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Ambiental
Prof. Alexsandro Nunes Colim
Profa. Grace Jenske
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Alexsandro Nunes Colim
Profa. Grace Jenske
C696q
ISBN 978-65-5663-672-6
ISBN Digital 978-65-5663-673-3
1. Química analítica. - Brasil. I. Jenske, Grace. II. Centro
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 540
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Química Analítica
Ambiental. Neste Livro didático, aprenderemos conceitos, definições,
propriedades e exemplos que serão essenciais para a sua formação
profissional. Lembre-se, acadêmico: você é o protagonista da sua história, por
isso, aproveite os conteúdos aqui apresentados da melhor forma possível.
Bons estudos!
Prof. Alexsandro Colin
Profa. Grace Jenske
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 57
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 138
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 197
UNIDADE 1 —
QUÍMICA ANALÍTICA E
MEIO AMBIENTE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1 —
MATRIZES AMBIENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Você já deve ter observado, ao longo dos seus estudos, que nas últimas
décadas há uma crescente preocupação em relação aos impactos que a vida
humana exerce sobre o planeta Terra. Cada vez mais nos deparamos com desastres
ambientais, queimadas, alterações climáticas, novas doenças, problemas de
destinação e tratamento de resíduos e contaminação das matrizes ambientais.
Todas estas questões estão interligadas e fazem parte do exercício profissional do
Engenheiro Ambiental e Sanitarista. Para iniciarmos nossos estudos é necessário
compreendermos as principais características das matrizes ambientais para
posteriormente associarmos como as interações entre as substâncias químicas
alteram os ciclos naturais e são afetados pelas atividades antrópicas.
2 A MATRIZ ÁGUA
A água é uma substância essencial para a manutenção da vida. É um
recurso natural que atua como componente bioquímico dos seres vivos, como um
elemento representativo de valores sociais e culturais e como um fator econômico
na agricultura e na produção de bens de consumo final e intermediário. Em suas
3
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
4
TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
ATENCAO
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TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
DICAS
8
TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
10
TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
E
IMPORTANT
3 A MATRIZ AR
O ar é constituído por uma mistura de diversos gases que compõem a
atmosfera da Terra, principalmente por Nitrogênio (N2), Oxigênio (O2) e Argônio
(Ar). Em menores quantidades, encontram-se gases de efeito estufa como gás
carbônico (CO2), vapor de água, metano, óxido nitroso e ozônio. Também
é possível encontrar micróbios e impurezas. Na Tabela 1 podemos observar a
composição da atmosfera da Terra.
11
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
E
IMPORTANT
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TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
13
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
• IQAr de 0 a 40 – boa.
• IQAr > 40 a 80 – moderada.
• IQAr > 80 a 120 – ruim.
• IQAr >120 a 200 – muito ruim.
• IQAr >200 – péssima.
IQAr = Índice (inicial) + Índice (final) – Índice (inicial) x (Conc. (medida) – Conc.
(inicial))
Conc. (final) – Conc. (inicial)
Onde:
14
TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
4 A MATRIZ SOLO
O solo é uma camada superficial dos continentes, que contém matéria
orgânica e é capaz de sustentar plantas e vegetais sobre si em um ambiente
aberto. Todo solo é resultado de complexas interações entre clima, plantas,
animais, rochas, relevo e cronologia. Segundo o pesquisador Rickleffs (2001)
o solo é um material alterado químico e biologicamente, constituído de uma
mistura de minerais derivados da rocha matriz, minerais modificados no próprio
solo, matéria orgânica produzida pelas plantas, raízes vivas de plantas, ar e água
dentro dos poros, microrganismos, vermes e artrópodes que vivem no solo. Na
Figura 4 podemos observar as camadas de um solo.
Com base nessas condições, a maior parte dos solos forma diferentes
camadas ao longo do tempo, que constituem o perfil do solo. Cada solo pode
ser formado por até seis camadas distintas, onde as configurações de fatores de
15
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
16
TÓPICO 1 — MATRIZES AMBIENTAIS
17
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A água pode ser usada para diversas finalidades como industrial, agrícola,
humana, animal, transporte e geração de energia.
• Existem dois tipos de água como matriz ambiental: a água superficial e a água
subterrânea. A água superficial é aquela encontrada em rios, lagos, mares e
oceanos; enquanto a água subterrânea é aquela encontrada no lençol freático
ou em aquíferos.
• O solo é uma camada superficial dos continentes, que contém matéria orgânica
e é capaz de sustentar plantas e vegetais sobre si em um ambiente aberto.
18
• Como matriz ambiental, o solo é uma matriz complexa devido a sua formação
ser baseada em interações entre clima, plantas, animais, rochas, relevo e
cronologia.
19
AUTOATIVIDADE
I- Águas doces são águas superficiais com salinidade igual ou inferior a 0,5
%;
II- Águas salinas são águas superficiais com salinidade igual ou superior a
30 %;
III- Águas salobras são águas subterrâneas com salinidade superior a 0,5 % e
inferior a 30 %;
20
3 O ar atmosférico é formado por uma série de substâncias gasosas que
contribuem com a garantia de vida na terra. Entre suas funções estão a
de impedir variações bruscas de temperatura e atuar como condensador
no transporte de água dos oceanos aos continentes. De acordo com os
conteúdos estudados sobre a matriz ambiental ar, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2 —
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, você já deve conhecer a seguinte expressão: “Na natureza
nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” do célebre químico francês do
século XVIII Antoine de Lavoisier. Essa expressão, também conhecida como Lei da
Conservação das Massas, quer dizer que as substâncias químicas quando reagem,
não são perdidas. Da mesma forma, essas reações ocorrem constantemente no meio
ambiente e fazem parte muitas vezes do ciclo biogeoquímico de determinados
elementos químicos.
23
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
E
IMPORTANT
Acadêmico, note que o movimento que a água realiza é cíclico, ou seja, ela sai
do meio ambiente, cumpre suas funções e retorna para recomeçar seu ciclo na natureza.
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
FIGURA 7 – CICLO DO OXIGÊNIO
oxigênio
oxigênio
gás carbônico
Dióxido de
carbono
TUROS
ESTUDOS FU
26
TÓPICO 2 — CICLOS BIOGEOQUÍMICOS DOS ELEMENTOS
27
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
28
TÓPICO 2 — CICLOS BIOGEOQUÍMICOS DOS ELEMENTOS
29
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
Um número cada vez maior de algas em um lago, por exemplo, fará reduzir
a quantidade de luz que penetra neste ambiente prejudicando outros organismos
locais. Este processo é denominado eutrofização e pode levar a liberação de gás
sulfídrico, causando problemas de toxicidade e maus odores.
30
TÓPICO 2 — CICLOS BIOGEOQUÍMICOS DOS ELEMENTOS
ATENCAO
Para que ocorra a absorção do nitrogênio pela maioria dos seres vivos,
é necessário que ocorra a quebra dessa ligação covalente, transformando o
nitrogênio em moléculas mais reativas como a amônia (NH3), amônio (NH4) ou
nitrato (NHO3). Entre os organismos capazes de utilizar esse nitrogênio, estão
alguns tipos de bactérias. Podemos dividir o ciclo do nitrogênio em determinadas
etapas: fixação, amonização, nitrificação e desnitrificação. Na Figura 10 temos a
exemplificação da ocorrência dessas etapas presentes no ciclo do nitrogênio.
31
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
nas raízes das plantas que são as responsáveis por realizar esse processo de
transformação. Elas retiram o N2 da atmosfera, transformando-o em amônia ao
fazer o elemento reagir com hidrogênio.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O movimento que a água realiza é cíclico, ou seja, ela sai do meio ambiente,
cumpre suas funções e retorna para recomeçar seu ciclo na natureza.
33
• O fósforo é um componente da molécula de DNA, das moléculas energéticas
de ATP (adenina trifosfatada) e de todos os fosfolipídios de membrana. Para
as plantas, é um nutriente que auxilia no crescimento e é utilizado como
fertilizante em muitos casos.
34
AUTOATIVIDADE
35
a condensação das suas partículas de vapor, formando nuvens que
posteriormente voltam a superfície terrestre na forma de chuva, num
processo chamado precipitação.
d) ( ) O ciclo da água tem como última etapa a evaporação da água em
sua forma líquida para a atmosfera. A água, então em seu estado
gasoso, desce para as camadas mais altas da atmosfera, onde ocorre
a condensação das suas partículas de água, formando nuvens que
posteriormente voltam a superfície terrestre na forma de chuva, num
processo chamado precipitação.
a) ( ) V – V – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
36
UNIDADE 1 TÓPICO 3 —
POLUIÇÃO AMBIENTAL
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, cada vez mais é evidente que existe interferência da ação
antrópica nas mudanças climáticas e ambientais. A ação humana na natureza se
dá por várias formas e tem inúmeras consequências locais, regionais e globais,
afetando o equilíbrio entre os ecossistemas e colocando em risco a qualidade de
vida no planeta Terra.
37
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
38
TÓPICO 3 — POLUIÇÃO AMBIENTAL
Por definição, são compostos químicos que, atualmente, não são incluídos
em programas de monitoramento e que podem se tornar candidatos para
legislações futuras dependendo de pesquisas sobre seus efeitos sobre a saúde.
Caro acadêmico, as principais fontes de poluentes emergentes provenientes
da ação antrópica englobam produtos de limpeza e higiene pessoal, fármacos
de diversas classes, hormônios naturais e seus subprodutos, além de diversas
substâncias aplicadas na produção de plásticos e resinas.
Estes compostos serão candidatos a uma futura regulamentação
dependendo dos recentes estudos de ecotoxicidade, efeitos à saúde humana,
potencial de bioacumulação, transporte e destino nos diferentes compartimentos
ambientais, além da quantidade em que são lançados e, portanto, da concentração
no ambiente (MONTAGNER; VIDALA; ACAYABAB, 2017).
E
IMPORTANT
3 CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS
A poluição dos corpos hídricos é o lançamento e a acumulação nas
águas dos mares, dos rios, dos lagos e demais corpos d’água, superficiais
ou subterrâneos, de substâncias químicas, físicas ou biológicas que afetem
diretamente as características naturais das águas e a vida ou que venham a lhes
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
40
TÓPICO 3 — POLUIÇÃO AMBIENTAL
ATENCAO
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
DICAS
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
4 CONTAMINAÇÃO DO AR
A poluição atmosférica é a acumulação de qualquer substância ou forma
de energia no ar, em concentrações suficientes para produzir efeitos mensuráveis
no homem, nos animais, nas plantas ou em qualquer equipamento ou material,
em forma de particulados, gases, gotículas ou qualquer de suas combinações. O
ar poluído pode trazer sérios problemas à saúde humana e de outros seres vivos,
além de impactar o equilíbrio do clima global, ocasionando uma série de outros
problemas ambientais. Os poluentes atmosféricos podem ser divididos em dois
grupos:
DICAS
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
5 CONTAMINAÇÃO DE SOLOS
A poluição do solo refere-se à contaminação do solo por qualquer um
dos inúmeros poluentes derivados da agricultura, da mineração, das atividades
urbanas e industriais, dos dejetos animais, do uso de herbicidas ou dos processos de
erosão. De forma geral, podemos dizer que as principais causas da contaminação
de solos são: compostos orgânicos derivados do petróleo, detergentes, lâmpadas
fluorescentes, componentes eletrônicos, tintas, metais pesados, condicionamento
inadequado do lixo doméstico, esgoto e resíduos sólidos industriais que degradam
a superfície e chuva ácida. Na Figura 15, podemos ver os resíduos de garrafas de
plástico da ilha de Thilafushi, nas Maldivas.
46
TÓPICO 3 — POLUIÇÃO AMBIENTAL
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UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
48
TÓPICO 3 — POLUIÇÃO AMBIENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
1) Introdução
49
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
físicos, a necessidade de dar maior atenção crítica a aspectos das relações sociais
e de poder, combinados ao conhecimento das ciências físicas e biológicas, com
o propósito de transformação social e ambiental – abordagem que tem sido
denominada de Geografia Física Crítica (LAVE et al., 2018; 2019). Esta perspectiva
não é recente, como pode ser observado, por exemplo, em James e Marcus (2006),
ao analisarem o evento Man’s Role in Changing the Face of the Earth Symposium,
realizado em 1955, em que identificam uma série de contribuições para a adoção de
métodos e práticas interdisciplinares por geomorfólogos, para um entendimento
integrado das interações humanas com os sistemas terrestres.
51
UNIDADE 1 — QUÍMICA ANALÍTICA E MEIO AMBIENTE
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
53
• A poluição do solo refere-se à contaminação do solo por qualquer um dos
inúmeros poluentes derivados da agricultura, da mineração, das atividades
urbanas e industriais, dos dejetos animais, do uso de herbicidas ou dos
processos de erosão.
CHAMADA
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AUTOATIVIDADE
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3 A poluição das águas refere-se a inclusão nos corpos hídricos de poluentes
como esgoto, microrganismos, patógenos, resíduos industriais, substâncias
químicas, lixos orgânicos, entre muitas outras substâncias. De acordo com
os conteúdos estudados sobre a poluição das águas, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
56
REFERÊNCIAS
ADUAN, R. E.; VILELA, M. F.; REIS, F. B. Os grandes ciclos biogeoquímicos
do planeta. EMBRAPA (Empresa Brasileira de Agropecuária). Distrito Federal:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2004.
57
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema
brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-SPI, 2006.
Disponível em: https://bit.ly/3gFoVap. Acesso em: 12 ago. 2021.
KUSS, A. V.; KUSS, V. V. Ar, água, solo e energia: temas para discussão em
educação ambiental com propostas de atividades. Pelotas: Editora Cópias Santa
Cruz Ltda, 2014.
SNOEYINK, V. L.; JENKINS, D. Química del água. México: Limusa, 1996. p. 13-36.
58
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
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UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
1 INTRODUÇÃO
No decorrer da evolução da humanidade, a curiosidade sobre o mundo,
bem como a composição dos materiais que o cercavam, movia o homem na tentativa
de compreender a natureza. Historicamente, conforme os registros que temos
acesso, os primeiros vislumbres de compreensão da natureza eram baseados em
percepções organolépticas, ou seja, aquelas que podiam ser facilmente percebidas
através dos sentidos (olfato, visão, paladar e tato).
61
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
62
TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
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UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
ATENCAO
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UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
ATENCAO
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
E
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
FONTE: O autor
ATENCAO
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
FONTE: O autor
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UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
FONTE: O autor
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UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
(na base 10) de sua concentração molar. Essa expressão é definida, em química,
como sendo o potencial hidrogeniônico, pH, de uma solução (MAHAN, MYERS,
1995; COSTA et al., 2005).
Por outro lado, uma solução qualquer, que tenha pH igual a 5,38 deverá
ter a concentração de íons hidrônio igual a 4,17x10-6 mol/L, já que:
75
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
pH + pOH = 14
FONTE: O autor
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
ATENCAO
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TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
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UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
DICAS
5 SOLUÇÃO TAMPÃO
Uma solução tampão é um tipo especial de solução química que possui
a capacidade de resistir a variação da concentração de íons hidrogênio presentes
em solução (pH) ao serem adicionadas pequenas quantidades de ácidos ou bases
fortes ou ainda quando esta solução é diluída.
80
TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
81
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
O princípio de Le Chatelier nos diz que quando se aplica uma força sobre
determinado equilíbrio químico, a sua tendência é se reajustar para minimizar os
efeitos dessa força, procurando voltar à situação de equilíbrio inicial (RUSSEL,
1994; SKOOG, 2001). Este comportamento é exatamente o que ocorre quando
adicionamos, em um equilíbrio iônico, um íon já existente no meio reacional. O
equilíbrio será deslocado no sentido de minimizar (diminuir) a concentração do
íon em questão. Isso sempre acontecerá e é um fenômeno denominado de Efeito
do Íon Comum (RUSSEL, 1994; SKOOG, 2001).
Sabemos que o ácido acético é um ácido fraco, e por isso, possui baixa
ionização (dissociação) no meio aquoso. No entanto, o acetato de sódio (sal) é
um eletrólito forte, o que nos diz que em solução aquosa estará completamente
dissociado. Ao misturarmos estes dois reagentes numa mesma solução, a
dissociação do ácido acético será ainda menor, devido ao efeito do íon comum
(o íon acetato, CH3COO–), já que ele deslocará o equilíbrio da dissociação do
ácido acético no sentido inverso, formando CH3COOH e limitando sua ionização,
conforme preconizado pelo princípio de Le Chatelier.
82
TÓPICO 1 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES ÁCIDO-BASE
ATENCAO
83
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
DICAS
Para ampliar seu conhecimento sobre soluções tampão, faça a leitura do artigo
científico: “O conceito de solução tampão”, em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/
v13a04.pdf
85
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os ácidos e bases fortes (sempre) reagem para formar pares conjugados mais
fracos. Quanto maior a força do ácido e da base, mais fraco será o seu par
ácido base conjugado.
86
• Os indicadores ácido-base são substâncias (naturais ou sintéticas) que
auxiliam na identificação visual do pH das soluções. Não determinam com
exatidão o valor de pH, mas indicam uma faixa de pH através do tingimento
(coloração) das soluções.
87
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F – F – F – V.
b) ( ) V – V – F – F.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) F – V – V – V.
I- CH3COOH e CH3COO –.
II- NH3 e NH4+.
III- H2O e H3O+.
IV- HClO4 e ClO4–
( ) Sabonete.
( ) Tomate.
( ) Água.
( ) Refrigerante.
( ) Bateria de celular.
a) ( ) I – II – II – I – III.
b) ( ) II – II – I – III – I.
c) ( ) III – I – II – I – III.
d) ( ) I – III – I – III – II.
89
90
UNIDADE 2 TÓPICO 2 —
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, nos aprofundaremos nossos estudos sobre o equilíbrio
químico. Até aqui, vimos apenas os equilíbrios que envolvem a transferência de
prótons em água. Agora, vamos direcionar nossa atenção para o equilíbrio que
existe entre um sal (uma substância sólida) e seus íons dissolvidos em uma solução
saturada. Estas reações dão origem aos equilíbrios químicos de precipitação,
também chamado de equilíbrios de solubilidade.
Ao longo deste tópico, você verá que existem equilíbrios químicos que
levam a formação de compostos pouco solúveis em água, ou seja, à formação
de um precipitado. Através da constante de equilíbrio da solubilidade de um
sal podemos prever a sua solubilidade em água e controlar a formação de
precipitado. Essas reações são comumente utilizadas em laboratórios de química
para separar e analisar mistura de sais, são amplamente empregadas na extração
de minerais da água do mar, nas estações de tratamento de esgoto e efluentes.
À nível biológico, essas reações governam a formação e deterioração de ossos e
dentes.
91
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
E
IMPORTANT
Imagine que você está em casa preparando uma xícara de café. Você pega
uma xícara pequena, coloca um pouco de água e logo em seguida coloca um
pouco de café granulado (solúvel), mas se dá conta que a água estava fria. O
que acontece com o café? Não se dissolve totalmente, não é mesmo? Então você
resolve aquecer a água até a fervura e completa sua xícara com água quente.
Pronto, o café se dissolve! Mas por que isso acontece? Por que o aumento da
temperatura favorece a solubilidade das substâncias? Pois ela aumenta o grau
de agitação das moléculas e favorece o choque das moléculas do soluto (café)
com as moléculas do solvente (água) aumentando sua interação. Esse efeito é
semelhante ao que acontece quando mexemos (agitamos) o café com a ajuda de
uma colher, estamos forçando a interação soluto/solvente. Conforme pode ser
observada na Figura 10, a maioria dos sais inorgânicos são afetados pela mudança
de temperatura, geralmente, tem seu grau de solubilidade em água (eixo y da
Figura 10) aumentado com o aumento de temperatura (eixo x da Figura 10).
92
TÓPICO 2 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
Agora, imagine que você vai adoçar o café preparado. Você pode adicionar
uma quantidade infinita de açúcar nessa solução, de modo que todo açúcar
adicionado seja solubilizado? A resposta é não! Isso ocorre porque a água, assim
como outros solventes, tolera (suporta) somente uma determinada quantidade de
massa de soluto, neste caso, o açúcar. A quantidade máxima de uma substância
(soluto) que pode ser dissolvida em certo volume de líquido (solvente), a uma
determinada temperatura, é chamada de coeficiente de solubilidade, CS. Alguns
exemplos de solubilidade de sais em água, expresso em gramas de soluto por
100g de água, são apresentados na tabela a seguir:
ATENCAO
93
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
Compostos Solúveis
1. Todos os compostos de metais alcalinos (Grupo IA) e NH4+ são solúveis.
2. Todos os nitratos (NO3–) e percloratos (ClO4 –) são solúveis, exceto KClO4.
3. Todos os acetatos (CH3COO–) e nitritos (NO2–) são solúveis, exceto
AgCH3COO.
4. Todos os cloretos, brometos e iodetos (Cl–, Br– e I–, respectivamente) são
solúveis, exceto quando combinados com Ag+, Pb+2 e Hg2+2.
5. Todos os fluoretos (F–) são solúveis, exceto quando combinados com metais
alcalinos (Grupo IA) e NH4+, Ag+, Al+3, Sn+2 e Hg2+2.
6. Todos os sulfatos (SO4–2) são solúveis, exceto quando combinados com Pb+2,
Ca+2, Sr+2, Hg2+2 e Ba+2.
Compostos Insolúveis
7. Todos os hidróxidos (OH–) e óxidos (O–2) metálicos e oxalatos são insolúveis,
exceto quando combinados com metais alcalinos (Grupo IA) e Ca+2, Sr+2 e
Ba+2.
8. Todos os fosfatos (PO4–3), carbonatos (CO3–2), sulfitos (SO3–2) e sulfetos (S–2)
são insolúveis, exceto quando combinados com metais alcalinos (Grupo
IA) e NH4+.
FONTE: Adaptada de King (1981)
• Adicione uma colher de sal na água e mexa a solução. Vamos supor que
estamos usando uma colher de sopa e que a cada medida, “colherada”, é pego
0,30g de sal.
• Adicione 9 colheres de sal, sucessivamente uma a uma, mexendo após cada
adição. O que acontece após a primeira adição? O que será que acontece
quando a décima “colherada” de sal é adicionada?
95
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
20°C). Imagine que você preparou uma solução saturada de carbonato de cálcio,
para isso você utilizou 100 g de água (a 20°C) e 2,8×10–3 g de CaCO3. Observe
que a solução preparada possui duas vezes mais massa que a capacidade de
solubilização do carbonato de cálcio, assim, além de estar saturada ela possuirá
sólido não dissolvido no fundo do copo, um corpo de fundo. A reação química
presente nesse sistema pode ser escrita da seguinte forma:
Por exemplo, o iodeto de chumbo (II), PbI2, que possui a seguinte reação
química no equilíbrio dinâmico:
96
TÓPICO 2 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
Valor de Valor de
Sustância Sustância
KPS KPS
Brometo de chumbo Hidróxido de
7,9 x10 –5 8,0 x10 –16
(II), PbBr2 chumbo, Pb(OH)2
Brometo de prata, Hidróxido de
7,7 x10 –13 3,0 x10 –36
AgBr mercurio, Hg(OH)2
Carbonato de cálcio, Iodato de chumbo
8,7 x10 –9 2,6 x10 –13
CaCO3 (II), Pb(IO3)2
Cloreto de chumbo Iodeto de chumbo
1,6 x10 –5 1,4 x10 –8
(II), PbCl2 (II), PbI2
Cloreto de prata, Iodeto de crômio
1,6 x10 –10 5,0 x10 –6
AgCl (III), Cr(IO3)3
Cloreto de mercúrio Oxalato de cobre,
2,6 x10 –18 2,9 x10 –8
(I), Hg2Cl2 CuC2O4
Fluoreto de cálcio, Sulfato de bário,
4,0 x10 –11 1,6 x10 –10
CaF2 BaSO4
Fluoreto de magnésio, Sulfato de chumbo
6,4 x10 –9 1,6 x10 –8
MgF2 (II), PbSO4
Hidróxido de Sulfeto de chumbo
1,0 x10 –33 8,8 x10 –29
alumínio, Al(OH)3 (II), PbS
Hidróxido de cálcio, Sulfeto de cobre (I),
5,5 x10 –6 2,0 x10 –47
Ca(OH)2 Cu2S
Hidróxido de ferro Sulfeto de cobre (II),
1,6 x10 –14 1,3 x10 –36
(II), Fe(OH)2 CuS
97
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
98
TÓPICO 2 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
99
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
Assim, teremos:
ATENCAO
100
TÓPICO 2 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
DICAS
101
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
O produto iônico (PI) é dado pela multiplicação das concentrações dos íons
envolvidos (respeitando a potência do seu coeficiente da equação de equilíbrio).
Assim, temos:
102
TÓPICO 2 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
x 10–15), chumbo (KpsPb(OH) = 8,0 x 10–16) e mercúrio (KpsHg(OH) = 3,0 x 10–36), possuem
2 2
(equilíbrio dinâmico na
solução saturada AgCl):
(dissociação do NaCl):
103
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
DICAS
Para complementar seu estudo sobre metais pesado, faça a leitura dos artigos
científicos:
104
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
105
AUTOATIVIDADE
a) ( ) [Fe+3] · 3 [OH–].
b) ( ) [Fe–]3 . [OH+3].
c) ( ) [Fe+3] / [OH–]3 .
d) ( ) [Fe3+] · [OH–]3.
106
5 Ao misturarmos duas soluções químicas distintas novas substâncias
podem ser formadas a partir do equilíbrio químico dos íons constituintes
das soluções individuais. Em um frasco contendo 0,10 L de uma solução 8,0
X 10-3 mol/L de Pb(NO3)2 foram adicionados 0,4L de uma solução 5,0 x10-3
mol/L de Na2SO4. Qual será o composto insolúvel formado?
107
108
UNIDADE 2 TÓPICO 3 —
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores, estudamos as reações ácido-base e as reações
de precipitação, que têm em comum a transferência de prótons. Neste tópico,
abordaremos dois grupos de reações: as que descrevem o equilíbrio químico de
oxirredução (PARTE I) e as que descrevem o equilíbrio químico de complexação
(PARTE II).
110
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
• Moléculas neutras sempre terão a soma dos NOX de cada elemento igual a
zero.
• Íons poliatômicos sempre terão a soma dos NOX de cada elemento igual a
sua carga.
• Os elementos metálicos possuem baixa eletronegatividade, dessa forma
apresentam grande tendência a doarem seus elétrons de valência, levando
a formação de NOX positivos. Assim, se a molécula ou o íon poliatômico
apresentar:
ο metal alcalino, família IA, sempre terá NOX fixo igual a +1;
ο metal alcalino terroso, família IIA, sempre terá NOX fixo igual a +2;
ο prata, zinco e alumínio, terão (respectivamente) NOX fixo igual a +1 (Ag+),
+2 (Zn+2) e +3 (Al+3);
ο metal da família do boro, família IIIA, sempre terá NOX fixo igual a +3.
• Os elementos da família dos halogênios e calcogênios possuem alta
eletronegatividade, dessa forma apresentam grande tendência a receberem
elétrons, levando a formação de NOX negativos. Assim, se a molécula ou o
íon poliatômico apresentar:
ο halogênio, família VIIA, terá NOX fixo igual a -1;
ο calcogênio, família VIA, exceto os metais dessa família (Po e Uuh), terá
NOX fixo igual a -2.
• O NOX de qualquer outro elemento químico presente na molécula das
substâncias compostas e íons poliatômicos será determinado a partir do
conhecimento da soma do valor do NOX dos outros átomos constituintes,
lembrando que moléculas neutras a soma do NOX = zero e íons poliatômicos
a soma do NOX = carga do íon.
Au Cl3
Au Cl3
–1
X(?) –3 = zero
Au Cl3
–1
+3 –3 = zero
Au Cl3
+3 –1
112
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
ATENCAO
Você deve observar que o número do NOX deve ser multiplicado pelo número
de átomos do elemento em questão! Para então ser calculada a carga final. Lembrando
que: moléculas neutras a soma do NOX = zero e íons poliatômicos a soma do NOX = carga
do íon.
+6 X(?) – 24 = zero
Al2 (S) x3 (O4) x3
+3 –2
113
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
+6 + 18 – 24 = zero
Al2 (S) x3 (O4) x3
+3 +6 –2
Esse íon tem carga igual a -1, ou seja, a soma dos NOX do hidrogênio,
com o do carbono e do oxigênio devem ser igual a -1. Para determinar os
valores individuais dos NOX devemos (primeiramente) separar os elementos
formadores da molécula em questão, e analisar o NOX dos elementos presente
nas extremidades da fórmula molecular, para então, por dedução, encontrar o
NOX do elemento central, como mostra a representação a seguir:
+1 X(?) –6 =–1
H C O3
+1 –2
FONTE: O autor
Já o íon prata (Ag+) com NOX igual ao valor da carga do íon, portanto,
NOX= +1, foi transformado em prata metálica (sólido), por isso NOX igual a zero.
O que isso significa? Quimicamente falando, quer dizer que houve o recebimento/
transferência de dois elétrons do sistema para o íon prata, conforme pode ser
observado na meia-reação descrita a seguir:
Dizemos, então, que este íon (o Ag+) sofre redução, ao receber elétrons
do sistema redox.
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
117
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
5 H₂C₂O₄– (aq) + 2 MnO4–(aq) + 6H+ (aq) → 2 Mn+2 (aq) + 8H2O (l) + 10 CO2 (g)
119
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
ATENCAO
120
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
NTE
INTERESSA
NTE
INTERESSA
121
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
E
IMPORTANT
122
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
123
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
124
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
E
IMPORTANT
Quando o valor potencial da célula galvânica (pilha) for maior que zero indica
que a reação química, descrita para aquela pilha, é espontânea!
125
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
Ou
É importante você saber que quando o valor de ΔE° for positivo K também
será positivo, além disso, quanto maior o valor de ΔE° maior será o valor de K.
Dessa forma, quanto maior for o valor de ΔE° (ou K) maior será a tendência de os
reagentes serem transformados nos produtos.
126
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
127
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
Embora a maioria dos complexos seja estável existem alguns fatores que
afetam a estabilidade dos complexos:
Para facilitar sua compreensão sobre esse tema, vamos ver um exemplo de
como aplicar essas informações nos cálculos experimentais? Então, imagine que
você precisa determinar a concentração de [Ag+] em um litro de solução aquosa
de nitrato de prata (AgNO3, 0,1 mol/L) com amônia (NH3, 1,0 mol/L). Sabendo
a reação é descrita por: e possui Kf = 1,7 x 107. Como
resolvemos? O complexo exige 1 átomo de Ag e 2 moléculas de NH3. Assim, a
+
cada 0,1 mol de Ag+ será consumido 0,2 mol de NH3. Como iniciamos com 1,0 mol
de NH3, após atingir o equilíbrio, temos restante 0,8 mol (1,0 – 0,2 = 0,8 mol) de
NH3 livre.
no INÍCIO
No EQUILÍBRIO
129
UNIDADE 2 — QUÍMICA DAS SOLUÇÕES AQUOSAS
130
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
pH αy 4–
pH αy4–
pH αy4–
Para facilitar sua compreensão sobre esse tema, vamos ver um exemplo
de como aplicar essas informações nos cálculos experimentais? Então, imagine
que você precisa determinar a concentração de cálcio (Ca+2) livre em uma solução
0,10 mol/L de CaY2– mantida em pH 10,0, sabendo que a constante de formação
do CaY2– é igual a 4,46x1010.
no INÍCIO
No EQUILÍBRIO
132
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Fernanda Couzemenco
• Cádmio e arsênio
• Passivo ambiental
134
TÓPICO 3 — EQUILÍBRIO QUÍMICO DE REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E COMPLEXAÇÃO
FONTE: <https://www.seculodiario.com.br/meio-ambiente/rejeitos-formaram-crostas-no-leito-
-do-rio-doce-perpetuando-a-contaminacao>. Acesso em: 17 ago. 2021.
135
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
136
• Quando interligamos dois eletrodos da pilha cria-se uma tensão elétrica
chamada diferença de potencial, DDP, ela nos informa a diferença da energia
potencial elétrica entre os dois polos da pilha, é expressa em volts.
• Quando o valor potencial da célula galvânica (pilha) for maior que zero indica
que a reação química, descrita para aquela pilha, é espontânea!
• Quando o ligante possui apenas um par de elétrons para ser doado ao metal
é chamado de monodentado, se tiver dois pares bidentado, três tridentado e
assim por diante. Quando o ligante forma uma estrutura fechada com o cátion
central (um anel), o ligante é chamado de quelante e o complexo de quelato.
CHAMADA
137
AUTOATIVIDADE
I- Substância simples.
II- Íon monoatômico.
III- Substância composta.
IV- Íon poliatômico.
( ) NO3 –
( ) Cl –
( ) Gás oxigênio
( ) HClO4
( ) Água
a) ( ) II – IV – IV – I – III.
b) ( ) IV – II – I – III – III.
c) ( ) III – I – I – IV – II.
d) ( ) IV – II – I – III – I.
138
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F – F – V – V – F.
b) ( ) F – V – F – V – F.
c) ( ) V – F – V – F – V.
d) ( ) V – V – F – V – V.
a) ( ) F – V – V – F – F.
b) ( ) F – V – V – V – F.
c) ( ) V – F – V – F – V.
d) ( ) V – F – F – V – V.
e) ( ) V – V – V – F – V.
139
REFERÊNCIAS
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o
meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
140
RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
141
142
UNIDADE 3 —
ANÁLISES AMBIENTAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
143
144
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, em algum momento, você já deve ter refletido acerca de
como certos materiais, alimentos ou produtos são compostos. Por exemplo: ao
olharmos para um copo de água, sabemos que essa água é formada por moléculas
de hidrogênio e oxigênio. Em momentos anteriores, aprendemos que existe uma
série de outros elementos químicos na água encontrada dentro do meio ambiente.
Da mesma forma, sabemos que alimentos, produtos e materiais possuem uma
série de compostos químicos na sua estrutura molecular.
Para descobrirmos o que de fato compõe cada “coisa” que existe em nosso
universo, empregamos o uso de técnicas analíticas. As técnicas analíticas são o
que nos permitem identificar ou quantificar a composição da matéria de modo
a caracterizar completamente uma amostra. Essas técnicas são amplamente
utilizadas na indústria para efeitos de controle de qualidade, desenvolvimento
de novos produtos e impactos ambientais.
2 TÉCNICAS ANALÍTICAS
Acadêmico, já vimos que a química analítica é um ramo da química que
envolve a separação, a identificação e a determinação dos componentes presentes
em uma amostra. Desta forma, a análise química consiste em técnicas analíticas
que permitem realizar a caracterização de uma determinada amostra. Quando
nos referimos especificamente à área da Química Analítica Ambiental, as técnicas
analíticas nos auxiliam a estudar, monitorar, avaliar e elaborar projetos que visam
gerenciar e mitigar eventuais impactos ambientais.
145
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
146
TÓPICO 1 — TÉCNICAS ANALÍTICAS E SEUS MÉTODOS
FONTE: Os autores
147
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
ATENCAO
• ausência ou presença;
• detectado ou não detectado.
ATENCAO
FONTE: Os autores
150
TÓPICO 1 — TÉCNICAS ANALÍTICAS E SEUS MÉTODOS
E
IMPORTANT
ATENCAO
151
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
E
IMPORTANT
152
TÓPICO 1 — TÉCNICAS ANALÍTICAS E SEUS MÉTODOS
E
IMPORTANT
153
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
154
TÓPICO 1 — TÉCNICAS ANALÍTICAS E SEUS MÉTODOS
FONTE: Os autores
155
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
• o analito a analisar;
• quantidade de amostra disponível;
• concentração do analito;
• exatidão e precisão do método;
• seletividade;
• propriedades físicas e químicas da amostra;
• número de amostras a analisar;
• facilidade, rapidez e custo da análise;
156
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
157
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
159
160
UNIDADE 3 TÓPICO 2 —
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, atualmente as análises ambientais encontram-se
compreendidas em um cenário de novos compostos e serviços, sendo necessários
para atendimento de exigências regulamentares e técnicas, onde há uma
necessidade de otimização de recursos. As rotinas laboratoriais são complexas
e a excelência técnica é um requisito essencial para a qualidade dos resultados
obtidos.
161
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
162
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS E CONTROLE DE QUALIDADE DOS RESULTADOS
163
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
Um método deve ser validado quando pelo menos uma das seguintes
condições for atendida:
A validação deve ser tão abrangente quanto for necessária para atender às
necessidades de uma determinada aplicação ou campo de aplicação (INMETRO,
p. 12, 2017). Tais condições para reproduzir um método normalizado baseiam-
se nos seguintes parâmetros de desempenho: linearidade, exatidão, precisão,
especificidade, seletividade, limite de detecção e limite de quantificação.
164
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS E CONTROLE DE QUALIDADE DOS RESULTADOS
3.1 LINEARIDADE
Linearidade de um procedimento analítico é a sua habilidade, dentro de
uma faixa analítica especificada, em obter resultados os quais são diretamente
proporcionais à concentração do analito na amostra. A linearidade de um método
pode ser observada pelo gráfico dos ensaios em função da concentração do analito
ou então calculada a partir da equação da regressão linear, determinada pelo
método dos mínimos quadrados. Na prática, para traçar a curva de calibração
são necessários definir, no mínimo, cinco pontos, não incluindo o ponto zero da
curva, para que não existam eventuais erros associados. A equação da reta que
relaciona as duas variáveis é dada por:
y = a.x + b
Onde:
165
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
166
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS E CONTROLE DE QUALIDADE DOS RESULTADOS
167
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
E
IMPORTANT
168
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os resultados podem ser afetados tanto pela qualidade analítica dos ensaios,
quanto pela competência e conforto dos funcionários envolvidos no processo.
169
AUTOATIVIDADE
170
( ) Linearidade é capacidade de um método analítico obter resultados que
são diretamente proporcionais à concentração do analito na amostra.
( ) Limite de detecção refere-se a menor quantidade de analito na amostra
que pode ser detectada, mas não necessariamente quantificada sob as
condições estabelecidas para o ensaio.
( ) Limite de quantificação refere-se a menor quantidade do analito na
amostra que pode ser qualitativamente determinada com precisão e
exatidão aceitáveis.
a) ( ) V – V – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
171
172
UNIDADE 3 TÓPICO 3 —
1 INTRODUÇÃO
As análises ambientais são ferramentas essenciais dentro dos processos
de gestão ambiental. Por meio de métodos analíticos, são obtidos resultados
que dão suporte para conhecermos a realidade, para tomadas de decisão e para
planejamento estratégico de empresas, instituições e órgãos governamentais.
173
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
DICAS
Note que ter um instrumento preciso, que faça leituras de temperatura como
20,01 °C, não implica em que ele seja mais exato que aquele que mede 19 °C. Mesmo sem
números decimais, este pode ser mais preciso que aquele. Em palavras, é necessário que o
instrumento seja coerente com o experimento que se realiza.
174
TÓPICO 3 — INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS E ERROS EM QUÍMICA ANALÍTICA
175
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
E
IMPORTANT
FONTE: Os autores
176
TÓPICO 3 — INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS E ERROS EM QUÍMICA ANALÍTICA
ATENCAO
E
IMPORTANT
A ocorrência dos erros grosseiros não pode ser detectada por ensaios dos
materiais de controle.
177
UNIDADE 3 — ANÁLISES AMBIENTAIS
4 INCERTEZA DE RESULTADOS
A incerteza de medição caracteriza a faixa de valores dentro da qual o valor
real deve se situar, com um nível de confiança especificado. Cada medida possui
uma incerteza a ela associada, resultante de erros originados dos vários estágios
de amostragem e análise, e do conhecimento imperfeito de fatores afetando o
resultado. Para que as medidas sejam de valor prático, é necessário ter algum
conhecimento de sua confiabilidade ou incerteza. Uma declaração da incerteza
associada a um resultado transmite ao cliente a “qualidade” do resultado. A
incerteza de medição de um laboratório pode ser solicitada em circunstâncias
especificas, por exemplo, quando ela for relevante para interpretação do resultado
do ensaio (o que é muitas vezes o caso).
178
TÓPICO 3 — INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS E ERROS EM QUÍMICA ANALÍTICA
E
IMPORTANT
Acadêmico, de maneira geral, o valor da incerteza não pode ser usado para
corrigir o resultado de uma medição.
179
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
180
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – V – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
181
3 Em uma análise química, é necessário ter muita atenção em cada passo
que será realizado para minimizar as fontes de erros que comprometam a
qualidade e confiabilidade dos resultados experimentais obtidos. Sobre as
causas dos erros analíticos, assinale a alternativa CORRETA:
182
UNIDADE 3 TÓPICO 4 —
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, estudamos nos tópicos anteriores os aspectos gerais das
análises químicas que garantem a confiabilidade dos resultados obtidos. A partir
de agora, veremos a relação dos conteúdos estudados anteriormente com os seus
aspectos ambientais. O controle e o monitoramento ambiental requerem o uso de
procedimentos que possam abranger o maior número possível de amostras, a um
baixo custo, para se ter o maior conhecimento possível da realidade do local foco
do estudo.
183
2 ANÁLISES DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS
A qualidade das águas subterrâneas e superficiais dependem de processos
físicos, químicos e biológicos que determinam a variedade e concentração de
substâncias presentes na água. A atividade humana, através da carga poluidora
doméstica e industrial de origem rural e urbana, também influencia na qualidade
das águas.
E
IMPORTANT
185
e instrumentos diferentes. Os equipamentos mais utilizados nos laboratórios
ambientais são os cromatógrafos gasosos acoplados à espectrometria de massas.
Na Figura 12, tem-se um cromatógrafo gasoso.
Por fim, os analitos são separados em coluna capilar de sílica fundida (fase
estacionária), utilizando-se um gás de arraste, como o hélio, como a fase móvel.
Em seguida, são detectados e quantificados por um espectrômetro de massas que
mede a razão m/z, comparando os tempos de retenção e intensidades medidos
com os valores da curva de calibração, sob as mesmas condições de medida.
Os resultados aparecem no equipamento através de cromatogramas, conforme
mostrado na Figura 13.
186
FIGURA 13 – CROMATOGRAMA
187
FIGURA 14 – ESPECTROMETRO DE EMISSÃO ÓTICA COM PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLA-
DO EM FUNCIONAMENTO
DICAS
3 ANÁLISES DE AR
As análises do ar seguem procedimentos técnicos específicos que têm
como objetivo a determinação da qualidade do ar. A análise ar é obrigatória para
todos os ambientes de uso público e coletivo compostos de equipamentos de
climatização. Também é realizada em centros urbanos para monitoramento da
poluição atmosférica. Um grupo de compostos em específico analisado no ar são
os compostos orgânicos voláteis. Estudaremos sua determinação experimental
no item a seguir.
188
3.1 DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS
VOLÁTEIS
O uso da cromatografia gasosa para separação, seguida da espectrometria
de massas para a quantificação, permite a análise de um grande número de
compostos que possuam ponto de ebulição compreendido entre -23,7 °C e 240 °C
e pressão de vapor entre 380 mmHg e 0,22 mmHg, os quais são conhecidos como
VOCs (volatile organic compounds). São considerados compostos orgânicos voláteis
os aldeídos e cetonas, ésteres e éteres, benzeno, tolueno, etilbenzeno, acetona,
diclorometano, xilenos, entre muitos outros. Esses compostos são os principais
poluentes do ar atmosférico.
E
IMPORTANT
189
4.1 PREPARO DE SOLOS PARA ANÁLISE POR DIGESTÃO
ÁCIDA
O procedimento de preparo de amostras de solos e outras matrizes
similares por digestão ácida pode ser utilizado para a análise de metais por
espectrometria de absorção atômica em chama, espectrometria de emissão ótica
com plasma indutivamente acoplado e espectrometria de absorção atômica com
forno de grafite e plasma indutivamente acoplado – espectrometria de massas.
Para a digestão da amostra, deve-se pesar de 1 g a 2 g de amostra em um béquer
e digerir em chapa de aquecimento com adições repetidas de ácido nítrico. Para
análises por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite ou plasma
indutivamente acoplado – espectrometria de massas, a mistura digerida resultante
tem seu volume reduzido por aquecimento e diluído com água ultrapura para
um volume final de 100 ml.
191
LEITURA COMPLEMENTAR
FIGURA – KOBALT
192
No entanto, ao optar pelo uso de um Material de Referência Certificado
para análises minerais, em especial análises químicas ou metalúrgicas, há de se
observar algumas peculiaridades que são próprias deste tipo de material. A mais
importante delas é que o dito material de referência deve ter características que
vão além da “quantidade da substância presente” e deve considerar, de fato, a
quantidade de uma espécie química (ou mineral) em uma determinada matriz.
193
para garantir que se tenha MRC de qualidade sendo adequadamente produzidos
e certificados, afiançando que as conclusões de validação obtidas por meio dele
são as mais competentes possíveis.
194
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
195
• A norma NBR 10.005, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
(2004a), descreve os procedimentos para o preparo e a extração de analitos em
amostras de resíduos sólidos por lixiviação.
CHAMADA
196
AUTOATIVIDADE
197
( ) A determinação de metais pode ser realizada através da absorção atômica
com forno de grafite.
a) ( ) V – V – V.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
198
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR ISO/IEC 17.025: Requisitos gerais para a competência de laborató-
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