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ESTUDO

W FUTURES RESEARCH

AS DOENÇAS
DO FUTURO

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

julho 2021
 

W FUTURES RESEARCH

ESTUDO
AS DOENÇAS
DO FUTURO

1 O ESTUDO • páginas 4 a 8

2 A PESQUISA • páginas 9 a 28

3 O FUTURO • páginas 29 a 32

4
CONTEÚDOS

ANÁLISE E
RECOMENDAÇÕES • páginas 33 a 52

03 julho 2021
 

 
 
 
 
1
O ESTUDO

S
aúde, bem estar, qualidade de vida,
longevidade e doenças viraram pautas
essenciais do mundo pós Covid-19. Mais do
que apontar tendências, é preciso rastrear
sinais ainda não manifestados, para criar
ações antecipatórias ao que já vem
acontecendo e ao que pode acontecer no
futuro.
A disciplina que estuda futuros busca
rastrear, analisar, quebrar paradigmas e
trazer dados e análises para a tomada de
decisões para diferentes possibilidades de
futuro.

O objetivo deste estudo é


identificar como doenças
impactarão a vida humana no
planeta nas próximas décadas.
O mundo está mobilizado com uma doença
infecciosa e outras estão em curso. Até
2030, este será um assunto tão prioritário
quanto o caos no clima e impacta todos os
setores. Governos e sociedade vão desejar
estar mais preparados para estes assuntos, e
esta é a Inteligência Estratégica que
podemos oferecer ao mercado para mitigar
riscos e construir futuros preferidos.

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O ESTUDO
Escopo

• Horizonte temporal: 2030 - 2060

• Território: Brasil e Global

• Fontes: artigos e revistas cientí cas,


relatórios de estudos prospectivos
globais, dados do Radar de Tendência da
W Futurismo, centros de estudos de
futuros globais.

• Stakeholders: investidores de áreas


ligadas à saúde, governos, institutos de
pesquisas, hospitais, empresas de
previdência, planos de saúde,
laboratórios e público em geral.

A revelação
do estudo
As doenças com maior incidência no futuro
já são conhecidas.
Fora estas, identificamos doenças
relacionadas à manipulação do genoma
humano, bem como os efeitos do
intenso uso de tecnologias e das atuais
mudanças climáticas.

05 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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1

PODEMOS
PREVENIR OU
AMENIZAR O
IMPACTO DE
DOENÇAS
FUTURAS?

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

06 julho 2021
 
FUTURES
RESEARCH

A W FUTURISMO é especialista em
Pesquisas e Estudos de Futuros no
Brasil.
Estudar o futuro é uma forma
sistemática de ver possíveis
circunstâncias futuras que impactam
a sociedade planetária.
É diferente de projeções
tradicionais, de cenários e
tendências apenas. Analisa
padrões, ciclos de mudança,
mapeia possibilidades que
minimizam os impactos negativos
do futuro, e gera dados para
decisões e ações antecipatórias no
presente.
Nenhum evento de futuro tem
previsibilidade precisa. Estudar
sinais traz a vantagem comprovada
de ampliar o leque de
possibilidades e de descobrir o que
sem o estudo jamais
descobriríamos antecipadamente.
Quando promovemos debates
pragmáticos com dados con áveis
e metodologia, ativamos a
imaginação, nos projetamos para o
futuro e vemos o presente de lá.
Liderar do futuro é a premissa.

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O QUE O
ESTUDO
POSSIBILITA
• Perspectivas valorosas para a
tomada de decisão presente;

• Possibilidade de escolher o
futuro que preferimos e
trabalhar por ele;

• Mitigação de riscos e impactos;

• Uso da ciência cognitiva para


gerar con ança nas escolhas
antecipatórias

TÉCNIC
USAD NESTE
ESTUDO
• Framework de Foresight W
• Cross Impact Analysis
• Environmental Scanning
• Forescasting
• Participatory Methods
• Scenarios

Dados
Fontes globais confiáveis que
permitem a análise de dados e
dão credibilidade ao estudo.

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W FUTURES RESEARCH
2
AS DOENÇAS
DO FUTURO

A PESQUISA

Rosana Paulucci

A Pandemia da Covid-19 emergiu


globalmente em 2020, despertando caos
por todo o mundo, contabilizando um
total de 3,980 milhões mortos até junho
de 2021. Con gura um contexto de
devastação de famílias, comunidades e
de disrupção de economias e políticas
na dinâmica dos países.
Edições anteriores de tendências globais
previram o potencial para novas doenças
e até cenários imaginados com uma
pandemia, mas não se vislumbrava a
imagem completa, a extensão e a
profundidade de seu potencial
disruptivo.
O coronavírus abalou suposições de
longa data sobre resiliência e adaptação,
e gerou novas incertezas sobre
DADOS

economia, governança, geopolítica,


sociedade e sobretudo o uso de
tecnologia.

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A PESQUISA 2
Rosana Paulucci

A
pandemia e as respostas
nacionais correspondentes parecem
estar aprimorando e acelerando várias
tendências que já estavam em andamento
antes do surto. A pandemia da Covid-19 trouxe
um grande relevo às questões globais de
saúde, expôs e, em alguns casos, alargou
ssuras sociais, destacou vastas disparidades
no acesso e infraestrutura de saúde e
interrompeu os esforços para combater outras
doenças. A pandemia também destacou os
pontos fracos na coordenação internacional
sobre crises de saúde e a incompatibilidade
entre as instituições existentes, os níveis de
nanciamento e os desa os de saúde futuros.
1

O relatório do National Intelligence Council


(NIC), órgão do governo dos Estados Unidos,
tem a intenção de ajudar formuladores de
políticas e cidadãos a ver o que pode estar
além do horizonte e a se preparar para uma
série de futuros possíveis. Nesse sentido, o
relatório “Global Trends 2040” identi ca e
descreve algumas perspectivas de futuro, que
serão apontadas a seguir.
Catalisando tendências econômicas.
Lockdowns, quarentenas e o fechamento de
fronteiras internacionais catalisaram algumas
tendências econômicas pré-existentes,
incluindo a diversi cação nas cadeias de
abastecimento globais, aumento da dívida
nacional e maior intervenção governamental
nas economias. No futuro, o caráter da
globalização pode reter algumas das
mudanças desse período de crise, e a dívida,
especialmente para as economias em
desenvolvimento, irá sobrecarregar as
capacidades nacionais por muitos anos.

1. NIC. Global Trends 2040. Washington: NIC, 7th edition, 2021.

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A PESQUISA 2
Reforçando o nacionalismo e a polarização.
Nacionalismo e polarização estão em alta em muitos
países, especialmente o nacionalismo excludente.
Os esforços para conter e gerenciar o vírus
reforçaram as tendências nacionalistas em todo o
mundo, à medida que alguns estados se voltaram
para proteger seus cidadãos e, às vezes, culpam os
grupos marginalizados. A resposta à pandemia
alimentou o partidarismo e a polarização em muitos
países, à medida que grupos discutem sobre a
melhor maneira de responder e procuram bodes
expiatórios para serem culpados pela disseminação
do vírus e pelas respostas lentas.
Aprofundando a desigualdade. O impacto
econômico desproporcional do COVID-19 sobre as
pessoas de baixa renda fez com que cassem ainda
mais para trás. Quando o COVID-19 for nalmente
controlado, muitas famílias provavelmente terão
mais retrocessos, especialmente aquelas que
trabalham nos setores de serviços ou informais ou
que deixaram a força de trabalho para fornecer
cuidados dependentes - predominantemente
mulheres. A pandemia expôs o fosso digital dentro e
entre os países, ao mesmo tempo que estimulou os
esforços para melhorar o acesso à Internet.
Esforçando a governança. A pandemia está
sobrecarregando a capacidade do governo para os
serviços e contribuindo para os já baixos níveis de
con ança nas instituições dos países, que não
lidaram com a resposta de maneira e caz. A
pandemia está exacerbando o ambiente confuso e
polarizado de informações que está minando a
con ança do público nas autoridades de saúde,
especialmente em sociedades abertas. Os regimes
não liberais em alguns países estão usando a
pandemia como pretexto para reprimir mais
severamente a dissidência e restringir as liberdades
cívicas, condições que podem sobreviver à doença.

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A PESQUISA 2

Destacando a cooperação equipamentos para a


internacional fracassada. A produção em massa de
pandemia da Covid-19 suprimentos médicos e
expôs as fraquezas e equipamentos de proteção
clivagens políticas em individual. As redes não-
instituições internacionais, estatais complementarão a
como a Organização ação nacional e
Mundial da Saúde (OMS) e intergovernamental em
as Nações Unidas, e futuras crises de saúde,
questionou a capacidade e incluindo aviso prévio,
vontade dos países de tratamento, facilitação do
cooperar multilateralmente compartilhamento de dados
para enfrentar desa os e desenvolvimento de
comuns além das doenças vacinas.
infecciosas, em particular as
alterações climáticas. A Muitas perguntas ainda
OMS, que enfrentou cam sem respostas. Os
di culdades signi cativas de efeitos imprevistos de
nanciamento e resistência segunda e terceira onda nos
aos regimes de vigilância lembraram de como o futuro
obrigatória, está é incerto - tanto a longo
enfrentando seu choque quanto a curto prazo.
mais grave em quase duas Como pesquisadores e
décadas. A crise, no entanto, analistas, devemos estar
pode levar os atores a fazer sempre vigilantes, fazendo
reformas mais profundas, perguntas melhores,
padronizar a coleta e o desa ando frequentemente
compartilhamento de dados nossas suposições,
e forjar novas parcerias veri cando nossos
público-privadas. preconceitos e procurando
sinais fracos de mudança.
Elevando o papel dos atores Precisamos esperar o
não estatais. Atores não inesperado e aplicar as
estatais, que vão da lições dessa pandemia ao
Fundação Gates a empresas nosso trabalho no futuro.
privadas, têm sido cruciais
para a pesquisa de vacinas
ou a adaptação de

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A PESQUISA 2
Os melhores caminhos estão disponíveis para gerenciar riscos e
aumentar a resiliência. Apesar de alguns exemplos notáveis de
determinação, cooperação e inovação, a maioria dos países ainda
luta com aspectos de gerenciamento de crise durante a pandemia
global. Embora seja cedo para extrair lições de nitivas,
reconhecendo os diversos pontos de partida para cada país; há
lições em cinco domínios: tomada de decisão governamental,
comunicação pública, recursos do sistema de saúde, gestão de
bloqueio e assistência nanceira aos vulneráveis.
2

O World Economic Forum (WEF) ainda oferece oportunidades de


governança para fortalecer a resiliência geral dos países, empresas
e da comunidade internacional:

• Formulação de estruturas analíticas, que tenham uma


visão holística e baseada em sistemas dos impactos de
risco;
• Melhorar as comunicações de risco e combater a
desinformação; e
• Explorar novas formas de parceria público-privada na
preparação para riscos.

D oenças do futuro
O presente estudo de foresight buscou identi car sinais
de possíveis doenças para a próxima década, ainda com
re exos da superação global à pandemia. No entanto,
3

se as lições desta crise apenas informarem os


tomadores de decisão sobre como se preparar melhor
para a próxima pandemia, o mundo voltará a ser o
planejamento para a última crise em vez de antecipar a
próxima.

O estudo permitiu classi car as doenças possíveis para


a próxima década em grupos: doenças associadas ao
meio ambiente; doenças digitais (a partir de uso
intensivo de tecnologia); novas doenças associadas à
manipulação do genoma humano; doenças não
transmissíveis; doenças decorrentes da resistência a
medicamentos; doenças do corpo, da mente e da alma.

2. World Economic Forum - WEF. Global risks 2021. Disponível em: https://
www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2021. Acesso em 20 de abril de 2021. 

3. A relação de doenças não é exaustiva, ainda será tratada por especialistas.

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A PESQUISA 2

DOENÇAS ASSOCIADAS
AO MEIO AMBIENTE
Grupo de DOENÇAS DIGITAIS

doenças do NOVAS DOENÇAS


ASSOCIADAS À
futuro MANIPULAÇÃO DO
GENOMA HUMANO

DOENÇAS NÃO
TRANSMISSÍVEIS (NTD)

DOENÇAS ASSOCIADAS
À RESISTÊNCIA A
MEDICAMENTOS

DOENÇAS DO CORPO,
DA MENTE E DA ALMA

D
oenças associadas
ao meio ambiente
O grupo trata novas doenças decorrentes do
aquecimento global, da destruição do ecossistema,
de água contaminada, contaminação do solo.
O aquecimento global impacta diretamente o
descongelamento dos oceanos. Uma equipe de
exploradores e cientistas, em expedição a bordo de
um veleiro, identi cou quase meio milhão de
espécies diferentes, 200.000 delas totalmente
desconhecidas até agora. O resultado foi a
publicação do mais completo catálogo desses
patógenos feito até hoje.
Se todos os vírus que vivem no oceano se
colocassem em la, poderiam chegar às 60 galáxias
mais próximas da Terra. São a entidade biológica
mais abundante no mar e, também, uma das mais
desconhecidas. Assim, as doenças associadas ao
aquecimento global, principalmente do
descongelamento dos oceanos, são as decorrentes
de contaminação de novos patógenos.

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A PESQUISA 2

Até 90% dos 488.130 vírus encontrados nos oceanos


são um mistério, pois se ignora que tipo de
organismos infectam. A imensa maioria dos outros
10% atacam de preferência os seres unicelulares:
bactérias e arqueas. Menos de 1% de todos esses
patógenos foi cultivado em laboratório para
conhecer suas propriedades. Ainda restam anos, se
não décadas, de trabalho.
O clima continua a ser um risco crescente à medida
que a cooperação global enfraquece. Mudanças
climáticas - às quais ninguém está imune - continua
ser um risco catastró co. Embora os bloqueios em
todo o mundo tenham causado a queda das
emissões globais na primeira metade de 2020, as
evidências alertam que as emissões de carbono
podem se recuperar. A mudança para economias
mais verdes não pode ser adiada até que os
choques da pandemia diminuam, podendo estar
associada a novas pandemias.
A destruição de ecossistemas, dizem cientistas,
podem provocar pandemias desastrosas nos
humanos – por doenças infecciosas do vírus H5N8
4

(gripe aviária). O patógeno é um velho conhecido, e


circula pela Europa desde 2014. Em fevereiro de
2021 a Rússia alertou que o vírus, pela primeira vez,
teria infectado humanos. O vírus também já está na
Espanha e infectou outros animais.
A contaminação da água e do solo, principalmente
decorrentes da grande urbanização e aumento da
necessidade de alimentos, traz impactos,
provocando doenças infecciosas associadas ao uso
intensivo de agrotóxicos e, infelizmente, pela
contaminação relativa ao volume de corpos
enterrados pela Covid-19 em curto período.

4. ANSEDE, Manuel. Doenças infecciosas. Jornal El País, publicado em 22 maio 2021.


Disponível em: https://brasil.elpais.com/ciencia/2021-05-22/dois-especialistas-chineses-
que-identi caram-o-coronavirus-alertam-do-perigo-do-virus-da-gripe-h5n8.html. Acesso
em 26 maio 2021.

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A PESQUISA 2

D
oenças digitais
Essas doenças estão associadas ao uso de
tecnologias. Nesse grupo estão as doenças
relacionadas ao consumo ou implantação de novas
tecnologias pelo ser humano. O maior uso de robôs,
até como brinquedos sexuais, podem causar danos
psicológicos. A implantação de órgãos ou partes no
corpo humano, desenvolvidos por impressora 3D ou
outras tecnologias, poderão causar doenças
relacionadas à rejeição desses implantes. Teremos
ainda a possibilidade de contaminações por
alimentos produzidos em laboratório.

D oenças associadas à
manipulação do genoma humano

Parece mesmo ser alto explicativo que a


5

manipulação do genoma humano, ainda em sua


fase inicial, trará consequências também
indesejáveis, principalmente porque depende
da utilização ética das tecnologias. Em
divulgação recente, experiência de consórcio
internacional sequencia pela primeira vez o
genoma completo do ser humano, incluindo 8%
do DNA que permanecia oculto por falta de
tecnologia. O livro de instruções de uma pessoa
tem 3,055 bilhões de nucleotídeos
Outro aspecto que também tem sido discutido é
interferência humana na manipulação do
genoma ainda em embriões humanos e a
combinação genética entre humanos e
animais.

5. ANSEDE, Manuel. Genoma humano. Jornal El País, publicado em 03 jun. 2021. Disponível
em: https://brasil.elpais.com/ciencia/2021-06-03/consorcio-internacional-sequencia-pela-
primeira-vez-o-genoma-completo-de-um-ser-humano.html?rel=mas. Acesso em 15 jun.
2021.

16 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
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A PESQUISA 2
D oenças Não Transmissíveis
Até 2060, segundo estudo publicado na revista Lancet,
6

estima-se que 48 milhões de pessoas (47% de todas as


mortes no mundo) morrerão com graves sofrimentos
relacionados à saúde, o que representa um aumento de
87% em relação aos 26 milhões de pessoas em 2016. 83%
dessas mortes ocorrerão em países de baixa e média renda.
O sofrimento grave relacionado à saúde aumentará em
todas as regiões, com o maior aumento proporcional nos
países de baixa renda (aumento de 155% entre 2016 e
2060).
7

Aumento de sofrimento grave relacionado à saúde


de 2016 a 2060, por região de renda do Banco Mundial

Em todo o mundo, uma combinação de


envelhecimento da população e um aumento nas
doenças não transmissíveis signi ca que o número total
2

de mortes está projetado para aumentar de 57 milhões


em 2016 para mais de 100 milhões em 2060.
Globalmente, o sofrimento grave relacionado à saúde
aumentará mais rapidamente entre as pessoas com 70
anos ou mais (aumento de 183% entre 2016 e 2060).
Em termos absolutos, será impulsionado por aumentos
nas mortes por câncer (16 milhões de pessoas,
aumento de 109% entre 2016 e 2060). A condição com
o maior aumento proporcional no sofrimento
relacionado à saúde será a demência (6 milhões de
pessoas, aumento de 264% entre 2016 e 2060). 

6. SLEEMAN, Katherine et all. The escalating global burden of serious health-related


suffering: projections to 2060 by world regions, age groups, and health conditions. Article
in The Lancet Global Health, May 2019.

7. As projeções de mortalidade para os anos de 2016–60 foram obtidas, pelo estudo, no


site da OMS. Essas projeções usam as Estimativas Globais de Saúde da OMS, estimativas
globais de mortalidade por causa especí ca de 2000 a 2016, como linha de base.

17 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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A PESQUISA 2

Doenças associadas à
resistência a antibióticos
A cientista Edith Heard, que dirige o Laboratório
Europeu de Biologia Molecular, declara que a ciência
não tem todas as respostas para o crescimento, tão
rápido, da resistência humana a antibióticos. “Não é
8

apenas em hospitais, você pode ver a resistência aos


antibióticos nas bactérias do oceano”. Queremos
entender por que isso acontece.
“Não sabemos, essa é a grande questão. Se
pudéssemos entender o que acontece,
poderíamos evitar isso. Muitas empresas pararam
de desenvolver antibióticos, então, agora
existem poucos fármacos. O próximo assassino
será esse. Em 10 ou 20 anos morreremos de
infecções de bactérias resistentes aos
antibióticos, que não seremos mais capazes de
tratar”.
Nos últimos 100 anos, dobramos nossa expectativa
de vida graças a elementos como os antibióticos e
vacinas. Se não zermos algo, em 20 anos os
antibióticos que existem hoje não serão capazes de
tratar as infecções que teremos. Será nossa próxima
pandemia.  9

Ainda sobre as tendências referentes a essas


doenças, está a contaminação dos oceanos por
antibióticos, estabelecendo resistências para novas
doenças. Ou seja, no caso de novas doenças, os
antibióticos existentes não terão mais efeito curativo.

8. HEARD, Edith. Sobre pandemias emergentes. Entrevista ao Jornal El País, publicado em


14 jun. 2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ciencia/2021-06-14/em-10-ou-20-
anos-estaremos-morrendo-por-infeccoes-de-bacterias-resistentes-aos-antibioticos.html.
Acesso em 15 jun. 2021.

9. MEDIAVILLA, Daniel. Superbactérias: a próxima epidemia. Jornal El País, publicado em


20 ago. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-08-30/superbacterias-
a-proxima-pandemia.html. Acesso em 21 jun. 2021.

18 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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A PESQUISA 2

D
oenças do corpo, da mente e da alma

As doenças do corpo, da mente e da


alma são decorrentes do impacto ou
como cada ser humano se adapta a
novas mudanças. São cíclicas e
impactam o sistema como um todo.
Uma geração de jovens perturbada
está emergindo em uma era de
oportunidades perdidas. Jovens
adultos em todo o mundo estão
enfrentando sua segunda grande crise
global em uma década. Já exposta à
degradação ambiental, às
consequências da crise nanceira, ao
aumento da desigualdade e à
interrupção da transformação
industrial.
O risco de desilusão juvenil está
sendo amplamente negligenciado pela
comunidade global, mas se tornará
uma ameaça crítica para o mundo em
curto prazo. As duras vitórias da
sociedade podem ser destruídas se a
geração atual não tiver caminhos
adequados para oportunidades futuras
- e perder a fé nas instituições
econômicas e políticas de hoje.

19 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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A PESQUISA 2

D esafios para a Medicina


O estudo de foresight traz ainda os desa os
propostos pelo The Medical Future Institute
(TMF Institute) para a medicina, que são:
tecnologias médicas disruptivas; pacientes no
centro dos cuidados da saúde; informações de
saúde digitalizadas; mudança do foco do
tratamento para a prevenção.

TECNOLOGIAS MÉDICAS DISRUPTIVAS


10

Os pro ssionais médicos e os pacientes devem


se preparar para uma revolução tecnológica na
medicina - a única maneira de tornar os
cuidados de saúde e cazes e mais humanísticos.
No entanto, a tecnologia disruptiva já está em
desenvolvimento para muitos problemas na área
de saúde. Centenas de milhares de acessos aos
seus dados genéticos, revelando as condições
médicas a que são suscetíveis.
Dispositivos vestíveis nos permitem medir sinais
vitais e parâmetros de saúde em qualquer lugar,
não apenas no consultório médico. A precisão
dos robôs cirúrgicos permite que os médicos
realizem procedimentos anteriormente
impossíveis.
Exoesqueletos permitem que pessoas
paralisadas voltem a andar, e algoritmos ajudam
a analisar imagens de radiologia. As notícias do
dia a dia fazem-nos sentir como se vivêssemos
na cção cientí ca.

10. TMF Institute. Embrace Disruptive Medical Technologies. Disponível em: https://
tm nstitute.org/grand-challenges/embrace-disruptive-medical-technologies//. Acesso em
20 jun. 2021.

20 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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A PESQUISA 2

PACIENTES NO CENTRO
DOS CUIDADOS DA SAÚDE
11

Os pacientes devem se tornar especialistas em


sua própria saúde, para que possam ser
envolvidos nas decisões dessa saúde, ao mesmo
tempo em que participam da concepção de
cuidados de saúde.
As tecnologias disruptivas estão levando a
enormes mudanças estruturais no sistema de
saúde tradicional. Por milhares de anos, apenas
os médicos foram capazes de adquirir e acessar
dados médicos e tomar decisões médicas. Esta
"torre de mar m" da medicina foi construída
com base no rme conhecimento de que os
médicos sabem melhor o que é bom para o
paciente e não podem se bene ciar da opinião
do paciente.
Os pacientes eram apenas sujeitos de cuidados
de saúde, não parceiros. Hoje, a inovação em
saúde oferece aos pacientes quase as mesmas
oportunidades que os médicos, mas eles ainda
não estão equipados para usá-la com
responsabilidade.
Para o bem de ambos, os médicos devem
aprender a trabalhar com os pacientes e tratá-
los como parceiros iguais, enquanto os
pacientes devem assumir mais responsabilidade
por sua saúde. Este novo equilíbrio levará a uma
maior e cácia e motivação dos pacientes para
um melhor gerenciamento de sua condição.

11. TMF Institute. Put the patients in the center of healthcare.


Disponível em: https://tm nstitute.org/grand-challenges/put-
patients-in-the-center-of-healthcare-2/. Acesso em 20 jun. 2021.

21 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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A PESQUISA 2

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INFORMAÇÕES DE SAÚDE DIGITALIZADAS

Os cuidados de saúde devem passar do papel


para o digital e quanti cável. Sistemas de saúde
atuais são dominados por processos baseados
em papel, que não podem ser medidos e
analisados tão facilmente quanto os digitais. E
mesmo se um sistema médico é digitalizado
hoje, está fragmentado e não pode ser
simplesmente acessado em sistemas,
plataformas e localizações.
Dados genômicos, por exemplo, estão
disponíveis apenas para um punhado de
pessoas. Uma vez que os sistemas de saúde são
integrados, algoritmos inteligentes podem ltrá-
los, procurando padrões nos dados, ajudando-
nos a entender, prevenir e tratar doenças.
A digitalização permitirá amplo acesso a
melhores cuidados de saúde. Muitos pacientes
terão acesso a médicos e a tratamentos por
meio virtual, sem que precisem sair de casa. A
combinação de serviços de telemedicina e
dados de saúde rastreados tornarão isso uma
possibilidade nos próximos anos.
O aumento do diagnóstico remoto e
atendimentos não signi cariam o m do “toque
humano” na medicina. Ao contrário, com dados
digitais, é mais fácil compartilhar, consultar e
fomentar o nanciamento dos cuidados da
saúde, até mesmo por crowdsource, abrindo o
caminho para algo personalizado.

12. TMF Institute. Digital healthcar information. Disponível em:


https://tm nstitute.org/grand-challenges/digitalize-healthcare-
information/. Acesso em 20 jun. 2021.

22 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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A PESQUISA 2
MUDANÇA DE FOCO DE estimular a mudança de
TRATAMENTO PARA comportamento. A gami cação
PREVENÇÃO 13
pode gerar hábitos saudáveis -
como o aplicativo Wellapets
A ciência nunca entendeu a mudou o monitoramento da asma
medicina considerando suas para crianças, tornando-o um jogo
condições e causas subjacentes. em vez de uma tarefa árdua.
Fenômenos complexos como a
biologia do câncer ou as causas No entanto, para que essa
do diabetes foram documentados tecnologia seja realmente
pela primeira vez nas últimas transformadora, ela deve
décadas por meio da análise da amadurecer. Saúde quanti cada
quantidade cada vez maior de com uso de tecnologia ainda é
dados médicos. Mas a população um modismo que poucos podem
em geral tem di culdade em pagar ou aproveitar. Parte do
vasculhar as toneladas de motivo é o preço, mas espera-se
conselhos de saúde para que os preços caiam com o
encontrar conselhos con áveis tempo.
sobre como viver uma vida O maior problema é que a
saudável. tecnologia atual fornece apenas
Muitos ainda não estão cientes de dados brutos, muitas vezes
hábitos pouco saudáveis, como o exigindo um médico treinado
estilo de vida sedentário, falta de para entender e analisar. Do jeito
exercício ou consumo excessivo que estão, os wearables não
de álcool. Mudar o podem conduzir à tomada de
comportamento tem se mostrado decisões e mudanças de
difícil. Precisamos apenas comportamento.
observar como o tabagismo é Cerca de metade de todos os
duradouro em grande parte do usuários do FitBit param de usar o
mundo, mesmo depois de se dispositivo porque não o
provar ser um forte hábito consideram útil o su ciente. Mas
causador de câncer. há sinais promissores de que os
Mas a prevenção é nalmente wearables se transformarão em
alcançável por causa de novos uma tendência transformadora se
wearables (sensores vestíveis) e estimularem ativamente os
outros sensores de saúde. usuários a viverem de maneira
Sensores vestíveis, ingeríveis e saudável. A L'Oréal, por exemplo,
digeríveis fornecem acesso a lançou um wearable que alerta
dados de alta delidade em seu usuário quando a exposição à
tempo real sobre a saúde de cada radiação nociva do Sol é muito
indivíduo, ajudando qualquer alta.
pessoa a entender sua saúde.
Ainda mais importante, esse
entendimento foi mostrado para

13. TMF Institute. Shift Focus From Treatment To Prevention.


Disponível em: https://tm nstitute.org/grand-challenges/shift-focus-
from-treatment-to-prevention/. Acesso em 20 jun. 2021.

23 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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2
INDICADORES

de mortes
47% COM GRAVE SOFRIMENTO
Até 2060, estima-se que 48 milhões de pessoas (47% de
todas as mortes no mundo) morrerão com graves
sofrimentos relacionados à saúde, o que representa um
aumento de 87% em relação aos 26 milhões de pessoas
em 2016. 83% dessas mortes ocorrerão em países de baixa
e média renda. O sofrimento grave relacionado à saúde
aumentará em todas as regiões, com o maior aumento
proporcional nos países de baixa renda (aumento de 155%
entre 2016 e 2060). Globalmente, o sofrimento grave
relacionado à saúde aumentará mais rapidamente entre as
pessoas com 70 anos ou mais (aumento de 183% entre
2016 e 2060). Em termos absolutos, será impulsionado por
aumentos nas mortes por câncer (16 milhões de pessoas,
aumento de 109% entre 2016 e 2060).

24 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 
2
INDICADORES

183%
MAIS PESSOAS
Globalmente, o sofrimento grave
relacionado à saúde aumentará mais
rapidamente entre as pessoas com 70 anos
ou mais (aumento de 183% entre 2016 e
2060). Em termos absolutos, será
impulsionado por aumentos nas mortes por
câncer (16 milhões de pessoas, aumento de
109% entre 2016 e 2060). A condição com o
maior aumento proporcional no sofrimento
relacionado à saúde será a demência
(6 milhões de pessoas, aumento de 264%
entre 2016 e 2060).

25 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 

2
INDICADORES

100 MI
Mortes
A combinação de envelhecimento da
população e um aumento nas doenças não
transmissíveis signi ca que o número total de
mortes está projetado para aumentar de 57
milhões em 2016 para mais de 100 milhões
em 2060, o que resultará maiores níveis de
sofrimento desnecessário e ameaçarão os
sistemas de saúde vulneráveis.

26 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


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AS
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2
INDICADORES

Não tem acesso


45%
A CUIDADOS PALIATIVOS

Os cuidados paliativos e o alívio do sofrimento foram


descritos como algumas das dimensões mais
negligenciadas da saúde global . Em 2018, a Comissão
6

Lancet sobre Cuidados Paliativos e Alívio da Dor a rma


7

que nenhuma outra intervenção importante em saúde é


tão carente ou distribuída de forma desigual como o
alívio da dor, pilar dos cuidados paliativos. Apesar da
resolução da Assembleia Mundial da Saúde de 2014,
8

que pede a todos os Estados membros que


desenvolvam, fortaleçam e implementem os serviços de
cuidados paliativos como parte da cobertura universal
de saúde, esses serviços continuam subdesenvolvidos
ou inexistentes em muitas partes do mundo.

27 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 
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2
INDICADORES

200 MIl
NOVAS ESPÉCIES
O aquecimento global impacta diretamente
o descongelamento dos oceanos. Uma
equipe de exploradores e cientistas, em
expedição a bordo de um veleiro, identi cou
quase meio milhão de espécies diferentes,
200.000 delas totalmente desconhecidas até
agora. Até 90% dos 488.130 vírus
encontrados nos oceanos são um mistério,
pois se ignora que tipo de organismos
infectam.

28 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 
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O FUTURO 3
A carga global de sofrimento
grave relacionado à saúde quase
dobrará até 2060,. Uma
proporção maior de pessoas em
todas as regiões do mundo
sofrerá antes de morrer e as
regiões mais afetadas por esta
mudança serão aqueles que
atualmente têm a prestação de
cuidados paliativos menos
desenvolvida. A ação imediata e
concentrada dos governos para
integrar totalmente os cuidados
paliativos à cobertura universal de
saúde é essencial para mitigar o
enfraquecimento catastró co dos
sistemas de saúde e para aliviar o
sofrimento de milhões de
pacientes e suas famílias.

Projeção
Doenças da civilização
2030 e 2050

Fonte: Philipp Jodan, Fraunhofer | Portugal - ResearchGate

29 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 

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3

O QUE SERÃO DOENÇ

Talvez a manipulação genética leve a


efeitos colaterais inesperados, incluindo
o surgimento de novas doenças. Quanto
mais super-humanos, mais efeitos
colaterais inesperados aparecerão. A
quebra de um chip embutido será vista
como uma “doença” em 2050? Em vez de
dizer que tem diabetes, você pode dizer
ao laboratório que o chip que substitui
seu pâncreas não está funcionando
corretamente e que os "médicos"
precisam descobrir se isso é um
problema com o chip, software,
protocolo de comunicação com outro
chip embutido em seu corpo, ou de fato
com uma doença.

30 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 
A
3

PODEMOS SER REPORT

HACKEADOS W FUTURES RESEARCH

AS DOENÇAS
PELAS
DO FUTURO
MÁQUINAS?

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

31 julho 2021
 

3
infecções
As infecções resistentes aos medicamentos matarão
mais 10 milhões de pessoas por ano em todo o mundo -
mais do que atualmente morrem de câncer - em 2050, a
menos que medidas sejam tomadas. Eles estão
atualmente envolvidos em 700.000 mortes a cada ano.
A análise, apresentada pelo economista Jim O'Neill,
disse que os custos subiriam para US $ 100 trilhões (£ 63
trilhões). Ele foi nomeado pelo primeiro-ministro na
Inglaterra para che ar uma revisão da resistência
antimicrobiana.
A redução da população e o impacto na saúde precária
reduziriam a produção econômica mundial em entre 2%
e 3,5%. A E. coli resistente a medicamentos, malária e
tuberculose (TB) trazem o maior impacto. Estudo feito
antes da pandemia de 2020.
Na Europa e nos Estados Unidos, a resistência
antimicrobiana causa pelo menos 50.000 mortes a cada
ano, disseram eles. E, se não forem controladas, as
mortes aumentarão mais de 10 vezes até 2050.

mortes atribuíveis
à resistência
antimicrobiana
todos os anos
até 2050

Fonte: Review on Antimicrobial Resistance 2014

32 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
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W FUTURES RESEARCH
4
AS DOENÇAS
DO FUTURO
ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

O QUE A
PESQUISA
NOS MOSTRA

33 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

1.
Doenças mentais estão
em progresso excessivo,
e as causas podem
estar ligadas a
digitalização, falta de
esperança, isolamento
da pandemia e crises
existenciais.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

34 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

2.
O retorno de
doenças crônicas
erradicadas
compromete
investimentos do
futuro.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

35 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

3.
Desilusão
juvenil com o
Brasil pode
afetar a força
de trabalho
emergente.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

36 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

4.
Colapso da medicina
tradicional que já
não responde mais
ao que está posto.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

37 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

5.
impactos das
doenças mentais
na economia, na
educação, na
cultura do brasil.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

38 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

6.
Riscos da
bioengenharia -
doenças
decorrentes da
manipulação de
genoma.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

39 julho 2021
 
4

ANÁLISE
O QUE A PESQUISA NOS MOSTRA

7.
Novas Doenças
associadas ao
colapso do
meio ambiente.

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

40 julho 2021
 
4

RISCOS

Baixo engajamento
1 da população atual
economicamente ativa;

Riscos de mais pobreza,


2 mais desigualdade,
crises geracionais;

Piora no colapso do
3 sistema de saúde;

Mais pessoas com


4 sofrimento grave no
final da vida;

Estratégias público-privadas
5 desalinhadas

41 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 





W FUTURES RESEARCH
4
AS DOENÇAS
DO FUTURO

PROJEÇõES

• Podem faltar profissionais de saúde capacitados


para cuidar das doenças modernas;
• Impacto econômico com pessoas
afastadas por incapacidade;
• As novas doenças terão desdobramentos;
• Colapso ainda maior do sistema de saúde;
ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

• Pessoas incapazes de lidar com a vida demandam


outras modalidades de tratamento;
• Cada vez mais espaço para terapias integrativas;
• Cidadão como gestor da sua própria saúde,
usando o sistema sob demanda;
• Mais investimento em tecnologia com
privacidade de dados;
• Com mais desigualdade, as empresas terão que
se integrar com as comunidades locais e adotar o
Community Care preventivo na rotina;

42 julho 2021
 


4

A medicina social e
compensatória talvez
seja o elo entre o
passado e o futuro da
REPORT
W FUTURES RESEARCH
qualidade de vida
AS DOENÇAS
humana, que tende a ser
DO FUTURO
autônoma e preventiva
em 100% do tempo.

JAQUELINE WEIGEL

W FUTURES RESEARCH
PESQUISAS E ESTUDOS DE FUTUROS

43 julho 2021
 

4
CAMINHOS
A Longevidade exige um estilo
de vida responsável

Capitais do
envelhecimento
por alexandre kalache

• SAÚDE
não fumar, não beber, eliminar a dieta “branca”, fazer
exercícios e cuidar de doenças crônicas;
• CONHECIMENTO
atualização constante para continuar ativo no mercado
de trabalho. Lifelong work, aposentadoria já está fora
de moda;
• RE ÇÕES PESSOAIS
ter em quem con ar e com quem trocar aumenta a
imunidade;
• FINANCEIRO
educação nanceira e planejamento de longo prazo
para garantir cuidados;
• SENTIDO
propósito e equilíbrio no desenvolvimento interior e
universal. Ter ambições, atividades cooperadas, trocas
constantes e fazer parte de uma comunidade de forma
ativa.

O Brasil está envelhecendo


rápido, sem ter o devido tempo
para se desenvolver.

44 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
LA
AS


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W FUTURES RESEARCH
4
AS DOENÇAS
DO FUTURO

CENÁRIOS
VINÍCIUS SILVA

A monitoração do ambiente e a
identi cação de incertezas
possibilitam a aplicação de
ferramentas de Foresight e a
ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

construção de cenários, que são


projeções de futuros possíveis ou
histórias com possíveis links de causa
e efeito que conectam uma condição
futura ao presente.

Neste estudo, o grupo de Praticantes


de Foresight da W Futurismo
elaborou
4 possíveis cenários para o
contexto das doenças do
futuro.

W FUTURES RESEARCH

45 julho 2021
 

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4
CENÁRIOS

1. As doenças incapacitaram a vida


2030 - Temos uma população inteira anulada, e as
economias pública e privada colapsadas pelo gasto
exponencial para remediar os problemas de saúde. Os
jovens de 16 a 25 anos são os mais afetados, com
depressão e sem perspectivas de presente e futuro,
contribuindo assim, para o aumento de tragédias e para
uma população economicamente ativa devastada. Há o
ressurgimento de doenças antes controladas, uma
mudança do clima e do nosso ecossistema sem
precedentes, com o surgimento de novos vetores
transmissores de doenças desconhecidas (mosquitos e
carrapatos), perda de biodiversidade e da possibilidade
de novos remédios. Não obstante, efeitos psicológicos
mais severos relacionados a comportamentos viciantes em
games (V.R.) e mídia social, toxicidade do sistema
imunológico induzidas por nanopartículas que irão
impulsionar doenças ao redor do mundo, desa ando a
ciência e a maneira com que vivemos hoje.

2. O isolamento permanente
já é uma realidade
2030 - a população se acostumou a sofrer, com o
uso de entorpecentes e todo tipo de medicamentos
para se livrar temporariamente dos efeitos nocivos e
insuportáveis das doenças. No primeiro momento,
houve a distribuição de remédios que controlam a
ansiedade e depressão, mas essas ações não
resolveram e postergaram decisões mais amplas. O
fenômeno sociocomportamental grave e já
identi cado no Japão, chamado Hikikomori (isolado
em casa), se espalha pelo mundo, com pessoas que
se retiram completamente da sociedade, de modo a
evitar o contato com outras pessoas. Além disso,
passam a enxergar suas vidas como a continuação
da tecnologia e, portanto, não nitas.

46 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
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AS
 
fi

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4
CENÁRIOS
A tecnologia holística trouxe um
3. novo horizonte para a vida humana
2030 - Inovações foram adotas e implementadas e
contaram com uma abordagem multidisciplinar e
integrativa para o tratamento das novas doenças. Além da
medicina tradicional, aspectos de inteligência espiritual
para tratamento de doenças estão cada vez mais sistêmicas.
A oferta de acompanhamento preventivo com o uso da
tecnologia (chips capazes de identi car componentes
corpóreos que indicam que a mente está em desequilíbrio),
permitiu o acompanhamento preventivo, assim como
terapias baseadas na teoria quântica, tratamentos holísticos,
vida mais próxima à natureza e os cuidados com a
alimentação, se tornaram aliados como medidas
preventivas importantes.

4. A vida integral se sobrepõe


às doenças do passado
2030 - a sociedade como um todo entendeu as
consequências nefastas traduzidas pela evolução do
quadro das doenças depois da pandemia de 2020, e sabe
o que ela pode provocar nas próximas gerações. Ações
radicais foram tomadas a ponto de mudar o rumo da
importância dada à saúde. Houve a ressigni cação da vida
humana e dos formatos digitais como ferramentas de
nosso cotidiano e não como direcionadores do nosso
destino. As doenças são tratadas antes de sua instalação,
levantando a teoria integrativa a um outro patamar. Os
hospitais mudaram completamente de função e se
tornaram centros de cuidados preventivos, um ambiente
prazeroso que ensina as pessoas a serem protagonistas de
sua saúde. Através do fomento de hábitos saudáveis, com
principal foco em doenças mentais, é possível medir e
avaliar riscos com até 5 anos de antecedência.
Combinações metabólicas e reformulação genética
transformam vidas e incrementam longevidade. Planos de
saúde se tornam bancos de ideias e grandes investidores
para soluções em saúde. Robôs e neo-humanos convivem
de forma integrada, saudável e complementar.

47 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021


AS
AS
 
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fi
CEO W FUTURISMO

JAQUELINE WEIGEL

CEO da W Futurismo, é um dos principais nomes


da disciplina de Futurismo, Foresight e Futures
Studies no Brasil, responsável por disseminar o
conceito e fomentar o estudo do tema em
território nacional. Futurista pro ssional e Neo-
Humanista, acumula diversas experiências e
quali cações globais em diferentes escolas
de Futures Studies, com quem mantém estreito
relacionamento.

Credenciais:
• Finland Futures Research Centre • Finlândia
• Strategic Transformation and CLA Method•
Metafuture, Austrália
• Leading Organizations and Change • MIT Sloan
– USA
• Futures Thinking, Institute For The Future • USA
• Exponential Leadership, Singularity University •
USA
• The Futures Agency / Gerd Leonhard • Suíça
• Futures Literacy by UNESCO • França
• Gestão de Pessoas • FGV-SP
• Association of Professional Futurists
EQUIPE

• World Futures Studies Federation

48 julho 2021
 

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PESQUISA

ROSANA PAULUCCI

Durante o doutorado, PhD em Inteligência


Estratégica pela Universidade de Toulon –
França, desenvolveu expertise em estudos
de futuros e informação estratégica para o
governo federal brasileiro, atuando como
pesquisadora e coordenadora desses
estudos. Trabalhou na estruturação do
Observatório da Indústria, realizando
estudos de futuros em diversos setores da
indústria nacional, principalmente relativo à
educação pro ssional. O mestrado foi
realizado em Prospecção Tecnológica
aplicada à indústria nacional.

Graduada em Matemática, teve como


formação: especialização em análise de
sistemas de informação; MBA em marketing
e matemática aplicada à física. Integra
associações e redes nacionais e
internacionais de inteligência competitiva e
estudos de futuros. Atualmente, tem
trabalhos referentes a estudos de futuros na
W Futurismo.
EQUIPE

49 julho 2021
 

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PESQUISA

VINÍCIUS SILVA

Chief Digital Of cer, especialista em


Transformação Digital com passagem como
executivo sênior pelas principais empresas
de tecnologia e telecomunicações do Brasil.
Strategic Foresight Practitioner certi cado
pela W Futurismo, é também especialista
em estratégia de Customer Experience e
implantação de métodos ágeis de trabalho.
Conselheiro tecnológico em empresas de
médio porte e startups e mentor de
executivos e lideranças sociais. Mestre em
Administração pela University of Pittsburgh
(EUA) e Bacharel em Ciência da
Computação (UFMG).

Foresight Practitioners que


colaboraram neste estudo:
Marcelo Mendes
Patrícia Ferreira
Angélica Franzol
Maria Cândida Melo

Gestão W
EQUIPE

Francine Hermes

50 julho 2021
 

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PESQUIS E
ESTUDOS

E m tempos incertos, caracterizados


por incertezas, tecnologias
avançadas, super transparência e
inúmeras questões buscando
respostas, a W Futurismo lidera
pesquisas de futuros no Brasil, para
ajudar stakeholders a considerarem
riscos e tomarem decisões com
visão de longo prazo.

Nosso Centro
de Pesquisas:
• Identifica e mapeia sinais de
mudança de diferentes
horizontes de futuros;
• Aplicamos diferentes
metodologias para entender
as perspectivas de futuros de
diferentes ângulos e em
diferentes dimensões sociais;

Serviços:
• Mapa de stakeholders
• Dados de futuros
• Análise qualitativa e
quantitativa
• Projeções e mapeamento de
riscos e oportunidades

51 DOENÇ DO FUTURO • julho 2021



AS
AS


AS

Uma forma inteligente de


mapear os sinais de mudanças
e antecipar futuros preferidos.

wfuturismo.com

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