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Vamos começar com a Sra. Lurdes, 82 anos. Ela nunca fumou, é bastante ativa e se sente
muito bem, com ótima disposição.
As pessoas que conhecem a Sra. Lurdes, geralmente ficam impressionadas com sua vitali-
dade. Sorridente, ela concorda, apesar de perceber que já não é como era quando mais jo-
vem. Afinal, o cansaço aparece com mais facilidade e o fôlego parece menor. Ainda assim,
ela está muito satisfeita com sua saúde e sua vida.
Você sabia?
O envelhecimento se caracteriza por modificações biológicas, pro-
gressivas e previsíveis, próprias de cada espécie animal, que, em
geral, aumentam a vulnerabilidade do organismo a doenças.1 Tais
alterações, que se verificam à medida da passagem do tempo, e
têm diversos fatores como determinantes, comprometem o que
chamamos de “reserva funcional dos órgãos e sistemas”.
Além disso, em situações de equilíbrio, de pouca exigência, um órgão idoso não apresen-
ta alterações que se percebam; porém, em situações de maior sobrecarga, em que há a
necessidade de consumo extra da capacidade funcional orgânica – como, por exemplo, em
caso de doença aguda, de desidratação provocada pelo excessivo calor etc., o organismo
idoso falha em responder, pela falta ou redução importante da reserva dos rins, coração,
músculos, sistema imunológico ou sistema nervoso central, que no organismo jovem há
em abundância.
A Sra. Lurdes vive com suas duas irmãs mais velhas, que precisam da sua ajuda. Vamos
conhecê-las agora:
Sra. Marta tem 95 anos, teve um derrame há dois anos, tornando-se totalmente depen-
dente dos cuidados da sua irmã mais nova.
Sra. Inês, com 92 anos, sente dores nos joelhos causadas por artrose, fraturou o quadril e
precisa de ajuda para caminhar fora de casa. Sente tristeza e, por vezes, fica muito cho-
rosa. Tem diagnóstico de depressão e seu tratamento está dando resultado, pois se sente
mais animada e com vontade de fazer as coisas.
Agora que você conheceu um pouco da história das irmãs Pereira, podemos constatar
que o “processo do envelhecimento humano”* apresenta ritmos muito diferentes entre os
indivíduos, pois são diversos os fatores conhecidos que interferem nos mecanismos que
promovem o envelhecimento desde a célula, passando pelos os órgãos e sistemas, até o
organismo como um todo.2 Podemos considerar ainda os fatores genéticos, ambientais,
socioculturais e econômicos, e o estilo de vida adotado pelo indivíduo ao longo de sua
vida.3
* podemos afirmar que os humanos envelhecem de modo muito heterogêneo.
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Assista ao vídeo abaixo (video disponível somente na versão online do curso).
Funcionalidade
A base do “envelhecimento fisiológico”* ou normal e, ainda mais, do ativo, saudável ou
bem-sucedido é o grau de FUNCIONALIDADE de um indivíduo, que consiste no conjunto de
habilidades psíquicas, mentais e físicas que garantem a AUTONOMIA e a INDEPENDÊNCIA,
atributos de um idoso protagonista de sua própria história.5
* aquele que ocorre com as menores alterações senescentes possíveis e, portanto, com maior qualidade.
Autonomia
Definimos Autonomia como a habilidade em decidir como viver, com quem e onde, de acordo com suas
próprias regras e preferências, conforme o contexto social de cada um. Para tal, é necessário que este-
jam intactas as capacidades mentais e psíquicas, que controlam a vontade, a capacidade de julgamento
crítico e a elaboração de estratégias para alcançar os objetivos definidos pela pessoa.2,5
Independência
Independência, por sua vez, refere-se ao conjunto de capacidades físicas e de comunicação, que permitem
ao indivíduo realizar o que decidiu, prover seus autocuidados e viver com muito pouca ou nenhuma neces-
sidade de ajuda de terceiros no desempenho de atividades básicas da vida diária – outro elemento funda-
mental da qualidade de vida entre os idosos.5
Para manter sua autonomia, o indivíduo precisa ser capaz de realizar atividades comple-
xas da vida diária, ou, como denominamos em Geriatria/Gerontologia, atividades instru-
mentais, tais como: cozinhar, cuidar de suas finanças, tomar seus remédios, dirigir ou ser
capaz de tomar condução.
Para tal, necessita, como já referido, que estejam preservadas habilidades mentais como
memória, julgamento, orientação do tempo e espaço, entre outras, além do funcionamen-
to psíquico normal, pois um indivíduo deprimido ou ansioso pode tomar decisões equi-
vocadas por conta de seu estado psíquico alterado.2 Para garantir sua independência, há
necessidade de estarem preservadas a mobilidade e coordenação motora, assim como a
capacidade de se comunicar. Ambas, autonomia e independência são elementos importan-
tes para qualidade de vida da pessoa que envelhece.6
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Assista ao vídeo abaixo sobre capacidade funcional. Se for necessário, releia o conteúdo e
assista novamente o vídeo (video disponível somente na versão online do curso).
Além disso, dos muitos idosos, aqueles que têm idade igual ou superior a 80 anos, apre-
sentam risco 25 vezes maior de declínio de suas capacidades funcionais em relação a
idosos mais jovens.5
Você sabia?
O estudo SABE8 avaliou a funcionalidade de indivíduos com idade
igual ou maior do que 60 anos em sete cidades da América Lati-
na e Caribe, dentre elas São Paulo. E identificou que apresentar
maior número de doenças crônicas, ter artrose, doença cardio-
vascular e depressão, apresentar declínio cognitivo, ser mulher e
muito idoso, são os fatores mais associados à incapacidade fun-
cional, especialmente no que se refere às atividades mais comple-
xas da vida diária:
• como controlar suas finanças,
• cozinhar,
• tomar seus remédios, e
• tomar condução, sem ajuda de terceiros.5
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Assista ao vídeo abaixo (video disponível somente na versão online do curso).
Idoso Robusto x Idoso Frágil
Em oposição ao idoso chamado ROBUSTO, cujo envelhecimento se dá de maneira fisiológi-
ca e com preservação de funcionalidade ao máximo, encontra-se o idoso frágil, ou porta-
dor da síndrome de fragilidade ou, apenas, fragilidade.
Idoso frágeis apresentam piores desfechos em saúde, entre eles, a maior taxa de
hospitalização, maior número de quedas, menores índices de funcionalidade e maior
mortalidade.9,10
Dentre os critérios mais conhecidos, destacamos o FRAIL, validado para a nossa popula-
ção, conforme Tabela 1.
Tabela 1. Tradução e adaptação da escala FRAIL
Legenda: **hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, câncer (sem considerar carcinoma basocelular em
pele ou equivalente), doença pulmonar obstrutiva crônica, doença coronariana ou infarto do miocárdio, insuficiência
cardíaca congestiva, asma, artrite, acidente vascular cerebral, insuficiência renal crônica. Pontuação:
1 ponto para cada resposta positiva: Nota. 3-5: frágil; 1-2: pré-frágil.
A prevenção da fragilidade deve ser intenção de todos os que zelam pela qualidade de vida
no envelhecimento. Reconhecer seus determinantes e corrigi-los, sempre que possível,
são objetivos maiores da Geriatria e Gerontologia.10
A seguir, você vai conhecer o que deve ser realizado com as irmãs Pereira devido às dife-
renças: robusta, pré-frágil e frágil.
Deve ser incentivada a continuar a realizar suas tarefas, bem como atividades de lazer, exercícios, convi-
vência com outras pessoas, manter seus exames médicos em dia, ou seja:
MANTER ATIVIDADES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS
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Assista ao vídeo abaixo (video disponível somente na versão online do curso).
Empatia
Nesta seção abordaremos o tema empatia e como ela pode ser utilizada em seu dia a dia
profissional.
Você sabia?
A velhice sempre assustou a humanidade, assim como a doença
e a morte. Diversas foram as tentativas de encontrar a Fonte da
Juventude, onde, entrando-se velho em uma ponta, sai-se nova-
mente jovem pela outra. Na Figura 1, você encontra uma famosa
imagem sobre esse antigo desejo.
Legenda: Como vemos, pela época em que nasceu o pintor da figura 1 (por volta de 1500),
essa não é uma questão nova.
Fonte: A Fonte da Juventude (Lucas Cranach – 1472-1553)
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Em meados dos anos 1950, Simone Beauvoir importante filósofa e escritora, dedicou uma
obra inteira a explorar esta “fase da vida”*, em que nos mostra como o “velho” é sempre o
outro: dificilmente, quando crianças, jovens ou adultos jovens nós temos a noção exata de
que o velho somos nós, apenas alguns anos à nossa frente.
* A Velhice 11
Você sabia?
A sociedade contemporânea, como já mencionado, é marcada pela
cultura do narcisismo, apelando preferencialmente ao cultivo ao
corpo, à beleza e à juventude.
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Ocorre que, com esse novo modelo de idoso a ser cultuado, foge-se novamente de re-
tratar e aceitar a velhice como ela pode ser: saudável, rica em experiências e vivências
e, também, uma fase com maiores desafios de saúde mental e física, com algum grau de
perda funcional e, infelizmente, em alguns casos não raros, com graus variados de depen-
dência.
A Sra. Inês depende de sua irmã Lurdes para algumas ativi-
dades. Para você, ela faz parte desse grupo?
Há uma rejeição da velhice em suas dificuldades, inclusive da parte de alguns idosos, que
rejeitam ou negam a própria ideia de velhice. Se anteriormente os idosos eram encarados
sob um prisma de invalidez e perdas, hoje o são através da imagem de um idoso ativo, sau-
dável, em busca de atividades de lazer, incentivado pela mídia.12
Você sabia?
Um em cada três idosos tem algum grau de dependência; que esta
proporção dobra a cada 10 anos vividos a partir dos 60 anos e que
acima dos 80 anos os índices de dependência aumentam muito.8
• Demência;
• Fraturas de quadril;
• Acidentes vasculares cerebrais;
• Doenças reumatológicas;
• Deficiências visuais.
Ao longo de nossas vidas e de todas as espécies vivas no planeta, a fase em que é natural
depender é a infância. O cuidado com o recém-nascido, o bebê, a criança e o adolescente
é desejável, esperado e moralmente obrigatório, além de o ser por lei. Assim, na infância,
temos que:
Portanto:
No contexto da velhice, por outro lado, o zelo e o cuidado ao idoso dependente são, fre-
quentemente, encarados como um fardo, uma “cruz a ser carregada”.
Nos quadros a seguir, discorremos sobre como são encarados a dependência e os cuida-
dos na velhice, no olhar de todos – idosos e não idosos:
A Sra. Lurdes encara de maneira diferente o cuidado com as suas irmãs. Ela admite que
fica cansada, e em algumas situações, até precisa se afastar, mesmo assim, compreende
que Inês e Marta não são culpadas por estarem doentes e que a situação poderia ser ao
contrário. Afinal poderia ser ela a depender ”pois isso acontece”.
Imagem esquemática das consequências das atitudes negativas em relação às pessoas idosas.
Fonte: Organizado pelo autor.
Ocorre que essa expectativa, que já não é cumprida pelas crianças, o é menos ainda pe-
los idosos, que, apesar da situação de dependência, temporária ou definitiva, parcial ou
completa, são adultos, com toda uma biografia e história atrás de si, conquistas, perdas,
alegrias e frustrações, preferências de toda sorte, e que não podem ser negligenciadas.
Não é piedade, compaixão ou pesar pelo outro. É compreender que o outro é um ser ínte-
gro, com sua visão e experiência do mundo e da vida, que merece ser respeitado, e que,
no mais, é um semelhante, e que posso tentar me colocar em seu lugar e tentar enxergar
seu ponto de vista.
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A Sra. Lurdes tenta se colocar no lugar das suas irmãs e entender as suas necessidades;
mas também, busca compreender quando começa a ficar muito irritada e percebe que
precisa de ajuda muitas vezes. Quando isso acontece, ela sai um pouco, toma um banho,
caminha e assim consegue aliviar o seu cansaço e mau humor.
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Exercícios de Fixação
A. Um processo que alguns organismos vivenciam, quando suas condições e estilo de vida são inadequados.
Um processo em que o organismo, por estar envelhecendo, inicia um conjunto de doenças ligadas à
B.
passagem do tempo.
Um processo normal, em que o organismo que envelhece sofre a redução de suas reservas funcionais,
C.
apresentando menor capacidade de enfrentar situações de sobrecarga funcional.
Alternativa Correta: C
Comentário:
O conjunto de doenças que ocorre no organismo envelhecido, mas que não são consideradas normais,
B.
mas sim comuns na faixa etária.
Alternativa Correta: B
Comentário:
Falamos em Senilidade de um organismo, o estado em que órgãos e sistemas têm ultrapassados seus
limites de reserva funcional e passam a adoecer tanto agudamente, como por exemplo, uma insuficiên-
cia renal aguda por desidratação, como de afecções crônicas, quando o órgão envelhecido vulnerável se
torna doente permanentemente – um osso que perde gradativamente a massa até ficar com osteoporose,
por exemplo. A Senilidade representa o estado patológico do envelhecimento – seu conjunto de doenças
mais comuns, mas nunca consideradas ”normais da idade”.
3. Assinale a alternativa correta. Em relação às irmãs Lurdes, Inês e Marta:
Inês tem alguns problemas de saúde próprios da idade e também é um exemplo de envelhecimento
B.
sem doença.
Alternativa Correta: D
Comentário:
Lurdes tem um envelhecimento ativo, com poucas perdas funcionais e é um bom exemplo de Senescência.
Inês, apesar de ter a saúde geral regular, apresenta condições que não acontecem no envelhecimento
normal: a fratura causada por uma queda simples que indica osteoporose, a artrose dos joelhos e a de-
pressão não são próprias do processo de envelhecimento. Assim, não é um bom exemplo de Senescência.
Marta é, infelizmente, um bom exemplo de envelhecimento patológico. Alternativas A e C corretas
4. Você classificaria o tipo de envelhecimento das irmãs Lurdes, Inês e Marta como:
Alternativa Correta: D
Comentário:
Lurdes apresenta o chamado envelhecimento ativo, com pouca perda funcional e, portanto, Senescência.
Já Inês e Marta apresentam uma série de doenças, mais comuns no envelhecimento, mas não normais.
Assim, mesmo que em graus diferentes, ambas apresentam processos de Senilidade.
5. Para testar o seu conhecimento responda esse quiz sobre a Sra. Inês, que mora com as suas irmãs:
A Sra. Inês é costureira aposentada. Ela cozinha para todas, além de usar a máquina de lavar, mas não estende as
roupas devido a dor nos joelhos, por isso sua irmã, Lurdes, a ajuda. Por fim, ela não sai sozinha (tanto pela dor quan-
to pela fraqueza nas pernas), porque já caiu na rua.
Alternativa Correta: D
Comentário:
A Sra. Inês decide o quê e como cozinhar, usa dispositivos domésticos, decide o quê e quanto comprar.
Portanto, sua Autonomia está preservada. Quanto a realizar de forma independente muitas de suas ati-
vidades, a paciente não consegue pelos limitantes físicos de dor e força muscular. Logo, é dependente de
terceiros para concluir tais tarefas.
6. Vamos testar o seu conhecimento sobre o que discutimos nessa seção? Assinale verdadeiro (V) ou falso (F)
nas alternativas abaixo em relação às irmãs Marta, Inês e Lurdes.
Verdadeiro Falso
A.
A Sra. Lurdes é uma idosa robusta.
Verdadeiro Falso
B.
O idoso robusto não tem risco de desenvolver fragilidade.
Verdadeiro Falso
C.
Inês é uma idosa pré-frágil.
Verdadeiro Falso
D. Identificar o idoso em risco de fragilidade ou pré-frágil é fundamental, pois é a fase em que as medidas
são mais efetivas.
Verdadeiro Falso
E.
Marta é idosa frágil e não se pode fazer mais nada por ela.
Comentário:
A. Lurdes é idosa robusta, funcional e com muita saúde física e mental.
B. O idoso robusto pode, sim, tornar-se frágil – a partir de uma doença grave, de um acidente, de uma
queda, por exemplo
C. Inês ainda tem bastante autonomia, mas já apresenta dois sintomas: cansaço e impossibilidade de subir
escadas, o que a torna pré-frágil
D. Correto. Este idoso, aparentemente robusto, mas em grande risco de fragilidade é o que mais se bene-
ficia das medidas modificadoras dessa condição. Podemos prevenir a fragilidade nesses indivíduos.
E. Marta é idosa frágil, sim, mas ainda temos muito o que fazer por ela: reabilitar o máximo possível suas
funções e, principalmente, prevenir as complicações de sua imobilidade, como infecções, lesões por pres-
são, encurtamentos dos tendões e outras.
7. Teste agora o seu conhecimento sobre os conceitos discutidos até o momento. Responda ao Quiz e, caso jul-
gue necessário, estude novamente o conteúdo.
Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas alternativas abaixo:
Verdadeiro Falso
A.
Empatia só é possível entre seres iguais ou muito parecidos.
Verdadeiro Falso
B.
Cuidar de idosos e crianças é igual, afinal, “o idoso volta a ser criança” .
Verdadeiro Falso
C. Consigo ser empático com alguém quando sou capaz de ver as coisas sob o seu ponto de vista, como
Lurdes com suas irmãs.
Verdadeiro Falso
D. O cuidado empático é benéfico para o idoso, mas muito penoso para o cuidador : entender suas irmãs,
faz Lurdes sofrer muito mais.
Verdadeiro Falso
E.
Ter empatia é o mesmo que sentir compaixão pelo outro; não há diferença entre esses dois sentimentos.
Comentário:
A. A empatia é possível entre seres muito diferentes – até em relação a seres de outra espécie (ex:
animais, plantas). Podemos sentir empatia, basta ter disposição em se colocar no lugar do outro; ver as
coisas a partir de outras perspectivas.
B. Idosos não são crianças – têm uma imensa biografia atrás de si com preferências, visões da vida e uma
personalidade construída a partir das experiências vividas. É, e deve ser, bem diferente lidar com crianças
e idosos.
D. O cuidado empático é benéfico para ambos. Quando sinto empatia, imediatamente compreendo o outro
em seu posicionamento e eventual sofrimento: o cuidado passa a ser mais natural e menos sofrido.
E. A compaixão envolve ver o outro em uma posição inferior à minha. Implica pensar que vivemos uma
situação superior e, a partir dela, sinto compaixão pelo outro. A empatia é um sentimento entre seme-
lhantes - ninguém em posição superior ou inferior.
8. Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas alternativas abaixo:
Verdadeiro Falso
A.
A mudança na visão a respeito do idoso na sociedade e na mídia foi negativa.
Verdadeiro Falso
B.
A vontade de cuidar do corpo e da saúde entre os idosos obedece apenas aos apelos da mídia.
Verdadeiro Falso
C. Apesar de muito desejável ser saudável e funcional, envelhecer pode trazer consigo variados graus
de dependência.
Verdadeiro Falso
D. Precisamos nos preparar melhor como sociedade para lidar com o envelhecimento e o cuidado dos
idosos dependentes.
Verdadeiro Falso
E.
Empatia pode significar também respeito, solidariedade, identificação com o outro.
Comentário:
A. A mudança foi favorável, permitindo que os idosos possam realizar desejos e atividades que antes eram
impensáveis: trabalhar, participar, se divertir, namorar. Apenas, uma mudança incompleta, que acabou
deixando de lado, por ora, a complexidade do envelhecer.
B. As pessoas cuidam de seus corpos e saúde muito influenciadas pelas expectativas dos outros e da mí-
dia. Mas também porque querem efetivamente viver melhor. E isso é muito bom.
C. Já sabemos que o envelhecimento é um processo que acontece de modo diferente em cada um de nós, e
que é muito frequente haver, em algum momento ao longo da vida, especialmente entre os muitos idosos,
o aparecimento de algum grau de dependência.
D. Com o grande aumento de idosos na população brasileira, é urgente preparar a todos – governos, so-
ciedade e famílias, para lidar com a dependência, elaborando políticas, aumentando os espaços de aten-
ção e cuidado, capacitando pessoas.
E. Sim. Empatia é olhar para o outro como um semelhante que merece meu respeito e solidariedade. É
olhar para alguém que está hoje em uma posição que poderei estar em algum momento.