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São Paulo – SP
2020
PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
CURSO PEDAGOGIA – 50 horas
1. INTRODUÇÃO
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A partir da análise do Plano de Ensino da disciplina Escola, Currículo e Cultura,
verificou-se que esse componente curricular permite ao docente refletir com os alunos, a
partir das teorias do currículo, as implicações das escolhas teóricas para um projeto social.
Tomando por base uma perspectiva pós-crítica do currículo, sabemos que ele, o currículo
escolar, constrói nossa identidade, pois os conhecimentos que são escolhidos para serem
ensinados na escola determinam e direcionam a nossa forma de pensar, agir e se relacionam
com as outras pessoas e com o mundo a nossa volta, e como ficamos muitos anos das
nossas vidas dentro da instituição escola, o currículo tem um papel fundamental na nossa
formação enquanto estudante e pessoa.
Portanto, e com base nestes princípios, entendemos que a disicplina citada poderá
contribuir sensivelmente para a formação dos futuros pedagogos, pois são profissionais que
atuarão, principalmente, na educação de crianças e jovens e o conhecimento de bases
teóricas sobre o currículo é fundamental para a formação do pedagogo.
2. TEMA
3. JUSTIFICATIVA
Estudar o tema currículo não é algo simples. A palavra currículo é muito abrangente
e possui diversos significados, dependendo do lugar e da finalidade para qual está sendo
utilizada. Quando utilizamos o termo currículo na escola, apesar de delimitar o espaço,
ainda assim encontramos diferentes possibilidades de interpretação.
Podemos pensar o currículo formal como aquilo que está predefinido em
documentos oficiais, em nível macro, como leis, normas e diretrizes nacionais, livros
didáticos, propostas curriculares, como em nível micro, nas escolas, como planos de ensino
e planos de aula feitos pelos professores. Portanto, o currículo formal está registrado e
fundamentado.
Mas a escola não ensina somente o que está formalmente definido. Há ensinamentos
e aprendizagens que acontecem de forma implícita, nas entrelinhas das relações que se
estabelecem no ambiente escolar. Silva (2003) categoriza essas aprendizagens informais
como currículo oculto. Segundo ele, “o currículo oculto é constituído por todos aqueles
aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito,
contribuem, de forma implícita, para aprendizagens sociais relevantes” (p. 78).
Essas considerações demonstram o quanto é relevante estudar, compreender e
analisar o currículo, pois pensar sobre o currículo escolar implica em compreender o que se
ensina, por que se ensina esse conhecimento, que tipo de pessoa se está formando, para qual
tipo de sociedade essa formação é importante, enfim, pensar o currículo envolve pensar o
que se faz na escola, tanto explicita como implicitamente.
Mas será que os profissionais que estão atuando nas escolas possuem essa
compreensão da importância do currículo? O que professores e/ou gestores pensam sobre
currículo? Como o definem? E, a partir dessas definições, que teorias do currículo podem
estar embasando essas definições que implicarão em ações no dia a dia da vida escolar?
As teorias pós-críticas do currículo nos mostram que o currículo é uma prática
discursiva, é vivo, é dinâmico e se realiza em todos os momentos da vida escolar. Sendo
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assim, se aprende na escola muito mais do que aquilo que está registrado nos documentos
oficiais. É durante a vivência escolar que as pessoas vão constituindo a sua identidade, vão
aprendendo sobre quem são, quais são suas origens culturais, étnicas, raciais e vão
descobrindo os diferentes valores que a nossa sociedade atribui a essa diversidade cultural.
Muitas dessas questões são aprendidas por meio dos conteúdos ensinados, outras ficam nas
entrelinhas, implícitas.
Assim, a realização desse projeto se justifica para que os estudantes de pedagogia
percebam a importância do currículo como fruto de escolhas que fazemos a partir de uma
orientação nacional, por exemplo, a Base Nacional Comum Curricular e os documentos
oficiais, mas que definirão um projeto de sociedade a partir das escolhas que são realizadas
no currículo. Essa consciência poderá contribuir na formação de futuros professores críticos
e com uma visão ampla do currículo numa perspectiva pós-crítica, buscando assim uma
sociedade mais justa e igualitária para todas as pessoas.
Portanto, em termos mais específicos propomos a seguinte atividade para as
Atividades Práticas Supervisionadas (APS) dos alunos matriculados no quinto e sexto
períodos do curso de Pedagogia.
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO
Assim, a compreensão das teorias do currículo implicará nas escolhas que os professores
farão para colocar o currículo formal em ação. Existe um currículo prescrito, que segue
uma proposta do que seria ideal as novas gerações aprenderem, mas os sistemas de ensino,
as escolas e os professores fazem uma seleção desse currículo adaptando-o e o
aproximando de suas realidades.
Todavia, para a realização dessa análise, o professor deverá orientar os alunos sobre o
código de ética da pesquisa educacional no sentido de não expor o professor entrevistado e
nem tão pouco a instituição em que ele trabalha.
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a) JUSTIFICATIVA
É muito comum encontrarmos profissionais da educação que não tem clareza das
explicações teóricas que subsidiam suas ações cotidianas. Isso ocorre, muitas vezes,
pela burocratização do trabalho ou pela acomodação a rotinização da prática. Por
outro lado, é fundamental para esse profissional refletir sobre suas ações, isso o faz
buscar diferentes teorias que possam ajudá-lo no seu crescimento profissional e
resolver problemas da prática diária. Schön, na década de 1980, chamou esse
processo de reflexão na ação. O professor reflexivo examina o seu ensino tanto na
ação como sobre ela, realiza, portanto, a reflexão na ação e sobre a ação. O
professor tem um saber que é aprendido, mas cotidianamente está criando novos
saberes.
O professor ter a clareza de que suas ações são escolhas teóricas, que tudo o que ele
ensina ou deixa de ensinar, tem um por quê que é explicado por uma teoria,
permitirá que sua prática seja consciente e reflexiva.
b) OBJETIVO GERAL
c) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
d) RESULTADOS ESPERADOS
Além dos objetivos registrados, espera-se que o projeto oportunize nosso aluno
aproximar a teoria da prática profissional, percebendo que tudo o que está sendo
estudado na disciplina de Escola, Currículo e Cultura está presente no trabalho lá na
escola e que essas teorias do currículo definem nossas ações nos conhecimentos que
ensinamos, na estrutura física das escolas e na forma como nos relacionamos e
vivenciamos o ambiente escolar. O currículo forma nossa identidade e
subjetividade, quem eu sou, o que penso do outro e como me relaciono com a
sociedade está marcado nas escolhas curriculares das escolas.
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observações feitas durante a entrevista e as contribuições que essa atividade possibilitou à
sua formação.
Este texto deverá contemplar os seguintes itens:
8. AVALIAÇÃO
A comprovação da realização da APS será feita pela postagem do trabalho no
sistema seguindo as orientações contidas no Manual de APS. O professor responsável
atribuirá uma nota de 0 a 10 ao componente curricular APS que será lançada no próprio
sistema quando ele fizer a correção do trabalho (relatório) até a data limite de definida pela
Secretaria Central/Vice-Reitoria.
A finalização das Atividades dar-se-á por visitas técnicas e ao Laboratório de
Pedagogia (Brinquedoteca), atividades em Bibliotecas, trabalhos individuais e em grupos,
Práticas de Ensino e outras compondo o total de horas previsto na matriz curricular em que
o aluno está matriculado que deverão ser registradas na ficha de APS.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, Antônio Flávio. (Org.). Currículo: questões atuais. Campinas: Papirus, 1997.
PACHECO, J, A. Escritos curriculares. São Paulo: Cortez, 2005.
SILVA, Tomaz T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo.
2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.