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Após essa etapa, o projeto é dividido em duas fases que irão traduzir as exigências do
processo (as cargas das fases vapor e líquida em cada seção da coluna).
REDUC – RJ
https://www.andradegutierrez.com.br/Projetos/Reduc.aspx
5
Projeto de Colunas de Destilação
1 Introdução
A primeira fase tem um grande impacto sobre os custos de coluna, mas uma
influência relativamente pequena na operação livre de problemas.
Estes papéis são invertidos na segunda fase. Nesta etapa é realizado o projeto
detalhado do equipamento, condicionando o projeto a evitar ao máximo:
• Inundações;
• Arraste;
• Gotejamento; [Projeto detalhado de
• Queda de pressão; coluna com o fabricante]
• Altura livre de líquido;
• Regimes de fluxo.
6
Projeto de Colunas de Destilação
1 Introdução
A determinação do diâmetro da coluna depende do tipo de coluna que se
deseja projetar:
Dispositivos de Contato Líquido - Vapor
Coluna de Pratos (a)
7
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Cada prato da coluna corresponde ao que chamamos de “estágio real” nos capítulos
anteriores.
O número de estágios reais é calculado a partir do número de estágios teóricos
através da aplicação do conceito de eficiência de estágio (ℰ) (eficiência de prato ou
eficiência da bandeja):
𝑁𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜𝑠
𝑁𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 =
ℰ
Os pratos da coluna podem ser de três tipos:
Pratos com Borbulhadores
Pratos Perfurados
Pratos Valvulados
8
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
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Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
10
https://www.youtube.com/watch?v=00sQks-5Rn8
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
12
https://www.youtube.com/watch?v=I70jgRpf80o
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
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Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Coluna de pratos com Borbulhadores
https://www.youtube.com/watch?v=6_3HxK9ruOM 15
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Perfurados
16
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Perfurados
- Concepção simples
- Constituídos por orifícios circulares
- Diâmetros de 3 a 12 mm
- Área dos furos cerca de 5 a 15% da área total
- O gotejamento da fase líquida para o prato inferior é evitado desde que se assegure
uma velocidade ascendente do vapor igual à velocidade do vapor de projeto
- Nível de líquido garantido pelo vertedor
- Devido ao seu baixo custo, os pratos perfurados costumavam ser a primeira escolha,
mas esta tendência está invertida em favor dos pratos valvulados, que são mais
flexíveis pois operam em uma vasta faixa de vazões de vapor com custo apenas cerca
de 20% superior. 17
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Perfurados
19
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Perfurados
https://www.youtube.com/watch?v=OZIe__HB7Y0 20
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Valvulados
Isso assegura, quando a vazão do vapor é baixa, que não haja gotejamento da fase
líquida.
21
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Valvulados
22
Fonte: Sebrão (2013)
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Valvulados
Os pratos valvulados apresentam uma série de vantagens em relação aos pratos
perfurados, como:
24
Fonte: Sebrão (2013)
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
25
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Pratos Valvulados
https://www.youtube.com/watch?v=BdsM3bboeFM 26
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
27
Fonte: Sebrão (2013)
Projeto de Colunas de Destilação
1 Colunas de Pratos
Deve haver um tempo de residência suficiente para assegurar uma boa mistura e
eficiente transferência de massa.
28
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
• O vapor deve somente circular pelos furos ou regiões abertas dos pratos.
• O líquido deve circular prato a prato somente através dos downcomers.
• O líquido não deve gotejar ou ser arrastado pelo vapor.
• O vapor não deve borbulhar e nem ser transportado pelo líquido que deixa o
prato pelo downcomer.
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Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
Para uma razão 𝐿/𝑉 conhecida, o ponto ótimo de funcionamento deve ser
determinado dentro do domínio de operabilidade.
Esse domínio é limitado pelas vazões de líquido e vapor que podem dar a
possibilidade de ocorrência de problemas de funcionamento e colocar em risco o
funcionamento da coluna.
30
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
O domínio de operabilidade é delimitado pelos seguintes efeitos:
Gotejamento: a velocidade do vapor é tão baixa que o líquido consegue gotejar através dos
orifícios, diminuindo significativamente a eficiência. Pode ocorrer gotejamento severo para vazões das
fases vapor e líquida muito baixas. Impressão de que o líquido escoa direto pelos orifícios do prato.
Coalescência de bolhas: a vazão da fase líquida é tão baixa que pode provocar a coalescência das
bolhas de vapor. A área de transferência de massa é muito reduzida, diminuindo a eficiência do prato.
Arraste de gotículas: o vapor arrasta para o prato superior um excesso de gotículas de líquido,
devido à alta velocidade da fase vapor e vazão da fase líquida relativamente baixa.
Inundação Tipo 1 (flooding): a espuma instável atinge o estágio superior, com isso os estágios se
confundem, o que leva a um acúmulo de líquido nos downcomers até não haver mais escoamento de
líquido.
Inundação Tipo 2: as perdas de carga entre pratos é tão grande que o nível de líquido nos
downcomers atinge o prato superior, inundando a coluna. 31
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
Tipos de problemas de funcionamento da coluna:
Inundação Tipo 1 (flooding):
https://www.youtube.com/watch?v=q7u3NkpeatY 32
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
Gotejamento: velocidade do vapor é tão baixa
que o líquido consegue gotejar através dos
V orifícios.
Coalescência de bolhas: vazão da fase líquida
é tão baixa que pode provocar a coalescência
das bolhas de vapor.
Além disso, muitas vezes o dispositivo é acompanhado pelo seu próprio procedimento
(superior aos procedimentos genéricos).
34
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
L 35
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
Método de Fair
Uma estimativa da velocidade de flooding é feita com a seguinte equação:
1ൗ
𝜌𝐿 − 𝜌𝑉 2
𝑓𝑡
𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑 =𝐾 𝑠
𝜌𝑉
𝜎 0,2
𝐾 = 𝐶𝑆𝐵
20
Método de Fair
1ൗ
𝐿 𝜌𝑉 2
Parâmetro de Fluxo (𝐹𝐿𝑉 ): 𝐹𝐿𝑉 =
𝑉 𝜌𝐿
𝐶𝑆𝐵
38
𝐹𝐿𝑉
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos Fator de capacidade para inundação de pratos perfurados.
Fonte: Fair e Matthews (1958)
𝐶𝑆𝐵
39
𝐹𝐿𝑉
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos Fator de capacidade para inundação de pratos valvulados.
Fonte: Fair e Matthews (1958)
𝐶𝑆𝐵
𝐹𝐿𝑉 40
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
𝑢𝑜𝑝 = Φ 𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑
Φ = 0,65 𝑎 0,9
𝑉 𝜋𝐷2
𝑢𝑜𝑝 = 𝐴𝑒𝑓 = (1 − 𝑓).
𝜌𝑉 . 𝐴𝑒𝑓 4
𝑉: vazão mássica da fase vapor no ponto onde está sendo calculado o diâmetro
𝜌𝑉 : Densidade da mistura gasosa
𝐴𝑒𝑓 : área efetiva (perfurada) do prato
𝑓: fração da área transversal ocupada pelos downcomers
Em geral, 𝑓 tem valores entre 0,05 a 0,15 e este valor pode ser ajustado quando o
layout é finalizado. 42
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
1ൗ
4𝑉 2
𝐷=
𝜋 𝜌𝑉 1 − 𝑓 Φ 𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑
43
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
Procedimento resumido:
7) Com o valor da velocidade de vapor operacional, calcula-se a área efetiva dos pratos.
Perceba que o diâmetro vai depender das vazões mássicas das fases líquida e vapor,
das densidades das fases líquida e vapor, e da tensão superficial.
Também pode-se adotar uma estratégia conservadora e adotar o maior dos diâmetros
obtidos no topo e no fundo da coluna, a menos que os dois diâmetros sejam
consideravelmente diferentes.
A coluna também pode ser projetada com diâmetro variado. É comum colunas que tem
um diâmetro por seção. 46
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
𝐷
Topo (D) Carga (F) Fundo (B) iC4
T (ºC) 49 80 191,8 nC4
P (atm) 4,7 5,0 5,3 iC5
𝐹
Vazão (kmol/h) 470,5 876,3 405,8 nC5
C6
𝑅𝑅 = 1,3𝑅𝑅,𝑚í𝑛 = 0,8
47
Projeto de Colunas de Destilação
2
Topo (D) Carga (F) Fundo (B)
Projeto de Colunas de Pratos T (ºC) 49 80 191,8
𝐶𝑆𝐵 = 0,2
Passo 5:
𝜎 0,2
𝐾 = 𝐶𝑆𝐵 𝜎: tensão superficial (dyna/cm)
𝐶𝑆𝐵
20 𝜎 = 153 𝑑𝑦𝑛𝑎/𝑐𝑚
𝐾 = 0,3 𝑓𝑡/𝑠
1ൗ
𝜌𝐿 − 𝜌𝑉 2
𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑 = 𝐾 = 2,06 𝑓𝑡/𝑠
𝜌𝑉
𝐹𝐿𝑉
𝐹𝐿𝑉 = 0,064 𝜌𝑉 = 12,33 𝑘𝑔/𝑚³
𝜌𝐿 = 593,4 kg/m³
49
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas de Pratos
𝑉1 = 58727,4 𝑘𝑔/ℎ 𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑 = 2,06 𝑓𝑡/𝑠 = 0,628 𝑚/𝑠 [CUIDADO COM AS UNIDADES]
𝜌𝑉 = 12,33 𝑘𝑔/𝑚³
𝜌𝐿 = 593,4 𝑘𝑔/𝑚³
Passo 6:
Φ = 0,65 𝑎 0,9 → Tipicamente usa-se o valor de 0,75 para todos os casos (Jones e Mellbon,1982). → Φ = 0,75
Passo 7:
𝑓: fração da área transversal ocupada pelos downcomers
→ 𝑓 = 0,15
Em geral, 𝑓 tem valores entre 0,05 a 0,15 e este valor pode ser ajustado quando o layout é finalizado.
1ൗ
Passo 8: 1ൗ 𝑘𝑔 ℎ 2
4𝑉 2 4.58727,4 .
ℎ 3600 𝑠
𝐷= =
𝑘𝑔 𝑚
𝜋 𝜌𝑉 1 − 𝑓 Φ 𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑 𝜋. 12,33
𝑚3
1 − 0,15 0,75.0,628
𝑠
Passo 9:
𝐷 ≅ 2,0 𝑚 ≅ 6,56 𝑓𝑡 Espaços entre 12 e 16 in são comuns para colunas com diâmetros inferiores a 5 ft.
50
Projeto de Colunas de Destilação
[REPETIR]
2 Projeto de Colunas de Pratos
Passo 4: Espaçamentos de 18 a 24 in são usados quando se deseja maior facilidade para a manutenção e diâmetros
superiores a 5 ft.
𝐶𝑆𝐵 = 0,28
Passo 5:
𝜎 0,2
𝐾 = 𝐶𝑆𝐵 𝜎: tensão superficial (dyna/cm)
20 𝜎 = 153 𝑑𝑦𝑛𝑎/𝑐𝑚
𝐶𝑆𝐵 𝐾 = 0,42 𝑓𝑡/𝑠
1ൗ
𝜌𝐿 − 𝜌𝑉 2
𝑢𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑 = 𝐾 = 2,89 𝑓𝑡/𝑠
𝜌𝑉
Dado que está coluna será projetada com o diâmetro do topo determine sua altura.
Vicosidade da alimentação
𝑁𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜𝑠 (cP) e volatilidade relativa
𝑁𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜𝑠 = 17,3 → 𝑁𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 = = 24,7 ≅ 25 entre os componentes chave
ℰ determinada na média
Método de FUG aritmética das temperaturas
de topo e de fundo.
1ൗ
𝐷 𝐵 2
𝛼 = 𝛼𝑛𝐶4,𝑖𝐶5 𝛼𝑛𝐶4,𝑖𝐶5 ≅ 1,95
𝐻 ≅ 24 .18 𝑖𝑛 = 432 𝑖𝑛 ≅ 11 𝑚 𝜇 = 𝜇𝐹 = 0,9 𝑐𝑃
53
Projeto de Colunas de Destilação
2 Evolução das Colunas de Destilação
Atualmente, todo projeto de coluna passa por um projeto de uma coluna recheada.
54
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Recheios Estruturados
Recheios Aleatórios
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Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
56
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
https://www.youtube.com/watch?v=mJtNrnflY0s
https://www.youtube.com/watch?v=6Zqe-rHf2v0 57
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas Fonte: Sebrão (2013)
Recheio Aleatório:
58
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas Fonte: Sebrão (2013)
Recheio Aleatório:
59
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Fonte: Sebrão (2013)
Recheio Estruturado:
60
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
- Há uma nova geração de recheios aleatórios com formas que aumentam a área
de contato, além de serem acompanhados por dados precisos dos parâmetros
fundamentais para os cálculos de projeto da coluna recheada.
62
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Regras de projeto de colunas recheadas:
3) Para vazões de gás ou vapor de até 15 m³/min, usar recheio aleatório de 1 in. Para
vazões acima de 55 m³/min, usar recheios de 5 in.
4) Colunas com cerca de 1 m de diâmetro devem ter 1,2 m entre o recheio e o topo
da coluna para a circulação de vapor e cerca de 1,8 m na base para a estabilização
do líquido. 63
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Comentários adicionais:
O hold-up depende da vazão da fase líquida e independe da vazão da fase vapor até
o chamado “ponto de carga”, pois qualquer acréscimo na velocidade superficial do
vapor causa o preenchimento rápido dos vazios por líquido.
64
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Comentários adicionais:
Antes do ponto de carga a fase vapor é contínua. Além deste ponto, o líquido
começa a acumular e há uma perda de carga acentuada na fase vapor.
65
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Representação esquemática da variação da queda de pressão (perda de carga) em
uma coluna recheada em contra-corrente, em função da velocidade do gás:
Queda de pressão
Retenção de líquido
Os fluxos mássicos de líquido são representados por L’, sendo L’1 < L’2 < L’3 < L’4. A zona sombreada indica a zona de
carga. 68
Projeto de Colunas de Destilação
3 Colunas Recheadas
Retenção (hold-up) em função do fluxo mássico de vapor para anéis Bialecki metálicos
de 25 mm irrigados.
A vazão da fase líquida deve ser fixada de modo a garantir o máximo de irrigação
do recheio e uma operação estável.
Quando a velocidade do vapor nos pontos de carga não for conhecida, deve-se
estima-la através de correlações, de modo a evitar inundação.
70
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
O diâmetro vai depender das vazões mássicas das fases líquida e vapor, das
densidades das fases líquida e vapor, e da viscosidade da fase líquida.
71
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
Curvas de Inundação geradas a partir da Correlação de Eckert (1963), em função do parâmetro de fluxo e da
perda de carga admitida.
2
𝑉 ′ 𝐹𝑃 𝜇𝐿0.1
𝜌𝑉 𝜌𝐿 − 𝜌𝑉
1Τ
𝐿 𝜌𝑉 2
𝐹𝐿𝑉 - parâmetro de fluxo, 𝐹𝐿𝑉 = (o
𝑉 𝜌𝐿
mesmo utilizado nas colunas de pratos);
𝑉
𝑉 ′ - fluxo mássico de vapor, 𝑉 ′ = 𝐴 ;
𝐹𝑃 - fator de empacotamento (recheio
escolhido);
- Dimensões do recheio 𝐹𝑃 ∆𝑃
𝐹𝑃 [ft²/ft³]
74
Fonte: Sebrão (2013)
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
Para recheios mais recentes com 𝑭𝑷 < 200 m²/m³ ou 61 ft²/ft³, Strigle mostrou que
se obtém melhores previsões com a correlação mostrada na figura a seguir.
75
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
Curvas de Inundação obtidas experimentalmente por Strigle:
𝑉′ ′
𝑉
𝑢𝑉 : velocidade superficial da fase vapor → 𝑢𝑉 = →𝑉 =
𝜌𝑉 𝐴
𝜇𝐿
𝜈: viscosidade cinemática → 𝜈 =
𝜌𝐿
77
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
Verifica-se que nesta figura não temos a curva correspondente à condição de
inundação, a qual permitiria conhecer a queda de pressão que provoca a inundação
na coluna e que corresponderia às vazões máximas que poderiam ser usadas.
∆𝑃 0,7
= 40,912 𝐹𝑃
𝐿 𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑
30 m-1 < Fp < 197 m-1
Para enchimentos com 𝐹𝑃 > 197 m²/m³, os autores recomendam que seja considerada uma queda de
pressão de 1634 Pa/m, que basicamente coincide com a curva tracejada (inundação) da Correlação
de Eckert. 78
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas [RECOMENDADO]
Método de Leva (1992)
(para cálculo de 𝒖𝑽 )
𝑌 = 𝑒𝑥𝑝 −3,7121 − 1,0371 (ln 𝐹𝐿𝑉 ) − 0,1501 (ln 𝐹𝐿𝑉 ) 2 − 0,007544 (ln 𝐹𝐿𝑉 ) 3
2
𝜌𝐻2𝑂 𝜌𝐻2𝑂
𝐹1 = −0,8787 + 2,6776 − 0,6313
𝜌𝐿 𝜌𝐿
𝐹2 = 0,96 𝜇𝐿 0,19
𝑢𝑉2 𝐹𝑃 𝜌𝑉 𝑉′
𝑌= 𝐹1 𝐹2 , 𝑢𝑉 =
32,2 𝜌𝐻2𝑂 𝜌𝑉
1Τ
𝑌 = [𝑎𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙] 𝐿 𝜌𝑉 2
Lembrando que : 𝐹𝐿𝑉 = 𝑉 𝜌𝐿
𝑢𝑉 = [𝑓𝑡/𝑠]
𝜌𝐻2𝑂
𝐹𝑃 = [𝑓𝑡²/𝑓𝑡³] Validade: 𝑌 = [0,1 𝑎 10] = [0,65 𝑎 1,4] 𝜇𝐿 = [0,3 a 20 cP] 79
𝜌𝐿
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
80
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
O procedimento para o cálculo do diâmetro das colunas deve ser realizado através
de correlações semelhantes à de Eckert ou do método de Leva, usando valores
tabelados dos respectivos fatores de empacotamento (𝑭𝑷 ).
É preferível, quando possível, usar curvas específicas para cada tipo de recheio, que
são fornecidas pelos fabricantes com base em ensaios laboratoriais até a escala
piloto e, sobretudo, na experiência adquirida em diversas aplicações industriais com
o referido tipo de recheio.
81
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
1ൗ
𝜌𝑉 2
𝐶𝑓 = 𝑢𝑉
𝜌𝐿 − 𝜌𝑉
𝐹𝐿𝑉 82
Fonte: Sebrão (2013)
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
83
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
• Metodologia HETP
85
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
86
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
A abordagem HETP não conta com uma descrição física rigorosa do mecanismo
de transferência de massa, mas pode ser usada para obter valores indicativos da
altura da coluna com recheio aleatório ou estruturado.
Para recheios estruturados em baixa a moderada pressão com líquidos de baixa viscosidade:
100
𝐻𝐸𝑇𝑃 𝑓𝑡 = 2 3
+ 0,333
𝑎 𝑓𝑡 Τ𝑓𝑡
Para absorção com líquido viscoso: 𝐻𝐸𝑇𝑃 = 5 𝑎 6 [𝑓𝑡]
Para operação em alta pressão (> 200 psia) com recheios estruturados:
100
𝐻𝐸𝑇𝑃 𝑓𝑡 > 2 3
+ 0,333
𝑎 𝑓𝑡 Τ𝑓𝑡
Para colunas de pequeno diâmetro, D<2 ft: 𝐻𝐸𝑇𝑃[𝑓𝑡] = 𝐷[𝑓𝑡], mas não inferior a 1 ft
88
onde 𝐷𝑃 é o diâmetro nominal do recheio aleatório e 𝑎 é a área superficial por unidade de volume do recheio estruturado.
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
Observações:
- Para sistemas aquosos que apresentam valores de tensão superficial maiores (σ~
0,07 N/m), o valor obtido para o HETP deve ser multiplicado por 2.
89
Projeto de Colunas de Destilação
4 Projeto de Colunas Recheadas
Observações:
90
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas Recheadas
𝐷
Topo (D) Carga (F) Fundo (B) iC4
91
Projeto de Colunas de Destilação
2
Topo (D) Carga (F) Fundo (B)
Projeto de Colunas Recheadas T (ºC) 49 80 191,8
𝐹𝑃 [ft²/ft³]
0,064 𝐹𝐿𝑉
93
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas Recheadas
Intalox Saddles Cerámico de diâmetro 1 in
Passo 4:
Correlação de Eckert Método de Leva
𝐹𝑃 [ft²/ft³]
[RECOMENDADO] 94
Projeto de Colunas de Destilação 𝜌𝑉 = 12,33 𝑘𝑔/𝑚³
𝜌𝐿 = 593,4 kg/m³
2 Projeto de Colunas Recheadas
Passo 4: Método de Leva [CUIDADO COM AS UNIDADES]
Método de Leva
𝐹𝐿𝑉 = 0,064
𝑌 = 𝑒𝑥𝑝 −3,7121 − 1,0371 (ln 𝐹𝐿𝑉 ) − 0,1501 (ln 𝐹𝐿𝑉 ) 2 − 0,007544 (ln 𝐹𝐿𝑉 ) 3
𝑌 = 0,19
𝜌𝐻2𝑂 49°𝐶, 4,7 𝑎𝑡𝑚 = 995,6 𝑘𝑔/𝑚³
2
𝜌𝐻2𝑂 𝜌𝐻2𝑂
𝐹1 = −0,8787 + 2,6776 − 0,6313 = 1,84
𝜌𝐿 𝜌𝐿
𝜇𝐿 = 0,3 𝑐𝑃 → 𝐹2 = 0,96 𝜇𝐿 0,19 = 0,76
𝑢𝑉2 𝐹𝑃 𝜌𝑉 2
32,2𝑌 𝜌𝐻2𝑂
𝑌= 𝐹1 𝐹2 → 𝑢𝑉 =
32,2 𝜌𝐻2𝑂 𝐹𝑃 𝐹1 𝐹2 𝜌𝑉
𝒖𝑽 = 𝟏, 𝟗𝟓𝒇𝒕/𝒔 [RECOMENDADO] 95
Projeto de Colunas de Destilação 𝜌𝑉 = 12,33 𝑘𝑔/𝑚³
𝜌𝐿 = 593,4 kg/m³
2 Projeto de Colunas Recheadas
Passo 5: A vazão de vapor de operação será de 60 a 80% da vazão de inundação (faixa de pontos de carga).
𝑓 = 0,7 → 𝑉 ′ 𝑜𝑝 = 𝑓. 𝑉 ′ = 5, 14𝑘𝑔/𝑚²𝑠
Passo 6:
𝑘𝑔
𝑉 𝑉 𝑉 = 58727,4 𝑘𝑔/ℎ 58727,4
𝑉 ′
= →𝐴= ′ ℎ
𝑜𝑝 𝐴= = 3,17 𝑚²
𝐴 𝑉 𝑜𝑝 𝑘𝑔 𝑠
5,14 3600
Passo 7:
𝑚2 𝑠 ℎ
𝜋𝐷2 → 𝐷 = 4𝐴
𝐴= ≅ 2, 0 𝑚 > 𝐷𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜𝑠 ≅ 1,73 𝑚
4 𝜋 96
Projeto de Colunas de Destilação
2 Projeto de Colunas Recheadas
𝐷 ≅ 2,0 𝑚 ≅ 6,6 𝑓𝑡
Dado que está coluna será projetada com o diâmetro do topo determine sua altura.
𝐷𝑝 = 1 𝑖𝑛 → 𝐻𝐸𝑇𝑃[𝑓𝑡] = 1,5[𝑓𝑡]
𝑁𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜𝑠 = 17,3
Método de FUG → 𝐻 ≅ 26 𝑓𝑡 ≅ 7,9 𝑚 < 𝐻𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜𝑠 ≅ 11 𝑚
97
Projeto de Colunas de Destilação
5 Colunas de Pratos x Colunas Recheadas
A seguinte lista deve ser avaliada para se escolher entre colunas de pratos ou colunas
recheadas:
Obs.: a numeração não indica prioridade entre os fatores.
4) Se o diâmetro for inferior a 2 ft, assinale coluna recheada. Se superior a 3 ft, coluna
com pratos. Se estiver entre esses valores, ambas.
5) Se a queda de pressão deve ser baixa, assinale coluna recheada. Se não, ambas.
9) Se o sistema tiver problemas com calores de solução, assinale coluna com pratos.
Se não, ambas.
11) Quando a faixa de temperatura a que o sistema pode ficar exposto é crítica,
assinale coluna recheada. Se não, ambas.
100
Projeto de Colunas de Destilação
5 Colunas de Pratos x Colunas Recheadas
15) Se a limpeza for frequente, assinale coluna com pratos. Se não, ambas.
103