ambos
de trazer à sociedade um termo que visa a paz, o amor, a harmonia, e a eliminação de fatores
negativos, tais como a fome, pobreza e destruição do ambiente cultural, fizessem com que o
leitor tivesse o entendimento claro a respeito da causa pelo qual são necessários esses direitos
e a diária luta realizada por massivos grupos e organizações que, em conjunto, buscam um
futuro melhor, não só para as gerações decorrentes, mas também para aspectos geográficos,
como a conserva do planeta Terra.
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5. BIBLIOGRAFIA
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Acesso em: 10 Setembro 2022.
ECAM, E. ecam.org.br. O que é a Agenda 2030 e quais os seus objetivos, 2020. Disponivel
em: <http://ecam.org.br/blog/o-que-e-a-agenda-2030-e-quais-os-seus-objetivos/>. Acesso em:
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ECAM, E. ecam.org.br. Conheça a nossa história, 2020. Disponivel em:
<http://ecam.org.br/blog/conheca-a-nossa-hitoria/>. Acesso em: 11 Setembro 2022.
IGNACIO, J. Politize! O que são direitos sociais?, 2017. Disponivel em:
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JANGADA.ONLINE. Jangada.online. Qual a relação entre a Agenda 2030 e os direitos
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NOTÍCIAS, S. senado.leg.br. 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
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em: 11 Setembro 2022.
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