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SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Jhenyffer Almeida Paula – UNIC – Engenharia de Produção


jheny_@msn.com
Emerson Vinicius de Mello – UNIC – Engenharia de Produção
emerson_aia@hotmail.com.com
Alex Sander Herrero – UNIC – Engenharia de Produção
emerson_aia@hotmail.com.com
Planejamento e Controle da Produção – Marcos André Gonçalves Oliveira

Resumo
Ao compreender o desenvolvimento dos Sistemas de Produção estamos incluindo ao nosso
conhecimento a história da humanidade ao longo do tempo, uma vez que a fabricação de produtos
e serviços surgem de uma real necessidade humana. Como no início da história haviam sistemas de
produção considerados artesanais, o próprio artesão era o responsável por todo e qualquer
processo de produção que envolvesse sua peça. Somente com o surgimento da Revolução Industrial
é que o homem transforma o Sistema Produtivo, baseando-se em necessidades cada vez maiores e a
crescente demanda estimulando a produção mundialmente. Os artesãos já não conseguiam atender
o crescimento das necessidades que surgiam. A condição do não atendimento criou novas
necessidades, formando então postos de trabalho bem como a criação de um padrão de produtos e
processos produtivos em conjunto com o planejamento e controle de produção com a finalidade de
garantir que o produto final atendesse as demandas e garantindo também que o sistema em si não
falhasse. Várias modificações surgiram com o decorrer do tempo nas linhas de produção e vem
surgindo até hoje, facilitando sempre os processos padronizados e uma divisão de tarefas eficientes
garantindo grandes volumes fabricados e menos custos ao Sistema de Produção.
Palavras-chave: Sistemas de Produção, Produção, Desenvolvimento.

1. Introdução

Sistema é um conjunto de partes inter relacionadas, as quais, quando ligadas, atuam de


acordo com padrões estabelecidos sobre inputs (entradas) e no sentido de produzir outputs (saída).
O padrão de atuação e usualmente realinazado com o objetivo de otimizar fatores particulares ou
características.
Os sistemas tem a facilidade de serem divididos em subsistemas, sendo cada subsistema
relacionado com os outros. Existem vários modos de classificar sistemas. O sistema determinístico
é aquele que é exatamente previsível em suas operações, trabalha de acordo com regras. Um
sistema probabilístico e aquele do qual as atividades somente podem ser previstas em termos de
probabilidade e para o qual as regras de operação não são exatamente determinadas. Um ser
humano é um sistema probabilístico e muito complexo. Um automóvel é previsível, pois é um
sistema determinístico com regras de atividades exatamente descritíveis.
Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos que quando
interrelacionados interagem para o desempenho de uma função. Os sistemas de produção são
exatamente isto, conjunto de elementos pertencentes a produção de um bem ou serviço que
interligados entre si chegam a um resultado final. Também dizem respeito a definição do tipo de
processo utilizado em manufatura de produtos e serviços, com características diferentes de volume e
variedade. Os processos que tem como resultado um produto, são chamados de processos de
conversão, uma vez que mudam a estrutura, formato ou composição inicial da matéria-prima. Já o
que originarão um serviço, processos de transferência, pois há transferência de conhecimento, ou
tecnologia. Existe um modelo genérico para descrever qualquer tipo de sistema de produção, que
consiste em entradas, o processo de transformação em si e a saída. As entradas de um processo são
divididas em dois tipos de recurso: os recursos transformadores e os de transformação. Os recursos
a serem transformados são materiais, informações e consumidores. Os recursos de transformação
são compostos por instalações (prédios, equipamentos, tecnologia) e funcionários (pessoas que
operam as instalações). Os insumos que são recursos a serem transformados diretamente em
produtos, podem ser classificados em três categorias: insansumos externos - aqueles que possuem
caráter de informação e fornecem dados sobre as condições externas ao sistema de produção, tais
como informações sobre: política; legislação; economia; sociedade; tecnologia; insumos de
mercado - também possuem caráter de informação, no entanto, fornecem informações sobre:
concorrência; produtos; desejos dos clientes; insumos primários/recursos primários - são os insumos
que sustentam diretamente a produção e a entrega de bens e serviços, podendo ser públicos ou não,
tais como: Recursos Físicos – Máquinas, Equipamentos, Matérias – primas, Recursos Energéticos e
Recursos Naturais; Recursos Humanos; Recursos Econômicos - Financeiros; As saídas são
basicamente duas: fabricação ou manufatura de produtos, quando se trata de uma saída tangível, que
pode ser estocada e transportada ou geração ou prestação de serviço, quando a saída é intangível,
consumida simultaneamente com a sua produção, onde é indispensável a presença do consumidor e
não pode ser estocada ou transportada.
Existem varias formar de classificar os sistemas de produção; pelo grau de padronização dos
produtos, pelo tipo de operação que sofrem os produtos, pela natureza do produto. A classificação
dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendimento das características inerentes a
cada sistema de produção e sua relação com a complexidade das atividade de planejamento e
controle destes sistemas.
Por grau de padronização dos produtos, produtos padronizados: são aqueles bens ou serviços
que apresentam alto grau de uniformidade, ex: sabonete, biscoito, papel higiênico. Produtos sob
medida são bens ou serviços customizados para um cliente especifico. Ex: alfaiataria, bolos sob
encomenda.
Por tipo de operação podem ser classificados em dois grandes grupos: processos contínuos e
processos discretos, os processos contínuos envolvem a produção de bens ou serviços que não
podem ser identificados individualmente. Ex energia elétrica, petróleo e derivados.Os processos
discretos envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser isolados, em lotes ou unidades.
Ex : produção de computadores de carros e pisos cerâmicos.
Pela natureza do produto os sistemas de produção podem estar voltados para a geração de
bens ou de serviços. Quando o produto fabricado e algo tangível, como uma moto, um eletro
domestico podendo ser tocado e visto, se diz que o sistema de produção é uma manufatura de bens.
Por outro lado quando produto gerado é intangível, podendo apenas ser sentido, como uma consulta
medica, um filme ou transporte de pessoas, se diz que o sistema de produção e um prestador de
serviços.
Um sistema de produção começa a tomar forma no momento da formulação de um objetivo
onde é então eleito o produto a ser produzido e comercializado, fazendo com que a organização
alinhe todos os setores para a realização das operações de produção, sequenciando de forma lógica
cada etapa do processo produtivo, desde a entrada de matéria-prima até a transformação final, ou
seja, até ser adicionado valor nos produtos acabados e qualidade de produto ao final do processo.
Com o crescimento da competição as organizações se obrigam a lançarem no mercado,
produtos novos com métodos que tragam vantagens competitiva, dessa forma surge a Gestão da
Produção com o objetivo simples de controlar os sistemas produtivos de maneira eficaz e
garantindo que a linha não pare de forma inesperada e que o que foi planejado com a alta
administração seja cumprido no decorrer de cada fase do processo. A Gestão da Produção se dá
principalmente por meio das necessidades de materiais da organização para efetivar a fabricação
dos produtos.
O objetivo do MRP (Manufacturing Resources Planning) é ajudar a produzir e comprar
apenas o necessário e apenas no momento necessário (no ultimo momento possível), visando
eliminar estoque, gerando uma serie de encontros marcados entre componentes de um mesmo nível,
para a operações de fabricação ou montagem. Assim, qualquer atraso na produção de um item
fabricado ( por exemplo, por problemas de capacidade produtivas insuficiente), em determinado
ponto da estrutura do produto, ira gerar dois problemas indesejáveis, atraso na produção e na
entrega de produto final, em relação as data planejadas, e concomitante formação de estoque
daqueles componentes que chegaram pontualmente, ou ate mais cedo, ao “encontro”. O que fazer
para eliminar esses atrasos? Há duas saídas possíveis. A primeira e simplesmente garantir que haja
sempre capacidade disponível, ou seja capacidade em excesso, para viabilizar a produção dentro
dos prazos, ou lead time, considerados pelo MRP, o que certamente representa custo adicionais
referentes ao investimento em equipamento ou intalaçoes , alem da ociosidade da mão-de-obra.A
outra alternativa e superestimar os lead time de forma que, mesmo considerando-se possíveis
problemas de falta de capacidade, eles sejam suficiente para garantir o termino da fabricação dos
itens. A conseqüência mais comum ea formação de estoque já que na maioria das vezes os materiais
estarão disponíveis antes do momento necessário .
A inclusão do calculo de necessidade de capacidade nos sistemas MRP fez com que um
novo tipo de sistema fosse criado, um sistema que já não calculava apenas as necessidades de
matérias, mas também as necessidades de outros recursos do processo de manufatura. Com o
intuito de deixar claro que se tratava de uma extensão de conceito de MRP original, já bastante
difundida, e dado ao novo sistema o nome de MRP II, que diferencia-se do primeiro MRP pelo tipo
de decisão de planejamento que orienta, enquanto o MRP engloba também as decisões de o que,
quanto e quando produzir e comprar, o MRP II engloba também as decisões referente a como
produzi , ou seja, com que recursos, na verdade o MRP II e mais do que apenas o MRP com calculo
de capacidade. Ha uma lógica estruturada de planejamento implica no uso de MRP II, que prevê
uma sequencia hierárquica de cálculos, vereficaçoes e decisões, visando chegar a um plano de
produção que seja viável, tanto em termos de disponibilidade de materiais como de capacidade
produtiva. O calculo de necessidade de materiais de baseado numa decisão de produção de produtos
acabados, deve ser feito antes do calculo de capacidade para que determinemos o momento e a
quantidade das ordens de produção. Em caso de problemas(estouro da capacidade, por exemplo),
podemos adicionar capacidade por meio de horas extras, turnos adicionais ou subcontratações,
antecipar ou postergar a liberação de ordens, visando ajustar o plano original do MRP a eventuais
restrições de capacidade. Entretanto, se os problemas de capacidade forem muito grandes,
inviabilizando soluções deste tipo, não haverá outra saída senão reiniciar o processo todo com
alterações na decisão inicial de produção de produtos acabados. Como este processo pode repetir-se
varias vezes, tornando-se moroso e custoso, seria interessante tentar garantir que a decisão inicial de
produção de produtor acabados fosse razoavelmente viável, de forma que eventuais problemas
pudessem ser resolvidos apenas com pequenos ajustes.

2. Procedimentos Metodológicos

Na pesquisa bibliográfica foram consultadas várias literaturas relativas ao assunto em


estudo, artigos publicados na internet e que assim possibilitaram que este trabalho tomasse forma
para ser fundamentado de forma coerente.
A pesquisa bibliográfica é o levantamento bibliografias já publicadas, em forma de livros,
revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador
entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o
cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser
considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica.
Com algumas visitas em empresas que se encontram em processo de implantação de
sistemas de gestão ao seu processo produtivo, visitas essas que esclareceram tambem a importancia
de gerir as necessidades materiais e a integralização dos controles de um Sistema de Produção com
um sistema de MRP, MRP II e ERP, dessa forma foi destacado no presente trabalho os meio de
gestão atraves destes programas que acompanham a evolução da empresa bem como a evolução dos
sistemas de produção que devem corresponder a formas de economia de mão de obra, retrabalho,
adequação de procedimentos padrões.

3. Resultados

Inicialmente, é importante ter em mente a definição de tais sistemas, revelando


sua forma de aplicação, principalmente dentro de ambientes industriais, onde são muito
utilizados, referindo-se a controle de estoque e a todos os setores de um Sistema
Produtivo que compreendem as atividades básicas de engenharia, “chão de fábrica”,
abrangendo os assuntos desenvolvidos sobre Controle de Produção e Sistemas de
Produção na evolução do “Planejamento de Necessidades de Materiais” (MRP), bem como
suas características, vantagens, desvantagens e exemplos, permitindo que, com base na
decisão de produção dos produtos finais, cheguemos ao resultado, determinando o que,
quanto e quando produzir e comprar, componentes e matérias-primas. Já o “Planejamento
de Recursos de Manufatura” (MRP II), enquanto um aprimoramento do MRP, dá atenção não
apenas ao controle de estoque, mas também às necessidades de outros recursos do processo
de manufatura, analisando, também, de maneira específica, a abrangência do sistema,
suas formas de estoques, concentrando no controle dos materiais, e toda a parte de
manufatura dentro do ambiente industrial, até chegarem ao “Planejamento de Recursos
Empresariais” (ERP), cuja função é estender ainda mais a lógica de planejamento do
MRP II, suportando todas as necessidades de informação para a tomada de decisão
gerencial de um empreendimento como um todo nas organizações de forma integrada. O
ERP é um sistema reconhecido como o estágio mais avançado dos sistemas tradicionais
chamados MRP II.
Conforme evoluiu-se, a visão do MRP e do MRP II foi centralizar e integrar
informações de negócio de uma maneira que facilitasse as decisões dos gerentes de linha de
produção e melhorasse a eficiência da linha de produção como um todo.
Em meados dos anos 80, as indústrias desenvolveram sistemas para calcular as
necessidades de recursos de um lote de produção baseado nas previsões de vendas. Para
poder calcular as quantidades de materiais necessárias para fabricar produtos e programar
a compra destes materiais, de acordo com os tempos de máquina e trabalho necessários, os
gerentes de produção perceberam que precisariam utilizar computadores e tecnologia de
software para manusear a informação.
Contudo, porém, com a descoberta da existência de falhas no sistema MRP, surge a
necessidade de melhora de tal sistema, o MRP II, como aprimoramento do MRP, utilizando
as mesmas formas de cálculos, com pequenos esforços adicionais, tornando capazes de
calcular as necessidades de outros recursos e equipamentos, obtendo, então, uma vantagem
na utilização de equipamentos, permitindo ver, com antecedência e com certo grau de
precisão, problemas de falta de capacidade.
Os japoneses desenvolveram uma visão mais abrangente da gestão da produção, percebendo
que os funcionários mais operacionais devem sempre fazer planejamento durante a execução do
trabalho e também os planejadores e gestores devem ter a prática como experiência. Dessa forma
foi possível deixar o detalhamento operacional da produção para os empregados de chão-de-fábrica,
cabendo aos gestores e planejadores planejar em um nível mais alto, indicando o que e quanto deve
ser produzido em termos de produto final. O trabalho tornou-se mais democrático e participativo.
A produção enxuta é o nome dessa nova forma de pensar. Ela veio para mudar o paradigma
de um planejamento totalmente centralizado onde uma de suas principais características é a
existência de trabalhadores multifuncionais e com a autonomia para a tomada de decisões. Ela
busca eliminar desperdícios, dando maior velocidade às atividades da empresa, flexibilidade nas
questões de tomada de decisões. A ideia é tornar o trabalhador polivalente dentro do processo de
produção, não ficando apenas ligado a uma máquina, mas ter autonomia para tomada de decisões.
Esse tipo de produção é desejável nos sistemas modernos, pois envolve mudança na cultura e no
comportamento das pessoas. Ela quebra o princípio de Taylor da divisão entre o trabalho intelectual
e o trabalho braçal.
Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de administração JIT esteja calcado nas
características culturais do povo japonês, mais e mais gerentes tem-se convencido de que esta
filosofia e composta de praticas gerenciais que podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo.
Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just in time;
produção sem estoque, eliminação de desperdícios, manufatura de fluxo continuo, esforço continuo
na resolução de problemas.
O sistema JIT tem como objetivo fundamentais a qualidade e a flexibilidade. A atuação do
sistema JIT no alcance deste objetivo da-se de maneira integrada, ou seja, os objetivos são, também,
pressupostos para a implementação do sistema. Os objetivos de qualidade e flexibilidade, quando
estabelecidos quanto ao processo produtivo, tem um efeito secundário sobre a eficiência , a
velocidade e a confiabilidade do processo.
A perseguição destes objetivos se da, principalmente, por meio de um mecanismo de
redução dos estoques, os quais tendem a camuflar os problemas de processo produtivo.
Tradicionalmente os estoques tem sido utilizados para evitar descontinuidades do processo
produtivo, em face dos diversos problemas de produção que podem ser classificados
principalmente em trás grandes grupos: Problemas de qualidade, Problemas de quebra de maquinas,
Problemas de preparação de maquina. O estoque funciona como um investimento necessário
quando problemas como os citados estão presentes no processo produtivo. O objetivo de filosofia
JIT e reduzir os estoques , de modo que os problemas fiquem visíveis e possam ser eliminados por
meio de esforços concentrados e priorizados.

4. Discussão

Os países industrializados desenvolvem tecnologias adequadas à produção de produtos


para satisfazer às necessidades dos seus mercados, levando em consideração características próprias
de mão-de-obra, matéria prima, economia e legislação. Existe algo novo entre os sistemas de
produção, organização do trabalho e as qualificações. Este deverá ser o centro das reflexões
políticas dos países industrializados preocupados em melhorar a competitividade globalizada. Surge
um sistema de organização do trabalho mais flexível, o que exige uma mão-de-obra mais
qualificada. Os novos sistemas de produção propostos estão mais próximos do artesanal que das
técnicas tradicionais de produção de massa e oferecem competitividade e autonomia maior para as
organizações e trabalhadores. As tentativas de mudanças na organização do trabalho deparam-se
com o fato de as técnicas de produção estarem em grande parte associadas à organização científica
do trabalho. As práticas em matéria de trabalho são aplicáveis à organização e ao contexto que
melhoram a performance individual dos trabalhadores e respondem melhoràs suas aspirações e por
conseqüência o funcionamento da organização. No contexto econômico atual, marcado pela
introdução e generalização de novas tecnologias, a internacionalização do mercado, o rigor da
concorrência internacional e o ajustamento estrutural, dispor de mão-de-obra de alta qualidade
constitui uma vantagem importante para os países e empresas. Partimos da constatação da mudança
nos paradigmas de produção e organização do trabalho – do modelo de produção em massa,
baseado em custo e quantidades, para um modelo baseado na flexibilidade e qualidade, do processo
e do produto – para a reestruturação ampla em função das novas estratégias exigidas pela
competitividade dos mercados, no contexto da globalização da economia. Em conseqüência desta
transformação, a forma de organização do trabalho, marcada por equipes auto-gerenciadas, trabalho
flexível e polivalência, passa pelas políticas de pessoal, com ênfase na gestão de empregos e
salários, mudanças nas relações hierárquicas, requisitos de qualificação, atingindo até a relação
empresa/sociedade nas relações com sindicatos, na interação com as comunidades locais, bem como
no trato do meio ambiente. A adoção de novos sistemas de organização do trabalho adquire um
caráter estratégico, para o alcance dos objetivos almejados por organizações que buscam destaque
em mercados competitivos e que demandam um quadro de trabalhadores com um conjunto de
qualificações diferenciadas para o exercício do trabalho.

5. Conclusão

A rigidez da organização do trabalho, as exigências temporais, as cadências, os ambientes de


trabalho, o intercâmbio dos operários, tudo parece rigorosamente partilhado pelos trabalhadores
ligados à mesma linha de produção, por causa do fracionamento da coletividade operária, o
sofrimento que a organização do trabalho engendra exige respostas defensivas fortemente
personalizadas. Parece não haver mais lugar para as defesas coletivas. É o homem inteiro que é
condicionado ao comportamento produtivo pela organização do trabalho, e fora da fábrica, ele
conserva a mesma pele e a mesma cabeça. Despersonalizado no trabalho, ele permanecerá
despersonalizado em sua casa. No trabalho artesanal que precedia a organização científica do
trabalho e, ainda hoje rege as tarefas muito qualificadas, uma parte da organização do trabalho
provém do próprio operador. A organização temporal do trabalho, a escolha das técnicas
operatórias, os instrumentos e os materiais empregados permitem ao trabalhador, adaptar o trabalho
às suas aspirações e às suas competências, dentro de certos limites. Em um sistema de organização
do trabalho a partir de equipes setorizadas rotativas, o conteúdo da tarefa passa a ser enriquecido,
diminui o sofrimento dos trabalhadores e motiva pela superação das rotinas diárias, melhorando
significativamente a performance.
Neste final de milênio, de maneira crescente, é exigido menor grau de habilidades
manipulativas e maior grau de abstração no desempenho do trabalho na produção. Essas habilidades
cognitivas devem ser criadas ou afloradas, através do pensamento, durante o processo educativo, em
especial durante a educação básica. Dentro dessa lógica, torna-se importante o desenvolvimento de
capacidades de adquirir e processar intelectualmente novas informações, de superar hábitos
tradicionais, resistência à mudanças pela qual a maioria de nós temos aversão, de auto gerenciar-se,
de verbalizar e comunicar-se com a equipe.
6. Referências

BATALHA, M. O. (2008). Introdução à Engenharia de Produção, Ed. Abepro.

CORRÊA, H. L.; CAON, M.; GIANESI, I. G. N. Planejamento, Programação e Controle da Produção


MRPII/ERP: Conceitos, usos e Implantação. Atlas, São Paulo, 5ª Edição, 2007.

MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 2000.

QUELHAS, O. L. G. (2008). Introdução à Engenharia de Produção, Ed. Abepro

RUI, CORNELIUS A. Conceitos Básicos de MRP, MRP II e ERP. Toledo - PR, 2011. Disponível em: <www.
fasul.edu.br/pasta_professor/download=10051>. Acesso em: 10 Nov. 2014.

VAILL, Peter B. O senso de propósito nos sistemas de alto desempenho. in: WARDMAN, Kellie T. Criando
organizações que aprendem. São Paulo, 1996.

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