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direito penal

HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º)

 Caso de diminuição de pena

 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral,
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

 Conceito:

 Trata-se de causa de diminuição de pena. sendo assim, melhor seria sua denominação
como homicídio 'minorado' e não 'privilegiado'. Isso porque privilegiadora refere-se à
circunstância que reduz a pena cominada em seus limites mínimo e máximo. Ou seja, a
privilegiadora possui pena autônoma.

 No caso do § 1', não se trata de pena autônoma, mas apenas de uma causa de diminuição
(minorante) variável de 1/6 a
1/3.

 O quantum da diminuição é decidido pelo juiz pelas circunstâncias do caso concreto –


espécie de valor moral ou social ou intensidade da emoção e grau da injusta provocação.

Obs.: como se está diante da 3ª fase do critério trifásico de fixação da pena privativa de
liberdade, a incidência da minorante pode reduzir a pena abaixo do mínimo legal.

 Direito subjetivo do condenado.

 Sendo reconhecida uma das modalidades de homicídio privilegiado, o juiz “pode” (é um


dever e não uma faculdade) aplicar, a causa de diminuição de pena.

 Todas as figuras de privilégio são de caráter subjetivo, porque ligadas à motivação do


agente (relevante valor social ou moral) ou à motivação somada à violenta emoção. Assim, nos
termos do art. 30 do CP, não se comunicam a coautores e partícipes do homicídio.

HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º)

 Tipos (Classificação):

 Relevante valor social. Interesse da coletividade. Exemplo: a morte do traidor da pátria.

 Difícil na prática

 Relevante valor moral. Interesse particular do agente, mas apurado de acordo com os
princípios morais da sociedade.

 Ex: Eutanásia (“Homicídio Piedoso”)


 Por ação ou Omissão

 Debate mundial pela legalização do aborto

 Ortotanásia não constitui crime (Equipe médica abandonar tratamento paliativos que
apenas prologariam pouco tempo de vida com doença irreversível e fatal – morre em razão da
doença e não da omissão médica).

 Homicídio emocional (crime de ímpeto).

 Injusta provocação

 Domínio de emoção

 Imediaticidade

 HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º)

 1°)
injusta
provocação da
vítima -
vítima
provoca
(estimula, dá
causa, origina algo) o agente injustamente (sem autorização legal, sem justificativa razoável).

 Privilégio  Legítima defesa (art. 25, CP)

 Injusta provocação  Injusta agressão (atual, iminente, proporcional,


moderado e necessário)

 Ex: Se houve uma briga, a agressão se cessou e um dos partícipes vai até o carro e pega a
arma, já descaracterizou a legítima defesa.

 Adultério e flagra do cônjuge – apesar da “tese” ultrapassada e ilegal, comum em Trib.


Do Júri, da “legítima defesa da honra”, em alguns casos o privilégio é aceito por tribunais,
dependendo das circunstâncias.
Dependem de outras circunstâncias no caso concreto
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º)

2°) domínio de violenta emoção: Emoção significa alteração mental, em casos de


excitação ou depressão. Na hipótese, o agente fica com sua capacidade de
autodeterminação diminuída em razão de ter sido injustamente provocado.
(Domínio e não influência)

3°) logo em seguida. Requisito relacionado à imediatidade entre a injusta provocação


e a reação. Alguns autores sustentam que a imediatidade deve estar relacionada com o
momento que o agente toma conhecimento da injusta provocação e não ao tempo da
sua prática. Quando a pessoa fica sabendo da injusta provação gerando o domínio da
violenta emoção.
 HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º)

HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º)

 Premeditação.

 não é possível na hipótese do homicídio emocional

 A terceira hipótese de homicídio privilegiado (homicídio emocional) é incompatível


com a premeditação, uma vez que a vontade de matar surge somente após a injusta provocação
e não em momento anterior.
HOMICÍDIO HÍBRIDO.

 Prevalece o entendimento que poderá haver compatibilidade entre circunstâncias


privilegiadoras e as circunstâncias qualificadoras, desde que estas sejam de natureza objetiva
(incisos III e IV do § 2°, art. 121) .

 III – meio insidioso, meio cruel ou perigo comum

 IV – dificulte ou torne impossível a defesa da vítima

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