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RASCUNHO DA REDAÇÃO

@vestibulic3
“COMO APLICAR O MÉTODO DAS DUAS BARRAS?”

CAUSAS
Aqui, você definirá as causas (teses) do tema abordado. “O que torna esse tema um
problema?” O recomendado é que sejam duas causas para os dois parágrafos de
desenvolvimento (lembrando que uma redação dissertativa-argumentativa é composta
por uma introdução, dois desenvolvimentos e uma conclusão);

CONSEQUÊNCIAS
O resultado do que causa aquele problema e deve estar NOS SEUS PARÁGRAFOS
DE DESENVOLVIENTO (geralmente, são dois parágrafos. Os dois de argumentação
depois da introdução). Seria as consequências das causas (por exemplo, se você
encontrar um tema relacionado aos desafios para superar o crescimento da
poluição ambiental no Brasil, uma das causas que impedem tal superação- teses-,
poderia ser: falta de criação de meios para descarte adequado por parte do
Estado, por exemplo, e sua possível consequência seria a poluição desenfreada da
imagem da cidade- Por causa do acúmulo de lixo. Já que não há locais próprios para
o descarte, todo o lixo produzido pelas famílias seria descartado em lixões ou locais
abertos-, além de contaminar os solos. Então, essa consequência (poluição
desenfreada da imagem da cidade e contaminação dos solos) estaria em um dos seus
parágrafos de desenvolvimento (argumentação);

CONCLUSÃO
Você colocará as formas de solução do problema em questão, respondendo às
perguntas "quem fará tal ação?", "o que será feito?", "como fará?" e "para que fará?" +
detalhamento da proposta e retomada do tema no seu último parágrafo do texto.

CAUSA- teses CONSEQUÊNCIAS- argumentos CONCLUSÃO-soluções


1. 1. 1.

2. 2. 2.

REPERTÓRIO (defina, aqui, qual repertório será usado de


acordo com o tema para a introdução e o primeiro
desenvolvimento):
AGENTES CONCLUSIVOS (defina, aqui, quem fará a ação
que solucionará o problema do tema para uma ou as duas
teses- Ministérios, ONGs, Família, Escola... defina):

APLICAÇÃO DO MODELO DE REDAÇÃO- NOTA 1000

TEMA: OS ESTIGMAS ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS


MENTAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA- ENEM 2020

OSERVAÇÕES: NÃO estamos levando em conta a quantidade


de linhas em prol do texto ficar mais “visual”, para um melhor
entendimento.

INTRODUÇÃO: Contextualização do tema (repertório


escolhido: filme) + apresentação dos pontos de vista (teses) e
desfecho do parágrafo.
A obra cinematográfica brasileira “Nise: O Coração da
Loucura”, retrata a luta de Nise da Silveira pela redução dos
estigmas nas alas psiquiátricas e nas formas de tratamento
enfrentadas por pacientes com enfermidades mentais, na
medida em que desumanizavam estes. Fora da ficção, tal
intolerância quanto aos enfermos por pura discriminação é
efetivada no hodierno cenário global, sobretudo no Brasil,
posto que se tornou constante os estigmas associados às
doenças mentais na sociedade brasileira, nas mais diversas
relações cotidianas. Isso ocorre, ora pela falta de investimentos
na educação voltada para a saúde mental, ora em função da
perpetuação de paradigmas da forma de vida contemporânea.
Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se
possa sucedê-los de modo eficiente.
DESENVOLVIMENTO 1: Tópico frasal + repertório +
contextualização do repertório e explicação mais detalhada.
Previamente, é importante ressaltar que a continuação do
preconceito em relação às doenças psíquicas é resultado da
supressão de capital na área educativa acerca do bem-estar
mental. Parafraseando o filósofo Aristóteles, a educação é um
caminho fundamental para a formação da vida pública, à
proporção que coopera para o bem-estar da cidade. A não
aplicação de tal ideia, aliada à manutenção da estrutura
deficitária da propagação de conteúdo de saúde mental,
permite o agravamento no desenvolvimento de doenças
psíquicas, visto que retira do cidadão o acesso ao
conhecimento. Desse modo, como dito por Aristóteles, a
supressão da aplicação de verbas no ensino autoriza a não
ministração de aulas e de eventos os quais abordem sobre
essa temática promovendo, lamentavelmente, a disseminação
de tabus e a redução da busca por tratamento adequado - ao
passo que as enfermidades aumentam. Faz-se imprescindível,
portanto, a dissolução dessa conjuntura.

DESENVOLVIMENTO 2: Tópico frasal e segunda tese +


explicação mais detalhada.
Vale ressaltar, também, o modo de vida extremamente
exaustivo atual como catalisador da problemática,
consequência da ausência do cultivo das práticas do
autocuidado em prol do máximo rendimento, um agravante.
Como a insana procura do ser humano pela alta produtividade
em quaisquer meios, mesmo que retire dele os prazeres e a
sanidade física e mental, tem o efeito de banalizar o aspecto
psíquico, é mais comum sua vulgarização, sendo visto como
desnecessário na vivência hodierna. Dessa maneira, temas
como a ansiedade e a depressão são absurdamente
neutralizadas em razão das poucas políticas públicas
incentivadoras e conscientizadoras.
CONCLUSÃO: Retomada do tema + respostas das perguntas
“quem?”, “o que?”, “como?”, “a fim de...?” + detalhamento e
retomada de um dos repertórios usados na redação (é
preferível que seja da introdução).

Entende-se, por conseguinte, que as máculas associadas às


disfunções psíquicas decorrem da escassez de verbas no ramo
educativo e “regras” de modo de vida no Brasil. Para mitigar
essa problemática, é necessário uma ação transformadora, na
qual o Ministério da Educação seja responsável por investir em
aulas específicas sobre a saúde mental, utilizando-se de
Planos Nacionais da Educação e de eventos tanto escolares
quanto ao grande público, haja vista a importância do máximo
alcance possível, com a ministração de psicólogos e
psiquiatras, para garantir a visão aristotélica e de romper com
os tabus preconceituosos. Nessa mesma linha de atração, o
Estado deve promover políticas públicas de incentivo ao
autocuidado, a exemplo de espaços destinados ao convívio
humano e ao bem-estar, a fim de quebrar com os paradigmas
vivenciados por Nise da Silveira.

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