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4.

Sistema de Codificação de Peças e Componentes

Segundo Pizzato e Lorini um sistema de codificação e classificação para aplicação na


manufatura, representa uma metodologia através da
qual é gerado um código para representar um objeto ou um processo. A geração de código é
feita através de uma sequência de caracteres numérica ou alfanumérica que descrevem as
características geométricas ou de processo relativas ao componente mecânico.

Este código pode ser abrangente ou específico, de acordo com as principais aplicações,
normalmente dirigidas as áreas de projeto e fabricação, ou mesmo aos aspectos de controle
contábil ou financeiro. O software de implementação constitui-se em um ambiente
computacional para permitir a geração do código para um componente, através da análise do
desenho e respostas adequadas a cada campo do código referente aos atributos
correspondentes.

Para Pizzato e Lorini Permite,além da codificação, a classificação de códigos de acordo


com parâmetros especificados como chaves de semelhanças procuradas, possibilitando assim
definir famílias de peças ou recorrência de desenhos para buscar existência de possíveis peças
semelhantes, evitando-se a duplicidade de projetos.

Segundo CNPQ, o sistema de codificação se constitui numa eficiente ferramenta para


racionalização e organização das informações da manufatura, possibilitando a integração das
diversas etapas envolvidas na fabricação, sendo o código elemento de identificação e
acompanhamento de um componente nas diferentes atividades envolvidas fabricação.

5. Tecnologia de Grupo e Sistema de Produção

As indústrias são pressionadas a pesquisar sistemas de produção mais eficientes, ou seja,


um sistema de manufatura que seja ao mesmo tempo produtivo e flexível. Os sistemas
produtivos são classificados conforme o volume de produção, variedade de produtos a
manufaturar e o tipo de operação que os produtos sofrem, podendo ser classificado como:

● Processos contínuos: Envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser
identificados individualmente. Normalmente são empregados quando existe uma alta
uniformidade na produção e demanda fazendo com que produtos e processos produtivos
sejam totalmente interdependentes, favorecendo a automatização, não existindo flexibilidade
no sistema. Como por exemplos: energia elétrica, petróleo e derivados.(SILVA; 2015).
● Processos discretos: Envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser
isolados, em lotes ou unidades, particularizando-os uns dos outros. Como por exemplo:
automóveis, eletrodomésticos, produtos têxteis, produtos cerâmicos, abate e beneficiamento
de aves, suínos. (SILVA; 2015).
● Por projeto: Tem como finalidade o atendimento de uma necessidade específica dos
cliente, com todas as suas atividades voltadas para esta meta. São concebidos em estreita
ligação com os clientes, de modo que suas especificações impõem uma organização dedicada
ao projeto; exige-se alta flexibilidade dos recursos produtivos. Como por exemplo: navios,
aviões, usinas hidroelétricas (SILVA; 2015).
● Pela natureza do produto: Os sistemas de produção podem estar voltados para a
geração de bens ou de serviços. Quando o produto fabricado é algo tangível, temos que o
sistema de produção é uma manufatura de bens. Entretanto, quando o produto gerado é
intangível, podendo apenas ser sentido, como diz-se que o sistema de produção é um
prestador de serviços (SILVA; 2015).
A implantação da Tecnologia de Grupo proporciona um efetivo aumento de
produtividade nas indústrias envolvidas com a fabricação de pequenos lotes e grande
diversificação de peças. É um estágio importante para a passagem de uma estrutura
convencional para uma estrutura mais flexível. Sendo que a flexibilidade é a capacidade de
adaptação das atividades de chão-de-fábrica para implementar alterações de quantidades,
tamanhos de lotes, itens diferentes e produtos nos tempos adequados. Ela pode se fazer
necessária nas seguintes situações: em montagem de máquinas para novas peças; para
mudanças do produto; para operações sazonais, que se reflete em flexibilidade durante as
flutuações de carga de trabalho; para compensar maus funcionamentos do sistema produtivo;
para suportar erros de previsão. Assim muitas vezes pode fazer necessário pode-se fazer
necessário mudanças e flexibilização para a implantação das tecnologias de grupo
(NARDINI, 2006).

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